ORGAN AND TISSUE DONATION AND RELIGIOUS BELIEFS: A LITERATURE REVIEW
DONACIÓN DE ÓRGANOS Y TEJIDOS Y CREENCIAS RELIGIOSAS: UNA REVISIÓN DE LA LITERATURA
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10888268
Eliabi Pereira da Silva1;
Tiago da Silva2;
Josieli da Silva Moura3;
Júlio Cesar de Santana Gonçalves4
Resumo
Objetivo: analisar se a religião interfere na decisão do doador e/ou da família para o consentimento de doação de órgãos e transplante. Trata-se de uma Revisão Integrativa Bibliográfica com caráter qualitativo e descritivo, permitindo a combinação de estudos com diferentes abordagens metodológicas, mantendo o rigor da revisão por meio das seguintes etapas: identificação do tema e critérios para inclusão e exclusão de estudos; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados; e reflexões pertinentes aos estudos. A coleta de informações foi realizada através das bases eletrônicas: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), acervos da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), foram selecionados artigos de 2019 a 2024, em português, relacionados a religião e crenças no processo de doação e transplantes órgãos/tecidos, utilizando na buscaos operadores booleanos or, ande not. Os resultados relatam que os autores têm conhecimento que as crenças religiosas dos mais diversos segmentos estão profundamente enraizadas na cultura da grande maioria dos brasileiros, e entre os desafios esta, o “medo de mutilação ou deformidade do corpo”, que interfere nas crenças ou nos rituais funerários, é necessário durante a entrevista, o esclarecimento que o corpo do falecido será tratado com respeito. O líder religioso tem que estar consciente sobre o processo de morte encefálica e seus deveres como cidadãos, exercendo sua cidadania e responsabilidade social diante da sociedade de forma altruísta. A necessidade de doação de órgãos e tecidos é uma realidade, é fundamental um discurso embasado no altruísmo e na solidariedade no meio religioso no intuito de conscientizar fies e líderes religiosos acerca do processo de doação, diagnósticos sobre morte encefálica e mostrar através das interpretações da Bíblia Sagrada que a carne e o sangue não herdaram o céu, mas pode dar oportunidade outras pessoas a chegar o pleno conhecimento da Verdade.
Palavras-chaves: Educação; Religião; Doação; Órgãos; Tecidos.
Abstract
Objective: to analyze whether religion interferes in the decision of the donor and/or family to consent to organ donation and transplantation. This is an Integrative Bibliographic Review with a qualitative and descriptive character, allowing the combination of studies with different methodological approaches, maintaining the rigor of the review through the following steps: identification of the topic and criteria for inclusion and exclusion of studies; definition of information to be extracted from selected studies; analysis and interpretation of results; and reflections relevant to studies. Information collection was carried out through electronic databases: Virtual Health Library (VHL), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), collections of Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) and Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), articles were selected from 2019 to 2024, in Portuguese, related to religion and beliefs in the process of organ/tissue donation and transplants, using the Boolean operators or, and and not in the search. The results report that the authors are aware that the religious beliefs of the most diverse segments are deeply rooted in the culture of the vast majority of Brazilians, and among the challenges is the “fear of mutilation or deformity of the body”, which interferes with beliefs or funeral rituals, it is necessary during the interview to clarify that the body of the deceased will be treated with respect. The religious leader must be aware of the brain death process and their duties as citizens, exercising their citizenship and social responsibility towards society in an altruistic way. The need to donate organs and tissues is a reality, a discourse based on altruism and solidarity in the religious environment is essential in order to raise awareness among believers and religious leaders about the donation process, diagnoses about brain death and show through interpretations of the Bible Sacred that flesh and blood did not inherit heaven, but it can give other people the opportunity to reach full knowledge of the Truth.
Keywords: Education; Religion; Donation; Organs; Fabrics.
