ESCASSEZ DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA PELE: UMA REVISÃO DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11410594


Adalgiza Adriely Mendes da Silva[1]
Viviane Marinho dos Santos[2]


RESUMO

Objetivo: Realizar uma revisão narrativa da literatura sobre a escassez do ácido hialurônico na pele. Metodologia: Estudo de revisão da literatura, exploratória e qualitativa, reunindo um rol de publicações de diversos materiais, seguindo as orientações disponíveis. A coleta dos dados foi realizada no período de janeiro a março de 2024, nas plataformas PubMed e Google Acadêmico, utilizando-se dos termos de busca em saúde: “ácido hialurônico”; “ausência de substância”; “atenção biomédica”; isolados e conjugados, nos idiomas em português e inglês, compreendendo os últimos cinco anos (2018 – 2023). Resultados: Na unificação dos dados elencados foram obtidas um quantitativo de 75 publicações, que após o uso dos critérios de exclusão e inclusão resultaram em 20 trabalhos. Nisto, os estudos mostraram que a pele é afetada pelo envelhecimento, e a perca gradual de ácido hialurônico leva ao ressecamento, e sua reposição é importante para manter a hidratação e a firmeza. Com isso, a demanda pela saúde da pele faz, em especial, as mulheres buscarem por procedimentos de reposição, onde o biomédico pode realizar tais intervenções, já que conhece a anatomia vascular e pode evitar riscos ao realizar o preenchimento com segurança. Considerações Finais: Conclui-se que a literatura apresenta um déficit de estudos ao assunto em questão. Considera-se também, biomédicos estetas são profissionais que podem atuar nesta esfera da saúde, visto que aliam conhecimentos teóricos e práticos no processo de reposição do ácido hialurônico da área afetada, considerando o perfil e anatomia do mesmo, possibilitando satisfação e qualidade de vida aos indivíduos.

Palavras-chave: Ácido Hialurônico; Tecido Cutâneo; Biomédico esteta.

ABSTRACT 

Objective: To carry out a narrative review of the literature on the scarcity of hyaluronic acid in the skin. Methodology: Exploratory and qualitative literature review study, bringing together a list of publications of different materials, following the available guidelines. Data collection was carried out from January to March 2024, on the PubMed and Google Scholar platforms, using the health search terms: “hyaluronic acid”; “absence of substance”; “biomedical care”; isolated and conjugated, in Portuguese and English, covering the last five years (2018 – 2023). Results: In unifying the data listed, a quantity of 75 publications was obtained, which after using the exclusion and inclusion criteria resulted in 20 works. In this regard, studies have shown that the skin is affected by aging, and the gradual loss of hyaluronic acid leads to dryness, and its replacement is important to maintain hydration and firmness. As a result, the demand for skin health makes women, in particular, look for replacement procedures, where the biomedical doctor can perform such interventions, as he knows the vascular anatomy and can avoid risks when carrying out the filling safely. Final Considerations: It is concluded that the literature presents a lack of studies on the subject in question. It is also considered that biomedical aesthetes are professionals who can work in this sphere of health, as they combine theoretical and practical knowledge in the process of replacing hyaluronic acid in the affected area, considering the profile and anatomy of the area, enabling satisfaction and quality of life for those individuals.

Keywords: Hyaluronic Acid; Skin Tissue; Biomedical aesthete.

1    INTRODUÇÃO

A pele é o maior órgão do corpo humano que reveste todo o organismo e faz parte do sistema tegumentar incluindo cabelos, pelos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas. Constitui-se de uma barreira protetora de camadas e subcamadas que não permitem a entrada de agentes infecciosos, regulando também a temperatura corporal, e evitando a desidratação dos tecidos, favorecendo a manutenção da superfície corporal, impedindo danos físicos, químicos e biológicos (Bernardo et al., 2019).

Entretanto, com o passar da ação do tempo, a pele passa por modificações nomeadas de envelhecimento cutâneo, um processo biológico contínuo de alterações celulares e moleculares, que geram a perda de água, colágeno e outras biomoléculas responsáveis pela estrutura e manutenção da pele (Almeida de Vasconcellos; Neto, 2020).

A pele quando envelhecida tem por caracteristicas o aspecto fino, sem elasticidade e surgem rugas e aprofundamento das linhas de expressão. Além disso, desencadeia uma menor hidratação, perda da luminosidade, elevação na flacidez e tonalidade de baixa uniformidade, devido a perda de moléculas que a compõem (Vasconcelos, 2020).

