DESNUTRIÇÃO EM CRIANÇAS DE 0-5 ANOS DA POPULAÇÃO INDÍGENA YANOMAMI

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10205211


ANA FLÁVIA DE LIMA E SILVA LAMEIRA DOS ANJOS1
ADRIELI DE CÁSSIA DOS SANTOS BATISTA2
SPENCER GOMES RICOTTA3
CLAUDIA EBNER4


RESUMO

A pesquisa apresentada delimita-se a região populacional Yanomami, uma comunidade indígena no Brasil. Este estudo visa compreender a análise cultural-histórica dessa comunidade destacando a importante abordagem sobre Direitos Humanos. Pretende-se contextualizar o importante cenário ao qual esses povos passam o seguinte enfrentamento por décadas: à objeção da complexidade da desnutrição de crianças com idades entre 0 a 5 anos, essas crianças não recebem os nutrientes necessários para um crescimento saudável e desenvolvimento adequado, sujeitas a vulnerabilidade de doenças. Busca-se identificar as causas que contribuem para esse cenário alarmante evidenciando os direitos humanos inerentes à população indígena. Nesse contexto, a metodologia realizada foi desenvolvida por pesquisa bibliográfica e documental, aos quais contribuem significativamente para o avanço de pesquisa científica. Espera-se não apenas preencher lacunas no conhecimento existente, mas também oferecer bases sólidas para o desenvolvimento de estratégias eficazes e direcionadas as causas pertinentes a promoção de melhoria substancial nas condições de vida e no pleno desenvolvimento das crianças Yanomami.

Palavras-chave: Cultura indígena. Desnutrição infantil. Saúde.

INTRODUÇÃO
1.1  – TEMA, PROBLEMA E QUESTÃO DE PESQUISA

Esta pesquisa tem como objetivo abordar a desnutrição infantil entre os Yanomami, uma comunidade indígena na Amazônia brasileira e venezuelana. Buscamos compreender as complexas conexões entre aspectos culturais, socioeconômicos e de acesso à saúde.

Este estudo visa analisar as causas subjacentes, contribuindo para estratégias eficazes e culturalmente sensíveis, em conformidade com os princípios dos direitos humanos. A pesquisa destaca a negligência da preservação desses direitos, ressaltando a vulnerabilidade das populações indígenas às sujeitas a desnutrição.

. A análise subsequente explorará as causas da desnutrição infantil, elucidando o contexto das legislações vigentes como a Constituição Federal e a Convenção 169 da OIT. O estudo revelará a distorção em relação às diretrizes legais e a realidade vivenciada nas comunidades

Considerando os desafios específicos relacionados à preservação cultural, a limitação de disposição de alimentos nutritivos e recursos devido à localização das terras isoladas de personalidade única, marcada por pressões externas e políticas, com a exploração de recursos naturais.

Fazem-se necessárias direcionar estratégias práticas a fim de mitigar essa problemática, promovendo a saúde e o bem-estar das crianças Yanomami, respeitando a preservação e desenvolvimento da rica herança cultural e histórica dessa prestigiada comunidade brasileira.

1.2   OBJETIVOS DA PESQUISA
  • Este trabalho tem como objetivo geral compreender a situação cultural histórica da população indígena Yanomami frente da desnutrição de crianças de 0 a 5 anos.
    • Indicar as causas que levam à desnutrição das crianças indígenas Yanomami.
  • Evidenciar os Direitos Humanos na População Indígena em relação a Desnutrição Infantil
1.3  JUSTIFICATIVAS

Este trabalho de pesquisa tem por justificativa a análise e a compreensão causada pela desnutrição infantil entre os povos Yanomami, uma população indígena vulnerável no Brasil. A compreensão dos aspectos culturais, socioeconômicos e de acesso à saúde serão importantes para o entendimento dessa problemática, diante dessa evidente crise humanitária. É imperativo investigar as causas subjacentes para sugerir estratégias eficazes e ágeis de intervenção, resultando bases sólidas para a implementação de medidas concretas e direcionadas, com o objetivo de melhorar as condições de vida das crianças Yanomami proporcionando-lhes um crescimento saudável com usufruto de garantias de direitos e segurança.

1.4  METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa escolhida para construção desse estudo é a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. A pesquisa bibliográfica consiste na revisão crítica e sistemática da literatura existente sobre o tema através de autores prestigiados e entendidos do fato em questão, que esclarece e identifica as lacunas no conhecimento. Por outro lado, tem-se por pesquisa documental a análise de documentos originais, artigos, resoluções legais que permitem acessar fontes primárias e desvendar contextos históricos e práticos de conhecimento, aos quais contribuem significativamente para o avanço científico. A base de pesquisa tem o intuito de contextualizar o cenário de desnutrição das de Terra Indígena, Yanomami.

2.          DESNUTRIÇÃO     INFANTIL     ENTRE     OS     YANOMAMI:        UMA ABORDAGEM CULTURAL, SOCIOECONÔMICA DE ACESSO À SAÚDE

O povo Yanomami é uma população indígena que habita as regiões da Amazônia, no Brasil e na Venezuela. Sua história, estilo de vida e características culturais únicas têm sido objeto de estudo e interesse acadêmico por décadas (NILSSON, 2018).

