REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202509191742
Francismar Leão Ferreira da Silva
Mabya Florindo de Sales
Maria Luisa Miranda Campos
Maria Mel Amorim Paixão
Maysa Gomes Tinoco
Stefani Raposa Guimarães
Orientadoras: Camila Gama dos Santos Campbell
Lídia Márcia Heringer Sanabria
RESUMO
A oxigenoterapia domiciliar é uma prática que existe há mais de sete décadas, com o objetivo de aprimorar a qualidade de vida e a longevidade de indivíduos que sofrem de doenças pulmonares crônicas. As doenças respiratórias crônicas podem evoluir com hipoxemia, podendo levar a complicações infecciosas, internações e um custo elevado para a assistência à saúde. Sua prescrição é frequentemente indicada para condições como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Hipertensão Pulmonar (HP), Doenças Pulmonares Intersticiais (DPI) e outras que apresentam hipoxemia grave em repouso. A Lesão por Pressão refere-se a um ferimento na pele ou em tecidos moles que normalmente acontece em áreas com proeminências ósseas ou ao uso de aparelhos ou instrumentos médicos. O estudo ainda trata da Lesão por pressão em pacientes em uso de oxigenoterapia prolongada e as medidas terapêuticas utilizadas por profissionais de enfermagem. Esse tipo de dano surge devido à pressão excessiva ou prolongada, podendo também estar ligado ao cisalhamento. Desse modo, este estudo tem como objetivo principal analisar como se dá a efetividade de protocolos de enfermagem na prevenção de lesões por pressão em pacientes em uso de oxigenoterapia prolongada. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa de cunho bibliográfico baseado em autores que estudam a temática e que tratam as possibilidades de aprimoramento do fluxo de atendimento e prevenção do uso inadequado dos serviços.
Palavras-chaves: Oxigenoterapia. Enfermagem. Prevenção de lesões.
INTRODUÇÃO
A partir dos recortes estruturantes da literatura encontrados para essa pesquisa, demonstra que a oxigenoterapia domiciliar é uma prática que existe há mais de sete décadas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a longevidade de indivíduos que sofrem de doenças pulmonares crônicas (BRASIL, 2025).
Outro aspecto importante encontrado a respeito é que, as enfermidades respiratórias crônicas podem progredir com hipoxemia, o que pode ocasionar complicações infecciosas, hospitalizações e um alto custo para os serviços de saúde e são por muitas vezes recomendadas para diversas doenças como: Hipertensão Pulmonar (IP), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Doenças Pulmonares Intersticiais (DPI) dentre outros quadros que apresentam grave hipoxemia em estado de repouso (BRASIL, 2022).
Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e a abordagem Global Burden of Disease (GBD), a DPOC tem sido a preocupação de muitos estudiosos, pois, as últimas pesquisas a respeito apresentou um destaque onde se apresenta ocupando o quinto lugar entre as principais causas de mortalidade entre pessoas em diferentes faixas etárias.
Nesse contexto, a prevenção de lesões por pressão em casos de pacientes em uso de oxigenoterapia prolongada é fator imprescindível, pois, esse tipo de dano surge devido à pressão excessiva ou prolongada, podendo também estar ligado ao cisalhamento. A qualidade do suporte da equipe de saúde melhora a adesão do paciente quando o manejo do oxigênio é utilizado corretamente a partir de uma minuciosa avaliação e orientação da equipe médica.
Desse modo, o objetivo principal desse estudo é analisar como acontece a efetividade de protocolos de enfermagem na prevenção de lesões por pressão em pacientes em uso de oxigenoterapia prolongada. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa de cunho bibliográfico baseado em autores que estudam a temática e que tratam as possibilidades de aprimoramento do fluxo de atendimento e prevenção do uso inadequado dos serviços.
