ENSINO E APRENDIZAGEM PARA O EDUCANDO ADULTO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10062654


Anne Laline  Silva Medrado1
Danilaura Gama dos Santos ²
Josiani Alves Moreira ³


RESUMO

O ensino para Jovens e Adultos visa atender aqueles jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de ingressar em uma escola e dar continuidade aos seus estudos oferecendo a eles toda uma prática pedagógica voltada por sua idade e série, preparando- os para exercer uma vida cidadã. Mas para oferecer um ensino de qualidade para os jovens e adultos é necessário de políticas públicas, outra questão também muito importante é o processo ensino e aprendizagem da EJA.

Palavras-chave: Ensino, políticas públicas, práticas pedagógicas e programas de alfabetização

ABSTRACT

Education for Youth and Adults aims to meet these young people and adults who have not had the opportunity to join a school and continue their studies by offering them all a pedagogical practice for their age and grade preparing them to exercise a civic life. But to provide a quality education for young people and adults need public policies, another very important issue is the learning and teaching process of EJA.

Keywords: Education, public policy, teaching practices and literacy programs

  1. INTRODUÇÃO 

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem como objetivo oferecer um ensino público de qualidade que atenda aquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar na infância ou adolescência em idade apropriada. A EJA vem se evoluindo ao longo do tempo, transformando o ensino obrigatório e gratuito. Mas para essas práticas pedagógicas irem a diante é necessário políticas públicas destinadas para os programas de alfabetização de jovens e adultos, pois alfabetizar não é só aprender a ler e escrever é preciso todo um contexto.

Os princípios da Educação de Jovens e Adultos é fazer o reconhecimento da mesma como direito, como também alfabetização articulada, respeitando as diversidades transmitindo um ensino interdisciplinar e intersetorial.

 O que preocupa é que não existem políticas educacionais que visam atender esses jovens e adultos que não tiveram acesso ou continuidade dos estudos na idade regular.

A EJA, como processo diferenciado em relação à educação de crianças, necessita de elementos apropriados para atender às peculiaridades típicas do processo; esses elementos podem ser especificados nas seguintes categorias, a saber: professores, ambiente físico, programas (conteúdos), metodologia própria. (SCARAMUSSA, e ÁLVARO, 2006, p. 03)

Diante desse assunto é importante compreender o processo em que está sendo trabalhado a EJA. Será que existem políticas públicas e educacionais destinadas a jovens e adultos? Elas estão sendo aplicadas ou estão paradas? Como é a prática pedagógica voltada para a EJA? E esses programas de alfabetização vão ao encontro do público da EJA? Todas essas indagações sobre a Educação de Jovens e Adultos serão respondidos no decorrer desse artigo.

  1. POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA A EJA

A política de Educação de Jovens e Adultos, diante do desafio de resgatar um compromisso histórico da sociedade brasileira e contribuir para a igualdade de oportunidades, inclusão e justiça social, fundamenta sua construção nas exigências legais definidas. (SILVA, s/d, p. 02)

A educação de adultos vem se amadurecendo e transformando a compreensão de muitas pessoas, pois, era anteriormente muito ignorada e manipulada, ela nasceu para reforçar a supremacia política de um partido ou de um regime político. Nos últimos anos foram realizados vários estudos e experiência prática a respeito dos movimentos sociais para formulação de políticas públicas de educação que serão realizados no país, tendo como objetivo fazer uma educação para todos em especial à alfabetização e educação de adultos.

Ao longo do tempo foi evoluído o conceito da Educação de Jovens e Adultos, atualmente o governo está tentando resolver o problema da educação para todos os brasileiros. Mas há sofrimento com os paradigmas da educação, em especial o fracasso de alguns programas de alfabetização que cada vez mais estão crescendo o número de analfabetos no país, cabe dizer que muitas vezes o contexto da Educação de Jovens e Adultos estão inseridos a meios de desvalorização e indiferença, outro fator importante é que pouco se fez para os jovens e adultos que tentaram voltar para a escola, porque os programas voltados à EJA estão preso a um passado político. Por outro lado, há também problemas metodológicos que não foram resolvidos em alguns programas implantados para o docente transmitir conhecimento, pois, é necessário conhecer o sujeito e o objeto da alfabetização levando ao direito de expressar permitindo ao alfabetizando agir e pensar sobre a escrita do mundo, diferente da criança o aluno adulto gosta de ver o resultando em imediato no que está aprendendo. Fazendo assim uma escola cidadã onde todos têm um ensino de qualidade.

