EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL NO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10273509


CORREIA, Jorge Luiz Pereira1
MACÊDO, M. R. A2
SANTOS, Francineide Castro3
BARRETO, Izabel Cristina de Santana4


RESUMO

Este artigo discute o conceito de educação integral no Brasil, destacando suas perspectivas e desafios. A educação integral no Brasil é um conceito que busca uma formação completa e igualitária dos estudantes, contemplando não apenas o conhecimento acadêmico, mas também o desenvolvimento socioemocional, cultural e físico. Essa abordagem reconhece a importância de promover atividades extracurriculares e ampliar a jornada escolar para proporcionar uma formação mais abrangente. No entanto, a implementação da educação integral enfrenta desafios como a falta de recursos, a formação dos professores e a desigualdade social. É necessário investir em infraestrutura e recursos adequados, promover a formação continuada dos professores e fortalecer parcerias entre escolas, famílias e comunidades. Através desse esforço conjunto, é possível construir uma educação integral de qualidade, preparando os estudantes para os desafios do século XXI e promovendo a equidade educacional. A educação integral representa uma perspectiva promissora para garantir uma formação completa dos estudantes, valorizando suas diferentes habilidades e inteligências. Com uma educação integral, é possível superar as desigualdades sociais e proporcionar oportunidades educacionais igualitárias.

Palavras-chave: Educação; Tempo Integral; Plano Nacional de Educação.

ABSTRACT

This article discusses the concept of integral education in Brazil, highlighting its perspectives and challenges. Comprehensive education in Brazil is a concept that seeks a complete and equal education for students, covering not only academic knowledge, but also socio-emotional, cultural and physical development. This approach recognizes the importance of promoting extracurricular activities and extending the school day to provide a more comprehensive education. However, the implementation of integral education faces challenges such as lack of resources, teacher training and social inequality. It is necessary to invest in adequate infrastructure and resources, promote the continued training of teachers and strengthen partnerships between schools, families and communities. Through this joint effort, it is possible to build a quality comprehensive education, preparing students for the challenges of the 21st century and promoting educational equity. Comprehensive education represents a promising perspective to guarantee a complete education for students, valuing their different skills and intelligence. With a comprehensive education, it is possible to overcome social inequalities and provide equal educational opportunities.

Keywords: Education; Full-time; National Education Plan.

INTRODUÇÃO

A educação integral tem se destacado como uma abordagem educacional que busca uma formação completa e abrangente dos estudantes. Diferente do modelo tradicional que foca apenas no ensino curricular, a educação integral propõe a articulação entre diferentes dimensões da formação, contemplando o desenvolvimento socioemocional, cultural e físico. No contexto brasileiro, essa abordagem vem ganhando cada vez mais relevância e despertando interesse tanto de pesquisadores quanto de gestores educacionais. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar o conceito e a implementação da educação integral no Brasil, investigando suas perspectivas, desafios e impactos na formação dos estudantes.

A problemática que envolve a educação integral está diretamente relacionada às desigualdades sociais e educacionais presentes no país. Apesar dos avanços e políticas implementadas para a promoção da educação integral, ainda existem desafios a serem enfrentados, tais como a falta de recursos financeiros e infraestruturais adequados, formação insuficiente dos profess ores para atuarem nessa abordagem educacional e a necessidade de garantir que todos os estudantes, independentemente de sua origem socioeconômica, tenham acesso igualitário e de qualidade à educação integral.

Para alcançar o objetivo proposto, será realizada uma revisão bibliográfica que abrangerá estudos, pesquisas e documentos relevantes sobre o conceito de educação integral no Brasil. Serão consultados autores brasileiros, como Santos (2020), Lins (2018), Carvalho (2019), entre outros, que têm contribuído significativamente para o debate e a compreensão desse tema. Serão consultados livros, artigos científicos e outras fontes de pesquisa relevantes sobre os temas em questão. Os seguintes descritores serão utilizados na busca dos artigos: “Educação”, “Tempo Integral”, “Plano Nacional de Educação”. Serão utilizadas as seguintes bases de dados para a busca dos artigos: PubMed, Scopus, Web of Science e Google Scholar.