Essa área indígena é protegida, estendendo-se pelos estados de Roraima e Amazonas, essa terra demarcada visa preservar o modo de vida, a cultura e os recursos naturais dos Yanomamis, enquanto garante seus direitos territoriais.

Suas comunidades muitas vezes estão situadas em terras remotas e de difícil acesso, geralmente afastadas dos centros urbanos e da infraestrutura moderna. Essa sociedade é organizada em comunidades autônomas compostas por grupos familiares inter-relacionados, sendo cada comunidade liderada por um xamã ou líder espiritual, e as decisões são frequentemente tomadas por consenso entre os membros adultos (NATIONAL GEOGRAPHIC, 2023).

A comunidade Yanomami muitas vezes vive em áreas remotas e isoladas, o que pode dificultar o acesso a alimentos frescos e nutritivos. A dependência de práticas de caça, pesca e coleta pode ser afetada por mudanças ambientais, como desmatamento e poluição de rios, comprometendo a disponibilidade de alimentos tradicionais (GANCHI, 2023).

A região é caracterizada por uma rica biodiversidade e desafios relacionados à pressão externa, como garimpo ilegal, desmatamento e conflitos sociais. A preservação da Terra Indígena Yanomami é crucial não apenas para a sobrevivência desse grupo étnico, mas também para a conservação da diversidade ambiental da Amazônia.

Essas populações indígenas têm sistemas de conhecimento e práticas culturais únicos, incluindo seus métodos tradicionais de alimentação. A desnutrição ameaça esses aspectos essenciais da identidade cultural e contribui para a perda de tradições valiosas (BARROS; SILVA; GUGELMIN, 2007).

Tradicionalmente o povo Yanomami tem como principal elemento em sua base alimentar a banana, eles também cultivam a mandioca, macaxeira, tabaco, batata doce, cará, milho e plantas medicinais. A caça, por seu simbolismo é valorizada, uma vez que o bom caçador tem prestígio na comunidade, em contraposição à pesca (ALBUQUERQUE; SILVA, 2017).

A população Yanomami possui uma rica herança cultural e histórica, mas também enfrenta desafios sistemáticos em relação à saúde e ao bem- estar (OLIVEIRA, 2023). A disponibilidade limitada de alimentos nutritivos, a falta de acesso a cuidados de saúde de qualidade, a interação crescente com influências não indígenas e as mudanças nos padrões alimentares tradicionais são fatores que têm contribuído para a situação alarmante de desnutrição entre as crianças Yanomami (CARVALHO, 2023).

As comunidades Yanomami têm enfrentado desafios significativos devido à expansão da sociedade moderna para suas terras. O contato com atividades como a mineração ilegal, exploração madeireira e doenças introduzidas resultou em impactos negativos na saúde, cultura e modo de vida Yanomami. Assim, a população Yanomami enfrenta desafios como a perda de território, conflitos com invasores externos, exposição a doenças infecciosas e ameaças à preservação de sua cultura tradicional (BRASIL, 2023).

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF (2019), a desnutrição infantil na comunidade Yanomami, assim como em outras populações indígenas, é influenciada por uma série de fatores complexos e interconectada. Esses fatores podem variar desde aspectos culturais e tradicionais até questões socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde. Faz-se necessário refletir sobre como o acesso limitado a alimentos nutritivos, as mudanças nos padrões alimentares tradicionais e a falta de infraestrutura adequada de saúde está contribuindo para essa situação alarmante.

Essa hipótese sugere que a falta de acesso a uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, devido à sua localização remota e a influências externas, resulta em deficiências nutricionais significativas nas crianças Yanomami. Além disso, a falta de conhecimento sobre práticas nutricionais adequadas e a possível interferência de fatores culturais e sociais também podem estar

desempenhando um papel importante na desnutrição infantil (GARNELO, 2012).

Problema antigo na região, os Yanomami convivem com a desnutrição infantil há décadas. Estudo do Unicef (braço da Organização das Nações Unidas para a infância) e a Fiocruz aponta que oito em cada dez crianças menores de 5 anos têm desnutrição crônica – nas regiões de Auaris e Maturacá – dentro da Terra Indígena Yanomami.

No caso dos Yanomamis, até onde se sabe, há ausência de alimentos, e pelo que está sendo informado através da imprensa, isso decorre da alteração do meio ambiente, na qual os garimpos na região do entorno degradam a mata e com isso afastam a possibilidade de caça e pesca dos peixes. A extração do minério com mercúrio contamina os rios, matando animais e impactando a disponibilidade de alimentos.

Vale ressaltar que na falta de alimento, os indígenas acabam consumindo também produtos ultra processados, pobres em nutrientes, que são levados por pessoas de fora da terra indígena, como biscoitos, salgadinhos e enlatados. A soma desses fatores, segundo o pesquisador, leva ao quadro de desnutrição. Adiante estudaremos de forma breve a evidência dos direitos humanos na proteção e dignidade da preservação da vida com foco na comunidade indígena definida por esse capítulo.

2.     DESNUTRIÇÃO INFANTIL NA POPULAÇÃO INDÍGENA: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS

Este trabalho tem como objetivo central investigar a desnutrição infantil entre crianças da população indígena, fundamentando-se nos princípios dos direitos humanos, equidade, desenvolvimento sustentável e preservação cultural. Essa abordagem reside na urgência de melhorar a saúde e o bem- estar dessas crianças, empoderar suas comunidades e contribuir para a construção de um mundo mais justo e inclusivo, conforme destacado por (LOTTA, 2019).