DESENVOLVIMENTO
A Secretaria de Saúde (SES) admite a crescente necessidade de assistência especializada para indivíduos com condições respiratórias, principalmente para os que requerem Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada (ODP). Nas últimas duas décadas, a SES tem trabalhado para aprimorar sua habilidade de resposta, focando no gerenciamento e na prevenção de complicações e hospitalizações, através da avaliação, entrega e supervisão do oxigênio em casa. O Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) foi instituído, inicialmente em 24 de novembro de 2020, pela Instrução Normativa SES nº 15, com a finalidade de conceder acesso facilitado para os pacientes, com acompanhamento e monitoramento organizado no tratamento das pessoas que necessitam desse tipo de tratamento (BRASIL, 2022).
Destaca-se ainda que, no período pandêmico, o aumento demandado por Oxigenoterapia Prolongada cresceu ainda mais, principalmente no pós-COVID, isto porque, muitas pessoas apresentaram a necessidade de oxigenoterapia mesmo em um curto período de duração. Para atender a essa crescente demanda, foi instituído novos planejamentos tecnológicos no sentido de otimização e no acompanhamento dos usuários de ODP (BRASIL, 2022).
O oxigênio utilizado em casa tem sido empregado na prática por mais de sete décadas, e a aplicação da ODP fundamenta-se em dois estudos principais dos anos 80: o conduzido pelo Nocturnal Oxygen Therapy Trial Group e o do Medical Research Council Working Party. Ambos os estudos evidenciaram que a administração de oxigênio prolongava a vida dos indivíduos com DPOC.
A melhora da sobrevida com a ODP foi comprovada em pacientes com DPOC estável e hipoxemia crônica grave. Nas últimas décadas, acumularam-se evidências de que a ODP tem outros efeitos benéficos, tais como redução da depressão, melhora da função cognitiva, melhora da qualidade de vida, melhora da capacidade de exercício e redução de hospitalizações. Além disso, a ODP pode estabilizar ou mesmo reverter a hipertensão pulmonar (HP) e diminuir as arritmias cardíacas e a isquemia miocárdica em pacientes com DPOC (ZIELIŃSKI, 1998, p. 64).
O oxigênio desempenha um papel crucial na fosforilação oxidativa, facilitando a produção de ATP, que é essencial para a geração de energia. A quantidade de oxigênio presente no sangue arterial varia conforme a pressão parcial do oxigênio inalado, que é influenciada pela pressão atmosférica, pela ventilação, pelo processo de troca gasosa e pelos níveis de hemoglobina, além da sua afinidade pelo oxigênio (PÁDULA, 2020).
É essencial implementar intervenções precoces que não apenas amenizem os sintomas resultantes da progressão da doença, mas também reduzam a necessidade de atendimentos de emergência e internações, garantindo suporte adequado nas fases finais da vida, o que é crucial para o planejamento de cuidados paliativos.
Segundo Pádula (2020) o ideal é que essa abordagem requer a cooperação de uma equipe multidisciplinar combinada por enfermeiros, assistentes sociais fisioterapeutas, médicos e psicólogos com competências e conhecimentos adequados, mas o médico principal, que compreende bem a condição do paciente, pode, por si só, desenvolver um plano para gerenciar a progressão da doença, enfatizando o controle dos sintomas.
Entre os efeitos adversos da oxigenoterapia, destacam-se a hipercapnia aguda, que afeta o sistema central, e a lesão pulmonar resultante do estresse oxidativo, geralmente associada ao uso de altos fluxos de oxigênio. Além disso, o uso do equipamento pode resultar em limitações nas atividades, ressecamento das mucosas e desconforto devido à utilização de cânulas nasais ou máscaras faciais. As restrições induzidas pela oxigenoterapia devem ser avaliadas com cuidado pela equipe de saúde multiprofissional, pois algumas delas podem afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa que enfrenta uma doença avançada (PÁDULA, 2020).
A partir desse redesenho teórico de informações que considera-se pertinente ao contexto, inicia-se a alusão acerca da efetividade de protocolos de enfermagem na prevenção de lesões por pressão em pacientes em uso de oxigenoterapia prolongada.