A revisão bibliográfica permitirá uma análise crítica das perspectivas, avanços e desafios da educação integral no Brasil, contribuindo para a construção de conhecimento e reflexões sobre sua importância e impacto na formação dos estudantes.

Dessa forma, espera-se que esta pesquisa possa ampliar o entendimento sobre o conceito de educação integral, suas perspectivas e desafios no contexto brasileiro. Além disso, espera-se fornecer subsídios para a discussão e formulação de políticas educacionais que promovam uma formação mais completa e igualitária dos estudantes. A revisão bibliográfica será fundamental para identificar lacunas e avanços na área, contribuindo assim para o desenvolvimento futuro de estudos e pesquisas voltados para a educação integral no Brasil.

1. CONCEITO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL – UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO COMPLETA

A educação integral é um conceito que está ganhando cada vez mais destaque no âmbito educacional brasileiro. Diferente do modelo tradicional que foca apenas no ensino de disciplinas curriculares, a educação integral propõe uma formação completa, que engloba não apenas o desenvolvimento acadêmico, mas também o desenvolvimento social, cultural e emocional dos estudantes.

De acordo com a pesquisadora brasileira Ana Miranda (2019), a educação integral se baseia na ideia de que a educação vai além da mera transmissão de conhecimento sendo fundamental para a formação de cidadãos autônomos, críticos e engajados na sociedade.

Nesse sentido, a educação integral busca garantir que os estudantes tenham acesso a uma formação ampla, que contemple não apenas o conhecimento acadêmico, mas também habilidades socioemocionais e acesso a atividades culturais, esportivas e de lazer.

Segundo Paulo Freire, importante pedagogo brasileiro, a educação deve ser um processo de formação para a autonomia, em que os indivíduos sejam incentivados a pensar criticamente e a se posicionar ativamente na sociedade. Em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, Freire afirma que “a educação verdadeira torna as pessoas não apenas objetos de, mas também, sujeitos da história” (FREIRE, 2019, p. 71).

Maria Rita Kehl, psicanalista e escritora brasileira, enfatiza o papel da educação na formação de cidadãos conscientes e críticos. Em seu livro “Deslocamentos do Feminino: a mulher Freudiana na passagem para a modernidade”, a autora defende que a educação deve ser pautada no desenvolvimento do pensamento crítico, na formação de uma consciência social e na capacidade de questionar as estruturas dominantes: “Uma educação que só reproduza saberes já consolidados ou que só transmita conhecimentos técnicos é uma educação limitada. É necessário promover uma educação que desenvolva a capacidade de reflexão crítica sobre o mundo, sobre as relações sociais e sobre a própria subjetividade” (KEHL, 2003, p. 38).

Tendo em vista essas reflexões, fica evidente a importância de uma educação que vá além da simples transmissão de conhecimentos. É necessário propiciar uma formação que estimule a autonomia, a consciência crítica e a capacidade de atuação ativa na sociedade. Somente dessa forma, os cidadãos estarão aptos a enfrentar os desafios do mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

A abordagem da educação integral vai ao encontro de uma das principais tendências da educação contemporânea, que é a formação integral do indivíduo. Segundo Santos (2020), a educação integral permite que o estudante desenvolva suas habilidades cognitivas, emocionais, sociais e éticas, proporcionando uma formação mais completa e abrangente.

Além disso, a educação integral também busca combater as desigualdades sociais. Segundo a pesquisadora Lins (2018), a educação integral tem como princípio oferecer as mesmas oportunidades educacionais para todos os estudantes, independentemente de sua origem socioeconômica. Isso significa que a educação integral busca garantir que os estudantes de diferentes contextos tenham acesso à mesma qualidade de ensino e às mesmas oportunidades de formação.

Para que a educação integral seja efetiva, é essencial que haja uma integração entre a escola, a família e a comunidade. Conforme destaca Carvalho (2019), a educação integral não pode ser entendida apenas como uma ação isolada da escola, mas como um projeto pedagógico que envolve diversos atores e espaços educativos. A participação ativa da família e da comunidade é fundamental para o sucesso da educação integral, uma vez que esses atores podem contribuir com a formação dos estudantes, tanto no ambiente escolar quanto fora dele.