Resumen
Objetivo: analizar si la religión interfiere en la decisión del donante y/o familiar de consentir la donación y el trasplante de órganos. Se trata de una Revisión Bibliográfica Integrativa de carácter cualitativo y descriptivo, que permite combinar estudios con diferentes enfoques metodológicos, manteniendo el rigor de la revisión a través de los siguientes pasos: identificación del tema y criterios de inclusión y exclusión de estudios; definición de información a extraer de estudios seleccionados; análisis e interpretación de resultados; y reflexiones relevantes para los estudios. La recolección de información se realizó a través de bases de datos electrónicas: Biblioteca Virtual en Salud (BVS), Biblioteca Electrónica Científica en Línea (SCIELO), colecciones de Literatura Latinoamericana y del Caribe en Ciencias de la Salud (LILACS) y Sistema de Análisis y Recuperación de Literatura Médica en Línea (MEDLINE), artículos. fueron seleccionados de 2019 a 2024, en portugués, relacionados con religión y creencias en el proceso de donación y trasplante de órganos/tejidos, utilizando los operadores booleanos o, y y no en la búsqueda. Los resultados reportan que los autores son conscientes de que las creencias religiosas de los más diversos segmentos están profundamente arraigadas en la cultura de la gran mayoría de los brasileños, y entre los desafíos está el “miedo a la mutilación o deformidad del cuerpo”, que interfiere con creencias o rituales funerarios, es necesario durante la entrevista aclarar que el cuerpo del difunto será tratado con respeto. El líder religioso debe ser consciente del proceso de muerte cerebral y de sus deberes como ciudadano, ejerciendo su ciudadanía y responsabilidad social hacia la sociedad de forma altruista. La necesidad de donar órganos y tejidos es una realidad, un discurso basado en el altruismo y la solidaridad en el ámbito religioso es fundamental para concientizar a los creyentes y líderes religiosos sobre el proceso de donación, diagnósticos sobre muerte cerebral y evidencia a través de interpretaciones de la Biblia. Sagrado que la carne y la sangre no hereden el cielo, pero puede dar a otras personas la oportunidad de alcanzar el pleno conocimiento de la Verdad.
Palabras-clave: Educación; Religión; Donación; Órganos; Telas.
INTRODUÇÃO
Doar órgãos é uma ação incalculável na vida do receptor, proporcionando melhor qualidade de vida e sobrevida, podendo, inclusive, ser a única solução para certas enfermidades. Vale ressaltar que órgãos e tecidos como os rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado, intestino, córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias estão elegíveis para doação. No caso de doador vivo, apenas um dos rins e parte do fígado, medula ou pulmão podem ser doados (Roza & Schirmer, 2021).
No Brasil, o Decreto 9.175/2017, Brasil, 2017 instituiu que os órgãos podem ser doados ainda em vida ou após diagnóstico de morte encefálica, conforme a Resolução 2.173/2017 do Conselho Federal de Medicina (Conselho Federal de Medicina, 2017). O país possui o maior sistema público de transplantes do mundo, sendo o Sistema Único de Saúde (SUS) o responsável por cerca de 96% dos procedimentos efetuados no território nacional. Apresentando uma população com mais de 200 milhões de habitantes e possuindo um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos no mundo, Paim et al., (2021), o Brasil assume o segundo lugar no ranking dos transplantes, atrás somente dos Estados Unidos da América.
O percentual de consentimento para a doação de órgãos e tecidos na população brasileira corresponde a 50% dos entrevistados Versa, 2013. A partir disto, percebemos a necessidade de investigação identificando os motivos que levam pessoas e famílias a não concretizarem a doação, conhecer esses fatores vai permitir o desenvolvimento de atividades que possam planejar e executar estratégias que possam superar as causas e motivos da negativa familiar.
Um dos motivos que leva a recusa na doação de órgãos, apontada por Moraes, 2009, p. 133-148, são as crenças religiosas, falta de conhecimento sobre o diagnóstico de morte encefálica, a dificuldade dos familiares em aceitar a manipulação do corpo do parente para retirada de órgãos para transplante. Outro desafio no processo de doação de órgãos e tecidos é a falta de conhecimento dos profissionais da área de saúde em determinadas crenças religiosas, isto limita o diálogo e as abordagens, contribuindo em resultados negativos.
Sendo um dos países em que a maioria de sua população acredita em Deus, conforme o último censo brasileiro realizado em 2010, cerca de 92% da população se define como adepta de alguma vertente religiosa, como se pode observar a seguir:
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia Estatística – IBGE, 2020 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pesquisa/23/22107
Diante disto, é fundamental que os líderes religiosos possam se conscientizar sobre a relevância e necessidade de promover reflexões e ensinos sobre a doação de órgãos e tecidos, tendo em vista que muitas pessoas buscam apoio emocional nas religiões. Nesta perspectiva, constituímos como objetivo analisar se a religião interfere na decisão do doador e/ou da família para o consentimento de doação de órgãos e transplante.
