EPIDEMIOLOGIA DE DOENÇAS INFECCIOSAS: ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE EM SAÚDE COLETIVA

EPIDEMIOLOGY OF INFECTIOUS DISEASES: PREVENTION AND CONTROL STRATEGIES IN PUBLIC HEALTH

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11507428


Jamylle Cantanhêde da Silva Bayma[1]
Ailton Caetano Nascimento Pessoa[2]
Fabricio Ricardo Valerio [3]
Silvana Ferreira Lima [4]
Alex Oliveira Rodrigues [5]
Clarissa Barroso Castro[6]
Carlana Santos Grimaldi Cabral de Andrade [7]
Waldson Nunes de Jesus[8]
Romário Pessoa Santos [9]
Romeu Santana Borges[10]
Anísia Ferreira de Lima [11]
Pedro Agnel Dias Miranda Neto[12]
Larissa Mayara Cordeiro Tobias [13]
Beatriz Wendling da Silva [14]
Iago Barbosa Ribeiro [15]


Resumo

Este estudo adotou uma abordagem de revisão integrativa para analisar a epidemiologia de doenças infecciosas e as estratégias de prevenção e controle em saúde coletiva. Utilizando uma estratégia de busca que envolveu palavras-chave relacionadas ao tema em três idiomas, os pesquisadores buscaram artigos publicados entre 2019 e 2024 nas bases de dados LILACS, BVS, MEDLINE e PubMed. Após a seleção criteriosa de artigos relevantes, a análise revelou uma variedade de intervenções, incluindo campanhas de vacinação, medidas de higiene e saneamento, vigilância epidemiológica, educação em saúde e políticas públicas. A integração de diferentes setores e a adaptação das estratégias com base nas características locais foram destacadas como essenciais. Os resultados sugerem que a compreensão da epidemiologia de doenças infecciosas e o desenvolvimento de estratégias eficazes são fundamentais para enfrentar os desafios de saúde pública, contribuindo para a redução da morbimortalidade e o bem-estar das populações. Essas descobertas têm implicações significativas para a formulação de políticas e práticas de saúde pública, visando sistemas de saúde mais resilientes e a promoção da saúde global.

Palavras-chave: Epidemiologia. Doenças infecciosas. Estratégias. Prevenção e controle.

1 INTRODUÇÃO

A epidemiologia das doenças infecciosas é uma área vital da saúde pública, fundamental para compreender a dinâmica, a distribuição e os determinantes dessas enfermidades na população (Braz et al., 2023). Em um mundo cada vez mais interconectado, onde as fronteiras entre as nações são permeáveis ​​e as viagens internacionais são frequentes, o surgimento e a disseminação de doenças infecciosas representam desafios significativos para a saúde global. A compreensão dos padrões de transmissão dessas doenças, assim como a identificação de fatores de risco e a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, são essenciais para mitigar seu impacto na saúde pública e reduzir sua carga sobre os sistemas de saúde.

A epidemiologia das doenças infecciosas desempenha um papel crucial na identificação de padrões de transmissão e na avaliação do impacto dessas doenças na saúde das populações (Ferreira et al., 2023). Por meio de estudos epidemiológicos, é possível determinar a prevalência e a incidência de doenças infecciosas em diferentes regiões geográficas e grupos populacionais, identificar fatores de risco associados à sua ocorrência e investigar as rotas de transmissão e os mecanismos de propagação dessas enfermidades. Essas informações são fundamentais para orientar a elaboração de políticas de saúde pública e o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle eficazes.

Uma abordagem integrada e multifacetada é essencial para prevenir e controlar as doenças infecciosas em nível populacional (Hallal et al., 2023). Isso inclui medidas de prevenção primária, como vacinação, promoção da higiene e saneamento básico, bem como estratégias de prevenção secundária, como o rastreamento de casos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Além disso, intervenções de controle, como quarentena, isolamento de casos e rastreamento de contatos, desempenham um papel fundamental na interrupção da cadeia de transmissão e na redução da incidência de doenças infecciosas.

