ESPOROTRICOSE FELINA: BREVES CONSIDERAÇÕES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma102401241011


Elcilene Santana dos Santos1
Natiele do Carmo Andrade1
Alberto Fontes Dória2
Allan Andrade Rezende2*


Resumo:  

A esporotricose é uma infecção causada pelo fungo do gênero Sporothrix spp. A doença pode afetar várias espécies de mamíferos, entretanto, o gato é o animal mais acometido. Popularmente chamada de “doença dos jardineiros”, pelo fato de seu agente etiológico Sporothrix schenckii estar presente, por exemplo, no solo e em plantas, trata-se de uma micose zoonótica, podendo ser transmitida ao ser humano por meio de uma abertura (ferida) na pele, e essa lesão tem contato então com uma superfície onde está contida o fungo, como no solo. Todavia, a transmissão também pode se dar através da mordedura ou arranhadura de animais enfermos. Os felinos que, por hábito, costumam ter contato com árvores, por exemplo, estão mais expostos à contaminação e à propagação da doença ao afiar as unhas nestas. Para diagnosticar a doença, há que se complementar um exame clínico e anamnese minuciosos com o que se classifica como diagnóstico confirmativo/definitivo, que é o isolamento do S. schenckii, através da cultura fúngica. Como emprego terapêutico, se utiliza tanto para felinos quanto para seres humanos, a droga itraconazol, um fungistático de amplo espectro de atuação sobre fungos, embora outras drogas e alternativas terapêuticas sejam implementadas, isoladas ou em associação à droga principal. Este trabalho busca aumentar a conscientização sobre a esporotricose, uma doença frequentemente negligenciada, apesar de seus impactos significativos na saúde pública. 

Palavras-Chave: Esporotricose, felino, tratamento, zoonose

Abstract:

Sporotrichosis is an infection caused by a fungus of the Sporothrix genus. The disease can affect several species of mammals, but cats are the most affected animals. Popularly known as “gardeners’ disease” because its etiological agent, Sporothrix schenckii, is present in soil and plants, for example. It is a zoonotic mycosis that can be transmitted to humans through an opening (wound) in the skin, and this lesion then comes into contact with a surface where the fungus is present, such as soil. However, transmission can also occur through bites or scratches from sick animals. Cats that habitually come into contact with trees, for example, are more exposed to contamination and the spread of the disease by sharpening their claws on them. To diagnose the disease, clinical examination, detailed anamnesis, and histopathology are necessary, and what is classified as a confirmatory/definitive diagnosis is the isolation of S. schenckii. The drug itraconazole, a broad-spectrum fungistatic, is used for therapeutic use in both felines and humans, although other drugs and therapeutic alternatives are implemented, either alone or in combination with the main drug. This work seeks to raise awareness about sporotrichosis, a disease that is often neglected despite its significant impact on public health.

Keywords: Sporotrichosis, feline, treatment, zoonosis

Introdução 

A esporotricose é uma doença cuja etiologia está atrelada ao fungo Sporothrix schenckii, que acomete sobretudo felinos, cães e humanos. Os gatos não castrados e jovens são mais susceptíveis a adquirir a doença, e estes se infectam com o fungo basicamente de duas maneiras: através das mordeduras ou arranhões durante brigas com outros felinos infectados ou por intermédio da inoculação do fungo que esteja na matéria orgânica ou solo contaminados. A doença pode se manifestar de forma aguda ou crônica, sendo a ocorrência de lesões como pápulas e nódulos comuns tanto em seres humanos quanto em animais (ROSSOW et al., 2020; FRANKLIN et al., 2022; SILVA, 2024). É comum no exercício da medicina de pequenos animais, a identificação diagnóstica da esporotricose em felinos. A relevância epidemiológica da esporotricose permanece elevada, visto que o hospedeiro felino possui naturalmente hábitos de fuga e comportamento por vezes agressivo, sobretudo os não-castrados, acabando por contribuir para disseminação da doença (BRIZENO; SILVA; BASSOLI, 2020; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023).