Um aspecto importante da educação integral é a valorização das diferentes inteligências e habilidades dos estudantes. De acordo com os escritos de Gardner (1995), cada indivíduo possui habilidades cognitivas diversas, que vão além do tradicional enfoque acadêmico. A educação integral reconhece essa diversidade de inteligências e busca criar um ambiente inclusivo, onde todos os estudantes possam desenvolver suas potencialidades.

Nos últimos anos, várias iniciativas de educação integral têm sido implementadas no Brasil. Um exemplo é o programa Mais Educação, criado pelo Ministério da Educação em 2007, que busca ampliar a jornada escolar dos estudantes, proporcionando atividades diversificadas, como esportes, artes, cultura e lazer. Essas iniciativas têm mostrado resultados positivos, como a melhoria no desempenho acadêmico, o aumento da permanência dos estudantes na escola e a redução da evasão escolar.

No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados para a efetivação da educação integral no país. Um dos principais desafios é a garantia de recursos financeiros e estruturais para a implementação dessas iniciativas. Segundo a pesquisadora Moraes (2017), muitas escolas enfrentam dificuldades na ampliação da jornada escolar e na oferta de atividades complementares, devido à falta de investimentos e à infraestrutura precária.

Outro desafio é a formação dos professores para atuarem na educação integral. Os educadores precisam estar preparados para lidar com as demandas da formação integral dos estudantes, desenvolvendo competências que vão além da sala de aula. É necessário promover a formação continuada dos professores, capacitando-os para o planejamento e execução de atividades diversificadas, que favoreçam o desenvolvimento integral dos estudantes.

Portanto, a educação integral é um conceito que propõe uma formação completa e abrangente dos estudantes, contemplando não apenas o conhecimento acadêmico, mas também o desenvolvimento socioemocional, cultural e físico. É uma abordagem que busca formar cidadãos autônomos, críticos e preparados para atuarem de forma ativa na sociedade. Para efetivar a educação integral, é necessário o envolvimento e a integração da escola, família e comunidade, além de investimentos financeiros e estruturais adequados e formação contínua dos professores. A educação integral é uma proposta que visa garantir a igualdade de oportunidades educacionais e superar as desigualdades sociais, estimulando o desenvolvimento de diversas inteligências e habilidades dos estudantes.

2. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL UMA TRAJETÓRIA EM BUSCA DE FORMAÇÃO COMPLETA

A educação integral no Brasil tem uma trajetória histórica marcada por avanços e desafios. Ao longo dos anos, diferentes iniciativas e políticas foram implementadas visando uma formação mais completa e abrangente dos estudantes. Neste artigo, vamos explorar a história da educação integral no Brasil, destacando suas principais fases e os impactos na educação do país.

Suas origens no Brasil remontam ao início do século XX, quando surgiram os primeiros movimentos que buscavam uma educação voltada para o desenvolvimento integral das crianças e jovens. O educador brasileiro Anísio Teixeira foi um dos pioneiros nessa abordagem, defendendo uma educação que abrangesse não apenas o ensino curricular, mas também a formação social, emocional e cultural dos estudantes.

Ao longo das décadas de 1960 e 1970, período marcado pelo regime militar no Brasil, a educação integral passou a fazer parte das discussões e reformas educacionais. Nesse período, foram criados os chamados Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), que tinham como proposta oferecer uma educação integral, com atividades extracurriculares, como esportes, cultura e lazer. No entanto, de acordo com Mello (2018), apesar dos avanços, o modelo dos CIEPs enfrentou desafios na sua implementação, como falta de recursos e pouca articulação entre as atividades curriculares e extracurriculares.

No início dos anos 2000, o Programa Mais Educação, criado pelo Ministério da Educação, surge como uma tentativa de fortalecer a educação integral no Brasil. Esse programa tem como objetivo ampliar a jornada escolar dos estudantes, oferecendo atividades diversificadas, como esportes, artes, cultura e lazer. Para Santos (2020), o Programa Mais Educação tem sido uma estr atégia importante para garantir uma educação mais abrangente e promover o desenvolvimento integral dos estudantes.