História dos transplantes no contexto religioso
Os transplantes tiveram seu mais expressivo marco inicial com o milagre atribuído aos santos, São Cosme e São Damião, na realização de um transplante de perna. Esses santos tornaram-se padroeiros da medicina, sendo também reconhecidos como padroeiros do transplante. Em homenagem a São Cosme e São Damião, desde 1999 é comemorado no dia 27 de setembro o dia do transplante de órgãos e tecidos no Brasil (Garcia; Pestana; Ianhez, 2006). Entretanto, a história dos transplantes está intrinsecamente ligada a relatos religiosos, o primeiro deles, encontra-se registrado no livro de Gênesis 2:21-22, onde Adão aparece como o primeiro doador, ao ter sua costela retirada para a criação de Eva (Howard, R. J. et al., 2012), evidências de autotransplante ou alotransplante de tecidos não viscerais, como ossos, dentes e pele foram descritos desde a Idade do bronze, na Pré-História.
O interesse na remoção de tecido embora não estejam ligadas a era dos transplantes, existem descrições mitológicos e religiosos e até registros arqueológicos que mencionam o conceito de transplante de tecidos há vários milênios (Linden, P. K, 2009), a mitologia grega alude a deuses, heróis e bestas como a Esfinge, o Minotauro, Centauros, Sátiros e Quimera (parte cabra, parte leão e parte serpente), que se tornou um símbolo dos transplantes (Howard et al., 2012, p. 6).
Na cultura oriental, existem descrições detalhadas do uso de enxertos de pele a partir da própria nádega ou do queixo de um paciente, para reconstrução de narizes mutilados como punição por crimes cometidos em texto hindu (2500- 3000 a.C.) Bergan, A., 1997. O médico chinês Pien Chiao trocou supostamente os corações de dois indivíduos: um homem forte de espírito, mas com vontade fraca, e um homem de espírito fraco, mas de forte vontade, a fim de alcançar um equilíbrio em cada homem (Souza, A. S., 2020).
O antigo Egito, Grécia, Roma e outros países da Europa Ocidental há relatos de transplantes de dentes (Souza, A. S., 2020). O Novo Testamento da Bíblia descreve o momento em que seria um autotransplante, quando Jesus de Nazaré restaurou a orelha de um soldado, que havia sido cortada pela espada de Simão Pedro. Entre os séculos XVII e XVIII houve experimentos e observações significativas que contribuíram no aperfeiçoamento de alguns transplantes, o cirurgião alemão Karl Thiersch conseguiu provar que o transplante de animal para humanos não era possível sem rejeição, devido à incompatibilidade entre os tecidos.
Em 1900 Paul Ehrlich descobriu eritrócitos em transfusões de sangue que poderiam potencialmente criar anticorpos hemolíticos, Karl Landsteiner acrescentou explicações à descoberta de Ehrlich quando descreveu esses anticorpos e descobriu que eles se ligariam aos eritrócitos dos receptores de enxerto (Shelley, J. L. 2010. p. 3). O primeiro transplante com resultado favorável aconteceu na cidade de Boston, Estados Unidos, em 1954, pelo Dr. Jonh P. Merril um transplante renal entre gêmeos univitelinos, com sobrevida do receptor por 20 anos (Emed, 2003; Varga, 1998), a terapia intensiva e a definição da morte do sistema nervoso em 1959, por um grupo de especialistas de Lyon houve a definição de morte encefálica, suplantando os critérios clássicos da parada cardiorrespiratória (Fernandez, 2000).
Em 1960 Peter Medawar, brasileiro de Petrópolis, Rio de Janeiro, tornou se um dos principais personagens da história do transplante, descobrindo “tolerância adquirida” e por estabelecer as bases de tolerância imunológica de rejeição da pele (Garcia; Pestana; Ianhez, 2006; Vasconcelos et al., 2016), esses fatos, somados à descoberta do imunossupressor ciclosporina, nos anos 1980, foram fundamentais para que uma série de transplantes, especialmente de rim, coração e fígado, conseguissem ultrapassar a fase experimental (Fernandez, 2000).
