REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10248161454
Ivan De Souza Júnior
RESUMO
Este presente artigo científico, tem objetivo tratar da inclusão de pessoas com necessidades especiais na educação especial, mas no caráter ativo, ou seja, não só a integração mas a participação ativa e atuante, visando o pleno desenvolvimento do aluno, mesmo nas suas diferenças, além de o proporcionar igualdade de condições com os demais, o que se torna um desafio para os docentes, a perspectiva é a pós critica, que num cenário de inclusão e direitos, daremos voz e vez a minoria, aqui representada por pessoas com deficiência, que nesse estudo apresentará caminhos no ambiente escolar para participação ativa de alunos especiais, em nossa contemporaneidade, minorias que muitas vezes são antagonistas ao acesso de conhecimento em igualdade de condições, nossa proposta pedagógica nesse artigo científico, não é só incluir mas construir conhecimento de maneira produtiva, de maneira que possa fazer uma criança mesmo com suas limitações especiais á aprender, o tema inclusão é bem amplo em nossos dias, mas fecharemos aqui em educação especial. Ao final dessa empreitada de estudos sistêmicos, consolidaremos a possibilidade de tal inclusão ativa, atuante de modo á avançar no entendimento do desafio que é aprender para essa camada. O método utilizado aqui é o de revisão bibliográfica, onde nosso objetivo é buscar na literatura apoio para nossa linha de pensamento de forma qualitativa, se debruçando em livros, artigos, buscaremos contribuir com a ciência educacional, na perspectiva de inclusão ativa na educação especial.
PALAVRAS-CHAVE: Desafio, inclusão ativa, pós critico.
ABSTRACT
This scientific article aims to address the inclusion of people with special needs in special education, but in an active manner, that is, not only integration but also active and active participation, aiming at the full development of the student, even with their differences, in addition to providing them with equal conditions with others, which becomes a challenge for teachers. The perspective is post-critical, that in a scenario of inclusion and rights, we will give voice and place to the minority, here represented by people with disabilities, who in this study will present paths in the school environment for the active participation of special students, in our contemporary world, minorities that are often antagonistic to access to knowledge under equal conditions. Our pedagogical proposal in this scientific article is not only to include but to construct knowledge in a productive way, in a way that can make a child, even with their special limitations, learn. The theme of inclusion is very broad today, but we will close here on special education. At the end of this systemic study project, we will consolidate the possibility of such active inclusion, acting in a way that advances the understanding of the challenge of learning for this group. The method used here is that of bibliographic review, where our objective is to seek support in the literature for our line of thought in a qualitative way, focusing on books and articles, we will seek to contribute to educational science, from the perspective of active inclusion in special education.
KEYWORDS: Challenge, active inclusion, post-critical.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo discorrerá sobre o tema inclusão ativa, ou seja, uma inclusão atuante, participante na educação especial, que se torna um desafio para esse grupo minoritário, mas que tem os mesmos direitos que os demais alunos na escola, vivemos um período pós-crítico, período esse de inclusão, onde a uma luta tanto por acesso, assim como reconhecimento de direitos e igualdades de condição de desenvolvimento, para a vida social em si, sem preconceitos, ou descriminações, isso em vários grupos, culturas, nosso foco no presente tema, é em pessoas com deficiência no meio escolar.
Na escola, o aluno passa boa parte de sua vida, e leva dessa vivência experiências que podem ou não ser ricas para toda a sua vida, que influenciará, na sua felicidade, em suas escolhas, nossa ótica, é que o aluno com deficiência tenha o direito de viver a plenitude da riqueza que é a escola na sua totalidade.
Nesse presente estudo científico, explanaremos o desafio que é uma inclusão ativa, para que a criança com deficiência, para que possa gozar do conhecimento e a cultura, em igualdade de acesso e condições, de tal forma que o aluno especial possa se apropriar do que a escola pode, e deve lhe proporcionar, o problema da inclusão é algo complexo, mas possível, além da limitação que a maneira peculiar de cada aluno exige para o desafio de aprender, esse campo também permeia pôr a formação de qualidade e continuada do profissional educacional para esse grupo, dentro do campo científico epistêmico, ainda uma estrutura física na escola que atenda tal demanda, nesse campo de atuação profissional, temos também o enfrentamento muitas vezes de salas lotadas com um só professor, sendo assim numa perspectiva atual de reconhecer tal publico e os seus direitos, como dar um trato pedagógico a tal grupo em condições de igualdade de desenvolvimento com os demais? Apresentamos esse problema.
