EDUCAÇÃO EM TEMPO DE PANDEMIA: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE ALGUNS  DESAFIOS ENFRENTADOS POR PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411291030


Adrieny Santos Vilela Nunes
Bruna Nunes Barros
Cintya Franco Dos Santos Vilete
Érica Fabiana Arando Gomes
Nilza Rosa Lopes Freitas Novais
Raysa Lorrane Pessoa Silva Rezende
Maria Marta De Sousa Silva Bueno
Jerusmar Julia De Oliveira
Alcilene Mara Contel Oliveira
Queila Maria Arbues Pereira Oliveira
Jakeline Gonçalves De Melo
Bianca Caroline Sousa Silveira
Danielle Fonseca Silva
Rayanne Alves Siqueira
Jucileide Da Silva Gama


RESUMO

Este artigo analisa alguns relatos sobre as realidades enfrentadas por docentes em ministrar aulas no período da pandemia da Covid-19 (SARS-CoV-2), entre os anos de 2020 e 2021. Busca-se analisar se as aulas ministradas no modo remoto foram realmente eficazes ou não, se os docentes estavam preparados para enfrentar um período tão inesperado, e, se as crianças se beneficiaram com essas aulas em algum momento. A pandemia gerou várias lacunas nas famílias e também na área da educação, possibilitando perceber o quanto ainda é precário o ensino principalmente ao que diz respeito ao uso de tecnologias como internet, computadores e outras mídias digitais, fazendo com que fosse necessário repensar a educação tradicional e o modo de ensinar, para que se necessário, em algum outro momento, possa-se conseguir lidar mais facilmente e não sofrer tanto as consequências geradas pelos improvisos durante o período relatado.

Palavraschave: Covid-19; Educação; Pandemia; Tecnologia.

ABSTRACT

This article analyzes some reports on the realities faced by teachers in teaching classes during the Covid-19 (SARS-CoV-2) pandemic, between the years 2020 and 2021. really effective or not, if the teachers were prepared to face such an unexpected period, and if the children benefited from these classes at some point. The pandemic has generated several gaps in families and also in the area of ​​education, making it possible to realize how precarious education is still, especially with regard to the use of technologies such as the internet, computers and other digital media, making it necessary to rethink traditional education. and the way of teaching, so that, if necessary, at some other time, it is possible to deal more easily and not suffer so much from the consequences generated by the improvisations during the reported period.

Keywords: Covid-19; Education; Pandemic; Technology.

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo relatar alguns problemas enfrentados por professores no período da pandemia da Covid-19, entre 2020 e 2021, identificar as

principais dificuldades encontradas pelos docentes na execução dos seus trabalhos durante o isolamento social provocado pela Pandemia, principalmente no que refere-se ao desenvolvimento das aulas, às medidas e inovações adotadas para enfrentar o referido período e como os responsáveis pelo sistema escolar fizeram ou ainda estão fazendo para minimizar as dificuldades.

No início, os cientistas acreditaram que o SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, contaminaria com maior gravidade somente pessoas mais idosas, no entanto, com o desenrolar da pandemia, observou-se o alto índice de infecção de indivíduos mais jovens gerando inclusive uma elevada incidência de óbitos tanto no Brasil quanto em outros países. Em muitas famílias, os filhos perderam pai e mãe, em outras o vírus levou filhos. Por isso, foi necessária adotar numerosas medidas sanitárias, entre elas, o distanciamento físico entre as pessoas, o isolamento social familiar, a obrigatoriedade do uso de máscaras, álcool em gel e outras medidas necessárias para barrar a propagação da contaminação causada pelo vírus da Covid-19.

Diversos governos municipais e estaduais determinaram, por meio de decretos, o fechamento parcial ou total de empresas, estabelecimentos comerciais e outras instituições, como escolas, templos religiosos, academias e outros segmentos, criando e estimulando uma nova maneira de trabalhar o home office, buscando com isso conter a disseminação do novo vírus, evitando a sua propagação. Muitos brasileiros passaram por momentos de dificuldades no enfrentamento da pandemia, mas também assistimos uma grande evolução no que diz respeito aos meios de comunicação, sobretudo na área da educação, onde novas práticas educativas foram gradativamente criadas ou aperfeiçoadas, como forma de facilitar a transmissão e o acesso por parte dos alunos.