Apesar dos avanços significativos na prevenção e controle de doenças infecciosas ao longo das últimas décadas, muitos desafios persistem. O surgimento de novas doenças, como a COVID-19, juntamente com a resistência antimicrobiana, a globalização das viagens e do comércio, e as mudanças climáticas, destacam a necessidade de uma abordagem abrangente e adaptável para lidar com esses problemas de saúde pública (Machado et al., 2023). Investimentos em pesquisa, vigilância epidemiológica, fortalecimento dos sistemas de saúde e cooperação internacional são essenciais para enfrentar esses desafios e garantir a segurança sanitária global no século XXI.

O objetivo deste trabalho é explorar a epidemiologia das doenças infecciosas, enfocando especificamente as estratégias de prevenção e controle em saúde coletiva. Buscamos analisar diferentes aspectos relacionados a essas doenças, incluindo sua transmissão, distribuição geográfica, fatores de risco, impacto na saúde pública e eficácia das intervenções preventivas e de controle. Além disso, pretendemos examinar a interação entre variáveis ​​climáticas, socioeconômicas e demográficas no contexto da epidemiologia das doenças infecciosas, bem como as implicações desses aspectos para o desenvolvimento e implementação de políticas de saúde pública.

A escolha desse tema se justifica pela sua relevância para a saúde pública e pela necessidade de aprofundar o conhecimento sobre as doenças infecciosas em um mundo cada vez mais interconectado. Além disso, a recente emergência de novas doenças infecciosas, juntamente com a ressurgência de doenças antigas, ressalta a importância de estudos que abordem não apenas os aspectos biológicos, mas também os determinantes sociais, ambientais e comportamentais que influenciam a disseminação dessas doenças.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A epidemiologia das doenças infecciosas é uma disciplina essencial no campo da saúde pública, que se dedica ao estudo da distribuição e dos determinantes das doenças transmissíveis na população. Fundamentada em princípios científicos e metodológicos, a epidemiologia permite a identificação de padrões de transmissão, a avaliação de fatores de risco e a elaboração de estratégias de prevenção e controle. A compreensão dos mecanismos de propagação das doenças infecciosas, bem como de seus impactos na saúde das comunidades, é fundamental para orientar ações de saúde pública e promover intervenções eficazes na redução da morbimortalidade associada a essas enfermidades. Por meio de estudos epidemiológicos, é possível monitorar a incidência e prevalência de doenças, identificar grupos populacionais mais vulneráveis e avaliar a eficácia de medidas preventivas e de controle. Assim, a epidemiologia das doenças infecciosas desempenha um papel crucial na promoção da saúde pública e na mitigação do impacto das enfermidades na sociedade.

Compreensão da Epidemiologia de Doenças Infecciosas

A compreensão da epidemiologia das doenças infecciosas é um campo complexo e fundamental no âmbito da saúde pública, pois permite a análise detalhada dos padrões de transmissão, dos determinantes e dos impactos dessas enfermidades na população (Moreira et al., 2023). Ao longo das últimas décadas, avanços significativos têm sido alcançados nessa área, impulsionados por uma combinação de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e aprimoramento das práticas de vigilância epidemiológica (Braz et al., 2023).

A epidemiologia das doenças infecciosas busca entender como essas enfermidades se espalham em uma determinada população, investigando fatores como o modo de transmissão, a suscetibilidade dos indivíduos e as condições ambientais que favorecem a propagação dos agentes infecciosos (Duarte et al., 2019). Essa compreensão é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e controle, visando reduzir a incidência e a gravidade das doenças (Pedroso et al., 2021).

Um dos pilares da epidemiologia das doenças infecciosas é a vigilância epidemiológica, que consiste na coleta sistemática, análise e interpretação de dados sobre a ocorrência das enfermidades em uma determinada área geográfica e período de tempo (Hallal et al., 2023). Através da vigilância, é possível detectar precocemente surtos e epidemias, monitorar tendências temporais e espaciais das doenças, e identificar grupos populacionais mais vulneráveis (Silva et al., 2023).

Além disso, a epidemiologia das doenças infecciosas emprega uma variedade de métodos e técnicas de investigação, incluindo estudos observacionais, modelagem matemática, análise molecular e estudos de intervenção (Ferreira et al., 2023). Essas abordagens permitem não apenas descrever a distribuição e os determinantes das doenças, mas também avaliar a eficácia de intervenções preventivas e terapêuticas, contribuindo para a tomada de decisão baseada em evidências (Loureiro et al., 2023).