Reconhecendo que cada criança possui o direito intransferível de crescer com saúde e dignidade, este estudo enfatiza a relevância desses

direitos, frequentemente negligenciados nas populações indígenas devido a desigualdades estruturais e históricas, o que resulta em uma maior vulnerabilidade à desnutrição, conforme evidenciado por (GARNELO, 2012).

Em resumo, a justificativa para a abordagem da desnutrição infantil em crianças da população indígena é fundamentada em princípios de direitos humanos, equidade, desenvolvimento sustentável e preservação cultural. Essa abordagem visa melhorar a saúde e o bem-estar dessas crianças, empoderar suas comunidades e contribuir para um mundo mais justo e inclusivo (LOTTA, 2019).

Cada criança tem o direito intransferível de crescer com saúde e dignidade. No caso das populações indígenas, esses direitos são frequentemente negligenciados devido a desigualdades estruturais e históricas, resultando em maior vulnerabilidade à desnutrição (GARNELO, 2012). Esses direitos são resguardados pela Constituição Federal de 1988, artigo 227, ao qual dá proteção integral à criança, assegurando-as direitos à vida, à saúde, à alimentação, à dignidade e ao respeito.

Considerando os direitos fundamentais, destacamos a ratificação da Convenção 169 da OIT em 2002, ao qual dá garantia ao acesso à própria alimentação e às práticas culturais aos direitos dos povos indígenas.

Segundo a Lei Orgânica da Saúde destaca-se a regulação direcionada ao Sistema Único de Saúde – SUS, necessidade de ações específicas de promoção da saúde e assistência à nutrição infantil, visando assegurar o bem- estar dessas populações. Vale ressaltar ainda o Estatuto do Índio, Lei nº 6.001/1973 que regula sobre os direitos e deveres dos índios no Brasil, assegurando sua integridade física, moral e cultural, assistência à saúde e à alimentação.

Todavia, apesar do reconhecimento legal e a efetiva implementação desses direitos, a realidade enfrentada por essas comunidades indígenas com carência de nutrição é pertinente.

Em seguida estudaremos as causas de desnutrição infantil da comunidade indígena evidenciada por autores renomados para esclarecimento do objetivo pontuado por esse estudo.

3.  CAUSAS DA DESNUTRIÇÃO

A desnutrição infantil é uma condição que ocorre quando uma criança não recebe nutrientes essenciais em quantidade suficiente para apoiar o crescimento, desenvolvimento e funções corporais adequados. Isso resulta em um estado de deficiência nutricional que pode afetar negativamente diversos aspectos da saúde física e cognitiva da criança (CLEMENTE, 2022).

É importante considerar que essas hipóteses são apenas uma possível explicação e que a situação é multifacetada, sendo necessária uma análise mais abrangente para confirmar e compreender plenamente os fatores subjacentes à desnutrição infantil entre as crianças Yanomami, e é isso que este trabalho propõe. (SANTANA, 2023).

A desnutrição, especialmente nos primeiros anos de vida (0 a 5 anos), pode ter efeitos profundos e duradouros na saúde e no desenvolvimento das crianças, como retardo no crescimento, fraqueza muscular, atraso no desenvolvimento cognitivo, baixo quociente de inteligência – QI, maior suscetibilidade a doenças e ciclo intergeracional (PEREIRA, ANDRADE, SPYRIDES, LYRA, 2017).

A desnutrição em crianças é frequentemente avaliada usando indicadores como o peso para a idade, a estatura para a idade e o peso para a estatura, comparados a padrões de crescimento estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

As crenças culturais e práticas tradicionais podem influenciar as escolhas alimentares e os cuidados com a saúde infantil. Assim sendo, intervenções de saúde e nutrição precisam levar em consideração esses aspectos culturais para serem eficazes (ROSSI; MOREIRA; RAUEN, 2008). Adicionalmente, a distância das instalações de saúde, a falta de profissionais de saúde qualificados e barreiras linguísticas podem limitar o acesso aos cuidados de saúde e orientações nutricionais (CLEMENTE et al., 2022).

A exposição a alimentos processados e menos nutritivos pode levar à substituição de alimentos tradicionais mais nutritivos e a uma dieta menos saudável. Além disso, a falta de conhecimento sobre a importância de uma dieta balanceada e a falta de acesso a informações sobre nutrição pode contribuir para a adoção de práticas alimentares menos saudáveis (CUNHA, 2014).

A pobreza e a falta de acesso a serviços básicos, como água potável e saneamento, podem impactar negativamente a saúde e a nutrição das crianças. A falta de infraestrutura de saúde e educação pode limitar a capacidade das comunidades de lidar com questões de saúde e nutrição (GARNELO, 2012). Logo, as crianças Yanomami podem ser mais suscetíveis a doenças devido à falta de imunidade e à exposição a infecções transmitidas por contato externo, fazendo que as ocorrências de doenças frequentes afetem o apetite e a absorção de nutrientes, contribuindo para a desnutrição (SANTANA, 2023).

A falta de oportunidades educacionais pode impactar a disseminação de informações sobre saúde e nutrição, além de limitar o empoderamento das famílias Yanomami para tomar decisões informadas. Mudanças no ambiente, como desmatamento e conflitos territoriais, também podem afetar os meios de subsistência tradicionais e a disponibilidade de alimentos (GARNELO, 2012).