O século XX também foi marcado pelo surgimento da Bioética, que têm como proposito manter o diálogo entre as diferentes tradições culturais, filosóficas e religiosas, sendo a base do respeito à diversidade humana e religiosa (ou espiritual), desta forma esclarecer e conscientizar o quanto o transplante de órgãos e tecidos pode transformar a vida de quem está nas filas a espera de uma doação. Desta forma, podemos observar que o transplante de órgãos, na antiguidade, era rodeado de misticismo e religiosidade, fazendo parte de relatos bíblicos, com o passar do tempo passou a fazer parte da medicina moderna.
METODOLOGIA
Trata-se de uma Revisão Integrativa Bibliográfica com caráter qualitativo e descritivo, permitindo a combinação de estudos com diferentes abordagens metodológicas, mantendo o rigor da revisão por meio das seguintes etapas: identificação do tema e critérios para inclusão e exclusão de estudos; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados; e reflexões pertinentes aos estudos (Mendes KDS, Silveira R.C.D., Galvão CM, 2008).
A coleta de informações foi realizada através das bases eletrônicas: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), acervos da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), foram selecionados artigos de 2019 a 2024, em português, relacionados a religião e crenças no processo de doação e transplantes órgãos/tecidos.
Utilizaram-se os operadores booleanos or, and e not para melhor resultado da busca. Dos 98 artigos selecionados, foram revisados 7 artigos com diferentes delineamentos que focavam explicitamente o conteúdo pertinente ao objetivo inicialmente proposto. A partir disso, foram excluídos artigos que não continham título e conteúdo pertinente ao objetivo inicialmente proposto, conforme a tabela a seguir:
Título / Referência | Tipo de Estudo / Objetivo | Resultados |
Título: Representações sociais sobre doação de órgãos e tecidos para transplantes entre adolescentes escolares Referência: FERREIRA, D. R.; HIGARASHI, I. H. Representações sociais sobre doação de órgãos e tecidos para transplantes entre adolescentes escolares. Saúde e Sociedade, v. 30, 2021. | Tipo de Estudo: Pesquisa de caráter qualitativo, ancorada na Teoria das Representações Sociais Objetivo: Analisar as possíveis representações sociais que adolescentes do Ensino Médio de uma escola da rede pública têm sobre o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes | As representações sociais são elementos-chave na construção histórica e social de conceitos arquitetados na população, bem como aqueles propagados pela sociedade, ciência ou mídia, compreender as concepções e visões que uma população tem sobre determinado assunto pode refletir na sua conduta, em seus valores e nas tomadas de decisão. |
Título: Experiência de famílias não doadoras frente à morte encefálica Referência: ROSSATO, G. C. et al. A experiência de famílias não doadoras frente à morte encefálica [Non-donor families’ experiences in cases of brain death][La experiencia de familias no donantes ante la muerte encefálica]. Revista Enfermagem UERJ, v. 28, p. 51140, 2020. | Tipo de Estudo: Estudo qualitativo fundamentado no Interacionismo Simbólico. Objetivo: Compreender a experiência vivenciada de famílias de adultos frente à morte encefálica e a opção pela não doação de órgãos. | Pode-se identificar que crenças de que o corpo ficaria mutilado e irreconhecível, caso concordassem com a doação, contribuíram para a decisão. |
Título: Morte na doação de órgãos e tecidos: discursos dos profissionais de saúde Referência: SOARES, E. R. et al. Morte na doação de órgãos e tecidos:: discursos dos profissionais de saúde. Revista Uruguaya de Enfermería, v. 18, n. 1, p. e2023v18n1a11-e2023v18n1a11, 2023. | Tipo de Estudo: Estudo qualitativo operacionalizado com a noção teórica de discurso de Michel Foucault Objetivo: Identificar os discursos que atravessam os profissionais de saúde ao significar a morte no contexto de doação de órgãos e tecidos para transplante. | Considerando que o discurso da religião na temática da doação de órgãos e tecidos faz referência à ideia de imortalidade, por entender que a alma continua viva mesmo após a morte, o discurso da tecnologia também é sustentado pela ideia de imortalidade que circunda as diferentes crenças e religiões. |