Nesse cenário supracitado podemos dentro do campo científico, devidamente aparado pela literatura, formular hipóteses para o avanço em tal problemática, desde já citaremos alguns pontos reflexivos, como os que assim sê seguem; será que um professor sem o devido conhecimento pode ajudar? Em contrapartida um gabaritado e em constate busca de abordagens teóricometodológicas, seria ou poderia ser o ideal, de um profissional para esse complexo campo, e com relação a um trabalho conjunto com equipe diretiva, currículo, o Projeto Politico Pedagógico, família escola e sociedade, bem essa somatória, poderia ampliar o poderio de ajuda na ativação da inclusão, o que diremos da estrutura física, sendo adequada ate a onde poderia ajudar? Sendo essencial, como para o cadeirante, rampas e carteiras, não só na sala, mas em todo colégio, pátio, refeitório, quadra, para o acesso, por exemplo, ou a sala de recursos do Atendimento Educacional Especializado, devidamente equipado com todo o suporte, um outro alvo de reflexão filosófico, seria o enfrentar do problema de salas lotada, lutar para nesse contexto, dar o direito, a educação de qualidade em vez de ser omisso, ser ativo, não podemos deixar de falar aqui sobre uma reflexão critica de sua metodologia pedagógica na sua real efetivação, ser um profissional atuante, é ter um olhar sobre essa minoria, que possa internalizar no profissional de educação o reconhecimento desse publico como seres humanos, como nós, dotados de sentimentos e paixões, é isso também poderia implicar na sua felicidade, e principalmente dessa camada, pensando na riqueza que tal experiência da vivência da plenitude da vasta riqueza da instituição escola os proporcionaria, e a todos os atores envolvidos nisso.
O objetivo geral é a inclusão definitiva mente ativa desses alunos, dando vez, voz e uma real oportunidade a essa camada.
Objetivos específicos:
A plenitude da experiência escolar.
Participação ativa, atuante em igualdades de condições mesmo na diferença. Conscientização da necessidade da teoria para a práxis de qualidade.
Reconhecimento de direitos da criança com deficiência. Envolvimento de todos os atores ligados a educação especial.
Justificamos a importância dessa pesquisa por acreditar ser possível um fazer diferente na educação especial, com qualidade e resultados visíveis e palpáveis, além de outros subjetivos que só a criança saberá, além de dar o direito e o respeito a esse grupo, promover um sentimento de empatia, resiliência, é principalmente sendo o aluno protagonista desse processo de ensino e aprendizagem, dar todo amparo legal, pedagógico, metodológico e afetivo, abrir o horizonte do docente para um plano transdisciplinar, ou seja, felicidade desse ser humano, pois na condição humana, são dotados de paixões e sentimentos, tendo consciência e uma vida, mesmo que diferente de outras.
Nossa pesquisa se dá na forma de revisão bibliográfica, ou seja, buscaremos na literatura o aporte teórico que norteiam e embasam nosso campo de pesquisa, dando o apontamento necessário para as possíveis problemáticas aqui apresentadas, além de ser um artigo qualitativo, de forma que exploraremos as informações, fazendo uma interpretação contextualizada com o tema proposto.
Num primeiro momento foi dado o resumo, do que seria pesquisada nesse artigo, depois a introdução e a problemática, passando pelo desenvolvimento, apontando caminhos elucidando situações, e abordando a temática de maneira mais ampla, concluiremos, com o amplo entendimento que a pesquisa deu, para subirmos um degrau no entendimento da questão, finalizando com os autores que referenciaram o presente artigo.
Fundamentação teórica:
O tema inclusão em nossa contemporaneidade é bem amplo, mas fecharemos aqui na educação especial, mas especificamente em crianças com, deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, no ambiente escolar.
Nessa cadeia de estudos científicos, nos debruçaremos na reflexão filosófica analítica de informações contidas na literatura, nessa revisão bibliográfica, nossa proposta é elucidar questões sobre a inclusão atuante em um período pós-crítico, entendemos que é um desafio possível de enfrentar, nossa busca se pautou em livros, revistas, artigos, tentaremos evoluir no entendimento na temática aqui apresentada, para o avanço da ciência.
O problema da inclusão não data de hoje, mas essa dificuldade de entender e aceitar o outro, no caso a pessoa com deficiência, um ser diferente, nesse sentido a um percurso histórico que vem de tempos remotos, há uma dificuldade social, de aceitação dessa condição humana, em alguns, e que ao longo da história a termologia por si só, já era excludente e de caráter pejorativo, o que trazia a esse publico um rotulo negativo e prejudicial a sua autoestima.
Histórico de inclusão.
A sociedade capitalista, apoiada no pensamento neoliberal, um regime sociopolítico que rege a condução da economia mundial, assim como a sociedade em si, tal modalidade cultural impõe um padrão global que só por ele, já é preconceituoso, discriminatório e excludente, onde que há uma opressão a todos os grupos que não se enquadram na hegemonia da cultura dominante, que atende só uma camada da sociedade, esse sistema não é flexível, não tolera mudanças e é antagonista a todas outras culturas fora de seu padrão (GRAMSCI, 2004). Entendendo a nossa camada abordada nesse tema, acontece que, de forma implícita a um preconceito imposto por este sistema, que causa uma dificuldade de aceitação, e também de inclusão, que pode dificultar o pleno desenvolvimento dessa camada social, o que por esse, e outros vários motivos esse sistema exclui a muitos, mas a exclusão em si tem seu trajeto no percurso histórico, e não datam de hoje.