Magri (2020), em reportagem ao jornal El País coloca que em virtude da pandemia do Covid-19, muitos países presenciaram um caos nos seus sistemas de saúde pública, sendo necessárias medidas de urgência como a criação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) de forma improvisada, em estádios de futebol, no Brasil, essas UTIs foram criadas no Pacaembu e no Morumbi no estado de São Paulo, no estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, entre outros estádios do Brasil que também foram utilizados para combater o vírus da Covid-19.

Na Educação, os governos determinaram os fechamentos das escolas, autorizando o ensino na modalidade remota para todos os níveis educacionais, como forma de dar continuidade ao ano letivo de 2020, assim, em pouco tempo, escolas públicas e privadas, faculdades e universidades tiveram de preparar seus profissionais, dos vários setores, para assumirem a forma remota de ensino, buscando cumprir as normas de distanciamento social e, garantir mesmo que de forma precária, o acesso ao ensino. Escolas e professores inovaram, para que fosse possível as aulas nesse modelo de ensino, sendo necessário sobretudo a superação de inúmeras barreiras e dificuldades, em virtude da falta de estrutura e conhecimento nesta nova modalidade de ensino. Alguns professores tiveram que aprender a lidar com a tecnologia, que passou a ser sua ferramenta de trabalho.

Os alunos também se viram obrigados a aprender a lidar com o ensino síncrono em aulas remotas, de forma síncrona e/ou assíncronas, mesmo sem terem os aparatos tecnológicos necessários como: computadores, aparelhos celulares, Internet de qualidade, ambiente em casa para que essas aulas fossem ministradas de forma adequada.

Considerando as situações relatadas resumidamente acima, esta pesquisa se torna relevante, pensando-se na importância de se compreender e analisar algumas das principais dificuldades enfrentadas por professores e estudantes de escolas públicas do ensino fundamental, no contexto da Pandemia da Covid-19.

REFERENCIAL TEÓRICO

No final do ano de 2019, tivemos informações sobre um vírus que estava se propagando no mundo, segundo o site da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de Coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos. Uma semana depois, em 07 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de Coronavírus, e a disseminação do mesmo estava acontecendo de forma acelerada e sem controle.

O Coronavírus tornou-se a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causava doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum. De acordo com a Organização Panamericana de Saúde – OPAS (2021) ao todo, sete Coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados: HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave) MERS-COV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio) e o, mais recente, novo Coronavírus (que no início foi temporariamente nomeado 2019- nCoV e, em 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome de SARS-CoV-2).

Essa nova cepa do vírus é responsável por causar a doença Covid-19, que é altamente contagiosa, e propaga pelo contanto humano. Por esse motivo houve uma preocupação de como ficaria a educação nesse período, nossos alunos não poderiam mais voltar para a sala de aula, e qual estratégia seria tomada para que não ficassem prejudicados? Foi quando se teve a ideia de um ensino remoto, esse ensino não é o mesmo ensino a distância onde as pessoas optam por fazer uma faculdade na modalidade Ensino à Distância (EaD), o ensino remoto é uma aula presencial, só que agora ministrada de maneira diferente. Não só os professores, mas também os alunos tiveram que aprender com esse novo método de transmissão de conhecimento.

É fato que a pandemia trouxe mudanças rápidas em diversos setores da economia, especialmente na área educacional, a qual se apresenta atualmente com uma nova configuração: a “escola no computador”. Este formato da “educação na tela”, adotada com unanimidade pelas escolas, da noite para o dia, ressaltou a gigantesca desigualdade educacional existente em nosso país em função da disparidade de acesso tecnológico dos alunos e instigou também, reflexões profundas acerca da função social da escola. (ALVES, 2021).

Sem dúvida alguma, a utilização das mídias digitais, das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), da tecnologia em si como estratégia para dar continuidade à oferta da educação, trouxe à tona além de problemas estruturais a imensa desigualdade social e econômica de nossa sociedade, sem falar na falta de preparo de uma parcela dos professores, que estavam acostumados a usarem a Internet e a tecnologia de forma esporádica, gerando assim dificuldades ao lidar com os meios virtuais, pois, a partir de então os alunos passaram a utilizar um aparelho “Celular”, equipamento que antes era proibido em sala de aula.

