REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202502161943
Fredson Torres dos Santos1
Joab Torres dos Santos2
Odimar Lima de Oliveira Carvalho Bartilotti3
Pedrito Monteiro4
Resumo
As tecnologias vêm sendo incorporadas na educação presencial e a distância com o objetivo de enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. Uma dessas inovações compreende-se nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), que são espaços virtuais nos quais usuários, educadores e educandos podem interagir por meio de diversas ferramentas. A ideia é a de que esses ambientes criem novas possibilidades de aprendizagem ao aluno em face às mudanças tecnológicas que vêm ocorrendo na sociedade. Nessa perspectiva, um AVA é o principal instrumento mediador num sistema Educação a Distância que combina possibilidades inéditas de interação mediatizada (professor/professor e aluno/aluno) e de interatividades com diversos materiais de boa qualidade. O problema a ser investigado neste artigo é demonstrar a importância dos ambientes virtuais de aprendizagem para a educação a distância. O objetivo principal é definir as funcionalidades que devem existir em um ambiente virtual de aprendizado, para apoiar o processo de educação a distância. Para tanto, apresenta e discute teorias que mostram como os Ambientes Virtuais de Aprendizagem e suas funcionalidades colaboram para o processo de ensino-aprendizagem, com base em uma pesquisa bibliográfica.
Palavras-chave: Educação, TIC’s, aprendizagem, AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, escola.
Abstract
The technologies have been incorporated into face-to-face and distance education with the aim of enriching the teaching-learning process. One of these innovations is the virtual learning environments (VLEs), which are virtual spaces in which users, educators and students can interact through various tools. The idea is that these environments create new learning possibilities for the student in view of the technological changes that have been taking place in society. In this perspective, a VLE is the main mediator instrument in a Distance Education system that combines unprecedented possibilities of mediated interaction (teacher/teacher and student/student) and interactivity with different materials of good quality. The problem to be investigated in this article is to demonstrate the importance of virtual learning environments for distance education. The main objective is to define the functionalities that must exist in a virtual learning environment, to support the process of distance education. To do so, it presents and discusses theories that show how Virtual Learning Environments and their functionalities contribute to the teaching-learning process, based on a bibliographical research.
Keywords: Education, ICTs, learning, VLE – Virtual Learning Environment, school.
Introdução
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Elas estão mudando a forma como nos relacionamos, trabalhamos, aprendemos e nos divertimos. A educação não poderia ficar de fora desta revolução tecnológica e, cada vez mais, as escolas estão utilizando as TIC’s para facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
No entanto, nem sempre é fácil saber como utilizar as TIC’s da melhor forma na educação. É preciso levar em consideração diversos fatores, como a idade dos alunos, o objetivo da aula e os recursos disponíveis.
Neste artigo, vamos abordar algumas maneiras pelas quais as TIC’s podem ser utilizadas na educação para tornar o processo de aprendizagem mais interessante e eficiente.
As mudanças de percepção sobre as TIC’s na escola
A educação está em constante evolução ao longo do tempo, sendo esta, de forma direta ou não favorecida pelas novas tecnologias de informação e comunicação tem trazido novas perspectivassem todos os aspectos envolvidos nos processos de aprendizagem. Inicialmente os computadores eram usado de forma isolada sem “comunicação” com a proposta de ensino e com o projeto politico pedagógico.
Os laboratórios de informática foram inseridos nas escolas, sob pressão social, Sobretudo a proposta curricular das escolas, não se beneficiava da inserção destes equipamentos. Mesmo nas escolas pedagogicamente mais avançadas, raras eram as tentativas de interação e de realização de propostas interdisciplinares que envolvessem as atividades de informática realizadas na escola.
Inicialmente o computador era apena uma máquina de escrever mais sofisticada, com recursos de copiar, armazenar, redigir e editar textos que ao passar do tempo foram inseridas novas funcionalidade no uso pedagógico
Posteriormente o computador, por meio de periféricos, como CD’Rom, DVD’s, enciclopédias etc. já e considerado um auxiliar para pesquisas e aprimoramento do conhecimento dos alunos. Sobretudo alguns professores buscavam conhecer mais sobre este “fantástico recurso” que deixava os alunos curiosos e encontravam informações de forma mais rápida, comparando-se com os livros na biblioteca, quando disponível.