Dentre estas moléculas, destacamos o ácido hialurônico (AH), uma molécula da família dos carboidratos e presente nos tecidos conjuntivos. O AH tem sido utilizado há mais de uma década no tratamento de rugas, sulcos, entre outros, pois seu composto é absorvido gradativamente ao longo dos meses pelo organismo (Dantas et al., 2019).

Os benefícios do ácido hialurônico (AH) são inúmeros pois é capaz de favorecer a integração dos tecidos e a pasagem do oxigênio e hormônios para as células respsaveis pela hidratação, efeito natural e maciez. No campo da estética, o seu  preenchimento é direcionado para tratar a distensão das rugas tornando-as superficiais, a hidratação é uma das consequencias de melhora da passagem de nutrientes ao tecido tegumentar. Sendo assim sua propriedade está em interligar-se a água, induzindo proteoglicanos a tornar-se hidratados em forma de gel, elevando a viscoelasticidade (De Masi, 2021).

Mediante tais alterações estruturais decorrentes do envelhecimento, o uso do  ácido hialurônico pode ser atribuído como uma via de tratamento, por ser um polissacarídeo de alto peso molecular, produzido por fibroblastos e outras células especializadas do tecido conjuntivo, aumentando a síntese de AH no organismo (Depintor et al., 2023).

Para tanto, diante o atual cenário, o profissional biomédico esteta pode realizar procedimentos que visam a melhorar a aparência facial e corporal de maneira segura e eficaz. Atuando em tratamentos e procedimentos faciais minimamente invasivos. Além disso, pode fornecer orientações aos pacientes sobre o autocuidado com a pele, nutrição e estilo de vida saudável para potencializar a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes (Trindade et al., 2020).

Dada a relevância do estudo para o campo científico, eis que surge a seguinte problemática:  O que a escassez do ácido hialurônico na pele pode ocasionar no organismo do paciente e a participação do biomédico neste processo? Considerando extremamente eficaz, a carência de ácido hialurônico nas camadas internas da pele resulta no aparecimento de linhas expressão, firmando-se em rugas, assimetrias e ausência de volume são as principais queixas dos pacientes, já que essa situação pode influenciar a autoestima do sujeito afetado. Para tentar “driblar” a perda, uma opção é recorrer ao ácido hialurônico sintético, que é um gel estéril que pode ser injetado na pele do rosto, tal proceidmento pode ser realizado por um biomédico esteta.

Diante o exposto, o estudo tem por justificativa possibilitar o enriquecimento de informações acerca da literatura brasileira que é carente quanto aos estudos mais detalhados sobre a ausência do ácido hialurônico na pele, que com os sinais de envelhecimento precoce, surgem rugas, perda do viço, e flacidez, apontando-se assim a importância de reposição dessa substância, sob o acompanhamento do biomédico.

O estudo tem por objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura sobre a escassez do ácido hialurônico na pele, demonstrando suas ações na diminuição gradual de forma natural da substância no tecido cutâneo, com a possibilidade de reposição ser feita em procedimentos menos invasivos pelo biomédico esteta.

2    FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1  Propriedades e benefícios do ácido hialurônico

O ácido hialurônico é um biopolímero formado a partir do ácido glicurônico e da N-acetilglucosamina, faz parte do corpo humano e tem a função de preencher o espaço intracelular . Existe em todas as estruturas do corpo humano em proporções variadas, mas é mais abundante no tecido externo da pele , representando mais de 50% do total. Este ácido é responsável pelo volume, sustentação, hidratação e elasticidade da pele (De Castro; De Alcantara, 2020).

Segundo Lee (2021) o ácido hialurônico nativo no organismo humano, além de ser um polímero composto por dois açúcares (ácido glucurônico e N-

acetilglucosamina) produzidos por células do nosso organismo de fórmula molecular (C14H21NO11)n, altamente solúvel em água. Tem a função de manter o desempenho do fluido sinovial das articulações, olhos e cartilagens. Capaz de reter cerca de mil vezes o seu peso em água (Figura 1). 

Figura 1. Estrutura da molécula de ácido hialurônico.