 E o que fizeram com os alunos que não tinham acesso à Internet e suas tecnologias? Todas essas adaptações foram pensadas para que não prejudicassem os alunos. Materiais impressos foram disponibilizados nas escolas, professores tiveram que se desdobrar para que o maior número de estudantes fosse atendido assegurando-lhes a oferta de aulas e o acompanhamento, mesmo que de forma remota/virtual improvisada.

Inicialmente, existia pouca literatura que abordava sobre a pandemia, sendo possível, em primeiro momento, encontrar alguns poucos artigos e textos que abordavam o assunto, quase sempre publicados em sites e revistas eletrônicas. A autora Elenice Ana Kirchner (2020), nos mostra relatos da trajetória na Educação da rede municipal da cidade catarinense de Itapiranga, no período da pandemia, relatando que muitos foram os desafios encontrados pelos professores, e que mesmo assim eles conseguiram realizar muitas descobertas, relatando o quão difícil foi à tarefa desse novo modelo de ensino, pois todos tiveram que aprender a conviver com a nova realidade imposta pela pandemia.

A autora elenca as inúmeras dificuldades enfrentadas pelos professores, assim como o desafio de pensar a escola, saindo da sala de aula para o ambiente virtual, citando a necessidade de desenvolver e trabalhar com metodologias e mídias digitais, adaptando-se a uma realidade que para muitos não era tão confortável, assim como demonstra o trecho abaixo:

A pandemia nos colocou frente ao desafio de pensar a escola, nos retirando a sala de aula, o ambiente que sempre foi o lugar de estabelecer os vínculos principais de mediações de conhecimento. A função docente desempenhada dentro desse lugar, onde professores, alunos e toda comunidade escolar se habituaram, já não é o espaço delimitado para essa função. Com o movimento de uma sala de aula é marcado por uma rotina intensa de afazeres, o tempo de pensar sobre outras formas de ser e fazer a aula, acaba sendo redimensionado para outros espaços de formação. Sempre falamos na transformação da escola, que precisamos repensar novos modelos, eis que a pandemia nos obrigou a mudar (KIRCHNER, 2020, p.46).

Observa-se no trecho apresentado, as dificuldades e desafios encontrados e enfrentados pelos professores, pais e alunos, baseado no momento de incerteza e de inovações, e sobretudo pela falta de contato físico com os alunos tornando as aulas mais difíceis de serem realizadas e forçando uma adaptação muitas vezes problemática. Barreiras tiveram que ser rompidas e paradigmas quebrados, além do fato de os professores terem que se (re)adequar as novas necessidades do momento. Profissionais se viram obrigados a quebrar sua timidez, gravando vídeo-aulas, áudios, enfim, se tornando youtuber de forma improvisada, sendo forçados a entrar de cabeça em um mundo virtual e tecnológico que por muitas vezes ficava além da realidade de cada um, visto que por muitas vezes as tecnologias digitais não faziam parte das metodologias e técnicas de ensino utilizadas por muitos professores.

Conforme estudo realizado por Rosa (2013) em uma pesquisa realizada com vinte educadores do município de Uberaba, Minas Gerais, 100% dos entrevistados colocaram que sentiram dificuldades em trabalhar com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), sobretudo devido a falta de domínio no uso das tecnologias. Sobre isso, Moran (2006) afirma que em geral os professores têm dificuldades no domínio das tecnologias e, tentam fazer o máximo que podem. Diante deste hábito, muitos docentes mantém uma estrutura repulsiva, controladora e repetitiva, marcado pela ciência da necessidade de adaptação à novas tecnologias e pela limitação de conhecimento técnico para manuseio dessas tecnologias.

No entanto, esse medo e dificuldade de interatividade tiveram que ser deixados de lado de forma abrupta e inesperada com a chegada da pandemia, não tendo tempo para aprendizados e treinamentos, sendo forçados a desenvolver tais habilidades a toque de caixa. Consequentemente, professores, alunos, familiares e gestão escolar tiveram que aprender juntos essa nova realidade.

No primeiro momento, muitos professores revelaram a dificuldade em realizar de forma efetiva as intervenções, principalmente quando iniciaram as gravações de áudios e vídeos, além de algumas limitações com o uso das tecnologias e também pela timidez. Alguns pais/mães haviam revelado que as crianças queriam ver e ouvir seus/suas professores (as), isso nos revela mais uma vez a importância dos educadores na mediação pedagógica, pois a apostila tem um significado maior quando estabelecemos a mediação. Nesse sentido percebe-se mais uma vez, o quanto as relações são essenciais no processo educativo. Nesse cenário incontestável de rápida mudança, a escola e a educação, por meio dos educadores, necessitam se envolver com as tecnologias e suas ferramentas, as inovações metodológicas e a realidade virtual, que por muitas vezes foi alvo de resistências. Mas ao mesmo tempo, esse período se evidencia pela clara percepção de que o papel de mediação que exerce os educadores não pode ser substituído pelas tecnologias (KIRCHNER, 2020, p.50).