Com a chegada da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96) houve várias mudanças.  

Art. 37º. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

§ 1º. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

§ 2º. O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

§ 3°. A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na formado regulamento. (BRZEZINSKI, 2008 p. 32)

Para GADOTTI e ROMÃO (2000, p. 217): 

Nunca é demais repetir que nosso problema não está ligado á falta de recursos nem á falta de competência pedagógica; suas raízes estão na falta de vontade política, cuja construção depende de intervenção aguerridas da categoria. Daí a sagrada indignação que deve nortear nosso comportamento, na relação com os definidores de políticas, com os alocadores e distribuídos de recursos, com os executores de programas.

Na década de 1940, foi gerada várias medidas ao combate ao analfabetismo agilizando todo o crescimento econômico. Em 1950 o adulto analfabeto não podia votar, com isso o propósito da Educação de Jovens e Adultos era transformar esse analfabeto em um leitor. Na década de 1960 as classes populares foram vista de outra forma, o analfabeto no país era resolvido por meio de situações concretas e diálogos. Os conteúdos seriam transmitidos de acordo com sua situação de vida. Mas em 1964 com o golpe militar mudou o rumo das propostas de alfabetização. Surgiu a partir daí a Cruzada Ação Básica (ABC) (1966-1970) e também o movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) no período de 1970 a 1985, logo no inicio MOBRAL lançou uma campanha de alfabetização, depois aprofundou o trabalho educativo e ofereceu cursos de continuação. Porém com o tempo notamos o jeito critico e contextualizado que foi implantado.

Somente em 1988 com a Constituição Federal que veio a atender todos os indivíduos da mesma forma, garantindo uma educação igualitária.

No meados dos anos de 1990 as políticas educacionais passou por um período de reformas. DI PIERRO (2001, p. 2), ressalta:

O objetivo explicito da reforma educacional implementado pelo governo federal brasileiro na segunda metade dos anos de 1990 foi racionalizar o gosto público e redistribui-lo entre os níveis de ensino, de modo a aumentar a eficiência interna do sistema, ampliando a cobertura, melhorando o fluxo escolar e elevando os níveis de aprendizagem dos alunos.

Em 1990 a 2000 foi realizada uma Conferência Mundial sobre Educação para todos em que veio a abordar a EJA como um dos principais meios para enfrentar o analfabetismo, pois a Educação de Jovens e Adultos é um grande instrumento para a melhoria das condições de vida. Entretanto, não há como implantar políticas efetivas de EJA sem os recursos financeiros que traduzem a vontade política, em práticas de qualidade. As Diretrizes e Bases para a EJA têm o intuito de promover uma educação para todos com objetivos e metodologia específica para adulto, tudo voltado para a sua vivência. Portanto, as políticas públicas surgem com intuito de acabar com os índices altos de analfabetismo, mas para isso é necessário que o governo destine verbas para o público da EJA sancionando assim esses analfabetos excluídos do nosso país. Porém ao falar em políticas públicas, primeiramente deve-se conhecer a escola, os alunos, o currículo e os mecanismos para fazer mudança.

O foco para se definir uma política para a educação de jovens e adultos e para a formação do educador da EJA deveria ser um projeto de formação que colocasse a ênfase para que os profissionais conhecessem bem quem são esses jovens e adultos, como se constroem como jovens e adultos e qual a história da construção desses jovens e adultos populares. Não é a história da construção de qualquer jovem, nem qualquer adulto. São jovens e adultos que têm uma trajetória muito específica, que vivenciam situações de opressão, exclusão, marginalização, condenados à sobrevivência, que buscam horizontes de liberdade e emancipação no trabalho e na educação. (MACHADO, 2008, p. 23)

 2.1  PRÁTICA PEDAGÓGICA VOLTADA PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DA EJA

A alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de fora para dentro, como uma doação ou uma exposição, mas de dentro para fora, pelo próprio analfabeto, somente ajustado pelo educador. (FREIRE, 1979, p. 41)