Fonte:< https://cosmeticspedia.pt/noticias/o-que-e-o-acido-hialuronico/ >

O ácido hialurônico possui propriedades metálicas que resistem à extrema compressão, de modo que a pele pode proteger a estrutura subjacente dos danos mecânicos do ambiente externo . Além disso, permite que as fibras de colágeno se movam facilmente através do material intersticial. À medida que envelhecemos, as células da pele produzem menos ácido hialurônico, pelo que a pele mais velha tem níveis mais baixos de ácido hialurônico do que a pele mais jovem (Galdino et al., 2022).

Nesse sentido, em conformidade com os autores supracitados é comprovado que o ácido hialurônico é uma substância natural no corpo humano que preenche o espaço entre as células, encontrado especialmente na derme, para manter o volume, sustentação, hidratação e elasticidade da pele, protegendo a estrutura da pele contra danos mecânicos e facilita o movimento das fibras de colágeno. Porém com o avanço da idade, a produção de ácido hialurônico diminui, resultando em níveis mais baixos na pele envelhecida.

2.2    Processo de perda do ácido hialurônico pelo organismo

O desaparecimento do ácido hialurônico no organismo enfraquece as propriedades da pele  levando à desidratação e ao aparecimento de rugas e rugas. Os avanços tecnológicos permitem a proteção e características do ácido hialurônico (hialuronato de sódio) na forma de sal , que pode ser utilizado no tratamento geral do envelhecimento facial e se destaca pela segurança, eficácia, características, facilidade de uso, armazenamento e uso do ácido com resultados positivos (Da Silva; De Carvalho, 2023).

Portanto, a redução do volume do ácido hialurônico desempenha um papel importante no desenvolvimento das rugas. Embora o ácido hialurônico esteja presente em nosso corpo desde o início, ele se torna gradualmente escasso à medida que a pele envelhece naturalmente. O AH nessas circunsâncias promove hidratação dérmica reduzida, resultando em rugas, linhas de expressões, perda de volume dérmico e ondulações (Braga et al., 2022).

Conforme o exposto, o gradual esgotamento do ácido hialurônico, tem sido um dos principais impulsionadores dos avanços tecnológicos na aplicação de HA e nas constantes melhorias na reestruturação da pele para combater o envelhecimento facial. Essas melhorias proporcionam segurança, eficácia e praticidade, auxiliando na redução dos efeitos naturais do ressecamento, rugas, marcas de expressão, perda de volume e irregularidades na pele.

2.3    O Biomédico frente as demandas de reposição dessa substância na pele

É sabido que com o processo do envelhecimento, o organismo sofre  diminuição do AH trazendo danos à pele. A aparência impacta e forma negativa na autoestima, o que tem instigado as pessoas á procurarem pelo cuidado de retardamento do envelhecimento, a utilização do ácido hialurônico é bem aceita por melhorar a aparência da pele, estrutura e contorno facial (De Andrade; De Carvalho, 2020).

Para realizar as técnicas de preenchimentos faciais, os biomédicos estetas são capacitados e qualificados para realizar tal procedimento minimamente invasivo, desde que as intervenções sejam feitas com responsabilidade primando o bem estar do paciente (Da Silva Carvalho et al., 2023).

Desta maneira, visando a auto estima e o bem-estar do paciente, os biomédicos passaram a estar habilitados a realizar preenchimentos faciais com sucesso, garantindo o conforto e a segurança do paciente. Porém, devido as suas competencias formativas são cientes dos efeitos adversos, como inchaço, hematomas, infecções e necrose de tecidos, de uma apliacação inadequada. Por isso, a proteção dos pacientes deve ser sempre priorizada.

3    METODOLOGIA

Estudo de revisão da literatura, exploratória e qualitativa, reunindo um rol de publicações para discutir e descrever no contexto teórico e conceitual, dados préexistentes de materiais já publicados de livros, revistas e artigos de revisão. Para De Sousa et al. (2021) o estudo em questão é baseado na análise de obras e pesquisas qualitativas, sendo realizado uma revisão integrativa de diversos materiais publicados, seguindo as orientações disponíveis.

A coleta dos dados foi realizada no intervalo temporal de janeiro a março de 2024, nas plataformas PubMed e Google Acadêmico, utilizando-se dos termos de busca em saúde: “ácido hialurônico”; “ausência de substancia”; “atenção biomédica”; isolados e conjugados, nos idiomas em português e inglês, compreendendo os últimos cinco anos (2018 – 2023).

