ESTUDO RECORRENTE DE OSTEOCONDROSE EM CAVALOS HANOVERIANOS

RECURRING STUDIES ON OSTEOCHONDROSIS IN HANOVERIAN HORSES

ESTUDIOS RECURRENTES DE OSTEOCONDROSIS EN CABALLOS HANNOVERIANOS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202409220115


Nilton Pereira Neto1
Paola Cristini Santos Silva2
Patricia Gomes Mendonça3
Pedro Igor Lousado do Nascimento4
Railana Vinuto Guimarães5
Raissa Santos Miguel6
Rayan Cardoso Viana7
Alana Camargo Poncio8


RESUMO: A raça de cavalos Hanoveriano é amplamente reconhecida por sua habilidade em esportes equestres de alto nível, como o salto e o adestramento. Originários da Alemanha, esses cavalos são altamente valorizados por sua conformação física, temperamento estável e capacidades atléticas. Contudo, a osteocondrose, uma doença que afeta as articulações e o desenvolvimento ósseo, é uma preocupação importante para criadores e treinadores dessa raça. A osteocondrose (OC) é uma doença ortopédica do desenvolvimento, caracterizada pela falha na ossificação da cartilagem, levando à formação de lesões articulares. Nos cavalos Hanoverianos, essa condição pode resultar em dor, claudicação e diminuição da performance atlética, afetando diretamente o valor desses animais no mercado equestre. Diversos fatores, incluindo predisposição genética, nutrição inadequada e manejo inadequado durante a fase de crescimento, contribuem para o desenvolvimento. O objetivo deste artigo, é realizar uma revisão de literatura destacando as principais características e correlação com a osteocondrose.

PALAVRAS-CHAVE: Equino, Raça, Esteocondrose, Genética

ABSTRACT: The Hanoverian horse breed is widely recognized for its ability in high-level equestrian sports such as jumping and dressage. Originally from Germany, these horses are highly valued for their physical conformation, stable temperament and athletic capabilities. However, osteochondrosis, a disease that affects joints and bone development, is an important concern for breeders and trainers of this breed. Osteochondrosis (OC) is a developmental orthopedic disease, characterized by failure of cartilage ossification, leading to the formation of joint injuries. In Hanoverian horses, this condition can result in pain, lameness and decreased athletic performance, directly affecting the value of these animals in the equestrian market. Several factors, including genetic predisposition, inadequate nutrition and inadequate management during the growth phase, contribute to development. The objective of this paper is to conduct a literature review highlighting the main characteristics and the correlation with osteochondrosis.

KEYWORDS: Equine, Breed, Osteochondrosis, Genetic

RESUMEN: La raza de caballos de hannover es ampliamente reconocida por su habilidad en deportes ecuestres de alto nivel como el salto y la doma. Originarios de alemania, estos caballos son muy valorados por su conformación física, temperamento estable y capacidades atléticas. Sin embargo, la osteocondrosis, una enfermedad que afecta el desarrollo de las articulaciones y los huesos, es una preocupación importante para los criadores y entrenadores de esta raza. La osteocondrosis (oc) es una enfermedad ortopédica del desarrollo, caracterizada por una falla en la osificación del cartílago, lo que conduce a la formación de lesiones articulares. En los caballos de hannover, esta afección puede provocar dolor, cojera y disminución del rendimiento deportivo, afectando directamente el valor de estos animales en el mercado ecuestre. Varios factores, incluida la predisposición genética, la nutrición inadecuada y el manejo inadecuado durante la fase de crecimiento, contribuyen al desarrollo. El objetivo de este trabajo es realizar una revisión de la literatura destacando las principales características y la correlación con la osteocondrosis.

PALABRAS CLAVE: Equino, Raza , Osteocrondosis, Genética.

