GENDER INEQUALITY IN PHYSICAL EDUCATION AND SPORTS PRACTICE: A HISTORICAL AND CONTEMPORARY CONTEXT
DESIGUALDAD DE GÉNERO EN LA EDUCACIÓN FÍSICA Y LA PRÁCTICA DEPORTIVA: UN CONTEXTO HISTÓRICO Y CONTEMPORÁNEO
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11826626
Damires Oliveira Cunha1
Geovana Pereira Lira2
Kacio Dos Santos Silva3
RESUMO
Introdução: Na sociedade contemporânea, diversas desigualdades como as de gênero, ainda se manifestam nas diferentes práticas sociais. Olhar para a Educação Física e as práticas esportivas e denunciar quando as mesmas possuem práticas discriminatórias é importante para a redução dessas desigualdades que se manifestam de diversas formas como: ocupação dos espaços, diferenças salariais, práticas intimidatórias e falta de oportunização para mulheres. Objetivo: Investigar como as desigualdades de gênero se manifestam na Educação Física e nas práticas esportivas. Metodologia: quanto aos meios utilizados para a pesquisa, será utilizado o uso da pesquisa narrativa, sendo referenciada e desenvolvida com base em materiais já elaborados e publicados, como uso de livros, revistas virtuais, redes eletrônicas e artigos cientificamente comprovados e publicada sendo assim a análise de estudo tem como método interpretar os textos e, a partir deles, criar um novo texto. Resultados: A pesquisa encontrou 4 artigos que revelam diferentes desigualdades de gênero entre mulheres e homens na Educação Física e na prática esportiva, que vão desde a ocupação de espaços no esporte até as condições de trabalho de treinadoras e profissionais de Educação Física. Considerações finais: os estudos analisados convergem na constatação, a Educação Física e a prática esportiva ainda reproduzem comportamentos sociais pautados na diferença de gênero, onde as mulheres ainda lutam por salários iguais, equidade de ocupação de espaços, e o combate às práticas discriminatórias e intimidatórias em decorrência do gênero.
Palavras-chave: Profissionais de Educação Física; Desigualdade de Gênero; Mulheres; Prática Esportiva.
ABSTRACT
Introduction: In contemporary society, various inequalities, such as gender, still manifest themselves in different social practices. Looking at Physical Education and sporting practices and reporting when they have discriminatory practices is important to reduce these inequalities that manifest themselves in different ways, such as: occupation of spaces, salary differences, intimidating practices and lack of opportunities for women. Objective: Investigate how gender inequalities manifest themselves in Physical Education and sports practices. Methodology: regarding the means used for research, narrative research will be used, being referenced and developed based on materials already prepared and published, such as the use of books, virtual magazines, electronic networks and scientifically proven articles and published, thus being the Study analysis has the method of interpreting texts and, from them, creating a new text. Results: The research found 4 articles that reveal different gender inequalities between women and men in Physical Education and sports, ranging from the occupation of spaces in sport to the working conditions of coaches and Physical Education professionals. Final considerations: the studies analyzed converge in the finding that Physical Education and sports practice still reproduce social behaviors based on gender differences, where women still fight for equal wages, equal occupation of spaces, and the fight against discriminatory and intimidating practices due to gender.
KEYWORDS: Physical Education Professionals; Gender Inequality; Women; Sports Practice.