O compromisso político do professor primeiramente deve ser com a mobilização e organização. Para a recuperação da funcionalidade do ato pedagógico é necessário toda uma contextualização educativa, se caso não tiver espera de funcionalidade pedagógica provocará á evasão, a repetência, o desinteresse, a apatia do alunado, principalmente para os jovens e adultos que trazem toda uma bagagem vivida anteriormente. Assim sendo, o professor é o único meio de detectar os conhecimentos, sendo transmissor de informações e conteúdos, buscando avaliar o seu conhecimento adquirido. Porém o professor/aluno deve ter uma ótima relação para a construção de ensino- aprendizagem, os dois trabalharam juntos a todo o momento.

É necessário também formação de educadores, sendo um ensino repensado, se tratando que a formação do educador não é determinar a qualidade do ensino do alfabetizador e sim contribuir para sua melhora, necessitando de perguntar para responder essas questões, sendo assim um processo de formação permanente.

De acordo com LEITÃO, (2004, p.02):

A palavra formação, devido a algumas práticas que nela são desenvolvidas, nos remete à idéia de dar forma, moldar, como se os outros- educadores, professores- fossem uma massa amorfa que só saísse desse estado a partir das informações, conteúdos e teorias que orientam as propostas formadoras.

Para DINIZ Pereira e FONSECA (2001, p.55 e 56):

A identidade docente vai sendo construída a partir das relações sociais que se estabelecem nos programas de formação inicial e, fundamental quando os estudantes estão em contato com a prática docente, momento em que a reflexão se torna ferramenta básica na construção da identidade de professor.

É necessário que o docente tenha um desenvolvimento concreto dos seus alunos o preparo para ao exercício da cidadania e qualificação do seu trabalho. Assim tendo uma formação teórica que o permita a compreender de forma crítica a sociedade, a educação e a cultura.

Para se ter uma atuação coerente com a concepção construtivista e dialética da aprendizagem precisamos encontrar um caminho para alterar essa prática dos formadores. Uma das primeiras coisas a fazer é estabelecer um vínculo de confiança com a comunidade e com o professorado que vai receber a proposta. Isso exige reuniões e conversas para submeter a proposta aos docentes, utilizando uma metodologia onde os meios multimidiáticos participem. (CERRATI, 2008, p.15)

Para os professores, em especial os docentes da EJA, é necessário um conhecimento em que se transmita o ensino- aprendizagem de modo compreensivo, mas para isso acontecer é preciso que o professor socialize o seu ambiente escolar. Sendo assim é por esse motivo que muitos professores têm a dificuldade de obter a compreensão do seu aluno.

  1. METODOLOGIA

Essa pesquisa foi desenvolvida com os reeducandos que cumprem semi- abertos na delegacia de Barra do Garças- MT, em que estão fazendo a EJA nas Faculdades Unidas do Vale do Araguaia com as estagiárias do 4° ano de Pedagogia. O principal objetivo dessa pesquisa é relatar se os programas de alfabetização estão indo ao encontro com as necessidades da EJA, colhendo assim as ações que estão sendo desenvolvidas em sala de aula.

3.1 AMOSTRAGEM

Foi realizado um estudo do tipo qualitativo se caracteriza com a entrevista de cinco estagiárias do curso em Licenciatura em Pedagogia das Faculdades Univar, que estão trabalhando com os reeducandos da EJA. Todas as estagiárias se disponibilizaram a participar da pesquisa.

3.2 MATERIAIS E METÓDOLOFICOS

Foi aplicado um instrumento de coleta de dados no formato de questionário, contendo um total de nove questões, sendo essas nove questões com livre opção das respostas.

  1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As participantes da pesquisa foram questionadas sobre a Educação de Jovens e Adultos, em que abordaram os seus conhecimentos das políticas públicas destinadas a EJA, sua formação para almejar essas aulas, as estratégias de ensino e o sistema de avaliação, com também o comportamento dos alunos e o seu desenvolvimento, o registro das aulas e valorização do professor.

 Análise dos dados das estagiárias da EJA, do curso Licenciatura em Pedagogia das Faculdades Univar no município de Barra do Garças-MT.