1. INTRODUÇÃO

O cavalo Hanoveriano, uma das raças de cavalo mais antigas e prestigiadas do mundo, tem suas raízes no século XVIII, na região da Baixa Saxônia, na Alemanha. Conhecido por sua versatilidade, força e agilidade, o Hanoveriano foi inicialmente desenvolvido para ser um cavalo de carruagem e guerra, mas ao longo do tempo, a raça evoluiu para se destacar no esporte, especialmente no hipismo (HANNOVERSNNER VERBAND, 2024).

A introdução do Hanoveriano ao hipismo competitivo moderno, deve em grande parte, ao rigoroso processo de seleção e melhoramento genético pelo qual a raça passou. Este processo envolve a avaliação rigorosa de características físicas, temperamento, e, mais recentemente, a saúde geral do animal, com ênfase em aspectos como o desenvolvimento ósseo e articular (HANNOVERSNNER VERBAND, 2024). 

Cavalos atletas, como os Hanoverianos, frequentemente são submetidos a atividades de alta intensidade no hipismo, o que os torna mais suscetíveis a problemas articulares como a osteocondrose.Nos cavalos, essa condição é particularmente relevante devido ao impacto no desempenho esportivo.A prática esportiva pode agravar essa condição, visto que o peso e a força exercidos nas articulações durante saltos, corridas e manobras complexas aumentam a pressão sobre a cartilagem, intensificando o processo patológico (SILVA et al.,2013).

A osteocondrose (OC) é uma condição patológica que afeta a cartilagem de crescimento, resultante de um distúrbio de ossificação endocondral. Isso leva a uma área focal de espessamento da cartilagem, comumente encontrada em regiões submetidas a pressão ou tensão, Cavalos que apresentam esse tipo de lesão podem desenvolver claudicação, comprometendo seriamente seu desempenho e limitando sua carreira esportiva (Silva et al., 2013).

A (OC) equina, enquadrada no grupo das Doenças Ortopédicas de Desenvolvimento (DOD), foi reconhecida pela primeira vez, na Suécia no ano de 1947 , mas apenas foi considerada um problema clínico real a partir dos Anos 70. Atualmente é uma patologia responsável por importantes repercussões na produção Equina mundial, quer a nível do bem-estar quer a nível económico. A manifestação clínica desta patologia ocorre normalmente na altura do desbaste, podendo requerer cirurgias artroscópicas Dispendiosas (Neves, 2010).

2.  Referencial Teórico

2.1.  Osteocondrose: Impacto e Fatores Multifatoriais

A osteocondrose (OC) é uma condição patológica que se manifesta na cartilagem de crescimento, resultante de distúrbios na ossificação endocondral. Esse processo falho leva ao espessamento da cartilagem, o que, em cavalos Hanoverianos, pode impactar significativamente seu desempenho atlético, especialmente em esportes equestres. Define-se a OC como uma condição que frequentemente afeta áreas sujeitas a pressão ou tensão, destacando a vulnerabilidade de determinadas articulações nesses animais (Silva et al., 2013).

A prevalência da OC como uma patologia comum entre várias espécies domésticas, incluindo cavalos, suínos e cães, sendo identificada como uma das principais causas de claudicação em cavalos jovens de alto desempenho (Silva et al., 2013).

Além disso, a natureza multifatorial da osteocondrose, apontando fatores como genética, nutrição, influências biomecânicas e falhas no suprimento sanguíneo para a cartilagem de crescimento. Ele destaca a importância de uma abordagem atualizada e multidisciplinar para o diagnóstico e tratamento da OC, especialmente em raças como a Hanoveriano, onde a seleção genética rigorosa busca mitigar a incidência dessa patologia, dada sua relevância no contexto esportivo (Lampe, 2009).

2.2.  Visualização da Osteocondrose e Alterações na Cartilagem

A cartilagem de crescimento é substituída por osso através de um processo sequencial de proliferação celular, síntese de matriz extracelular, hipertrofia dos condrócitos, mineralização da matriz e invasão vascular ao nível da placa de crescimento os condrócitos organizam-se em cinco camadas distintas (Figura 1). A zona mais distante da diáfise, a zona de repouso, possui cartilagem (Vidal et al., 2011). 