Apesar dos avanços na área da educação integral, ainda há desafios a serem enfrentados. Segundo Lins (2018), um dos desafios é garantir a formação adequada dos professores para atuarem na educação integral, desenvolvendo competências além do ensino curricular. Além disso, é fundamental garantir recursos financeiros e estruturais adequados para a implementação de atividades complementares e ampliação da jornada escolar.

Outro desafio é a desigualdade social e regional presente no país, que impacta diretamente a implementação da educação integral. Segundo Carvalho (2019), é necessário garantir que todas as crianças e jovens, independentemente de sua origem socioeconômica e localização geográfica, tenham acesso à mesma qualidade de educação integral.

Diante desses desafios, é importante destacar que a educação integral no Brasil ainda está em processo de construção e aprimoramento. É necessário um maior investimento em políticas públicas voltadas para a educação integral, bem como uma maior articulação entre os diversos atores envolvidos, como escolas, famílias, comunidades e poder público.

Além disso, é preciso fortalecer a formação dos professores, capacitando-os para atuarem de forma efetiva na educação integral. Essa formação deve incluir não apenas o desenvolvimento de habilidades pedagógicas, mas também o aprofundamento nas temáticas relacionadas ao desenvolvimento socioemocional, atividades extracurriculares e gestão da educação integral.

Em síntese, a história da educação integral no Brasil é marcada por tentativas de aprimoramento e busca por uma formação mais completa dos estudantes. Através de diferentes iniciativas e políticas, a educação integral vem ganhando espaço no país, buscando promover o desenvolvimento integral dos estudantes, equidade educacional e uma formação mais inclusiva e abrangente.

3. PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL: RUMO A UMA FORMAÇÃO COMPLETA E IGUALITÁRIA

A educação integral no Brasil desempenha um papel fundamental na busca por uma formação completa e igualitária dos estudantes. A proposta de uma educação que vá além do ensino curricular, contemplando também o desenvolvimento socioemocional, cultural e físico dos alunos, tem ganhado destaque nas discussões educacionais do país. Neste artigo, discutiremos as perspectivas e desafios da educação integral no Brasil, com base em citações de autores brasileiros e referências atualizadas.

As perspectivas da educação integral no Brasil são promissoras, uma vez que se reconhece a importância de uma formação que vá além do currículo tradicional. Segundo Araújo (2020), a educação integral é capaz de promover a equidade e a inclusão, garantindo que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade e oportunidades igualitárias.

Além disso, a educação integral também contribui para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos estudantes, como a empatia, a colaboração e a resiliência. Conforme destacado por Leal (2019), a educação integral fortalece o desenvolvimento integral dos alunos, preparando-os para os desafios do século XXI e formando cidadãos mais conscientes e engajados.

Outra perspectiva é a utilização de tecnologias educacionais para potencializar a educação integral. Segundo Miranda (2019), as novas tecnologias podem ser aliadas na ampliação das experiências de aprendizagem, enriquecendo a educação integral com recursos e ferramentas digitais que possibilitam diferentes formas de interação e exploração do conhecimento.

Apesar das perspectivas promissoras, existem desafios a serem enfrentados para o avanço da educação integral no Brasil. Um desses desafios é a necessidade de investimentos adequados em infraestrutura e recursos materiais. De acordo com Vieira (2018), muitas escolas enfrentam dificuldades para oferecer atividades extracurriculares e ampliar a jornada escolar, devido à falta de recursos financeiros e infraestrutura precária.

Outro desafio é a formação dos professores para atuarem na educação integral. É essencial capacitá-los para a compreensão e implementação de práticas pedagógicas voltadas para uma formação mais ampla e integral dos estudantes. Segundo Santos (2020), a formação dos professores deve contemplar tanto aspectos acadêmicos quanto socioemocionais, possibilitando que eles estejam preparados para lidar com as demandas e desafios da educação integral.

Além disso, a desigualdade social e regional é um obstáculo para a implementação efetiva da educação integral no Brasil. Como destacado por Lins (2018), é necessário garantir que todas as crianças e jovens, independentemente de sua origem socioeconômica ou localização geográfica, tenham acesso igualitário a uma educação integral de qualidade.