No contexto atual, marcado pela globalização, urbanização e mudanças climáticas, a epidemiologia das doenças infecciosas enfrenta novos desafios e oportunidades (Machado et al., 2023). O surgimento de novos patógenos, como o vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, ressalta a importância de uma abordagem integrada e colaborativa para enfrentar ameaças à saúde pública em escala global (Santana et al., 2023).

Nesse sentido, a colaboração entre instituições de pesquisa, agências de saúde pública, governos e organizações internacionais é essencial para fortalecer a capacidade de resposta a emergências de saúde, promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências, e desenvolver estratégias inovadoras de prevenção, controle e tratamento de doenças infecciosas (Oliveira et al., 2023).

Portanto, a compreensão da epidemiologia das doenças infecciosas desempenha um papel crucial na proteção da saúde da população, na promoção da equidade em saúde e no avanço do conhecimento científico no campo da saúde pública (Moreira et al., 2023). Por meio de uma abordagem multidisciplinar e baseada em evidências, é possível enfrentar os desafios complexos impostos pelas doenças infecciosas e trabalhar em direção a um futuro mais saudável e resiliente para todos.

Estratégias de Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas

As estratégias de prevenção e controle de doenças infecciosas desempenham um papel fundamental na mitigação dos impactos dessas enfermidades na saúde pública (Moreira et al., 2023). Essas estratégias são desenvolvidas com base na compreensão da epidemiologia das doenças, considerando seus principais determinantes e mecanismos de transmissão (Braz et al., 2023). O objetivo principal dessas ações é reduzir a incidência, a morbimortalidade e os custos associados às doenças infecciosas, promovendo a saúde e o bem-estar da população (Duarte et al., 2019).

Uma das estratégias mais importantes de prevenção de doenças infecciosas é a imunização por meio da vacinação (Pedroso et al., 2021). As vacinas têm sido uma ferramenta eficaz na erradicação e controle de diversas doenças, como varíola, poliomielite e sarampo, contribuindo significativamente para a redução da morbimortalidade em todo o mundo (Hallal et al., 2023). Além disso, programas de imunização em massa desempenham um papel crucial na proteção de grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com condições de saúde subjacentes (Silva et al., 2023).

Outra estratégia importante é a promoção da higiene e saneamento básico, que são fundamentais para prevenir a transmissão de doenças infecciosas transmitidas por via fecal-oral, como cólera e hepatite A (Machado et al., 2023). O acesso a água potável, saneamento adequado e educação em saúde são essenciais para reduzir o risco de infecções e melhorar os indicadores de saúde em comunidades vulneráveis (Santana et al., 2023).

Além disso, medidas de controle de infecção desempenham um papel crucial na prevenção da propagação de doenças infecciosas em ambientes de saúde, como hospitais e clínicas (Oliveira et al., 2023). Isso inclui práticas como lavagem das mãos, uso de equipamentos de proteção individual, desinfecção de superfícies e isolamento de pacientes infectados, que são essenciais para reduzir a transmissão de patógenos entre pacientes e profissionais de saúde (Moreira et al., 2023).

Além disso, estratégias de educação em saúde e comunicação de risco desempenham um papel importante na promoção de comportamentos saudáveis e na conscientização sobre os riscos de doenças infecciosas (Santana et al., 2023). Campanhas de informação pública, palestras educativas e materiais informativos podem ajudar a aumentar o conhecimento da população sobre medidas preventivas e incentivar a adoção de práticas saudáveis no dia a dia (Oliveira et al., 2023).

Portanto, as estratégias de prevenção e controle de doenças infecciosas são essenciais para proteger a saúde pública e reduzir o impacto dessas enfermidades na sociedade (Moreira et al., 2023). Através de uma abordagem integrada e baseada em evidências, é possível desenvolver programas eficazes de prevenção e controle, promovendo a saúde e o bem-estar de indivíduos e comunidades em todo o mundo.