Um grande salto, na educação foi o surgimento da internet possibilitando o acesso de informações de diversas partes do mundo favorecendo o surgimento de projeto de integração de escolas, professores e alunos de diferentes locais e diferentes níveis possibilitando trocas de mensagens por meio de listas de e-mail f
A educação vem passando por mudanças significativas com o avanço da tecnologia da informação e comunicação (TIC’s). Dentre essas mudanças, podemos destacar o uso de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), que têm se tornado cada vez mais populares, principalmente neste período pandêmico. Esses ambientes trazem inúmeras vantagens para a aprendizagem, como a possibilidade de interação entre alunos e professores e o acesso às informações em tempo real. Como define Santos
Um espaço fecundo de significação onde seres humanos e objetos técnicos interagem potencializando assim, a construção de conhecimentos, logo a aprendizagem. Então todo ambiente é um ambiente de aprendizagem? Se entendermos aprendizagem como um processo sócio-técnico onde os sujeitos interagem na e pela cultura sendo esta um campo de luta, poder, diferença e significação, espaço para construção de saberes e conhecimento, então podemos afirmar que sim. (SANTOS, 2003, p. 02).
O ciberespaço (também conhecido como espaço cibernético, web virtual) é um conceito usado para descrever a natureza on-line e interconectada do mundo moderno. Ele é usado para descrever um ambiente de computador onde as pessoas e as máquinas são capazes de se comunicar e compartilhar informações através da Internet.
O ciberespaço como “espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores” (Lévy, 1999, p. 92) é uma plataforma de uma nova realidade humana, síntese das relações homem-máquina, homem-homem, cuja acronia e atopia ampliam os limites de possibilidades do homem, tanto às informações e comunicações quanto à sua criatividade.
Ambientes virtuais de aprendizagem
É notório que o ensino aprendizagem tem avançado ao longo do tempo, apresentando características fundamentais no ambiente de aprendizagem, dentre tantos fatores relevantes destacam- se as novas tecnologias sendo inseridas no âmbito escolar, mesmo ainda havendo um pouco de divergências de opiniões, principalmente quando se fala da dificuldade de acesso a estas tecnologias, no que diz respeito acessibilidade, distancia, desigualdade social, dentre outros.
compreendemos que ao inserir as tecnologias neste processo de ensino aprendizagem, percebe-se que as informações chegam muito mais rápidas, e diante de todas as mudanças esta comunicação precisa ser clara, rápida e objetiva, ao mesmo tempo envolvente ao docente e discente, que haja interação. Tais medidas, nos faz compreender, que a educação pode ser dada, não somente no ambiente presencial, más que através das mídias, de uma forma lúdica, televisiva, sem haver exclusividade tanto no ambiente presencial, como no ambiente virtual, haverá produtividade em relação ao ensino.
Estas plataformas, tem várias funções, as quais contribuirão na evolução dos trabalhos apresentados, no acompanhamento e no desenvolvimento no aprendizado.
Percebe – se nitidamente a eficácia das TICs, pois é muito mais fácil para o desenvolvimento, tornando aliados, melhorando a qualidade do ensino e aprendizagem. É preciso que em sala de aula haja receptividade, que as informações, possam gerar sensação de reflexão por exemplo, algo que incentive a participação de todos, mesmo que seja ainda restrito o acesso para alguns educadores e educandos, a escola precisa redesenhar este ambiente de ensino e aprendizagem.
O educador que por muitas vezes já foi considerado, um detentor de conhecimentos, até por que suas aulas eram apenas de uma forma expositiva, sendo o aluno aquele mero expectador. Hoje vemos a necessidade de mudanças e avanços para a educação não seja reprodutiva, más que possa ser passada de forma crítica e discursiva, e que as inovações possam ser aceitas na sociedade, trazendo assim mais desenvolvimento, permitindo aos alunos pensar e participar, interagir, levando a novos caminhos.
“Com base na proposta de Moore e levando-se em consideração que a aprendizagem será mais significativa quanto maior for o grau de interação e comunicação entre os participantes do processo, novas técnicas e tecnologias vêm sendo desenvolvidas, visando obter o máximo de aproximação nas atividades realizadas a distância, no ciberespaço. Segundo o professor Romero Tori (2002)”
Em nosso cotidiano tecnologia consegue aproximar as pessoas, principalmente com a chegada das redes socias, aplicativos, dentre tantos meios disponíveis, transformando a sociedade além de mais moderna, menos distante no sentido de adquirir conhecimentos, salientando que ao mesmo tempo pode distanciar, caso a sociedade não a utilize com sabedoria, fazendo com que a presença se torne insignificante.
Pierre Lévy (2010, p.21), no início do livro Cibercultura, aponta que, em eventos e publicações, “fala se muitas vezes do “impacto” das novas tecnologias da informação sobre a sociedade ou a cultura”.
Compreendemos que a empregabilidade, está diretamente ligada a inclusão digital na escola, sabemos que estamos na era digital, é através desta que a geração de emprego e renda, pode ser encurtada de uma certa forma as distâncias na sociedade.