Na infância, a desnutrição pode causar danos permanentes ao desenvolvimento físico e cognitivo. Isso não apenas afeta a qualidade de vida das crianças, mas também perpetua o ciclo da pobreza e desvantagem social em gerações futuras (SANTANA, 2023).

A desnutrição infantil é um problema de saúde pública global que afeta desproporcionalmente as crianças, especialmente aquelas pertencentes a populações marginalizadas, como as comunidades indígenas (CLEMENTE, 2022).

A desnutrição infantil entre as populações indígenas também se relaciona frequentemente às desigualdades sistêmicas, como acesso limitado a recursos, serviços de saúde inadequados e discriminação (PEREIRA, ANDRADE, SPYRIDES, LYRA, 2017). Abordar esse problema é uma questão de equidade e justiça social.

Tem como intuito informar que é uma questão recorrente de anos, mas que se agravou no período da pandemia do COVID 19 em 2020. Entre 2015 e 2023, na base de dados Portal Regional da BVS. Utilizou-se os seguintes Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): Desnutrição, crianças e Yanomami.

Utilizando-se o operador booleano AND e seus respectivos termos, foram encontrados 6 artigos, onde, após a leitura, completam 2, 4 foram excluídos pois não condiziam com o propósito da pesquisa. O critério de exclusão desses artigos foi: 2 estavam relacionados a pneumonia na população Yanomami e não falava sobre desnutrição, e os outros 2 não focavam na desnutrição da população indígena Yanomami, e sim na população indígena em geral.

(GARNELO et al., 2012) mostra como pontos negativos: a falta de conhecimento sobre práticas nutricionais adequadas e a possível interferência de fatores culturais e sociais também podem estar desempenhando um papel importante na desnutrição infantil, o empoderamento das famílias Yanomami para tomar decisões informadas e que mudanças no ambiente, como desmatamento e conflitos territoriais podem afetar os meios de subsistência tradicionais e a disponibilidade de alimentos. Ressalta, como, aspectos negativos: falta de conhecimento, educação e mudanças no ambiente.

A reflexão do sensível tema da desnutrição infantil de crianças indígenas no Brasil em é um Yanomami desafio crítico de saúde pública que continua a afetar de maneira desproporcional as populações indígenas em diversas partes do mundo. Entre esses grupos, as crianças com idades entre 0 e 5 anos são particularmente vulneráveis aos efeitos debilitantes da desnutrição (PEREIRA, ANDRADE, SPYRIDES, LYRA, 2017). Este problema é especialmente evidente na população indígena Yanomami, uma comunidade que habita áreas remotas e muitas vezes isoladas, enfrentando uma série de obstáculos complexos que contribuem para a prevalência alarmante da desnutrição infantil (CLEMENTE, 2022).

Já, (CUNHA et al., 2014) pontuou apenas: a desnutrição pode causar danos permanentes ao desenvolvimento físico e cognitivo. Cunha et al., (2014) apresenta: a qualidade de vida das crianças, o ciclo da pobreza e sua desvantagem social em gerações futuras.

(GARNELO et al., 2012) pontuou como pontos positivos: As políticas públicas, assim como a educação nutricional são cruciais para garantir o bem- estar das crianças e o respeito à diversidade cultura como aspectos positivos referente aos resultados, (CUNHA et al., 2014) acrescenta em seus pontos positivos o registro de informações como ponto positivo. Enfatiza o

desenvolvimento de programas de educação nutricional adaptados à cultura de cada comunidade, abordando a importância de uma dieta equilibrada para a saúde infantil, no intuito de melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade, incluindo cuidados pré-natais e pós-natais, para garantir a saúde materno-infantil.

De acordo com as análises citadas, no próximo capítulo será apresentado os resultados dessa pesquisa e apresentação de possíveis intervenções para solução da objeção dessa pesquisa.

4.  RESULTADOS E DISCUSSÃO

É essencial abordar a desnutrição infantil de forma abrangente, considerando tanto os aspectos físicos quanto os cognitivos e de saúde em longo prazo. Intervenções precoces e eficazes podem ter um impacto positivo significativo na saúde e no desenvolvimento dessas crianças, permitindo que alcancem todo o seu potencial (PEREIRA, ANDRADE, SPYRIDES, LYRA, 2017).

É crucial, portanto, abordar esses fatores de maneira integrada e respeitosa à cultura Yanomami para desenvolver estratégias eficazes de combate à desnutrição infantil na comunidade. Isso requer a colaboração entre as autoridades de saúde, organizações não governamentais e as próprias comunidades Yanomami, com o objetivo de melhorar o acesso a alimentos nutritivos, cuidados de saúde e educação sobre nutrição.

As políticas públicas para combater a desnutrição infantil na população indígena são cruciais para garantir o bem-estar das crianças e o respeito à diversidade cultural (GARNELO, 2012), desenvolver programas de educação nutricional adaptados à cultura de cada comunidade, abordando a importância de uma dieta equilibrada para a saúde infantil, é essencial.

Além do fortalecimento dos serviços de saúde, no intuito de melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade, incluindo cuidados pré-natais e pós- natais, para garantir a saúde materno-infantil (CUNHA, 2014).