RESUMEN
Introducción: En la sociedad contemporánea, diversas desigualdades, como la de género, aún se manifiestan en diferentes prácticas sociales. Mirar las prácticas de Educación Física y deportivas y denunciar cuando tienen prácticas discriminatorias es importante para reducir estas desigualdades que se manifiestan de diferentes maneras, como: ocupación de espacios, diferencias salariales, prácticas intimidatorias y falta de oportunidades para las mujeres. Objetivo: Investigar cómo se manifiestan las desigualdades de género en la Educación Física y las prácticas deportivas. Metodología: en cuanto a los medios utilizados para la investigación, se utilizará la investigación narrativa, siendo referenciada y desarrollada con base en materiales ya elaborados y publicados, como el uso de libros, revistas virtuales, redes electrónicas y artículos científicamente probados y publicados, siendo así el Estudio. El análisis tiene el método de interpretar textos y, a partir de ellos, crear un texto nuevo. Resultados: La investigación encontró 4 artículos que revelan diferentes desigualdades de género entre mujeres y hombres en la Educación Física y el deporte, que van desde la ocupación de espacios en el deporte hasta las condiciones laborales de los entrenadores y profesionales de la Educación Física. Consideraciones finales: los estudios analizados convergen en el hallazgo de que la Educación Física y la práctica deportiva aún reproducen comportamientos sociales basados en diferencias de género, donde las mujeres aún luchan por la igualdad salarial, la igual ocupación de espacios y la lucha contra prácticas discriminatorias e intimidantes por razón de género.
PALABRAS-CLAVE: Profesionales de Educación Física; Desigualdad de género; Mujer; Practica de deportes.
1 INTRODUÇÃO
Na sociedade contemporânea embora a mulher tenha ocupado diferentes espaços, em muitas profissões ainda existem tratamentos diferentes para mulheres e homens, sendo a Educação Física historicamente uma área ocupada majoritariamente por homens. Ao buscar-se na literatura, é possível perceber que na primeira edição dos jogos olímpicos da Era moderna, em Atenas, não houve a participação das mulheres, pois o idealizador do evento, Pierre de Coubertin, foi contra a participação delas alegando que as mesmas iriam arruinar a reputação dos homens e delas mesmas com sua suposta vulgaridade (Oliveira, Cherem, & Tubino, 2008).
É importante destacar que sobre este processo de exclusão, as mulheres não se mantiveram em silêncio. E isto se revela na narrativa de Stamati Ravithi, que, nesta mesma edição olímpica, em protesto à ausência de mulheres, correu sozinha a prova da maratona, mas foi impedida de finalizar a mesma no estádio Panatynaikus. Seu feito foi uma maneira de demonstrar sua força e persistência. Sua “prova” foi realizada no tempo de cinco horas e meia, chegando a ultrapassar o tempo de atletas masculino que participaram da prova oficial (Goellner, 2006).
Já em 1908, após 12 anos do feito de Ravithi, ocorreram os jogos olímpicos de Londres. Dessa vez, as mulheres tiveram seus atos reconhecidos, e foi liberada a participação de 37 mulheres durante os jogos. No entanto, todas as participantes do sexo feminino teriam que estar obrigatoriamente acompanhadas do seu cônjuge durante a participação delas nos jogos (Oliveira, Cherem, & Tubino, 2008).
Embora no início das olimpíadas da Era Moderna, a inserção da mulher tenha sido difícil sabe-se que dentro da Educação Física isto ocorreu entre as décadas de 1890 a 1959. Tal feito dentro do esporte deu-se devido às grandes batalhas que iam desde a descriminalização, o domínio da prática, além das críticas e preconceitos. Esse é um ponto importante a ser destacado, pois até então mulher não estaria destinada à prática do esporte e muito menos ao exercício físico, pois não estava a serviço da humanidade e sim aos desejos de seus “companheiros”. A prática da modalidade só era concedida às mulheres consideradas elitizadas e que, ainda assim tinham seus limites, tais como ser oculta quanto à prática e que fossem de preferência dentro de sua casa e em local fechado (Mourão, 2000).
Por estas e outras situações de acordo com Mourão e Gomes (2004), o mundo do esporte é conhecido como um ambiente majoritariamente masculino, mesmo com a constante evolução das mulheres por seus direitos e reconhecimento às diferenças. É histórica a busca das mulheres pela evolução e espaço dentro do esporte e mesmo assim, um estudo recente realizado por Ungheri et al. (2022) que entrevistou jovens mulheres acadêmicas de Educação Física revelou que as mesmas têm receio de serem desvalorizadas no mercado de trabalho, retratando possivelmente, esta questão que se estende desde os processos iniciais de exclusão da mulher em tempos passados.