Vários fatores relevantes a exemplo da falta de habilidade e comprometimento da escrita, socialização, a dispersão da atenção, assim como um sério risco a invasão das informações, nos deixa preocupados, por outro lado, é nítido que a falta de conectividade havia um atraso nas informações, se tornando tarefas muito mais complexas, assim as novas adaptações só tendem a trazer benefícios a educação, além da qualidade de vida.
“A tecnologia é só uma ferramenta. No que se refere a motivar as crianças e conseguir que trabalhem juntas, um professor é um recurso mais importante.”
Bill Gates, empresário e fundador da Microsoft
Assim como a BNCC prevê que a escola tem a possibilidade de dar aos estudantes o aprimoramento das linguagens associado as tecnologias digitais.
“A tecnologia move o mundo”. — Steve Jobs fundador da Apple
Várias barreiras são quebradas na sociedade, pois estamos diretamente lidando com o mundo tecnológico e estas tecnologias perpassam, como forma de contribuição ao educando e educador, transformando principalmente ao que se refere a educação, sendo assim é compreendido que a evolução tecnológica redesenha o ambiente de ensino e aprendizagem.
Com o objetivo de formar educadores e ajudar a descobrir estratégias inovadoras para o aperfeiçoamento do processo educacional
Considerações Finais
Considerando a educação virtual algo cada vez mais próximo das gerações vindouras, percebemos que o professor não pode estar alheio a mudanças tecnológicas. Ser reflexivo remete ao pensamento introspectivo das práticas exercidas durante a docência. Um O ambiente virtual de aprendizagem (moodle) 149 educador reflexivo percebe, no ensino contextualizado, a possibilidade de alcançar seu aluno. Os registros em um ambiente de aprendizagem, no nosso caso em AVA, servem para oferecer referenciais de reflexão para o professor. Mesmo não o utilizando em uma educação a distância, é possível perceber as possibilidades, às vezes também os limites, do educador que faz uso de tecnologias para tornar a aprendizagem de seus alunos mais significativa.
Percebemos que tal intenção só pode ser contemplada a partir de práticas não diretivas de ensino ou pedagogias que focam o processo ensino‑aprendizagem centrados nos alunos, reconhecendo neles os verdadeiros sujeitos do processo. Assim, o professor assume uma postura de mediação (Vigotsky, 2008) entre o que o aluno pode potencialmente aprender e o que realmente aprende.
Tais procedimentos demandam mudanças de paradigmas, às vezes profundamente imbricados com a personalidade tradicional dos professores. Dessa forma, a reflexividade não pode ser exercitada de forma meramente pragmática, mas se constitui em um movimento interno extremamente dialético, no qual, a todo momento, a contradição apresentase.
Mesmo que essa realidade surja de forma complexa para o professor, tornase um desafio cujos frutos colhidos por aqueles que ousam são doces e gratificantes, pois propiciam a realização da diferença na educação, ou seja, deixam de ser meros reprodutores de ideologias para se tornarem agentes de transformação, colaborando para a construção de sujeitos realmente críticos.
Assim, intuímos lançar esse desafio. O que para muitos pode ser algo tão distante, com a massificação dos meios de comunicação e das TICs, tornase cada vez mais possível.
Referências
BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2006.
LAZILHA, Fabrício Ricardo. Ambiente de Aprendizagem em EAD. Maringá: Cesumar, 2011
Lévy, P. (1998). A inteligência coletiva por uma antropologia do ciberespaço (L. P. Rouanet, Trad.). São Paulo: Loyola. (Trabalho original publicado em 1997).
Lévy, P. (1999). Cibercultura. (C. I. da Costa, Trad.). São Paulo: Ed. 34. (Trabalho original publicado em 1997).
PORTARIA Nº 4.059. De 10 de dezembro de 2004. Disponível in: http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf SANTOS. Edméa Oliveira. Ambientes virtuais de aprendizagem: por autorias livre, plurais e gratuitas. In: Revista FAEBA, v.12.
SILVA, A. R. Lopes da; SPANHOL, F. J. Design instrucional e construção do conhecimento. Jundiaí, SP: Paco, 2014
TORRES, P. Laboratório online de aprendizagem. Editora Unisul, 2004
1 Mestrando em Ciências da Educação, graduado em Licenciatura em Matemática. FTC., Bacharel em Enfermagem, Universidade Estácio de Sá, Pós Graduado em Auditoria e Sistema de Saúde. Universidade Estácio de Sá
2 Mestrando em Ciências da Educação
3 Mestranda em Ciências da Educação – World University Ecumenical. Pós graduada em Planejamento e Gestão Escolar – Universo. Graduada em Licenciatura em Pedagogia e em Matemática – UNEB.
4 Mestrando em Ciências da Educação., graduado em Lic. Matemática, UNEB.