Figura 1: Placa de crescimento epifisária ( H&E/Alcian blue 120X).

Fonte: (Adptado de Young, B, Heath, J W2000)

Hialina sem alterações morfológicas cujos condrócitos, dotados de uma divisão celular lenta, funcionam como percursores dos condrócitos presentes na zona de proliferação (P), estas células, caracterizadas por uma divisão celular rápida e produção ativa de matriz, organizam-se em colunas paralelas e alinhadas no sentido longitudinal do osso. Da zona de proliferação estas células passam para a zona de maturação (M), que como o nome indica é o local onde são maturados os condrócitos (Vidal et al., 2011).  

Na zona hipertrófica (H), a matriz encontra-se reduzida a finos tabiques devido à compressão por parte dos condrócitos extremamente aumentados, cujo principal papel nesta zona é a produção de vesículas ricas em fosfatase alcalina. Estas organelas extracelulares são essenciais à mineralização da matriz. Esta mineralização ocorre na zona de relação entre Osteocondrose e Cartilagem (Vidal et al., 2011).  

A OC consiste no processo normal de ossificação endocondral, como uma falha na calcificação da matriz ou na invasão vascular da cartilagem de crescimento de uma região, que desta forma não é convertida em osso. As lesões ocorrem ao nível do complexo cartilagíneo articular epifisário e da placa de crescimento, Definição e características da osteocondrose (Vidal et al., 2011).  

No cavalo, em quase todos os casos registrados, apenas o complexo cartilagíneo epifisário é afetado. Ao nível da epífise, a lesão inicial é caracterizada pela necrose da cartilagem retida, que confinada à cartilagem em crescimento não envolve nem a cartilagem articular nem o osso subcondral. Posteriormente, com a progressão da ossificação acaba-se por criar uma zona irregular na junção osteocondral (Figura 2). (Vidal et al., 2011).  

Figura 2: Lesão de OC na articulação femoropatelar.

Fonte: Adaptado de Semevolos e Nixon, 2007.

A localização, severidade e natureza da causa inicial em conjunto com as condições ambientais serão responsáveis pela definição do quadro lesional, que constitui a OC. As principais lesões OC reconhecidas são os flaps e fragmentos cartilagíneos, os fragmentos osteocondrais e os quistos ósseos subcondral (Figura 2). (Vidal et al., 2011).  

Nem todas as articulações são afetadas com a mesma frequência, apesar de na prática clínica e na literatura veterinária serem muitas vezes empregues indistintamente os termos OC, osteocondrite, vários autores consideram pouco apropriada a utilização do termo OC na sua forma Estrita por este implicar a degeneração de cartilagem e osso, quando é reconhecido que as lesões iniciais se limitam à cartilagem de crescimento, seria um termo mais adequado, sendo a OC e as referências às suas lesões utilizados no caso de uma progressão das lesões iniciais para uma patologia mais extensa, concordam com a utilização geral do termo OC (Vidal et al., 2011).  

2.3.  Osteocondrose: Definição e Mecanismos Patológicos

Osteocondrose (OC) é definida como uma condição patológica na cartilagem de crescimento consequente a um distúrbio de ossificação endocondral, que resulta em área focal de espessamento de cartilagem e que geralmente afeta sítios nos quais a cartilagem é exposta a pressão ou tensão (Silva et al., 2013).       

O termo osteocondrose é utilizado pelos médicos veterinários equivocadamente, pois, significa degeneração da cartilagem e do osso, porém as lesões encontradas acometem primariamente a cartilagem e raramente atingem o osso subcondral (Silva et al., 2013).