Esta pesquisa passou a ser constituída no convite que as duas pesquisadoras fizeram ao orientador revelando a experiência prévia delas próprias enquanto mulheres pesquisadoras e acadêmicas do curso de Educação Física. As autoras revelaram que desde crianças, já percebiam diferenças comportamentais associadas ao gênero, como a seletividade de cores, brinquedos específicos e o modo de se vestir, entre outros. E que, ao escolher o curso de Educação Física enquanto profissão continuaram a perceber estas diferenças, pois muitas pessoas apontaram que a Educação Física seria uma profissão masculina.
Na sociedade atual, mesmo com o crescente aumento das mulheres no mercado de trabalho ainda existe uma desigualdade referente a diversos aspectos, como: faixas salariais e postos de trabalho que são ocupados por elas. De acordo com Cembranel, Floriano e Cardoso (2020) o machismo ainda é prevalente quando o assunto é a maternidade, a distinção salarial, barreiras à ambição profissional, julgamentos por sua aparência e desrespeito da equipe quando se tem uma figura feminina em um cargo de liderança.
Para Mincato, Dornelles Filho e Soares (2013), “disparidade salarial e segregação ocupacional feminina são dois atributos da desigualdade de gênero no mundo do trabalho na sociedade brasileira”. De acordo com o sociólogo inglês Giddens (2005) a disparidade salarial corresponde às diferenças na remuneração de trabalho, enquanto a segregação ocupacional feminina refere-se às baixas remunerações para trabalhos considerados femininos.
De acordo com Brasil (2024), as mulheres ganham 19,4% a menos que os homens no Brasil, sendo que a diferença varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença de remuneração chega a 25,2%. Podendo enfatizar que uma das causas dessas desigualdades é a difícil inserção da mulher no mercado de trabalho, pois muitas ainda têm “dupla jornada’’, sendo que ainda não tem suporte para as mães que trabalham fora.
Segundo Medeiros e Pinheiro (2018) os trabalhos femininos, sendo eles remunerados ou não, são os que mais têm contribuído para a desigualdade total da sociedade. O trabalho doméstico masculino não é frequente por isso não tem uma contribuição tão significativa para esta desigualdade. Os principais determinantes do diferencial de gênero na duração das jornadas de trabalho são a proporção de pessoas que fazem trabalho pago e a duração do trabalho não pago. A divisão sexual do trabalho não é caracterizada por um espelhamento de atividades e, por isso, as mulheres invariavelmente trabalham mais que os homens, mesmo quando as desigualdades dentro dos grupos são consideradas.
De acordo com Botassio e Vaz (2020), a segregação ocupacional no período de 2004 a 2015 permaneceu em um patamar elevado no país. A segregação ocupacional por sexo é, em última instância, um reflexo da interiorização das normas de gênero vivenciadas por homens e mulheres, pois os papéis sociais vistos como femininos ou masculinos influenciam as escolhas profissionais dos trabalhadores e o tratamento que eles recebem dos empregadores.
Por todas as considerações e apontamentos apresentados anteriormente, delineou-se a seguinte problemática na pesquisa: como as desigualdades de gênero se manifestam na Educação Física e na prática esportiva? Para responder esta problemática o objetivo desta pesquisa será investigar como as desigualdades de gênero se manifestam na Educação Física e na prática esportiva.
2 MÉTODO
A presente pesquisa caracterizou-se como pesquisa narrativa. A mesma foi desenvolvida com base em materiais já elaborados e publicados, como livros, revistas virtuais, redes eletrônicas e artigos cientificamente comprovados, sendo assim a análise de estudo têm como método interpretar os textos e, a partir deles, criar um novo texto (Clandinin e Connnely, 2011).
A pesquisa narrativa desenvolve-se a partir da observação de duas áreas: a pessoal e a social para tratar da interação passado, presente e o futuro para desenvolver a noção de continuidade e lugar para marcar a situação. As pessoas precisam ser entendidas como indivíduos, que estão em interação e inseridas em um contexto social. Esse conjunto de termos forma um espaço tridimensional para a investigação narrativa (Sahagoff, 2015).
Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo. Para Bardin (1997), análise de conteúdo é um conjunto de instrumentos metodológicos que se aplicam a “discursos” extremamente diversificados. O fator comum dessas técnicas múltiplas é uma hermenêutica controlada baseada na dedução: a inferência. Enquanto esforço de interpretação, a análise de conteúdo oscila entre o rigor da objetividade e a fecundidade da subjetividade. Absolve e cauciona o investigador por esta atração pelo escondido, o latente, o não-aparente, o potencial de inédito (do não-dito), retido por qualquer mensagem. Ou seja, levando em conta o estudo com referência aos significados, contextos e intenções contidos na mensagem.
A estratégia de busca utilizada; consistiu na aplicação de filtro e algarismos booleanos com os termos encontrados no resumo, título e palavras-chaves no período compreendido de 01 de março à 01 de abril de 2024, nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google academico e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs – BVS).
A busca foi realizada através dos descritores: (Desigualdade de gênero) AND (Educação física) AND (mulheres) AND (práticas esportivas). Foram incluídos na pesquisa artigos publicados na íntegra, preferencialmente pesquisas de campo, entre os anos de 2008 a 2023. Foram excluídos estudos que, mesmo apresentando os descritores, não contemplassem o tema investigado. Posteriormente, realizou-se o levantamento dos artigos disponíveis e análise dos mesmos para verificar suas contribuições na produção científica, buscando direcioná-los ao proposto pelo objetivo da pesquisa.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram identificados nas buscas 59 artigos, dos quais foram retirados 55 após a conferência do título, remanescendo 4 artigos para a proposta investigada. Quanto ao tipo de delineamento de pesquisa, 3 foram definidos como pesquisa de campo e 1 como pesquisa narrativa. Em relação ao ano de publicação, o número de artigos foi distribuído da seguinte forma: 2008, 2020,2021 e 2022 (1 artigo em cada ano); revelados na tabela 1.
Tabela 1. Caracterização dos estudos selecionados.
Elaborado por Cunha, Lira e Silva, 2024.
Nos estudos elencados na tabela acima pode-se observar que existe uma desigualdade de gênero não só com profissionais de Educação Física, mas também com praticantes de esportes sendo elas no sexo feminino. Observou-se que a grande maioria dos estudos foram realizadas pesquisas de campo assim mostrando o cenário por elas enfrentado. O esporte, muitas vezes idealizado como um espaço de igualdade e ética revela-se, na prática, permeado por desigualdades de gênero. As mulheres, em diversos âmbitos esportivos, enfrentam preconceitos, discriminações e barreiras que limitam suas oportunidades e constantes estereótipos.
Os estudos de Hillebrand et al. (2008) exploram o preconceito de gênero vivenciado por mulheres praticantes de futsal, destacando a falta de apoio e patrocínio, além da percepção social de que este esporte não é “feminino”. Segundo Delphy (2001) o sexo é definido como aquilo que difere biologicamente o homem e a mulher, ou seja, a diferenciação através dos órgãos genitais e das funções de procriação. Esse termo, então, tem funcionado como uma representação hierarquizante e desigual na relação dos sexos, provocando soberania dos homens e exploração das mulheres. Essa paridade pode afetar diretamente o ambiente profissional, podendo-se alegar que, por muito tempo, as atividades associadas à mulher são afazeres domésticos e cuidados com os filhos.
Já a pesquisa de Broch (2021) traça um panorama histórico do futebol feminino no Brasil, revelando como a desigualdade de gênero se manifesta desde o surgimento da modalidade, com a negação de oportunidades e o enfrentamento de preconceitos enraizados. O que se entende por desigualdade de gênero, é a desigualdade gerada entre mulheres e homens. A partir desta visão, é possível caracterizar o Brasil como um país de grandes desigualdades nos setores econômico, político, educacional ou cultural. Um dos principais assuntos para esse interesse é a crescente transformação econômica e cultural no país nas últimas décadas, com o impulsionamento da inserção e o crescimento do gênero feminino no mercado de trabalho (Freisleben e Bezerra, 2012).