Os anos de 2020 e 2021 trouxeram a imagem do professor para o centro das atenções, visto que, como tudo em nossa sociedade, a educação também deveria continuar o seu caminho e os alunos não poderiam ser prejudicados. Em 26 de fevereiro de 2020 foi notificado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil e, a partir de então foram iniciadas as primeiras ações governamentais em relação à pandemia.

Em onze de março de 2020 o Ministério da Saúde declarou oficialmente a pandemia do Covid-19 no Brasil e em dezessete de março de 2020 foi dado início a quarentena obrigatória no país, quarentena esta que obrigou o distanciamento social, refletindo no fechamento de comércios, escolas e proibindo circulação de pessoas pelas ruas e parques, devendo obrigatoriamente ser realizado o trabalho remoto, quando a atividade permitisse e a criação de turnos e horários de trabalhos para evitar aglomerações nos ambientes das empresas.

No dia 17 de março de 2020 foi publicada pelo Mistério da Educação e Cultura (MEC) a portaria nº 343/2020 que autorizou o ensino remoto para todas as modalidades de ensino em virtude da pandemia do novo Coronavírus, inicialmente a portaria tinha efeito de trinta dias, prorrogáveis de acordo com as orientações dos órgãos de saúde, a portaria também deu liberdade para as escolas adotarem medidas de suspensão das aulas e/ou antecipação das férias escolares desde que cumpram os dias letivos e hora-aulas estabelecidos na legislação em vigor. (BRASIL, 2020).

Dado ao agravamento da pandemia, a portaria nº 343/2020 foi prorrogada até 31 de dezembro de 2021, ou seja, o ensino na modalidade remota iniciou-se em 17 de março de 2020 e perdurou até 31 de dezembro de 2021, o que obrigou todas as Secretarias de Educação do país a buscar alternativas e soluções para ofertar o ensino para todos os estudantes e, a solução de início foi utilizar as mídias digitais como Facebook, Instagram e Watsapp, como forma de ministrar as aulas e contribuir para que os alunos não fossem prejudicados no período pandêmico.

Muitos professores que antes relutavam em usar as mídias tecnológicas se viram obrigados a aprender a utilizá-las, transformando suas casas em salas de aula e, sobretudo, se desdobrando para dar conta das necessidades de seus alunos, que não ficaram somente nos conteúdos e matérias a serem trabalhados, mas, também em relação à falta de infraestrutura e o acesso às tecnologias. De acordo com Oliveira (2020):

O ensino presencial foi subitamente convertido a modalidade online diante do surto de Coronavírus no mundo, com isso professores e instituições não tiveram tempo hábil de adaptação de seus conteúdos e organizar capacitações para o ensino EAD. As aulas que já estavam planejadas pelos Planos Pedagógicos e Planos de Aula foram feitas online, com pouca ou quase nenhuma adaptação: o professor na frente de sua webcam falando com os estudantes, uma aula meramente expositiva (OLIVEIRA, 2020, p. 7).

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Senado[1] no período de 02 a 14 de dezembro de 2021 trouxe dados muitos importantes em relação aos impactos da pandemia na Educação. De acordo com os entrevistados, os anos de 2020 e 2021 foram considerados anos perdidos para a educação e gerarão consequências a longo prazo, de forma que será necessário a implantação de ações e estratégias para amenizar tais danos.

Os entrevistados dessa pesquisa citaram diversos fatores que contribuíram para o baixo rendimento dos alunos nesse período, citando na maioria das vezes a falta de infraestrutura das escolas e das próprias famílias, acesso à internet, e, sobretudo a ineficácia dos meios on line para a educação das crianças da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, devido à imaturidade das crianças em estarem acompanhando as aulas na modalidade remota.

A pesquisa do Instituto Data Senado também trouxe algumas sugestões para minimizar esse déficit educacional e buscar recuperar o tempo perdido ações como o aumento de carga horaria, reprovação de alunos, melhorias em relação ao acesso à internet, valorização dos professores.