Para o critério de inclusão foram considerados estudos dentro do idioma selecionado; contendo um dos termos de busca, de acesso integral ao conteúdo e dentro do espaço tempo estabelecido. Nos critérios de exclusão foram separadas as pesquisas não possuíam o objetivo relacionado ao assunto, fora do escopo proposto (2018 – 2023), sem serem de acesso limitado e repetidos em outras plataformas de busca.

Na análise dos dados, os resultados foram reunidos e sintetizados, através de uma leitura analítica dos resumos e objetivos sobre a ausência do ácido hialurônico na pele, que se contextualizando reúne 20 trabalhos referenciais neste estudo.

4    RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na unificação dos dados levantados nesta revisão da literatura foram obtidas em geral um quantitativo de 75 publicações, obtidos pela busca isolada e combinada, e após o uso dos critérios de exclusão e inclusão resultaram em 20 trabalhos, que foram reunidos e sintetizados, dos quais sete (35%) foram encontrados na plataforma PubMed, e treze (65%) no GoogleAcadêmico, como demonstramos no Gráfico 1.

Gráfico 1.  Levantamento de dados nas plataformas selecionadas.

Fonte: Os autores (2024).

O gráfico representa o quantitativo dos artigos inclusos nas referidas plataformas de busca, sendo que este processo se deu pelo emprego dos termos de busca em saúde: “ácido hialurônico”; “ausência de substância”; e “atenção biomédica”.

Em relação ao ano de publicação dos trabalhos analisados encontram-se dispostos na seguinte maneira: sete (35%) nos anos de 2023, três (15%) em 2022, dois (10%) em 2021, seis (30%) em 2020 e dois (10%) em 2019, consolidando o déficit de trabalhos existentes sob o assunto na literatura. Quanto ao idioma, os estudos inseridos foram publicações de revistas da língua inglesa e português brasileiro, sendo oito em português (40%) em periódicos nacionais e doze em inglês (60%) em revistas internacionais. 

Após esta triagem das informações coletadas e a seleção das publicações, desenvolvemos um quadro contendo as particularidades de 06 achados principais que foram sintetizados e feitos uma análise interpretativa, que destacam com precisão sua relação com os objetivos propostos em questão (Quadro 1). 

Quadro 1. Síntese e particularidades dos artigos analisados.

AUTOR, ANOTÍTULOOBJETIVOSPRINCIPAIS RESULTADOS
Araújo et al., 2023.Envelhecimento precoce associado à exposição solar: uma revisão sistemática.Avaliar a influência da exposição solar no envelhecimento cutâneo.A partir da revisão bibliográfica dos estudos analisados, conclui-se que, de fato, a exposição solar tem grande influência sobre o envelhecimento cutâneo, favorecendo a perca natural de ácido hialurônico.
Brum; Spinelli, 2023.A influência da nutrição no envelhecimento cutâneo da mulher na menopausa.Observar a influência da nutrição como determinante no processo do envelhecimento da pele, em um recorte de estudo com mulheres   no   período   do   climatério   e   menopausa.Substâncias de ação restauradora são capazes de aumentar a expressão de algumas enzimas e proteínas envolvidas no metabolismo e estruturas teciduais, além de reconstituir elementos da barreira cutânea, como os ácidos graxos e o ácido hialurônico.
Do Nascimento et al., 2023. As principais intercorrências na rinomodelação com ácido hialurônico  Analisar as consequências da rinomodelação, enfatizando as causas, efeitos adversos e tratamento, para orientar e ampliar a visão dos profissionais no melhor uso do procedimento.Assim, para uma execução adequada, é necessário profissionais capacitados, com amplo conhecimento e capazes de intervir frente a uma complicação, para que não seja progrida para uma lesão.
Do Rosário Palma et al., 2023.Bioestimuladores de colágeno: aplicações na estéticaRevisar e discutir a utilização de bioestimuladores de colágeno na harmonização orofacial para o rejuvenescimento facialÉ fundamental que o profissional tenha o conhecimento adequado para selecionar o produto ideal para o tratamento de cada paciente, levando em consideração fatores
   como a idade, o estado da pele e as expectativas individuais
Pereira  et al., 2022.Intercorrências relacionadas ao uso do ácido hialurônico no preenchimento labial pelo cirurgião-dentista: uma revisão de literaturaRealizar uma revisão de literatura sobre o uso do ácido hialurônico no preenchimento labial, apresentando as intercorrências que podem surgir durante o procedimento e como tratar e evitálas, aprimorando o conhecimento dos cirurgiões-dentistas.Por meio de minuciosas anamneses, conhecimento da anatomia, das técnicas e reconhecimento das contraindicações, essas intercorrências podem ser evitadas e é de extrema importância que os profissionais estejam cientes para oferecerem os melhores tratamentos para seus pacientes.
Carvalho et al., 2020.The use of hyaluronic acid and polymethylmethacrylate in the skin aging process in a comparative analysis (the advantages, disadvantages and adverse effects of each filler).Trazer um estudo de revisão de literatura sobre os preenchimentos faciais à base de ácido hialurônico (HA) e o polimetilmetacrilato (PMMA), comparando-os quanto às suas vantagens, desvantagens e possíveis efeitos adversos decorrentes de sua administração dérmica.Comparativamente que embora não exista um preenchedor que atenda todas as características consideradas ideais o ácido hialurônico é atualmente a primeira escolha entre os materiais de implante por apresentar menos complicações que podem ser revertidas ao contrário do polimetilmetacrilato, que não é um polímero biocompatível nem absorvível, dificultando e/ou impossibilitando a reversão das complicações.