Desafios e Inovações na Saúde Coletiva

A compreensão da epidemiologia de doenças infecciosas é fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e controle em saúde coletiva. Esta disciplina aborda não apenas a ocorrência e distribuição de doenças infecciosas em populações, mas também os fatores que influenciam sua transmissão e impacto na saúde pública (Duarte et al., 2019). Compreender a epidemiologia dessas doenças envolve analisar sua história natural, os determinantes de sua ocorrência, a forma como se espalham e os grupos populacionais mais vulneráveis (Moreira et al., 2023).

Uma das principais áreas de interesse na epidemiologia de doenças infecciosas é a vigilância epidemiológica, que envolve a coleta sistemática de dados sobre casos de doenças e seus determinantes, a fim de monitorar tendências, detectar surtos precocemente e avaliar a eficácia das intervenções (Ferreira et al., 2023). Isso inclui a análise de padrões de incidência, prevalência e mortalidade, bem como a investigação de surtos e epidemias (Silva et al., 2023).

Além disso, a epidemiologia de doenças infecciosas desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle. Isso inclui a identificação de medidas de controle, como vacinação, medidas de higiene, tratamento de casos e quimioprofilaxia, e sua implementação em nível populacional (Braz et al., 2023). Estratégias eficazes de prevenção e controle dependem não apenas da disponibilidade de intervenções, mas também de sua aceitabilidade, acessibilidade e sustentabilidade (Pedroso et al., 2021).

A compreensão da epidemiologia de doenças infecciosas também é fundamental para a resposta a emergências de saúde pública, como surtos de doenças transmissíveis. Isso envolve a mobilização rápida de recursos para investigar surtos, identificar fontes de infecção, implementar medidas de controle e mitigar o impacto na saúde pública (Hallal et al., 2023). A capacidade de responder eficazmente a essas emergências depende da prontidão dos sistemas de saúde e da colaboração entre diferentes setores e agências (Oliveira et al., 2023).

Por fim, a compreensão da epidemiologia de doenças infecciosas é essencial para informar intervenções de saúde pública destinadas a prevenir e controlar a propagação dessas doenças. Ao analisar a ocorrência e os determinantes das doenças, bem como a eficácia das intervenções, os epidemiologistas podem contribuir para a promoção da saúde e o bem-estar das populações (Loureiro et al., 2023).

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa adota uma abordagem de revisão integrativa, a qual constitui um método que analisa de maneira qualitativa os resultados de estudos anteriores sobre um determinado tema, empregando procedimentos bibliográficos. Para identificar os estudos incluídos, elaborou-se uma estratégia de busca utilizando palavras-chave relacionadas à epidemiologia de doenças infecciosas, estratégias de prevenção e controle, e saúde coletiva nos idiomas português, inglês e espanhol.

Esta estratégia foi aplicada nas bases de dados LILACS, BVS, MEDLINE e PubMed. A pesquisa foi conduzida utilizando a seguinte expressão de busca: “(Epidemiologia de Doenças Infecciosas OR Infectious Disease Epidemiology) AND (Estratégias de Prevenção e Controle OR Prevention and Control Strategies) AND (Saúde Coletiva OR Public Health)”. Esta busca inicial resultou em um total de 421 artigos. Foram considerados para inclusão os artigos publicados entre 2019 e 2024, nos idiomas português, inglês ou espanhol, que estivessem relacionados com a questão de pesquisa. Artigos anteriores a 2019 foram excluídos da análise.

Após uma cuidadosa revisão dos títulos e conteúdos, foram selecionados 10 artigos para compor esta revisão. Estes artigos foram criteriosamente avaliados com o objetivo de abordar as principais estratégias de prevenção e controle de doenças infecciosas em saúde coletiva.

A análise dos estudos selecionados revelou uma variedade de abordagens e intervenções utilizadas para enfrentar desafios epidemiológicos, incluindo campanhas de vacinação, medidas de higiene e saneamento, vigilância epidemiológica, educação em saúde, e políticas públicas voltadas para a promoção da equidade e acesso aos serviços de saúde.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com base nas evidências apresentadas pelos autores mencionados, os resultados e discussões sobre a epidemiologia de doenças infecciosas e suas estratégias de prevenção e controle oferecem uma visão abrangente das complexidades envolvidas na abordagem desses desafios de saúde pública. A análise das internações por condições sensíveis à atenção primária à saúde, conduzida por Braz et al. (2023), revela uma associação significativa entre a cobertura da atenção primária e a redução das hospitalizações, destacando a importância da promoção da saúde e da prevenção de doenças em nível comunitário.