Os resultados advindos desse ensino remoto bruscamente imposto serão sentidos e observados a partir deste ano de 2022, visto que as aulas retornaram 100% presenciais e faz-se necessário realizar um levantamento, uma retomada com os alunos em relação a todo o conteúdo que foi visto e aqueles que deveriam ter sido vistos e, infelizmente, não foram ministrados devido à especificidade do momento vivenciando.

Durante todo esse processo, avançamos nos planejamentos, conseguimos repensar estratégias e metodologias, e algo bem importante que todos professores sempre almejavam, planejamento de rede, e não mais do professor individualmente ou de escola, essa prática todos são enfáticos em dizer que é muito importante e que ela permaneça após pandemia. Em muitos momentos ouvimos dos professores “nunca aprendemos tanto em tão pouco tempo”, ou ainda “tanta capacidade que não sabíamos que tínhamos”. É impressionante a capacidade dos professores de se reinventarem e de fazer o melhor da realidade que têm (KIRCHNER 2020, p. 50-51).

Foi possível observar que, desde o início da pandemia, com o ensino na modalidade remota, a grande maioria dos professores não parou de trabalhar, muito pelo contrário, passaram a ter mais atribuições, visto que precisaram se reinventar e se readequar para suprir as necessidades apresentadas e, por muitas vezes, trabalharam com pouco respaldo por parte dos órgãos educacionais, haja vista que sabemos que existem muitas escolas precárias em nosso imenso país, não possuindo infraestrutura mínima para abarcar a tecnologia de forma tão abrupta como foi necessário.

Com a Pandemia do Covid-19, a tecnologia se fez mais presente, tornando-se fator essencial dentro do universo escolar. Professores que antes a utilizavam somente para a realização de algumas atividades pontuais se viram obrigados a entrar de cabeça no mundo digital.

Xavier (apud Lontra 2021) coloca que nesse período pós-pandemia os professores já estão mais familiarizados com as mídias tecnológicas, tendo mais facilidade em utilizar as novas metodologias e as ferramentas digitais, o que representa um grande passo, no sentido de buscar uma retomada no processo de ensino aprendizagem, sendo essencial buscar um nivelamento nas turmas e resgatar o que de mais importante se perdeu. A educadora ainda salienta que se faz necessário também olhar e trabalhar o lado emocional, retomando de onde se parou e valorizando o que o aluno sabe, para com isso não efetivar tantas perdas.

METODOLOGIA

Este artigo tem por base a pesquisa de forma qualitativa de natureza descritiva e bibliográfica, procurando pesquisar como os professores estão se adaptando a uma nova maneira de ministrar suas aulas, na modalidade remota online, pois apesar de utilizar os meios digitais, essas aulas na modalidade remota não é uma aula no formato EAD, e nem uma aula presencial. Para termos uma melhor compreensão científica sobre o tema pesquisado, utilizaremos fontes bibliográficas, de livros, artigos e revistas, que abordem o assunto.

Com a necessidade de manter o distanciamento social devido ao Covid-19, não foi possível realizar a nossa pesquisa com entrevistas presenciais com o intuito de evitar possíveis contágios do vírus, pois ainda há um risco eminente de disseminação da doença, esse é o motivo pela escolha da pesquisa Qualitativa, após as leituras do material e com os dados colhidos, teremos materiais para criação do trabalho de conclusão de curso. Pelo que sabemos, existem poucos livros que abordam esse tema, com a nova modalidade de ensino o “ensino remoto”. Com as leituras de artigos, livros revistas, publicações em sites que tratam sobre o período pandêmico poderemos ter uma pequena ideia das dificuldades que os professores encontraram para desenvolver suas aulas nessa modalidade.

 Gerhardt (2009) aponta que a pesquisa qualitativa preocupa-se com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. Assim, compreender a realidade dos estudantes e dos profissionais da educação se faz necessário para a compreensão do contexto educacional durante a pandemia.

Ainda de acordo como o autor supracitado, as características das pesquisas qualitativas são:

Objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender; explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências. (GERHARDT, 2009, p.32).