A lesão por pressão trata-se de um tipo de dano ou pode aparecer tanto em pele saudável quanto na forma de feridas abertas. As lesões por pressão estão entre as mais comuns entre pacientes hospitalizados, representando um sério problema de saúde pública, que provoca dificuldades tanto físicas quanto emocionais, eleva o risco de complicações clínicas e afeta a morbidade e mortalidade, principalmente em idosos, além de acarretar altos custos para os serviços de saúde (AUGUSTO, 2017).
Segundo o autor, o custo das lesões por pressão é considerado uma preocupação para os sistemas de saúde em todo o mundo. Algumas pesquisas ajudam a dimensionar sua importância e indicam que o gasto com tratamento ultrapassa o investimento na prevenção (AUGUSTO, 2017).
O surgimento de lesões por pressão é influenciado por uma combinação de fatores de risco, que podem ser classificados como intrínsecos, como idade avançada, diminuição da sensibilidade, uso de tabaco, fraqueza muscular ou dificuldade de mobilidade, incontinência, entre outros; e extrínsecos, ligados a fatores externos, como umidade, fricção, cisalhamento, pressão prolongada (TORRA-BOU, et al, 2017).
A maior parte das lesões por pressão pode ser prevenida. Para isso, as estratégias preventivas precisam ser implementadas em todos os pacientes internados em hospitais. Os cuidados preventivos devem ser feitos por todos os profissionais de saúde envolvidos no processo do cuidado com todos os pacientes com risco, e isso independe de seu quadro, diagnóstico ou de suas necessidades referente aos cuidados (PADULA, et al, 2020).
Nesse contexto, os enfermeiros que fornecem assistência direta ao paciente durante todo o tempo têm a chance de analisar os fatores de risco e intervir de forma precoce. Ademais, a rotina do enfermeiro compreende cuidados com a saúde da pele, que envolve tanto a prevenção de lesões por pressão quanto o tratamento das lesões que já existem (EBI WE, 2019).
Diante dessa situação, reconhecer os fatores de risco para lesões por pressão identificados na literatura pelos enfermeiros e reconhecimento dos cuidados de enfermagem realizados para a prevenção de lesões por pressão em casos de pacientes em uso de oxigenoterapia prolongada, é de suma importância.
Dentre os recortes estruturantes deste estudo, considerou-se pertinente destacar alguns estudos encontrados que norteiam a temática relacionada a ajustes preventivos para diminuir o tempo de duração da pressão.
Em um estudo realizado da Revista Uruguaya de Enfermería destacou um experimento realizado em um país africano, envolvendo enfermeiros de instituições de saúde pública, que analisou o entendimento sobre a prevenção de lesões por pressão, revelou que 91,5% tinham um conhecimento insuficiente. Dentro das categorias avaliadas sobre o conhecimento, a categoria relacionada a ajustes preventivos para diminuir o tempo de duração da pressão que obteve a menor média de pontuação (EBI WE, 2019).
Nesse contexto, é importante enfatizar sobre a avaliação de risco para o surgimento de lesões por pressão precisa ser feita o mais rapidamente possível, idealmente até oito horas após a admissão do paciente. A importância de examinar as condições da pele no ato da internação está ligada à identificação precoce de áreas do corpo sujeitas a maior pressão, mudanças na integridade da pele e fatores ambientais que possam contribuir para o surgimento de lesões por pressão (BRASIL, 2013).
Uma pesquisa que analisou como a anatomia e o tipo de almofada de cadeira de rodas afetam a deformação do tecido chegou à conclusão de que a anatomia individual e o tipo de almofada influenciam a resposta à deformação, podendo impactar diretamente o risco de lesão por pressão.
Outro estudo, que teve como objetivo avaliar como a pressão é redistribuída na área de apoio de voluntários saudáveis ao usar diferentes tipos de almofadas, revelou que a pressão na interface pode ser distribuída de forma variável, dependendo do modelo da almofada utilizada.