Portanto Silva et al. (2020) já abordam a questão da hegemonia masculina na função de treinador, analisando como mulheres que ocupam essa posição desafiam e subvertem essa lógica. O estudo demonstra que, apesar das conquistas, as treinadoras ainda enfrentam discriminações e precisam desenvolver estratégias de resistência e empoderamento para se manterem no campo esportivo.
Tudo se inicia com as relações de gênero que se referem aos tratos sociais desiguais de poder entre homens e mulheres, que são o resultado de uma construção social do papel do homem e da mulher, a partir da percepção social das diferenças sexuais. Por essa perspectiva, a mulher sempre foi considerada inferior em relação ao homem, mas sempre determinada a buscar novas conquistas e uma delas é o seu ingresso no mercado de trabalho (Querino, Domingues e Luz, 2013).
O estudo de Ungheri (2022) investiga as percepções de graduandas em Educação Física sobre o mercado de trabalho e as questões de gênero. Os resultados revelam a desvalorização da profissão e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para ingressar e se manter na área, perpetuando a sub-representação feminina no campo da Educação Física.
Segundo Abram (2006), a divulgação de dados sistematizados por sexo, tem contribuído de forma muito importante para mostrar a desigualdades de gênero geradas pelo mercado de trabalho. Corroborando com o autor supracitado, Calil (2000) comenta que a desigualdade no trabalho é uma realidade no dia-a-dia da mulher que trabalha: se não uma realidade presente, há, pelo menos, a ameaça constante da discriminação. Seu combate se faz com uma legislação trabalhista eficaz e, acima de tudo, com educação formal, para que assim haja o devido respeito às diferenças em uma sociedade onde há pessoas que carregam a discriminação e ideologia de que lugar de mulher seria em casa.
Sobre esta temática, a pesquisa de Da Rocha et al. (2021) revela a presença do sexismo no campo profissional da Educação Física, uma vez que na concepção das estudantes é percebido que há uma naturalização do corpo feminino como o mais fraco e o masculino como o mais forte, reforçando as diferenças, observação que reforça as diferenças entre os sexos. Na visão das alunas predomina os desafios encontrado no seu cotidiano são assedio na ida para o trabalho, no ambiente profissional, e nas representações de que a mulher é um sexo frágil quando se refere aos pesos na academia de ginástica.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim, a pesquisa revelou que, os estudos analisados convergem na constatação, a Educação Física e a prática esportiva ainda reproduzem comportamentos sociais pautados na diferença de gênero, onde as mulheres ainda lutam por salários iguais, equidade de ocupação de espaços, e o combate às práticas discriminatórias e intimidatórias em decorrência do gênero. As mulheres, em diferentes áreas da Educação Física e modalidades esportivas, enfrentam obstáculos que dificultam seu desenvolvimento profissional, esportivo e/ou pessoal. É crucial reconhecer e combater os estereótipos de gênero que limitam as mulheres no esporte e na Educação Física, promovendo ações que incentivem a participação feminina em todas as áreas, desde a prática esportiva até a gestão e o treinamento.
Diante dos achados desta pesquisa, sugerem-se novos estudos que possam apontar outras nuances destas desigualdades, como fatores raciais, territoriais, de classe econômica, entre outros. Para assim perceber-se um panorama mais preciso sobre estas diferenças que também impactam no gênero e poder assim desenvolver políticas de equidade.
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1 Discente do Curso Superior de Educação Física Bacharelado no Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA. E-mail: damiresoliver7@gmail.com
2 Discente do Curso Superior de Educação Física Bacharelado no Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA. E-mail: geovanapereira2018@gmail.com
3 Docente no Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA. Docente na Universidade Estadual do Piauí – UESPI Campus Doutora Josefina Demes. Mestre em Educação. Doutorando em Educação na Universidade Federal do Piauí – UFPI / Universidade de Coimbra – UC. E-mail: kaciosam@hotmail.com