Fonte: Os autores (2024).

No cenário dos resultados descritos, observou-se a carência de trabalhos específicos quanto a escassez do ácido hialurônico (AH) na pele, sob a vertente da perca natural, assim como as possibilidades do biomédico, como profissional devidamente qualificado atuar nas aplicações do AH nestes pacientes.

Nos estudos de Araújo et al., (2023) e Brum; Spinelli (2023) constatou-se que a pele é a ligação entre o organismo e o mundo externo, afetado pelas relações sociais e o comportamento humano. Na indústria da beleza e a busca por retardar o envelhecimento, que é à redução do colágeno, fibras elásticas e ácido hialurônico, se refletem ao longo do tempo, um exemplo disso são nas mulheres em menopausa, fumantes e sedentárias que têm maior impacto negativo na pele.

Nos estudos de Carvalho et al., (2020) e Pereira et al., (2022) comprovam que a falta gradual de ácido hialurônico pode causar ressecamento da pele. Para manter a hidratação e a firmeza, é importante repor essa substância que ajuda a reter líquidos e revitalizar a aparência da pele. Ele pode ser obtido através de processos biotecnológicos com microrganismos como o Streptococcus zooepidemicus, para corrigir rugas e perda de volume, fazendo com que muitas pessoas recorram ao preenchimento dérmico, no entanto, é importante considerar o perfil do paciente e os diferentes materiais disponíveis, para evitar complicações.

Com isso, nos estudos de Do Rosário Palma et al., (2023) e Do  Nascimento et al., (2023) demonstraram a importância do profissional biomédico esteta que faz preenchimento com ácido hialurônico de realizar anamneses detalhadas e ter conhecimento de anatomia, técnicas e contraindicações para evitar complicações. Esse conhecimento da anatomia vascular é indispensável para reduzir os riscos e realizar o procedimento com segurança. 

5    CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com ênfase no tema abordado, temos em vista um déficit significativo de estudos que compreendam ao assunto em questão, quanto ao recorde dos anos préestabelecidos nesta pesquisa. Pode-se dizer que as questões problemáticas foram esclarecidas, pois na ação gradual de escassez do ácido hialurônico pelo organismo, e a alta demanda que busca a reposição desta substância, os biomédicos estetas tornaram-se uma opção de profissionais que podem atuar nesta esfera da saúde e bem-estar.

Na análise explorativa da literatura, comparamos que os profissionais de saúde biomédicos têm habilidades de repor o ácido hialurônico na região afetada, levando em conta o perfil e a anatomia dos pacientes, o que resulta em satisfação, qualidade de vida e melhoria da autoestima.

Tendo em vista a área da Biomedicina esteta sendo promissora nas intervenções de rejuvenescimento, e o domínio de técnicas de aplicação do ácido hialurônico exigem, além de conhecimentos, muita responsabilidade sobre a saúde e integridade dos pacientes. 

Devido à grande demanda por esses procedimentos, existe uma carência de conhecimentos, atualizações e especializações por esses profissionais na área da estética. Compreendendo essa demanda é importante voltar a atenção através das publicações referente a escassez do ácido hialurônico na pele, visando expandir ainda mais a área da biomedicina estética. 

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[1] Discente do curso de Biomedicina. E-mail: adalgizadriely@gmail.com

[2] Docente Profa. Orientadora do curso de Biomedicina. E-mail: viviane.santos@uniniltonlins.edu.br