Optamos em fazer análise dos artigos e livros que foram selecionados através da plataforma do Google acadêmico, utilizando os descritores “educação em tempos de pandemia”, “desafios da educação em tempos de pandemia”, “ensino remoto e a pandemia”, para melhor visualização apresentamos os títulos no quadro abaixo: 

AnoAutorTítulo
2020KIRCHENER, Elenice.Vivenciando os desafios da educação em tempos de Pandemia. In Revista Desafios da educação em tempos de pandemia
2020SANTOS, Boaventura de Sousa.A Cruel Pedagogia do Vírus
2021FONSECA, Géssica FabielyEducação e pandemia: reflexões pedagógicas
2021LACERDA, Tiago Eurico de. JUNIOR, Raul GrecoEducação remota em tempos de pandemia: ensinar, aprender e ressignificar a educação

quadro 1- (Autoria própria)

Após leituras dos livros e artigos relacionados no quadro acima, chegamos aos resultados que estão reunidos no próximo capitulo, onde chegamos aos resultados e discussão do nosso artigo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O uso das tecnologias e mídias digitais tem crescido consideravelmente ao longo dos tempos, influenciando inclusive a educação e o processo de alfabetização. O escritor francês Pierre Lévy (1999) já colocava que o uso das redes de telecomunicação e dos suportes multimídia interativos, vem sendo progressivamente integrado às formas mais clássicas de ensino, e com a pandemia da Covid-19 tivemos a oportunidade de verificar e visualizar essa integração. A educação só pode seguir adiante mediante ao uso da tecnologia, confirmando a fala de Lévy (1999) quando este afirmou que a EaD iria se tornar a ponta de lança da educação, o que de fato aconteceu.

A Educação à Distância é uma modalidade oferecida e regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC) para o Ensino Superior podendo ser 100% à distância ou ter até 40% de carga horária online para cursos da modalidade presencial, sendo que no Ensino Médio é possível ter até 30% online em cursos noturnos e 20% nos diurnos (BRASIL, 2017 apud Oliveira, 2020 p.3).

Segundo cita Oliveira (2020), para o ensino fundamental já houveram diversas discussões e projetos, mas anteriormente à pandemia não havia autorização e regulamentação.

 Com a portaria nº 343/2020 tudo mudou e essa modalidade foi autorizada tanto para a Educação básica (educação infantil, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio). Indo de encontro às necessidades do momento vivenciando e, sobretudo, pelas imposições de distanciamento social determinadas pelos órgãos de saúde, a implantação do ensino remoto foi a solução encontrada para garantir a continuidade das atividades educacionais.

Segundo coloca Fonseca (2021), o sistema educacional teve que ser realinhado de um dia para o outro, forçando os professores a adaptar suas aulas presenciais para plataformas on-line com o emprego das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, sem, muitas vezes, ter a preparação necessária para isso ou com preparação relativamente superficial, em caráter emergencial. Mesmo com vários problemas estruturais e formação deficitária na área tecnológica, o sistema educacional se viu obrigado a retornar devido às cobranças de parcela significativa da sociedade civil e de órgãos de proteção de crianças e adolescentes.

Sobre essa utilização das mídias digitais e a necessidade de uma readaptação e readequação das metodologias e estratégias de trabalho por parte dos professores, Levy (1999) coloca que o papel do professor torna-se essencial e imprescindível visto que ele precisa tornar-se animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimento, ele precisa despertar e incentivar a participação e o interesse de seus alunos, para que aconteça realmente o processo de ensino aprendizagem.

De fato, os professores precisaram se readequar, recriar e se reinventar para conseguirem trabalhar em tempos de pandemia, buscando ofertar um ensino de qualidade apesar de todas as dificuldades e entraves apresentados. O livro “Educação e pandemia: Reflexões pedagógicas” traz um relato de uma entrevista feita com uma pedagoga no qual, ela vem apontando o que vivenciou nesse período.

A professora entrevistada relata que a experiência de ensinar remotamente e hibridamente não foi algo fácil de lidar nos primeiros meses da pandemia, segundo ela, isso se deu devido à falta de recursos tecnológicos para realizar gravações dos momentos de aula e das propostas de atividades que ficaram a cargo dos professores e seus equipamentos (FONSECA, 2021. p. 50).