Neste contexto, também cabe a inclusão do fornecimento de suplementos nutricionais quando necessário, especialmente para crianças com desnutrição aguda, e garantir tratamento médico adequado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

É preciso, ainda, estabelecer sistemas de monitoramento e avaliação para acompanhar a eficácia das políticas e fazer ajustes conforme necessário, bem como envolver as lideranças indígenas e as comunidades no processo de formulação e implementação das políticas, garantindo a participação ativa e apropriada (CARDOSO JÚNIOR; CUNHA, 2015).

Pressupõe-se ainda que abordagens que enfatizem a educação nutricional, o fortalecimento das práticas alimentares tradicionais e a melhoria da disponibilidade de alimentos saudáveis dentro das comunidades Yanomami poderiam ajudar a reduzir a desnutrição infantil. Adicionalmente, a criação de infraestrutura de saúde acessível e adequada, juntamente com esforços para promover a conscientização sobre a importância da nutrição infantil, também poderiam desempenhar um papel crucial na abordagem desse problema (CARVALHO, 2023). Entender as causas subjacentes e os fatores determinantes da desnutrição em populações indígenas pode gerar insights valiosos para a saúde pública, para a nutrição e para os esforços de desenvolvimento em geral, visto que a erradicação da fome e da desnutrição é um dos objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU, 2023).

Abordar a desnutrição infantil é imprescindível nas populações indígenas. No caso específico dos Yanomami, é necessário suscitar medidas de forma emergencial, assim, serão apresentadas as seguintes providências:

  • No quadro de desnutrição severa, as crianças precisam de cuidados intensivos, preferencialmente em ambiente hospitalar, para que a melhor forma de alimentação seja ofertada, de forma lenta e gradual, evitando a síndrome de realimentação, distúrbio metabólico que pode ocorrer com a oferta muita rápida dos nutrientes.
  • Nos casos mais graves, estes pacientes devem receber alimentação por via parenteral (intravenosa) ou enteral (por sonda nasoentérica), com nutrientes adequados de forma a facilitar a sua digestão e absorção.
  • Quando a criança sair da situação de risco de vida e puder alimentar-se normalmente, deve-se garantir a oferta adequada e constante de alimentos saudáveis habitualmente consumidos.

O objetivo é contribuir para a sensibilização, compreensão e desenvolvimento de estratégias que promovam efetivamente os direitos fundamentais dessas crianças indígenas em estado de vulnerabilidade, objetivando a construção de um futuro mais equitativo, seguro e sustentável.