TABELA 1

Conhecimento sobre políticas publica destinado ao EJA                           Freq.                         %
Sim                                                                                                                2                             40Não                                                                                                                2                             40Algumas                                                                                                        1                             20TOTAL                                                                                                          5                            100

Análise: É notável que 40% das estagiárias não tem conhecimento sobre políticas públicas destinadas a EJA. “as políticas representam o espaço onde se manifesta a ‘politicidade inerente à educação’, na medida em que traduzem expectativas de ruptura ou de continuidade”. (VIEIRA, 2007, p. 04)

É por meio das políticas públicas que se resgatam os mecanismos de se fazer mudança.

TABELA 2

Formação especifica para o EJA                                                                      Freq.                        %
Sim                                                                                                                     2                             40Não                                                                                                                     3                             60Algumas                                                                                                             —                             —TOTAL                                                                                                               5                            100

Análise: A tabela 2 revela que, 60% não tem formação específica para trabalhar com a EJA.

Com relação á qualidade da formação para atuação na EJA, o que ocorre é uma crescente descaracterização dos cursos de formação, juntamente a falta de livros escritos que propicie apoio a essa formação, a pouca contribuição das universidades, ao desprezo das questões de ensino e a formação para o trabalho docente. São muitos os desafios o que torna a prática de ensinar cada vez mais complexa. (RIBAS E SOARES, s/d, p. 04)

Muitas vezes o professor não tem formação para trabalhar com a EJA não é por motivo de desinteresse, mas pelos poucos recursos que os são oferecidos.

TABELA 3

A ação educativa vai ao encontro com o desenvolvimento do aluno               Freq.                        %
Sim                                                                                                                     5                            100Não                                                                                                                     —                             –Ás vezes                                                                                                             —                             —TOTAL                                                                                                               5                            100

Análise: Constatam- se que 100% das estagiárias acreditam que a sua ação educativa vai ao encontro da aprendizagem dos alunos. A ação de mediação se torna característica importante na formação do educador enquanto integrado em uma ação maior que a de simplesmente reproduzir conhecimentos de forma mecânica, desvinculando da realidade. (RIBAS, SOARES, 2012, p. 07)

TABELA  4

Estratégia de ensino diferenciada para o público do EJA                                Freq.                         %
Sim                                                                                                                     4                              80Não                                                                                                                     —                             –Ás vezes                                                                                                             1                              20 TOTAL                                                                                                               5                             100

Análise: Constatam- se que 80% das estagiárias tem estratégias de ensino para se trabalhar com a EJA. É preciso planejar atividades que facilitem, para os alunos, o reconhecimento das intenções do professor. As atividades podem ser simples, mas precisam estar voltadas para os interesses dos alunos, de modo que eles se sintam envolvidos na sua realização. (VÓVIO, MANSUTTI, s/d, p. 09).

Tudo que é desenvolvido em sala de aula deve ir de encontro com as necessidades dos alunos, só assim o professor conseguirá um aprendizado satisfatório com seus alunos.

TABELA 5

Utiliza avaliação diferenciada para EJA                                                             Freq.                         %
Sim                                                                                                                        5                           100Não                                                                                                                        —                             –Ás vezes                                                                                                                —                             —TOTAL                                                                                                                   5                          100

Análise: Demonstra que 100% utiliza de uma avaliação diferenciada

Durante muito tempo, a avaliação restringiu-se ao levantamento de informações sobre resultados de aprendizagem obtidos pelos alunos, que eram tidos como os únicos responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso da escola. Hoje sabe-se que o ato de avaliar pode servir a outros fins que não se restringem a saber se o aluno alcançou ou não certos objetivos da aprendizagem. A avaliação engloba diferentes sujeitos e objetos e possui diversas funções, especialmente quando é concebida como um elemento do planejamento e como uma prática que integra o processo de ensino aprendizagem. (VÓVIO, MANSUTTI s/d, p. 04)

A avaliação deve ser planejada, servindo como um acompanhamento para averigua como está acontecendo à relação do professor/aluno.