Nos estudos de Gillespie, (2014) foi possível encontrar uma análise sistemática que considerou o efeito do reposicionamento na prevenção de lesões por pressão em adultos chegou à conclusão de que não existem evidências suficientes para um entendimento sólido sobre a eficácia de reposicionar frequentemente para a redução de danos por pressão. Isso significa que as evidências disponíveis atualmente não permitem determinar a frequência ideal de reposicionamento.
Contudo, o estudo ressalta que o reposicionamento tem uma base fisiológica para diminuir a isquemia do tecido suavizando a pressão, e a ausência de ênfase experimental isolada sobre o reposicionamento, ou sobre posições e frequências específicas, não deve ser considerada como uma prova de ineficácia.
No caso de redistribuição da pressão, podem ser empregadas superfícies que sustentem, como colchões, e também o reposicionamento através de coxins, almofadas e travesseiros que, ao serem empregados corretamente, tendem a aumentar a área que suporta o peso do paciente. Um coxim pode ser definido como uma almofada que atua como um assento ou superfície de apoio, utilizada para manter o corpo do paciente relaxado, em uma postura funcional na cama ou para prestar suporte ao corpo ao mudar a posição. Os coxins têm sido frequentemente utilizados como ferramentas para reduzir a pressão na prevenção de lesões por pressão (BRASIL, 2022).
Alguns coxins podem ser prejudiciais, especialmente aqueles que possuem recortes, pois podem provocar aumento da pressão nas bordas e intensificar a isquemia local. Os coxins podem ser benéficos ao proporcionar alívio e/ou redistribuição da pressão, ajudando a diminuir o risco de lesões.
Portanto, o que se percebe aqui é que nas diversas formas de cuidado em que o enfermeiro se encontra, é essencial que reconheça a importância da utilização de coxins como uma medida de cuidado na prevenção de lesões por pressão, além de compreender as características mecânicas dos diferentes dispositivos de reposicionamento e a maneira adequada de utilizá-los.
Qualquer objeto que permaneça na cama sob o corpo do paciente pode elevar a pressão naquela área, diminuir a circulação sanguínea e provocar danos aos tecidos circundantes. Quando há pressão sobre uma parte do corpo, os tecidos podem ficar com falta de oxigênio, resultando em um acúmulo de subprodutos do metabolismo, proteínas e enzimas, o que pode levar ao aparecimento de lesões (NÓBREGA et al., 2023, p. 43).
Desse modo, criar um ambiente empático e seguro para o paciente é uma das funções diárias do enfermeiro, que precisa estar ciente das condições do paciente e das características do ambiente que podem representar riscos para o surgimento de lesões por pressão.
Segundo os pensamentos de Nóbrega et al., (2023), os elementos de risco para o surgimento de lesões por pressão podem estar ligados às distinções do paciente, como problemas de saúde, estado e estado de consciência, nutricional, nível de hidratação, idade, mobilidade, além das condições do ambiente hospitalar, que incluem fatores como pressão, fricção cisalhamento, e umidade. Estes fatores são divididos em intrínsecos e extrínsecos.
Nesse caso, é viável estabelecer uma relação entre a qualidade do cuidado de enfermagem hospitalar, em termos de gravidade, quantidade, prevenção e tratamento (NÓBREGA et al., 2023).
Na visão de Silva (2021), a enfermagem é, portanto, fundamental nesse cenário, pois é a profissão responsável por cuidar dos pacientes ao longo de 24 horas diariamente. Assim, é imprescindível a adoção de práticas preventivas para minimizar essa situação entre os pacientes internados, consolidando a enfermagem como uma área essencial nas atividades de educação continuada em saúde.
O cuidado de enfermagem tem uma função chave na prevenção e no tratamento de lesões por pressão. Dessa maneira, a equipe de enfermagem deve estar adequadamente preparada e disposta a proporcionar um atendimento intensivo a esses pacientes, com a finalidade de aprimorar a qualidade do cuidado. Além disso, é vital implementar ações preventivas para diminuir os índices de Lesões por Pressão (SILVA, 2021).