ANÁLISE DOS ARGUMENTOS E CAUSAS DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL NA COMUNIDADE YANOMAMI

REFERÊNCIAAUTORTÍTULOARGUMENTOCAUSA
  (PEREIRA, ANDRADE, SPYRIDES, LYRA, 2017)  Ingrid Pereira, Lára Andrade, Maria Spyrides, Clélia LyraEstado nutricional de menores de 5 anos de idade no Brasil: evidências da polarização epidemiológica nutricionalDesnutrição infantil em populações indígenas resulta de desigualdades sistêmicas, como acesso limitado a recursos e serviços de saúde, afetando desproporcionalmente crianças de 0 a 5 anos.  Identificam a falta de investimento efetivo em sistemas de saúde pública. Isso demanda reformulação nas políticas de saúde e investimentos específicos.
      (GRANCHI, 2023)      Giulia Granchi  Por que reverter quadros de desnutrição como o dos yanomami é tão difícil  A comunidade Yanomami, em áreas remotas, enfrenta dificuldades no acesso a alimentos frescos devido a práticas tradicionais impactadas por mudanças ambientais, como desmatamento e poluição de rios.Destaca que a desnutrição na comunidade Yanomami é ampliada por áreas isoladas de difícil acesso, especialmente para distribuição de alimentos. O desafio é agravado por mudanças ambientais, reforçando a urgência de abordar a distribuição em comunidades remotas.
      (OLIVEIRA, 2023)      Evelyn Oliveira      Crise sanitária YanomamiA mineração ilegal na terra rica da comunidade Yanomami é um grave problema. A abertura de minas sem autorização destrói o ambiente, contamina fontes de água e ameaça à segurança alimentar, intensificando a crise de desnutrição. A dificuldade no acesso à saúde pública agrava o problema.A falta de acesso à saúde pública, é uma causa fundamental da desnutrição na comunidade Yanomami. A mineração ilegal piora a situação ao destruir terras, contaminar rios e prejudicar a segurança alimentar, agravando ainda mais a crise nutricional.
      (CARVALHO, 2023)    Gustavo Carvalho  Pesquisadora do IFF/Fiocruz analisa o quadro de desnutrição das crianças yanomamiA escassez de alimentos e água potável, devido à destruição das florestas e contaminação dos rios, é um desafio crítico para os Yanomami. Os quadros parasitários e infecciosos, provenientes de epidemias, agravam a desnutrição, acentuando a perda de peso.A crítica à saúde pública e à falta de alimentos são causas fundamentais da desnutrição Yanomami. A destruição ambiental intensifica a escassez, enquanto as epidemias contribuem para problemas de saúde constantes, agravando ainda mais a situação nutricional.
        (BRASIL, 2023)      Governo Federal Brasil    Relatório integrado de ações: emergência Yanomami    A população Yanomami enfrenta desafios significativos, incluindo a perda de território, conflitos com invasores externos, exposição a doenças infecciosas e ameaças à preservação de sua cultura tradicional.A perda de territórios é agravada pela falta de acesso adequado à saúde pública, contribuindo para a vulnerabilidade da comunidade Yanomami. O desafio territorial compromete a segurança e a preservação cultural, enquanto a falta de assistência médica adequada amplifica os impactos negativos dessa situação.
      (UNICEF, 2019)    Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF    UNICEF alerta sobre desnutrição crônica de crianças yanomamis  A desnutrição na população Yanomami é influenciada por uma série de fatores complexos e interconectados, que vão desde aspectos culturais e tradicionais até questões socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde.A desnutrição na comunidade Yanomami é profundamente impactada por fatores culturais, socioeconômicos e pela qualidade dos serviços de saúde. A interconexão desses elementos compõe um cenário desafiador, exigindo abordagens integradas para lidar com esse problema de maneira abrangente.
          (GARNELO, PONTES, 2012)        Luiza Garnelo, Ana Lúcia Pontes        Saúde Indígena: uma introdução ao tema.A desnutrição nas crianças Yanomami decorre da falta de acesso a uma dieta equilibrada devido à localização remota e influências externas. A escassez de conhecimento sobre práticas nutricionais adequadas, interferências culturais e sociais, e a negligência de direitos devido a desigualdades históricas agravam a situação. A limitação na infraestrutura de saúde e educação também contribui para a vulnerabilidade.A desnutrição infantil Yanomami é causada pela dificuldade de acesso a uma dieta equilibrada devido à localização remota. A falta de informação e educação, influenciada por fatores culturais e sociais, junto com desigualdades históricas, aumenta a vulnerabilidade à desnutrição. A escassez de infraestrutura de saúde e educação limita a capacidade das comunidades de lidar com desafios de saúde e nutrição.
      (LOTTA, 2019)        Gabriela Lotta    Teoria e análises sobre implantação de políticas públicas no Brasil.  A falta de acompanhamento médico, indicando uma lacuna na prestação de cuidados de saúde, é um fator contribuinte para os desafios enfrentados pela população Yanomami. A crítica à residência em condições precárias destaca a conexão direta entre o ambiente habitacional e a saúde.A falta de acompanhamento médico evidencia uma falha na prestação de cuidados de saúde para a população Yanomami. A residência em condições precárias é um desafio adicional, agravando a vulnerabilidade. A interseção entre problemas ambientais e a deficiência na saúde pública destaca a complexidade dessa questão.
      (ROSSI, MOREIRA, RAUEN, 2008)    Alessandra Rossi, Emília Moreira, Michelle Rauen    Determinantes do comportamento alimentar: uma revisão com enfoque na família  Crenças culturais e práticas tradicionais têm impacto direto nas escolhas alimentares e nos cuidados com a saúde infantil na comunidade Yanomami. Portanto, intervenções em saúde e nutrição devem ser sensíveis a esses aspectos culturais para serem eficazes.A influência das crenças culturais e práticas tradicionais nas escolhas alimentares e cuidados com a saúde destaca a interconexão entre problemas ambientais, culturais e de saúde pública na comunidade Yanomami. É vital que as intervenções considerem esses fatores para abordar eficazmente os desafios nutricionais e de saúde.
    (CLEMENTE, SILVA, VIEIRA, BORTOLI, TOMA, RAMOS, BRITO, 2022)  Karina Clemente, Simone Silva, Gislene Vieira, Maritsa Bortoli, Tereza Toma, Vinícius Ramos, Cristina Brito    Barreiras ao acesso de pessoas com deficiência aos serviços de saúde: uma revisão de escopo    A distância das instalações de saúde, a escassez de profissionais de saúde qualificados e barreiras linguísticas representam desafios significativos que limitam o acesso aos cuidados de saúde e orientações nutricionais na comunidade Yanomami.A conexão entre o território Yanomami e desafios em saúde pública e cultural é evidenciada pela distância das instalações de saúde, a carência de profissionais de saúde qualificados e barreiras linguísticas. Esses fatores combinados criam obstáculos substanciais ao acesso a cuidados de saúde e orientações nutricionais, sublinhando a complexidade e a interconexão desses aspectos na abordagem dessas questões.
          (CUNHA, 2014)          Luana Cunha      A importância de uma alimentação adequada na educação infantil.    A falta de acesso a informações sobre nutrição pode influenciar a adoção de práticas alimentares menos saudáveis na comunidade Yanomami. Esse déficit de informação contribui para um ciclo de pobreza, resultando em desvantagens sociais para gerações futuras.A falta de acesso à informação sobre nutrição na comunidade Yanomami está intrinsecamente ligada à adoção de práticas alimentares menos saudáveis. Esse déficit informacional contribui diretamente para um ciclo de pobreza, gerando desvantagens sociais que persistem ao longo das gerações. A abordagem desses desafios exige atenção tanto à disseminação de informações quanto à quebra do ciclo de pobreza para promover mudanças sustentáveis.
        (SANTANA, 2023)        Crisley Santana      Desnutrição pode deixar graves sequelas em crianças yanomamis.    A falta de imunidade e a exposição a infecções externas tornam as crianças Yanomami mais suscetíveis a doenças. A ocorrência frequente de enfermidades afeta o apetite e a absorção de nutrientes, contribuindo para a desnutrição.A falta de intervenção do governo para melhorar as condições dos Yanomami agrava a suscetibilidade das crianças a doenças devido à falta de imunidade e à exposição a infecções externas. A ausência de medidas eficazes contribui diretamente para a desnutrição, pois as doenças recorrentes impactam negativamente o apetite e a absorção de nutrientes. A crítica à falta de intervenção governamental destaca a urgência de ações para fortalecer a saúde e o bem-estar dessa comunidade.
     O garimpo ilegal não apenas impacta a disponibilidade de alimentos, mas também prejudica o território, levando as pessoas a viverem em situações precárias na comunidade Yanomami.A falta de intervenção do governo na questão do
  Desnutrição infantil,garimpo ilegal agrava a escassez de alimentos e
 Valériagarimpo e Covid:a degradação do território Yanomami. A inação
(OLIVEIRA, DAMA, 2021)Oliveira, Juliana Damaentenda os problemas que afligem a Terragovernamental contribui diretamente para a precariedade das condições de vida, evidenciando a necessidade urgente de medidas
  Indígena Yanomamipara proteger a segurança alimentar e o bem-
   estar da comunidade.
      (BRAZILIENSE, ALBUQUERQUE, 2023)      Correiro Braziliense, Mariana Albuquerque      Desnutrição atinge mais da metade dos Yanomamis com menos de 5 anos    O garimpo ilegal exerce impacto direto na disponibilidade de alimentos e na degradação do território na comunidade Yanomami.A ausência de intervenção governamental eficaz na questão do garimpo ilegal agrava a escassez de alimentos e a deterioração do território Yanomami. A falta de ação por parte do governo é criticada por contribuir diretamente para a precariedade das condições de vida na comunidade. Essa negligência destaca a necessidade urgente de medidas governamentais para preservar a segurança alimentar e melhorar o bem- estar da população Yanomami.
        (VALENTE, 2023)        Rubens Valente      “Só comparável à África Subsaariana”: um terço das crianças yanomami estão com déficit de peso    O garimpo ilegal na região prejudica significativamente a disponibilidade de alimentos, impactando diretamente a comunidade Yanomami. Além disso, a negligência da saúde pública em relação às crianças agrava os desafios nutricionais.A falta de intervenção governamental eficaz diante do garimpo ilegal contribui diretamente para a escassez de alimentos na comunidade Yanomami. A crítica ao governo estende-se à negligência da saúde pública, particularmente em relação às crianças, agravando ainda mais os desafios nutricionais. A inação governamental e o descaso com a saúde pública ressaltam a urgência de medidas para preservar a segurança alimentar e promover o bem- estar da população Yanomami.