TABELA 6

Faz registro de atividades desenvolvidas em sala de aula                                  Freq.                       %
Sim                                                                                                                        3                           60Não                                                                                                                       —                            –Ás vezes                                                                                                                2                           40TOTAL                                                                                                                  5                          100

Análise: Indica que somente 60% das estagiárias faz registro das atividades desenvolvidas em sala de aula.

Quando um(a) professor(a) escreve sobre uma seqüência de atividades, está documentando o caminho que ele(a) e seu grupo percorreram para pensar e aprender sobre um determinado assunto. Esse caminho nos aponta para formas de intervenção do(a) professor(a) e para a dinâmica vivida pelos alunos. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2006, p. 33)

É por meio do registro das atividades que podem fazer uma intervenção da prática educativa, como também acompanhar o processo vivido pelos alunos no decorrer das aulas.

TABELA 7

Registra reflexões sobre o fazer pedagógico                                          Freq.                         %
Sim                                                                                                                       5                           100Não                                                                                                                       —                            –Ás vezes                                                                                                               —                            —TOTAL                                                                                                                  5                          100

Análise: 100% das entrevistadas registram suas reflexões sobre o fazer pedagógico.

De acordo com FREIRE, (1996, p.18). Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.

Dessa forma é preciso que o professor faça uma reflexão crítica sobre a sua prática docente.

TABELA 8

Os professores da EJA são ou estão sendo valorizados                             Freq.                         %
Sim                                                                                                                      —                            –Não                                                                                                                      3                            60Mais ou menos                                                                                                     2                           40TOTAL                                                                                                                 5                          100

Análise: Na concepção da estagiarias 60% dos professores da EJA não estão sendo valorizados.

TABELA 9

9- Os alunos da EJA são interessados em aprender                                         Freq.                         %
Sim                                                                                                                      1                            20Não                                                                                                                      1                            20Alguns                                                                                                                 3                            60TOTAL                                                                                                               5                           100     

Análise: 60% das estagiárias revela que somente alguns alunos são interessados em aprender.

Os alunos jovens e adultos, pela sua experiência de vida, são plenos deste saber sensível. A grande maioria deles é especialmente receptiva às situações de aprendizagem%: manifestam encantamento com os procedimentos, com os saberes novos e com as vivências proporcionadas pela escola. Essa atitude de maravilhamento com o conhecimento é extremamente positiva e precisa ser cultivada e valorizada pelo(a) professor(a) porque representa a porta de entrada para exercitar o raciocínio lógico, a reflexão, a análise, a abstração e, assim construir um outro tipo de saber: o conhecimento científico. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2006, p. 10)

Com a experiência de vida que muitos jovens e adultos tiveram, eles acabam sendo sensíveis ao ato de aprender. Dessa forma, acaba tendo um apego fácil á forma de aprendizagem, então cabe ao professor despertar esse saber.

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Cabe dizer que a Educação de Jovens e Adultos teve um grande avanço nos últimos tempos. Mas para saber quais são esses avanços deve-se desvendar todo um contexto.

Diante do apresentado, a partir da metodologia empregada e dos resultados obtidos, destaque- se que ainda há muito que melhorar na Educação de Jovens e Adultos, é preciso professores capacitados que vão ao encontro com as necessidades dos alunos, que conheçam os objetivos da EJA, como também os avanços, transmitindo uma aprendizagem diferenciada, registrando tudo que acontece em sala, fazendo assim docentes pesquisadores que buscam a todo o momento inovações.

Portanto a Educação de Jovens e Adultos (EJA) visa atender aquelas pessoas que não tiveram oportunidade de dar continuidades aos seus estudos na idade certa é uma oportunidade de dar ao jovem e adulto a construção da sua cidadania.

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABEC-Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. Elaborando Trabalhos Científicos – Normas para apresentação e elaboração. Barra do Garças (MT): ABEC, 2012.

ARROYO, Miguel G. Da Escola coerente à Escola possível. São Paulo: Loyola, 1997. 

BRASIL, Cristiane Costa. História da Alfabetização de Adultos: de 1960 até os dias de hoje.2005.4p. Disponível: <http://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/12005/CristianeCostaBrasil.pdf>. Acesso em: 01 de setembro de 2013 

BRZEZINSKI, Iria(org). LDB dez anos depois: reinterpretação sob diversos olhares.- 2. ed- São Paulo: Cortez,2008.

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