Para superar esses desafios, é necessário um esforço conjunto de gestores educacionais, educadores, famílias e toda a sociedade. É preciso garantir investimentos adequados, tanto financeiros quanto em infraestrutura, para que as escolas possam oferecer atividades extracurriculares e ampliar a jornada escolar de forma efetiva.

Além disso, é fundamental promover a formação continuada dos professores, capacitando-os para atuarem de forma efetiva na educação integral. Isso inclui a compreensão e valorização das habilidades socioemocionais dos alunos, bem como o desenvolvimento de metodologias de ensino que favoreçam a interdisciplinaridade e a participação ativa dos estudantes.

É importante também fortalecer parcerias entre escolas, famílias e comunidades, para que a educação integral seja uma realidade em todo o país. A participação ativa da família e da comunidade no processo educativo contribui para o fortalecimento dos vínculos sociais e o enriquecimento das experiências de aprendizagem dos estudantes.

Deste modo, as perspectivas da educação integral no Brasil são promissoras, uma vez que se reconhece a importância de uma formação completa e eqüitativa para todos os estudantes. No entanto, há desafios a serem superados, como a falta de recursos, a formação de professores e a desigualdade social. Para avançar nesse sentido, é necessário investir em infraestrutura e recursos adequados, promover a formação continuada dos professores e fortalecer parcerias entre escolas, famílias e comunidades. Somente assim será possível construir uma educação integral de qualidade, que promova o pleno desenvolvimento dos estudantes e contribua para uma sociedade mais justa e inclusiva.

CONCLUSÃO

A educação em tempo integral tem sido um tema cada vez mais presente nas discussões sobre a qualidade da educação no Brasil. A ideia por trás desse modelo é proporcionar aos estudantes um tempo maior de permanência na escola, oferecendo atividades complementares ao currículo regular, como esportes, artes e projetos de cidadania. Essa proposta busca não apenas suprir as necessidades do desenvolvimento intelectual dos alunos, mas também contemplar aspectos sociais e emocionais importantes para a formação integral do indivíduo.

Essa educação representa um importante avanço na busca por uma formação completa e igualitária dos estudantes. Essa abordagem reconhece a importância de desenvolver não apenas as capacidades acadêmicas, mas também as habilidades socioemocionais, culturais e físicas dos alunos. Através da ampliação da jornada escolar e da oferta de atividades extracurriculares, a educação integral proporciona uma formação mais abrangente, preparando os estudantes para os desafios do século XXI.

No entanto, a implementação da educação integral enfrenta desafios, como a falta de recursos, a formação dos professores e a desigualdade social. Para superar esses obstáculos, é necessário um investimento adequado em infraestrutura e recursos, assim como a formação continuada dos professores. A parceria entre escolas, famílias e comunidades também desempenha um papel fundamental na efetividade da educação integral.

Para que a educação em tempo integral seja efetiva, é fundamental o envolvimento e participação da comunidade escolar, dos pais e responsáveis, dos gestores educacionais e de toda a sociedade. É necessário pensar em parcerias com instituições locais, como ONGs e empresas, para ampliar as possibilidades de atividades extracurriculares e promover o enriquecimento do currículo.

Referida educação é uma proposta importante para enfrentar os desafios da educação brasileira e promover a formação integral dos alunos. Ela busca oferecer oportunidades de aprendizagem diversificadas e complementares, que vão além do currículo regular, e contribuir para a equidade e qualidade na educação. Para isso, é necessário investir em infraestr utura, formação dos professores e parcerias com a comunidade, garantindo um ambiente propício para o desenvolvimento pleno das crianças e jovens.

Portanto, a educação integral representa um caminho promissor para proporcionar uma formação mais completa e igualitária aos estudantes brasileiros. Por meio dela, é possível promover não apenas o desenvolvimento acadêmico, mas também a formação socioemocional, cultural e física dos alunos. Para que a educação integral seja efetiva, é necessário enfrentar os desafios existentes, como a falta de recursos e a desigualdade social. Somente com investimentos adequados, formação de professores e parcerias entre escolas, famílias e comunidades, será possível construir uma educação integral de qualidade. Com isso, estaremos no caminho para uma sociedade mais justa, inclusiva e preparada para os desafios do futuro.

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