Para uma compreensão aprofundada sobre o fungo, é essencial analisar sua epidemiologia e seus principais hospedeiros. Embora os gatos sejam o principal hospedeiro, a esporotricose pode afetar também seres humanos e outros animais (BISON, PARENTONI E BRASIL, 2020). 

O período de incubação da doença pode durar dias, semanas ou até meses. Nos felinos, as manifestações clínicas incluem feridas no rosto e nas patas, inapetência, perda de peso, espirros. Em humanos, a doença se manifesta por meio de nódulos avermelhados que evoluem para feridas, geralmente localizadas nos membros superiores e inferiores (braços e pernas), e pode causar dor e hipertermia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023). 

O diagnóstico geralmente é baseado em sinais clínicos, como lesões faciais, juntamente com exames laboratoriais como exame citopatológico, histopatologia e cultura fúngica (padrão ouro) (SILVA et al., 2022). O tratamento da esporotricose é longo, podendo durar de dois a seis meses, e utiliza antifúngicos como itraconazol e o cetoconazol. A dose recomendada de itraconazol é de 50 a 100 mg por animal, uma vez ao dia (SID), e deve ser mantida por mais 30 dias após o desaparecimento dos sinais clínicos. Deve-se limpar as lesões diariamente (GREMIÃO, 2021; SILVA, 2023). Uma alternativa é combinar o tratamento sistêmico com itraconazol à criocirurgia, visando reduzir a carga fúngica local e potencializar o efeito do antifúngico sistêmico (LYRA et al., 2021).

O prognóstico para casos mais severos é reservado, pois a disseminação da infecção e a duração prolongada do tratamento podem comprometer a sobrevivência do animal. Contudo, faz-se necessário ressaltar que a esporotricose felina tem cura, apesar de possuir uma terapêutica complexa (GUIMARÃES & GUIMARÃES, 2022; BREDIKOW, NOVAIS-MENCALHA, 2022; DONATILIO et al., 2024). 

O médico veterinário é um personagem muito importante nesse cenário de saúde única, sendo o profissional habilitado para tratar os animais doentes e intermediar, junto ao tutor, com as orientações imprescindíveis para que este último se conscientize sobre os riscos à saúde pública provocados pela enfermidade, uma vez que esta se instaure em um animal. Com uma informação direta, clara e objetiva, a população fica mais ciente e passa a adotar medidas que minimizem a prevalência da doença, contribuindo dessa forma para o bem-estar coletivo (DUARTE; CARVALHO, 2021; MELO et al., 2023).

Metodologia

A presente pesquisa utiliza uma abordagem qualitativa, com uma revisão de literatura sistemática e concisa. A coleta de dados foi realizada principalmente no Google Acadêmico, priorizando estudos dos últimos cinco anos para assegurar a atualidade das informações. 

Foram selecionados 15 artigos/trabalhos e documentos com contribuições relevantes ao tema proposto ou que abordassem sobre a epidemiologia, diagnóstico e tratamento da esporotricose no Brasil. O processo de revisão foi organizado em três etapas: 1) seleção de artigos/trabalhos; 2) leitura e análise crítica dos artigos/trabalhos selecionados; e 3) desenvolvimento do conteúdo com base nas informações coletadas. 

Essa metodologia permitiu a análise crítica das informações disponíveis sobre a esporotricose, proporcionando uma compreensão da epidemiologia, dos aspectos clínicos e das estratégias de prevenção e controle da doença. A abordagem interdisciplinar é destacada como fundamental para enfrentar a esporotricose, devido à complexidade da transmissão e ao impacto gerado na saúde pública, especialmente em regiões urbanas com a problemática de animais errantes.

A presente revisão enfatiza a importância da atuação de profissionais de saúde, veterinários, epidemiologistas, biólogos e microbiologistas no manejo da esporotricose, com vistas à mitigação dos riscos associados e à promoção do bem-estar animal e humano. A implementação de estratégias preventivas, o controle populacional de animais, a notificação de casos e a conscientização da população constituem ações essenciais para o controle efetivo dessa zoonose, especialmente considerando o papel significativo dos felinos na disseminação da doença (DUARTE; CARVALHO, 2021; MELO et al., 2023).