Título: Determinação de morte encefálica, captação e doação de órgãos e tecidos em um hospital de ensino Referência: SOUZA, D. H. et al. Determinação de morte encefálica, captação e doação de órgãos e tecidos em um hospital de ensino. CuidArte, Enferm, p. 53-60, 2021. | Método: Estudo descritivo, quantitativo, retrospectivo. Objetivos: Identificar perfil, causas de morte encefálica, motivos para a não doação de órgãos de pacientes em um hospital de ensino do noroeste paulista e correlacionar as variáveis no período anterior e posterior à Resolução n° 2173 de novembro de 2017. | A religião pode interferir no processo de doação de órgãos, quando crenças, convicções, superstições ou informações distorcidas a respeito dele transformam-se em dificuldades. Portanto, se faz necessário informar e conscientizar os dirigentes espirituais que a religião precisa caminhar e evoluir junto à ciência. |
Título: Questões éticas na doação de órgãos em casos de morte cerebral: uma análise multidisciplinar Referência: SOUZA F. D. H.; SANTANA, A. M. R.; BOTELHO, RAYANE, M. Questões éticas na doação de órgãos em casos de morte cerebral: uma análise multidisciplinar. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v. 6, n. 13, p. 1856-1867, 2023. | Tipo de Estudo: Revisão sistemática Objetivo: Conhecer as implicações éticas envolvidas no processo de doação de órgãos e tecidos. | Destaca a necessidade de uma definição clara e consensual de morte cerebral para orientar decisões médicas e éticas na doação de órgãos. A controvérsia em torno dessa definição ressalta a importância de considerar tanto os aspectos científicos quanto os morais ao tomar decisões sobre a doação. Além disso, as crenças religiosas e culturais desempenham um papel significativo nas decisões de doação de órgãos, enfatizando a necessidade de uma abordagem sensível e respeitosa ao lidar com questões éticas em diferentes contextos. |
Título: Os principais fatores de recusa de doação de órgãos e tecidos no âmbito familiar: Revisão de literatura Referência: ARAUJO, H. V. et al. OS PRINCIPAIS FATORES DE RECUSA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS NO ÂMBITO FAMILIAR: REVISÃO DE LITERATURA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 5, n. 5, p. 1223-1243, 2023. | Tipo de Estudo: Revisão bibliográfica de caráter qualitativo e descritivo Objetivo: Evidenciar as principais causas que influenciam na recusa de doação de órgãos e tecidos pelos familiares de elegíveis doadores. | Enfatiza que nenhuma religião é contrária a doação de órgãos e tecidos, o que se percebeu foi a interpretação individual quanto às escritas bíblicas. |
RESULTADOS E DISCURSÃO
O Brasil é um país de uma grande variedade de cultos e doutrinas religiosas, no entanto, a pesquisa revelou que existem poucos estudos relacionados às crenças religiosas, doação e transplantes de órgãos. Estudos apontam à religião como fator decisivo na decisão de dor ou não Bispo et al., 2016; Santos et al., 2016; Costa et al., 2018; Martino et al., 2021, outros relata que a religião não impactou na doação de órgãos e tecidos, Costa et al., 2018; Martino et al., 2021, e outro afirma que nenhuma religião é contrária a doação de órgãos e tecidos Araujo, H. V. et al., 2023.
Segundo Ferreira, D. R.; Higarashi, I. H., 2021, as representações sociais são elementos-chave na construção histórica e social de conceitos arquitetados na população, bem como aqueles propagados pela sociedade, ciência ou mídia, compreender as concepções e visões que uma população tem sobre determinado assunto pode refletir na sua conduta, em seus valores e nas tomadas de decisão. Apesar da evolução do número de transplantes no país, há um grande desconhecimento da população sobre o processo que envolve a doação de órgãos e tecidos, isso contribui no aumento da recusa familiar e aumento das filas de espera.
A tomada de decisão na doação de órgãos é influenciada pelas crenças religiosas, isto pode contribuir na doação de órgãos e tecidos ou na negativa familiar, outro fator é o desconhecimento dos profissionais de saúde a respeito de algumas crenças religiosas, isto acaba prejudicando o diálogo na hora da entrevista com a família. A decisão em doar está ligada à crença pessoal, identificar estas crenças que influenciam na tomada de decisão é uma ótima estratégia (Moraes, 2009, p. 133-134).
Outro desafio no processo de doação é a mutilação do corpo, é comum em muitas crenças relacionar agressões ao corpo com traumas para a alma e problemas para o destino espiritual adequado. Algumas pesquisas apontam que algumas crenças acreditam que o corpo fica mutilado e irreconhecível Rossato, G. C. et al. 2020, outras adotam o conceito de sepultamento do corpo inteiro, sem mutilação, mantém boa relação entre os mortos e remover órgãos, compromete rituais de sepultamento (West R, Burr G., 2002).