A osteocondrose (OC) é uma patologia comum do desenvolvimento de cartilagem em humanos e animais domésticos. Esta condição foi registrada em várias espécies domésticas, como porcos, cães, vacas, gatos, ratos e cavalos, a OC foi determinada como a principal causa de claudicação em cavalos jovens de alto desempenho (Vidal et al., 2011).  

2.4.  Fatores Genéticos e Ambientais Associados à Osteocondrose

A osteocondrose (OC) em cavalos é amplamente reconhecida como uma condição com forte componente hereditário, evidenciado por variações significativas na prevalência da doença entre diferentes raças e linhas de cavalos. Estudos genéticos têm identificado locais de características quantitativas (QTLs) em diversos cromossomos, sugerindo a contribuição genética para a incidência da OC (Neves, 2010).

Esse fator hereditário é particularmente relevante em raças selecionadas, onde a heritabilidade (h2) da OC foi determinada como alta, justificando a implementação de programas de seleção para reduzir a incidência da doença. Observações em cavalos Hanoverianos, por exemplo, revelam que a OC no curvilhão possui um componente genético mais pronunciado em comparação ao boleto, indicando que fatores ambientais podem ter maior influência sobre a doença em diferentes articulações. (Vidal et al., 2011). 

A OC também afeta a maturação e diferenciação dos condrócitos, essenciais no processo de ossificação endocondral. Alterações em moléculas de sinalização, como PTHrP, Ihh e TGF-β, desempenham um papel crucial nesse processo, podendo levar ao acúmulo de condrócitos pré-hipertróficos, um achado comum em lesões de OC, a complexidade do mecanismo hereditário envolvido no desenvolvimento da OC ainda não foi completamente elucidada (Silva et al, 2013).

No entanto, avanços na identificação de QTLs e estudos sobre a expressão de genes relacionados à ossificação endocondral proporcionam uma melhor compreensão da patogênese da OC, abrindo caminhos para estratégias de manejo e seleção genética mais eficazes (Neves, 2010).

2.5.  Incidência da Osteocondrose em Cavalos 

A osteocondrose é uma condição ortopédica comum em cavalos jovens, particularmente em raças criadas para desempenho atlético, como os Hanoverianos. A incidência dessa patologia nessa raça pode variar amplamente, dependendo de vários fatores, incluindo genética, manejo e nutrição, a prevalência de osteocondrose em cavalos Hanoverianos pode atingir níveis entre 15% e 25%, com maior incidência em animais criados em sistemas intensivos e submetidos a dietas ricas em energia (Silva et al., 2013).

Além disso, aponta-se que a osteocondrose está fortemente associada a fatores genéticos, sendo herança poligênica um dos principais mecanismos de transmissão dessa patologia (Silva et al., 2013).

Em um rebanho Hanoverianos de elite, onde a seleção genética é direcionada para características de desempenho, a prevalência de osteocondrose pode ser ainda maior, especialmente em articulações como o jarrete e o joelho (Vidal et al., 2011). 

Embora a genética desempenhe um papel crucial na incidência de osteocondrose, fatores ambientais e de manejo também contribuem significativamente para a manifestação clínica da doença. Portanto, estratégias integradas de seleção genética e manejo nutricional são essenciais para reduzir a prevalência dessa condição em rebanhos Hanoverianos (Vidal et al., 2011). 

2.6.  Influência da Nutrição na Saúde Óssea em Cavalos 

A nutrição desempenha um papel fundamental na saúde óssea dos cavalos, especialmente na prevenção da osteocondrose. Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes essenciais, é crucial para o desenvolvimento adequado do sistema esquelético desses animais, particularmente nos primeiros anos de vida (Vidal et al., 2011). 

Estudos recentes mostram que dietas deficientes em proteínas, vitaminas e minerais durante o período de crescimento podem comprometer a integridade óssea, favorecendo o surgimento de anomalias esqueléticas como a osteocondrose, suplementação correta de cálcio e fósforo, junto com vitamina D, é apontada como vital para a mineralização óssea saudável (Neves, 2010).