Os profissionais de enfermagem têm a responsabilidade de identificar o potencial de formação de feridas por pressão, aplicar estratégias de prevenção e oferecer os cuidados necessários aos pacientes que já apresentam tais feridas. Assim, a prática de enfermagem está intrinsecamente ligada a habilidades clínicas, comunicação efetiva, colaboração em equipe, uso de evidências baseadas na pesquisa e foco no paciente (FERREIRA et al., 2023). Os enfermeiros fazem uso de escalas para avaliar o nível de risco de feridas e identificar indivíduos mais propensos a desenvolvê-las, além de praticarem intervenções terapêuticas.
No entanto, percebe-se que os instrumentos e protocolos utilizados na atuação não seguem um padrão, o que pode afetar a qualidade do atendimento prestado. Diante desse panorama, é fundamental ressaltar a importância de padronizar as práticas de enfermagem no tratamento de pacientes com lesões por pressão. A harmonização dos cuidados busca diminuir a frequência dessas feridas e, por consequência, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A implementação de diretrizes claras e uniformes não só aprimora o atendimento, mas também reforça a segurança e a eficácia das ações realizadas pelos enfermeiros (LIMA et al., 2021).
Os enfermeiros e seus times exercem uma função vital na realização de intervenções para prevenir e tratar feridas por pressão. Exemplos desses cuidados eficazes incluem o uso de colchões e almofadas especiais que auxiliam na distribuição da pressão, técnicas de reposicionamento frequente, cuidados com a pele, curativos adequados, alteração de posição e a conscientização do paciente e da família sobre a importância da prevenção. Além disso, os enfermeiros precisam estar vigilantes e reagir com precisão a quaisquer sinais precoces de formação de feridas por pressão, tomando providências imediatas para interromper o processo (JESUS et al., 2023).
Entretanto, a falta de conhecimento pode, em algumas situações, impactar de forma negativa a prática clínica desses profissionais, levando-os a agir com base mais na intuição, experiências pessoais ou hábitos antigos, em vez de se fundamentarem em evidências científicas. Essas abordagens podem contribuir de forma significativa para o surgimento e/ou agravamento de lesões por pressão.
Nessa perspectiva, Gurgel; Abreu, 2021) ressaltam que:
Para assegurar a qualidade dos cuidados em relação às Lesões por Pressão, é crucial adotar uma abordagem que envolva diversas disciplinas, incluindo uma equipe multiprofissional. A formação contínua é vital para que os enfermeiros se mantenham atualizados sobre as melhores práticas e as evidências científicas no manejo de lesões por pressão, assim garantindo um atendimento de alta qualidade (GURGEL; ABREU, p. 36, 2021).
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) tem um papel essencial nos hospitais, pois oferece aos enfermeiros a capacidade de fornecer um cuidado personalizado, voltado e autônomo para as necessidades dos pacientes.
Ao incorporar a SAE em sua rotina, o profissional consegue organizar e aprimorar a assistência, resultando em uma evolução clínica mais positiva e ajudando na identificação eficaz dos diagnósticos de enfermagem, o que afeta inteiramente a segurança e a eficácia do tratamento.
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é crucial na prevenção de Lesões por Pressão (LPP), sendo elaborada em fases como plano de cuidado, diagnóstico, seu histórico, e o desenvolvimento da enfermagem (OLIVEIRA et al., 2021).
Uma coleta minuciosa de dados durante a admissão do paciente ajuda a identificar fatores de risco. Dessa forma, a SAE se torna uma ferramenta essencial para os enfermeiros na tomada de decisões, na formulação de cuidados e na diminuição de danos. A criação de protocolos que uniformizam a escolha de curativos, a reavaliação das lesões, a avaliação, a classificação, é indispensável para um tratamento eficaz e para a prevenção de complicações (OLIVEIRA et al., 2021).
A partir dessas informações, surgiu a questão de como a assistência de enfermagem pode contribuir para intervenções na prevenção e tratamento de lesões por pressão. Portanto, este estudo visa analisar as melhores práticas na enfermagem voltadas para a prevenção e o tratamento de lesões por pressão.
REFERÊNCIAS
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