Algumas religiões interpretam como falta respeito ao falecido, a manipulação do corpo para retirada de órgãos, e por não enxergarem o corpo como algo material, e acabam resistindo à doação, acreditando que a aceitação iria causar mais dor e sofrimento aos familiares, Marinho CLA, Conceição; AICC, Silva, RS; 2008. Determinadas formas de religião defendem que o medo da mutilação corporal, somado à ideia de que a doação pode antecipar a morte do potencial doador, é um importante fator de influência sobre as famílias (Cajado MCV, Franco ALS., 2016; Santos JIR, Santos ADB, Lira GG, Moura LTR., 2019).
Soares, E. R. et al., 2023, considera que o discurso da religião na temática da doação de órgãos e tecidos faz referência à ideia de imortalidade, por entender que a alma continua viva mesmo após a morte, o discurso da tecnologia também é sustentado pela ideia de imortalidade que circunda as diferentes crenças e religiões, mesmo parecendo, em um primeiro momento antagônicos, os discursos religiosos e tecnológicos possuem a imortalidade como elemento central que os aproximam. Pensar de forma altruísta é uma das melhores estratégias que pode ser veiculada no seio religioso para desenvolver a empatia e a solidariedade. Rosa et al. (2018) afirmam que a informação, o altruísmo, a empatia, a cidadania, a solidariedade e a responsabilidade social são fatores determinantes na captação de doadores.
A religião pode interferir no processo de doação de órgãos, quando crenças, convicções, superstições ou informações distorcidas a respeito dele transformam-se em dificuldades Souza, D. H., et al. 2021. Portanto, se faz necessário informar e conscientizar os dirigentes espirituais sobre os benefícios que a pessoa transplantada juntamente com a família pode obter mediante um transplante. A falta de informação e comunicação no processo de doação (Silva, E. P.; Fernandes, M. L. B., 2022; Silva, E. P.; Fernades, M. L. B., 2023).
O transplante de órgãos é um dos maiores avanços da medicina nas últimas décadas, há uma necessidade diante do crescimento religioso que os líderes expressem suporte teológico sobre a doação de órgãos e tecidos que possam ter fundamento na interpretação das escrituras sagradas. A religião é estratégica no acompanhamento e aconselhamento para a tomada de decisão no processo de doação de órgãos e tecidos, isso pode resultar na mudança de paradigmas sociais, nas diminuições do número de recusas, no aumento do número de doações.
Souza, F. D. H.; Santana, A. M. R.; Botelho, R. M., 2023, destaca a necessidade de uma definição clara e consensual de morte cerebral para orientar decisões médicas e éticas na doação de órgãos. A controvérsia em torno dessa definição ressalta a importância de considerar tanto os aspectos científicos quanto os morais ao tomar decisões sobre a doação. Além disso, as crenças religiosas e culturais desempenham um papel significativo nas decisões de doação de órgãos e tecidos, enfatizando a necessidade de uma abordagem sensível e respeitosa ao lidar com questões éticas em diferentes contextos.
Segundo Souza, Diego Henrique de et al. 2021, a religião pode interferir no processo de doação de órgãos, quando crenças, convicções, superstições ou informações distorcidas a respeito dele transformam-se em dificuldades, portanto, se faz necessário informar e conscientizar os dirigentes espirituais que a religião precisa caminhar e evoluir junto à ciência. O líder religioso tem a função de preservar e repassar os ensinamentos religiosos, ele é considerado o guardião das doutrinas e responsável em transmitir a Palavra Sagrada que deve ser preservada e repetida, mas também ter consciência sobre quais são os seus deveres como cidadãos, isto significa exercer a sua função diante da sociedade e não ser apenas coadjuvante. Um dos exercícios da cidadania diz respeito à atuação do cidadão em colaborar com o próximo, por meio de um ato de doação, seja ela de sangue, órgãos, alimentos ou bens materiais, é uma forma de contribuir para o bem-estar de toda a sociedade.
Diante dos últimos avanços na medicina, há uma necessidade de que os líderes religiosos se conscientizem para conscientizar sobre a relevância da doação de órgãos e tecidos e os tipos de diagnósticos sobre a morte encefálica. Há um desconhecimento na sociedade sobre o processo de doação (Galvão et al., 2007; Neto et al., 2012; Reis et al., 2013; Santos et al., 2016; Costa et al., 2018; Martino et al., 2021) e algumas pesquisas indicam dúvida sobre quais órgãos podem ser doados em vida (Santos et al., 2016; Musa et al., 2020; Sampaio et al., 2020) ou após a morte (Musa et al., 2020; Sampaio et al., 2020). No entanto, a igreja com suas atividades religiosas e de ensino pode contribuir de maneira significativa na tomada de decisão, diminuindo os índices de negativa familiar, um dos principais obstáculos no processo de doação.