        (CASTRO, 2023)        Ana Castro    Desnutrição atinge 50% das crianças Yanomamis acompanhadas pelo SUS  O garimpo ilegal na região não apenas prejudica o território Yanomami, mas também afeta diretamente a disponibilidade de alimentos e contribui para a propagação de doenças na comunidade.A falta de intervenção governamental eficaz diante do garimpo ilegal amplia os impactos negativos no território, na segurança alimentar e na propagação de doenças na comunidade Yanomami. A crítica ao governo ressalta a necessidade urgente de ações para preservar o ambiente, garantir a disponibilidade de alimentos e combater a disseminação de doenças, visando melhorar as condições de vida dessa população.
      (FERNANDES, 2023)      Samuel Fernandes    Pneumonia causou 1/3 das mortes evitáveis de crianças yanomamis em 2022  O desmatamento, dificuldade de acesso à saúde, cuidados nutricionais e o garimpo ilegal, que prejudica o solo e dificulta o acesso a alimentos, são fatores cruciais para a desnutrição infantil na comunidade Yanomami.A desnutrição nas crianças Yanomami é diretamente atribuída ao desmatamento, dificuldades de acesso à saúde e cuidados nutricionais, bem como ao impacto do garimpo ilegal no solo e na disponibilidade de alimentos. A crítica se estende à dificuldade de acesso à saúde, distribuição de alimentos e falta de vacina, destacando a necessidade urgente de intervenções abrangentes para abordar esses desafios.
      (DOLCE, 2022)      Julia Dolce  Garimpo faz malária e desnutrição infantil explodirem entre os Yanomami  A propagação de doenças, especialmente a malária, enfraquece as pessoas, prejudicando sua capacidade de buscar e produzir alimentos. Esse cenário é agravado pelo impacto do garimpo ilegal na região.A propagação de doenças, em especial a malária, debilita a comunidade Yanomami, limitando sua capacidade de se envolver na produção e busca por alimentos. Esse quadro é intensificado pelo impacto do garimpo ilegal na região. A crítica se estende à saúde pública, apontando para a dificuldade de acesso aos hospitais e os efeitos prejudiciais dos garimpos ilegais na saúde e no bem-estar da comunidade Yanomami.
    (FELLET, 2014)    João Fellet    Desnutrição matou 419 crianças indígenas desde 2008  A prevalência de doenças na região é agravada pelo difícil acesso a hospitais, juntamente com o mal atendimento durante consultas e a difícil disponibilidade de carros de polícia.A alta incidência de doenças na comunidade Yanomami é diretamente influenciada pelo desafio em acessar hospitais, somado ao mal atendimento durante consultas e à escassez de carros de polícia. A crítica à saúde pública destaca a necessidade urgente de melhorias no acesso a cuidados médicos e na qualidade do atendimento para enfrentar eficazmente os problemas de saúde na comunidade.
    (SETÚBAL, 2023)    Dr. José Setúbal  Vamos falar da saúde das crianças indígenas – Tem alguém interessado?  A alta incidência de doenças na comunidade Yanomami é agravada pelo difícil acesso a hospitais, exacerbando ainda mais a situação pela indisponibilidade de alimentos.A dificuldade de acesso a hospitais é um fator crucial para a alta incidência de doenças na comunidade Yanomami, agravada pela escassez de alimentos. A crítica à saúde pública destaca a urgência de melhorias no acesso aos serviços de saúde para enfrentar efetivamente os desafios de saúde e nutrição na comunidade.