Da mesma forma, o estudo de Duarte et al. (2019) sobre a variabilidade climática e as internações por doenças diarreicas infecciosas ressalta a influência dos fatores ambientais na transmissão de doenças, destacando a necessidade de abordagens integradas que considerem não apenas os determinantes individuais, mas também os contextos ecológicos e climáticos.

No que diz respeito às intervenções de saúde, Ferreira et al. (2023) oferecem insights valiosos sobre as características clínico-epidemiológicas de gestantes com coinfecção HIV/sífilis, destacando a importância da integração de serviços de saúde materno-infantil e da oferta de cuidados abrangentes e sensíveis às necessidades específicas dessas populações vulneráveis.

Além disso, o estudo de Hallal et al. (2023) sobre inquérito telefônico de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em tempos de pandemia fornece informações cruciais sobre os métodos de coleta de dados em situações de emergência de saúde pública, destacando a necessidade de adaptação de abordagens de vigilância epidemiológica para lidar com desafios emergentes.

No que se refere à tuberculose, Loureiro et al. (2023) apresentam uma análise detalhada do ônus financeiro associado ao acompanhamento de pacientes diagnosticados e tratados para a doença, evidenciando as barreiras econômicas enfrentadas por indivíduos e famílias afetadas e ressaltando a importância da oferta de serviços de saúde acessíveis e de qualidade.

Em relação à pandemia de COVID-19, Machado et al. (2023) oferecem uma análise abrangente das repercussões das condições de trabalho e de saúde dos profissionais de saúde, destacando os desafios enfrentados por esses trabalhadores na linha de frente e ressaltando a importância da proteção e do apoio adequados a esses profissionais.

Adicionalmente, Moreira et al. (2023) apresentam uma análise das características clínico-epidemiológicas e da tendência temporal de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física, fornecendo insights valiosos sobre a distribuição e evolução dessa doença negligenciada, e destacando a importância da detecção precoce e do tratamento adequado para prevenir incapacidades e sequelas.

Por fim, Santana et al. (2023) e Silva et al. (2023) abordam a transmissão vertical de sífilis e a contaminação pelo COVID-19 em profissionais de saúde, respectivamente, ressaltando a importância da vigilância epidemiológica e da implementação de medidas de prevenção e controle para interromper a disseminação dessas doenças.

Pode-se dizer que, os resultados e discussões apresentados pelos autores fornecem debates valiosos para informar políticas e práticas de saúde pública, destacando a importância da abordagem holística e integrada na prevenção e controle de doenças infecciosas em saúde coletiva.

5 CONCLUSÃO

Ao revisitar os estudos e análises realizados pelos autores referenciados, é possível concluir que a compreensão da epidemiologia de doenças infecciosas e o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle em saúde coletiva são fundamentais para enfrentar os desafios de saúde pública enfrentados em todo o mundo. A partir das evidências apresentadas, fica claro que a promoção da saúde, a prevenção de doenças e a proteção da população exigem abordagens integradas, que considerem não apenas os aspectos biológicos das doenças, mas também os determinantes sociais, ambientais e comportamentais que influenciam sua transmissão e impacto.

Os estudos examinados destacam a importância da atenção primária à saúde, da vigilância epidemiológica, da integração de serviços de saúde e da promoção de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades em saúde. Além disso, ressaltam a necessidade de abordagens adaptáveis e flexíveis que possam responder de forma eficaz a emergências de saúde pública, como pandemias e surtos de doenças infecciosas.

É evidente que os desafios em saúde coletiva são multifacetados e dinâmicos, exigindo um compromisso contínuo com a pesquisa, a inovação e a colaboração entre diferentes setores e atores da sociedade. Nesse sentido, os estudos analisados fornecem insights valiosos que podem orientar políticas e práticas de saúde pública, contribuindo para a promoção do bem-estar e a proteção da saúde da população.

Portanto, a compreensão da epidemiologia de doenças infecciosas e o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle representam pilares essenciais da saúde coletiva, cuja importância só se torna mais evidente diante dos desafios globais enfrentados atualmente. Em última análise, é crucial que os esforços sejam direcionados não apenas para a resposta imediata a crises de saúde, mas também para a construção de sistemas de saúde resilientes e sustentáveis que possam garantir o bem-estar de todas as comunidades.