Araujo, H. V. et al., 2023, enfatiza publicamente que nenhuma religião é contrária a doação de órgãos e tecidos, o que se percebe é a interpretação individual quanto aos escritos bíblicos. O posicionamento religioso sobre determinados assuntos está associado a muitas decisões dos seus fiéis, há também a impressão de que determinadas religiões proíbem a doação de órgãos e tecidos Bispo et al., 2016; Santos et al., 2016. Embora não haja um posicionamento absoluto contrária à doação, a crença da morte relacionada à parada do coração e os rituais ligados ao corpo do falecido limitam a possibilidade de adesão à doação e, posteriormente, ao transplante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no levantamento apresentado, é evidente a escassez de estudos sobre a interferência religiosa na decisão do doador e/ou da família para o consentimento de doação de órgãos e transplante. Mesmo após tantas décadas, o processo de doação continua sendo confrontado por alguns grupos sociais. A doação é um ato altruísta, de uma grande dimensão moral e espiritual daqueles que doam, tornando possível a vida daqueles que os recebem. É fundamental conhecer os fatores que influenciam as famílias no processo de doação de órgãos, dentre os quais as crenças religiosas, estão profundamente enraizadas na maioria dos brasileiros.
Os autores têm conhecimento que as crenças religiosas dos mais diversos segmentos estão profundamente enraizadas na maioria dos brasileiros, entre os desafios está o medo de mutilação, deformidade do corpo, ou nos rituais funerários, é necessário durante a entrevista, que os familiares sejam esclarecidos, de que o corpo do falecido será tratado com respeito, assegurando sua reconstituição de forma condigna para o sepultamento, sendo garantido por lei.
Mesmo sendo o guardião das doutrinas e responsável em transmitir a palavra sagrada que deve ser preservada e repetida, o líder religioso também tem que estar consciente sobre quais são os seus deveres como cidadãos exercendo sua cidadania e responsabilidade social diante da sociedade de forma altruísta.
Ainda foi mencionado pelos autores a necessidade de conscientizar sobre o processo de morte encefálica. É evidente, tratando-se de morte encefálica, que os familiares não recebem informações suficientes por parte da equipe responsável dificultando ainda mais a efetivação do processo. As famílias alegam que as crenças religiosas e culturais desempenham um papel significativo nas decisões de doação de órgãos e tecidos, isto necessita de investigação, devido ao seu impacto direto no processo de doação-transplante.
A necessidade de doação de órgãos e tecidos é uma realidade, é um fundamental um discurso embasado no altruísmo e na solidariedade no meio religioso no intuito de conscientizar fies e líderes religiosos acerca do processo de doação, dos diagnósticos sobre morte encefálica e mostra através das interpretações da Bíblia Sagrada que a carne e o sangue não herdaram o céu, mas pode dar oportunidade outra pessoa até chegar o pleno conhecimento da Verdade.
Referências
ARAUJO, H. V. et al. OS PRINCIPAIS FATORES DE RECUSA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS NO ÂMBITO FAMILIAR: REVISÃO DE LITERATURA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 5, n. 5, p. 1223-1243, 2023.
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¹Graduado em Ciências Biológicas pela Faculdade Integrada de Vitória de Santo Antão FAINTVISA. Graduando em Teologia pela Escola Teológica da Assembleia de Deus – ESTEADEB/Polo Carpina – PE. Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado Profissional em Educação) da Universidade de Pernambuco (UPE), Campus Mata Norte, Nazaré da Mata, Pernambuco, Brasil. Email: eliabiomolecular@gmail.com, https://orcid.org/0000-0002-5912-6164;
²Graduando em Teologia pela Escola Teológica da Assembleia de Deus – ESTEADEB/Polo Carpina – PE. https://orcid.org/0009-0008-2066-2227;
³Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão (CAV). https://orcid.org/0000-0001-9647-1883;
⁴Graduado em Administração Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Brasil. Professor da Escola Teológica da Assembleia de Deus – ESTEADEB https://orcid.org/0000-0003-2132-2685