No entanto, dietas excessivamente ricas em energia, que promovem rápido ganho de peso, também representam um risco. Esse excesso pode sobrecarregar o sistema esquelético em desenvolvimento, predispondo os animais a lesões cartilaginosas (Vidal et al., 2011). 

Além disso, o equilíbrio entre cálcio e fósforo na dieta é crucial; um desequilíbrio, especialmente com excesso de fósforo, pode dificultar a absorção de cálcio, prejudicando a mineralização óssea e aumentando a incidência de osteocondrose (Silva et al., 2013).

 Dessa forma, a nutrição adequada é essencial para garantir o crescimento saudável e prevenir problemas ósseos em cavalos Hanoverianos (Neves et al., 2010).

2.7.  Diagnóstico e Avaliação Clínica

A identificação e avaliação clínica da osteocondrose em cavalos Hanoverianos requerem um entendimento aprofundado das manifestações clínicas e das ferramentas diagnósticas disponíveis. Geralmente, os sinais clínicos incluem claudicação, inchaço nas articulações afetadas e dor ao movimento, sendo essencial a realização de um exame clínico detalhado e a utilização de métodos de imagem, como a radiografia e ultrassonografia, para a confirmação do diagnóstico, destaca que a combinação de métodos clínicos e de imagem aumenta significativamente a precisão no diagnóstico da osteocondrose, permitindo uma abordagem terapêutica mais eficaz (Vidal et al., 2011). 

Radiologia digital, ao contrário da convencional, veio permitir um aumento da qualidade dos estudos radiográficos, o que levou a uma maior sensibilidade na detecção de OC (Vidal et al., 2011).

Avaliação da lesão de OC com o exame radiográfico simples torna-se bastante limitada, uma vez que o distúrbio tem início na cartilagem de crescimento, e a imagem radiográfica simples não permite a observação da condição da cartilagem articular por causa da sua radio transparência, leve achatamento da superfície articular e esclerose subcondral são os achados mais comuns (Silva et al., 2013).

Tomografia Computadorizada (TAC) e a Ressonância Magnética (RM) são dois métodos de diagnóstico extremamente avançados, o primeiro, permite a visualização das áreas de interesse em três dimensões, sem sobreposição de estruturas e a detecção de diferenças nos padrões de densidade óssea, o que permitirá identificar qual, antes da detecção de alterações (Silva et al., 2013).

A ultrassonografia também permite avaliar a cartilagem articular, tornando-a um método de diagnóstico mais sensível, esse método apresenta, no entanto, algumas limitações, permitindo apenas avaliar a região mais superficial da articulação tarsocrural, o que afetará a observação de alguns pontos anatômicos de importância elevada (Vidal et al., 2011).

2.8.  Tratamento e Manejo da Osteocondrose

O tratamento da osteocondrose em cavalos Hanoverianos pode variar dependendo da gravidade da condição e da idade do animal. As abordagens terapêuticas incluem intervenções cirúrgicas, medicamentosas e mudanças no manejo nutricional (Silva et al., 2013).

A cirurgia artroscópica é frequentemente recomendada para remover fragmentos ósseos ou cartilaginosos soltos, especialmente em casos onde há comprometimento significativo da função articular. Este procedimento é minimamente invasivo e permite uma recuperação mais rápida (Vidal et al., 2011).

Além da cirurgia, a administração de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) é comum para reduzir a inflamação e aliviar a dor associada à osteocondrose. Em alguns casos, o uso de suplementos nutricionais que promovem a saúde articular, como condroitina e glucosamina, também pode ser benéfico, especialmente em combinação com outros tratamentos (Vidal et al., 2011).