Os professores tiveram que enfrentar preconceitos, medos e receios em utilizar a tecnologia, sendo resilientes, procurando capacitações para utilizar os meios tecnológicos e adaptar seus conteúdos. Além da pandemia ter trazido à tona as mazelas e dificuldades da população brasileira e ter deixado mais a mostras as desigualdades sociais de nosso país, pois de acordo com Lacerda e Junior (2021), o momento abriu fendas para o aumento da desigualdade de conhecimentos, ou seja, crianças com estruturas familiares, com recursos financeiros, em que suas famílias reconhecem a importância da rotina da organização e cuidados com os materiais apresentam melhor desempenho.

Silva, Petry e Uggioni (2021) relatam a necessidade de se utilizar ferramentas digitais nas aulas presenciais.

Com o isolamento social, advindo da política de distanciamento as escolas e, por conseguinte alunos e professores se viram com a necessidade da utilização maciça de ferramentas digitais em substituição às aulas presenciais. Este evento expôs severamente as insuficiências da educação no país. Podemos afirmar que algumas dessas insuficiências são a falta de formação específica para professores e o entendimento por parte da sociedade e o precário acesso da comunidade escolar a recursos tecnológicos, como computadores e internet de qualidade (SILVA, PETRY e UGGIONI, 2021, p. 22).

Lacerda e Júnior (2021) apontam que o ensino remoto emergencial requereu da comunidade educacional a adaptação, a ressignificação e o enfrentamento de diversas situações, tais como a ausência do relacionamento presencial de alunos e professores, a necessidade de maior autonomia dos alunos na aprendizagem e dos pais coadunarem o trabalho e o estudo dos filhos, bem como a complexa realidade de sobrecarga de trabalho dos educadores.

Lévy (1999) ainda coloca que a utilização da educação na modalidade EaD apresenta-se também como uma transição de uma educação e uma formação estritamente institucionalizadas (a escola, a universidade) para uma situação de troca generalizada dos saberes, o ensino da sociedade por ela mesma, de reconhecimento autogerenciado, móvel e contextual das competências, o aluno sendo parte integrante da construção do processo de ensino aprendizagem.

A sobrecarga de trabalho dos professores foi uma realidade sentida, visto que, os docentes tiveram que por muitas vezes transforma suas casas em salas de aula, e conciliarem os afazeres domésticos com as aulas On line.

A utilização das plataformas digitais, a realização de aulas virtuais, a criação de grupos de Watsapp e teleconferências, são estratégias que os docentes não estão acostumados a utilizar, os alunos também  demonstram uma certa dificuldade em acompanhar tais mudanças, pois a internet era utilizada por muitos somente para diversão, estudar sozinho ou ministrar aula para uma câmera, não produz o mesmo efeito que o convívio diário e pessoal, Silva, Petry e Uggioni (2021), apontam que diferente do convívio em sala de aula onde a interação é feita de forma presencial, no período da pandemia com o  isolamento social, esta nova interação ofertada de forma abrupta, pede tanto do professor como do aluno uma atitude proativa.

Sobre isso, Lacerda e Junior (2021) inferem que no contexto brasileiro, a exaustão e sobrecarga dos educadores ocorreram especialmente quando eles foram inesperadamente obrigados a repensar seus processos de trabalho. O excesso de demandas do ensino remoto sobrevém não apenas com a integração das plataformas digitais, mas por conta da construção de atividades individualizadas, nas quais há a necessidade de antever as dificuldades dos alunos e as restrições do ambiente online (LACERDA; JUNIOR, 2021, p.27)

Valle e Marcom (2021) relatam sobre a situação atual e como ela vem desafiando a todos os envolvidos na educação:

A situação ora vivenciada tem desafiado a sociedade e demandado essencialmente dos profissionais da educação e dos estudantes romper com práticas tradicionais arraigadas e atividades que tentam, a todo custo, manter uma sensação de “normalidade” no processo educacional. (VALLE, MARCOM, 2021, p. 140).

Observa-se que com as mudanças realizadas pelos professores em se adequarem tão rapidamente às necessidades impostas pela pandemia, pode-se perceber que mudanças se fazem necessárias e que a tecnologia pode ajudar significativamente em todo o processo educacional. Santos (2020) coloca que a pandemia e a quarentena revelaram que são possíveis alternativas, que as sociedades se adaptam a novos modos de viver quando tal é necessário e sentido como correspondendo ao bem comum.

Lacerda e Júnior (2021) apontam que em relação aos professores teve-se a necessidade de se adaptar as tecnologias, aos anseios dos alunos, as metodologias ativas de aprendizagem, as aulas online as formas de avaliação para garantir, mesmo que remotamente, a qualidade do ensino e a permanência do aluno na escola.