REFERÊNCIAS

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DUARTE, J. L et.al. Variabilidade climática e internações por doenças diarreicas infecciosas em um município da Amazônia Ocidental Brasileira.Cien Saúde Colet. 2019.

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MOREIRA, R. J. O. et.al. Características clínico-epidemiológicas e tendência temporal de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física, no estado do Maranhão, 2011-2020.  Epidemiol. serv. saúde ; 32(2): e2022435, 2023.

PEDROSO, M. R. O et.al. Custos catastróficos e sequelas sociais devido ao diagnóstico e tratamento da tuberculose no Brasil. EpidemiolServ Saude. 2021.

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SANTANA, N. C. S. et.al. Fatores associados à transmissão vertical de sífilis em um município do Estado de São Paulo. Rev. epidemiol. controle infecç ; 13(2): 92-100, abr.-jun. 2023.

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[1] Enfermeira e discente do Curso Superior de Medicina pela Universidade Anhembi Morumbi. e-mail:jamylle-cantanhede@hotmail.com

[2] Engenheiro de Segurança do Trabalho pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera (UNOPAR); Especialista em Engenharia Ambiental pela União Brasileira de Faculdades (UNIBF); graduado em Engenharia Civil pela Universidade da Amazônia UNAMA (2020). e-mail: ailtoncnpessoa@gmail.com

[3] Fisioterapeuta pós-graduado em Fisioterapia Hospitalar com ênfase em Terapia Intensiva Adulto e Neonatal, em Fisioterapia Traumato-ortopédica e em Docência da Educação Superior pelo Centro Universitário Barão de Mauá, cursando pós-graduação em Fisioterapia Oncológica e Cuidados Paliativos pela Universidade de Uberaba e-mail: valeriofabricio@gmail.com

[4] Enfermeira pelo Centro Universitário Inta-UNINTA. e-mail: silvanaferreiralima38@gmail.com

[5] Mestrado em Desenvolvimento e Sociedade pela Universidade Alto Vale do Rio do Peixe UNIARP. e-mail: rodrigues01@yahoo.com.br

[6] Discente do curso de Medicina do Centro Universitário INTA (UNINTA) e-mail: clarissaacademy@gmail.com

[7] Enfermeira pela Universidade Gama Filho e-mail: carlanagrimaldi@gmail.com

[8] Enfermeiro e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana e-mail: waldsonnunes@gmail.com

[9] Nutricionista e Pedagogo.Pós-graduação em Saúde da Família pelo Centro Universitário Estácio de Sá de Ribeirão Preto. (UNESA) e-mail: rommariop2@gmail.com

[10] Enfermeiro da Estrategia de Saúde da Família – Prefeitura Municipal de Irecê-BA. Bacharel em Enfermagem e Esp. em Saúde da Família Residência Multiprofissional pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Membro do Grupo de Pesquisa Micropolítica do Cuidado – UNEB. Esp. em Saúde da Família Residência Multiprofissional pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Membro do Grupo de Pesquisa Micropolítica do Cuidado – UNEB.e-mail: rsbirece@gmail.com

[11] Enfermeira pela Universidade de Fortaleza. Mestranda pela Universidade Estadual do Ceará e-mail: anisiaflima@gmail.com

[12] Docente da Faculdade de Ciências da Saúde Pitágoras Codó – FCSPC, doutorando pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. e-mail: pedroagnelneto@gmail.com

[13] Educadora Física pela Universidade do Estado do Pará. Especialista em Fisiologia do Exercício pela Escola Superior Madre Celeste (ESMAC) e em Educação Especial pela Faculdade Única (Grupo Prominas) larissalola24@gmail.com

[14] Técnica de Enfermagem pelo Colégio Santa Catarina. Discente do curso de Enfermagem bacharelado e licenciatura pelo Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) e-mail: beatrizwendlingdasilva@outlook.com

[15] Enfermeiro pela Universidade Estadual de Feira de Santana, discente do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Feira de Santana. e-mail: iagobarbosa04@gmail.com