Fonte: Dos autores.

Como podemos analisar na Tabela 1, sua visualização técnica é objetiva e de fácil entendimento, fazendo referência vários autores aos quais são instruídos e atentos ao tema dessa pesquisa. Esses autores foram selecionados com o objetivo de solucionar a problemática dos possíveis casos de crianças indígenas cometidas de desnutrição.

Observe-se que as questões apresentadas são pertinentes, aos quais comprometem a condição de subsistência dessa comunidade, dentre elas, as principais causas são: negligencia governamental, ou seja, ausência de intervenção política, escassez de recursos alimentícios e sistemas de saúde adequados o que aumenta os casos de vulnerabilidade, isolamento territorial, fatores como influencias externas e explorações e recursos ambientais. Além disso, a população Yanomami está vulnerável a necessidades socioeconômicas para suprir e desenvolver a comunidade local. A desconexão cultural em consonância com a privação de uma educação adequada educação comprometem significativamente sua condição de subsistência. Esses fatores, infelizmente não são objeções exclusivas dos povos Yanomami, é também uma problemática cometida a muitos brasileiros.

Tabela 2

COLETA E ANÁLISE DE DADOS COM BASE NA TABELA 1

ARGUMENTOCAUSAPORCENTAGEM
Desnutrição infantil devido à falta de investimento em saúde pública.Falta de investimento em saúde pública  10%
Desafios em áreas remotas e distribuição de alimentos.Áreas remotas e dificuldade de distribuição de alimentos5%
Impactos da mineração ilegal na saúde e falta de acesso à saúde.Mineração ilegal e falta de acesso à saúde  10%
Destruição ambiental e escassez de alimentos como desencadeadores da desnutrição.  Destruição ambiental e escassez de alimentos  15%
Influência de fatores culturais, socioeconômicos e qualidade dos serviços de saúde.Fatores culturais, socioeconômicos e qualidade dos serviços de saúde  10%
Desafio de acesso a uma dieta equilibrada em áreas remotas.Dificuldade de acesso a uma dieta equilibrada em áreas remotas  5%
Falta de acompanhamento médico e condições precárias de residência.Falta de acompanhamento médico e condições precárias de residência  5%
Desafio de acesso à informação sobre nutrição.Falta de acesso à informação sobre nutrição5%
Falta de intervenção governamental em relação ao garimpo ilegal.Falta de intervenção governamental em relação ao garimpo ilegal  25%
Desafios de acesso à saúde e qualidade do atendimento.Dificuldade de acesso à saúde e qualidade do atendimento  10%

Fonte: Dos autores.

A Tabela 2, como podemos analisar é mais sucinta e traz a evidência coletiva de dados dos autores citados da Tabela 1. De forma organizada, é possível identificar os reais impactos causados pela objeção dessa pesquisa.

Somente é possível mitigar danos sociais e suprir a necessidades reais de determinada objeção quando identificamos e compreendemos o processo original e respectiva consequência do cenário vigente. Desse modo, analisa-se em conjunto de motivos apontados pelos autores com menor índice, que são; problemas logísticos que implicam na distribuição de alimentos a população Yanomami; carência de uma dieta balanceada; ausência de acesso informativo nutricional. Por fim, temos as causas por apontamentos com índices intermediários sugestivos: as condições culturais e socioeconômicas; e a exploração ilegal e atendimento de saúde adequado. Por último, é pertinente ressaltar a maior causa de desnutrição infantil indígena no Brasil é deferida como problemas governamentais como intervenção e financiamento de recursos, somado a baixas condições de atendimento de saúde.

CONCLUSÃO

A pesquisa apresentada destaca a desnutrição das crianças indígenas brasileiras ressaltando o cenário de crise humanitária. A conclusão desta pesquisa revela que aproximadamente metade das crianças Yanomami com até 5 anos apresenta peso baixo ou muito baixo para a idade, representando a alarmante caso de desnutrição infantil no Brasil, vivenciado por muitos anos por povos indígenas de Yanomami.

Como observado, as causas da desnutrição demonstram a real necessidade concretizar estratégias eficazes e ágeis, que incluem a intervenção de autoridades de saúde, organizações não governamentais advindas do esforço próprias comunidades indígenas de Yanomami. Somado a isso, temos identificamos a ausência de infraestrutura disponíveis de saúde e educação para atender a comunidade. A carência de acesso a serviços básicos e descaso institucional identificados são fatores negativos predominantes. Ressaltamos a importância da educação nutricional e políticas públicas a fim de objetivar a intervenção necessária, destacando a programas adaptados à cultura local como prioridade para melhorar o acesso a serviços de saúde e dar segurança e garantia de direitos humanitários o bem- estar infantil.

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