Constatamos, portanto, que a pandemia da Covid-19 estimulou um ensino híbrido marcado pela tentativa de conciliar o ensino remoto baseado em tecnologias como o computador e aparelhos celulares através do uso de aplicativos e da Internet. Porém, a pesquisa evidenciou que a marcante desigualdade social dificultou um ensino igualitário e impossibilitou o acesso às aulas de forma homogênea.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a análise dos artigos que relatam o assunto educação no período de pandemia, notamos que a maioria deles traz realidades bastante parecidas em relação ao período estudado, alguns relatam que o ensino não foi totalmente remoto, pois nem todos os alunos possuíam acesso à tecnologia adequada para que ocorresse de fato interação entre professor e alunos. Muitos estudantes também não tiveram acesso à Internet, computadores e a aparelhos celulares, portanto não tiveram acesso pleno à educação. Aqueles que não tiveram acesso a tais tecnologias, de certa forma foram forçados a “aprender” praticamente sozinhos, através de conteúdos impressos e disponibilizados nas escolas, sendo os pais responsáveis por levar e também ensinar o pouco que sabiam sobre esses conteúdos para que os filhos não ficassem privados do ensino. Infelizmente, nem todos os pais conseguiram ensinar por vários motivos como tempo, trabalho ou por desconhecerem o que estava sendo ensinado ou mesmo por não possuíram uma metodologia adequada de ensino.

Salienta-se também que com a pandemia, as imensas e inúmeras desigualdades sociais existentes em nosso país tornaram-se ainda mais explícitas e o ensino remoto, tão necessário e fundamental, não pode ser efetivo e eficaz nesse momento, pois em diversas regiões do país muitas unidades escolares não possuíam e ainda não possuem infraestrutura, equipamentos e até mesmo profissionais qualificados para desenvolverem as atividades do ensino remoto, de forma que as ações propostas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) tiveram que ser adaptadas de acordo com a realidade de cada Estado e município. Além dessas dificuldades, gestores e professores também precisaram buscar as melhores e possíveis alternativas para dar continuidade ao ensino remoto.

É certo que a pandemia afetou cada família da nossa sociedade, mesmo que de diferentes formas, causou muito sofrimento, percas familiares irreparáveis, desempregos, fechamentos de empresas e muitas crises de ansiedade e pânico, além das inúmeras dificuldades na área da educação.

A pandemia nos mostrou a capacidade que o ser humano possui de inovar e também a capacidade que os professores tiveram de se transformar, buscando aprender e a reaprender com tal tragédia, buscando novas estratégias e conhecimentos, saímos do comodismo para pensar uma nova forma de ensinar lembrando sempre, que ao ensinar se aprende.

Sabendo que o ser humano não vive só e é por meio da interação social que ocorrem as trocas de informações, somente assim podemos transformar o nosso aprendizado.

No período pandêmico alguns professores transformaram sua casa em sala de aula, ali gravavam suas vídeo-aulas, faziam folhas de exercícios para aqueles alunos que não tinham acesso à internet, tarefas para serem corrigidas e apesar de tudo isso ainda cuidar da família, da saúde física e mental de seus familiares, com isso aumentado a jornada de trabalho.

 O professor com toda a dificuldade encontrada tentou de alguma forma cumprir o seu papel de educador, mostrando-nos que podemos mudar e que a educação pode se transformar, mesmo em períodos que exijam uma maior disponibilidade para o trabalho.

Conclui-se que a pandemia deixou grandes lacunas no que diz respeito ao aprendizado dos alunos e que os profissionais da educação também não estavam preparados para viver a realidade imposta nesse período pandêmico, eles terão ainda bastantes trabalho para fazer com que as crianças e adolescentes recuperem esse tempo, pois como citamos em relatos acima, nem todos os alunos tinham como acompanhar as aulas, e que apesar dos esforços de nossos professores essas aulas não foram 100% aproveitadas.

Por fim percebemos que ainda existe a necessidade de aulas presenciais, que ainda não estamos preparados para aulas remotas no ensino fundamental, pois o ensino ainda é mais eficaz onde tem interação entre o professor e o aluno.

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[1] Impactos da pandemia na educação no Brasil – disponível em https://www12.senado.leg.br/institucional/datasenado/materias/pesquisas/impactos-da-pandemia-na-educacao-no-brasil