Após o tratamento inicial, o manejo adequado e a reabilitação são cruciais para a recuperação completa e para minimizar o risco de recorrência da osteocondrose. O repouso controlado é uma das primeiras medidas a serem adotadas, seguido por um programa gradual de retorno à atividade física. Durante o período de reabilitação, é importante monitorar o progresso do cavalo e ajustar o nível de exercício conforme necessário para evitar sobrecarga nas articulações afetadas (Neves, 2010).

Além disso, terapias físicas, como a fisioterapia equina, podem ser incorporadas ao protocolo de reabilitação para melhorar a mobilidade articular e fortalecer os músculos de suporte. A hidroterapia, por exemplo, é uma técnica eficaz que permite ao cavalo realizar exercícios sem colocar excesso de peso nas articulações, facilitando a recuperação (Vidal et al., 2011).

3.  Conclusão 

A osteocondrose representa um desafio significativo para a raça Hanoveriano, comprometendo seu desempenho em esportes equestres e impactando o valor econômico desses animais. Embora fatores genéticos desempenhem um papel crucial no desenvolvimento da doença, a nutrição, o manejo e o diagnóstico precoce são determinantes na prevenção e no tratamento eficaz da osteocondrose. O avanço das técnicas de imagem e as abordagens cirúrgicas, como a artroscopia, têm melhorado as opções de tratamento. A implementação de estratégias integradas, que envolvem manejo nutricional adequado e seleção genética, é essencial para mitigar os efeitos da doença.

Referências

Aiama Cristina Soares Silva, Laura Vaz Gontijo Cardoso Cançado, Marcela Reis Prado,. Osteocondrose e osteocondrite dissecante no ombro em cães: Revisão de literatura, 2013. Curso de Medicina Veterinária – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Betim, 2013.

HANNOVERSNNER VERBAND. Hanoveran: Guia de um criador.Hannoveraner Erfolg in Aller Welt, 2024. Disponível em : https://en.hannoveraner.com/hannoveraner-verband/membership/ . Acesso em: 01 de Setembro de 2024. 

Gustavo Hernández Vidal, Francisco A Mora Valdez, Luis E Rodrígues Tovar, Rafael Ramírez Romero. Etiologia, patogênese, diagnóstico e tratamento da osteocondrose (OC): Artigo de revisão, 2011. Corpo Acadêmico de Patobiologia – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Autônoma de Nuevo León, Nueva León, México, 2011.

SILVA, FRANCISCO P. N. osteocondrose em cavalos: Relatório Final de Estágio, 2010. Mestrado Integrado em Medicina Veterinária – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, Porto, 2010.

Lampe V, Dierks C, Distl O: Insights sobre a osteocondrose equina com base em dados genéticos marcadores em cavalos de sangue quente hanoverianos. 31. Conferência Internacional sobre Genética Animal, 20 a 24 de julho de 2008, Amsterdã, Holanda.


1Graduando em Medicina Veterinária
Instituição de formação: Universidade de Vassouras
Endereço: Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: niltonsaqua@hotmail.com
2Graduanda em Medicina Veterinária
Instituição de formação: Universidade de Vassouras
Endereço: Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: Cristiny1000@hotmail.com
3Graduanda em Medicina Veterinária
Instituição de formação: Universidade de Vassouras
Endereço: Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: patriafontinelly7@gmail.com
4Graduando em Medicina Veterinária
Instituição de formação: Universidade de Vassouras
Endereço: Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: pedroigorlousado@gmail.com
5Graduanda em Medicina Veterinária
Instituição de formação: Universidade de Vassouras
Endereço: Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: vinutoguimaraes@gmail.com
6Graduanda em Medicina Veterinária
Instituição de formação: Universidade de Vassouras
Endereço: Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: raissa2015.miguel@gmail.com
7Graduando em Medicina Veterinária
Instituição de formação: Universidade de Vassouras
Endereço: Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: rayancardoso@hotmail.com
8Mestre em Ciências Veterinarias
Universidade Federal Espírito Santo
Endereço: Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil
E-mail: alanacp@id.uff.br