Resultados e discussão

A partir do levantamento realizado, que inclui tanto os artigos da revisão sistemática quanto os materiais de apoio, constata-se que a esporotricose é uma importante zoonose fúngica com crescimento expressivo no Brasil. A tabela abaixo apresenta as referências e a síntese dos temas principais trabalhados pelos autores. A abordagem sistemática dos principais aspectos da esporotricose permite que profissionais e estudiosos compreendam melhor o quadro atual da doença no país, com foco nas dificuldades diagnósticas em felinos, que atuam como reservatórios do fungo Sporothrixschenckii (RIBEIRO; FRANÇA, 2022).

                AUTORES        SÍNTESE DE ESTUDO

RIBEIRO; FRANÇA, 2022
Os autores destacam que as manifestações clínicas em felinos podem ser variadas e confundidas com outras doenças.

GREMIÃO et al., 2021
O artigo salienta diretrizes importantes de terapias prolongadas para garantir a eliminação do fungo.

SILVA et al.,  2022
Os autores analisam a eficácia de ferramentas diagnósticas, com ênfase nas apresentações clínicas, citopatologia e exame histopatológico

 DONATILIO et al., 2024
Os autores reforçam a importância da higienização e de medidas preventivas.

BRIZENO; SILVA; BASSOLI, 2020
Os autores abordam os riscos para a população humana e sugerem políticas de controle de animais de rua.

SILVA et al., 2023
Discutem e enfatizam o entendimento das diferentes apresentações clínicas.
BISON, PARENTONI E BRASIL, 2020Os autores discutem o aumento da incidência da doença em diferentes regiões.

FRANKLIN et al., 2022
O autor explicita a problemática envolvendo a aproximação cada vez maior entre animais e tutores e o caráter dermatozoonótico que a doença tem assumido, sobretudo em pessoas imunocomprometidas

BORK; GOMES; MARQUES, 2023
Avaliam alternativas terapêuticas para a esporotricose, com foco em métodos não medicamentosos. 

GAMA SILVA et al., 2023

Destacam o impacto zoonótico da esporotricose felina. 

LYRA et al., 2021
Os autores analisam a influência de tratamentos alternativos em seres humanos acometidos por esporotricose.

MELO et al., 2023
Discutem a importância da abordagem interdisciplinar no controle da esporotricose. 

SANTANA; KALIL; SENHORELLO, 2023
O estudo destaca a necessidade de capacitação profissional para identificar a doença nas fases iniciais.


SILVA, 2024
O autor investiga a prevalência e as características clínicas dos casos locais, contribuindo para o entendimento da dinâmica da doença na região.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023
O documento fornece diretrizes práticas para lidar com a doença em áreas onde há maior risco de transmissão zoonótica.

Conclusão

A esporotricose representa uma doença de grande impacto para a saúde pública, por se tratar de uma zoonose. Devido ao comportamento natural dos gatos domésticos, esses animais apresentam maior suscetibilidade à infecção e transmissão da doença. Assim, a castração dos animais e a restrição de seu acesso à rua configuram as formas mais eficazes de prevenção. Sendo uma zoonose altamente contagiosa, torna-se essencial adotar medidas profiláticas, como a utilização de luvas ao precisar acessar animais com lesões sugestivas, bem como o isolamento dos animais infectados até a completa cicatrização lesional. Procurar o atendimento médico em caso de mordeduras ou arranhaduras quando do contato com felinos com lesões suspeitas para a enfermidade, faz-se uma medida fundamental. Tudo isso auxilia a garantir a eficácia das ações de controle e prevenção, corroborando para o bem-estar coletivo e a proteção da saúde humana e animal.

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1Acadêmico de Medicina Veterinária, UniAGES, Paripiranga – BA, UniAGES, Paripiranga – BA.
2Professor do curso de Medicina Veterinária, UniAGES, Paripiranga – BA
*autor para correspondência:: allan.rezende@ulife.com.br