Segundo Freitas (2006) desde a antiguidade percebe-se praticas de exclusão, os motivos variam de cultura para cultura, e o espírito que esta sobre tal sociedade em determinado tempo, além de crenças e a ética de tais culturas, o que pode ter impulsionado barbáries, lembramos aqui de Esparta e seus vários crimes de assassinato, via crueldade de sua ignorância (SULLIVAN, 2001), exclusão que foi, e por vezes é sofrimento desse grupo, mesmo que de forma implícita em nossos dias, dias esses de uma perspectiva pós critica, tal perspectiva que busca dar vez a esse e a outros grupos que sofreram ao longo da nossa história, a da humanidade, que já não comete tais violências, mais deixamos aqui nesse breve relato sobre a história, uma reflexão para os dias atuais, sobre violência simbólica, sobre direito, ética e valor da vida. Entendemos que nomes pejorativos tais com retardado, deficiente, dentre outros que ao longo da história rotularam seres humanos, por características físicas, ou particularidades, o que não ajudaram em nada esse publico, sem pensar no bem maior que é a vida desses seres dotados de sentimentos e paixões, que é humana condição de nossa espécie.
Afirmamos aqui, que o direito desse público esta consolidado, e requer um esforço de todos para sua real efetivação (BRASIL, 1988), para que em nossos dias seja completamente diferente a tensão e o entendimento pleno que requer a camada de crianças com necessidade especial, queremos aqui também salientar que hoje o termo correto, que não rotula e nem joga uma carga sobre esse publico especial é, pessoa com deficiência (SASSAKI, 2003), o que demostra respeito, dignidade e o valor da vida, antes de tudo, esta um ser humano dotado de subjetividade, paixões inerente a sua espécie.
Mas o que é inclusão?
Numa visão contemporânea de um período pós-crítico, tema inclusão é bem amplo, como já citado no presente artigo, a inclusão presa por dar oportunidade a todos, independente de cor, credo, etnia, cultura, situação econômica, condição física ou mental e outras coisas mais que possa no geral configurar algum tipo de acepção, de tal maneira que o acesso, no caso aqui a educação, a permanência, os direitos, participação ativa ao conhecimento e a diversidade cultural seja uma realidade a todos sem descriminação BRASIL (1996).
O primeiro passo aqui é uma mudança no olhar reflexivo filosófico sobre esse publico, como supracitado com o avançar dos anos em um contexto inclusivo a nomenclatura pejorativa foi mudada, assim também deve de ser nosso entendimento, buscando na essência da condição humana, ou seja, sua capacidade, mesmo que limitada, tal condição essa que é inerente a paixões e sentimentos, que queremos ressaltar aqui, é que, tal ser antes da possível limitação imposta pela deficiência, é uma pessoa, sendo assim devemos primeiro olhar para ela como tal, sem descriminação e julgamento, por sua peculiaridade, pois a vida é o bem maior Arendt (2009), implícito nesse conceito a felicidade. Uma ênfase em demasia ao campo clinico-terapêutico, assim como a repartição do “ ensino regular” e “especial” tem que ser visto com cautela, para não ter ai uma brecha para exclusão e descriminação, sem claro desmerecer esses tópicos.
Ainda nessa ótica para Ferreira e Guimarães (2003), inclusão torna-se um desafio, por conta que não é suficiente integrar, mas rever processos didáticos metodológico, afim que na instituição escola seja promovido realmente à inclusão ativa de crianças especiais, no seu ritmo, respeitando suas particularidades, com o foco nas suas potencialidades.
Vygotsky (2007) exorta a interação social, como um caminho para o processo de ensino aprendizagem, visando o sucesso, brincadeiras e atividades em grupo, assim como a conscientização desse grupo sobre o tema inclusão, tema esse que de forma nenhuma seja excludente, visto que tal prática em um ser humano pode trazer traumas que pode gerar uma baixa autoestima, assim como bloqueios na própria aprendizagem, consequentemente prejuízos futuros, sendo assim atividades em grupo que respeitem as singularidades da criança especial, mas que os integrem em reais condições de aprender dentro daquilo que podemos dizer como o extremo possível, em grupo, sem quaisquer indício de descriminação, se torna altamente relevante para uma inclusão ativa escolar, e mais, ainda segundo esse autor, a alguns níveis de desenvolvimento dentro da construção de conhecimentos, que vão potencializar o ensino, são eles o de, Zona De Proximal, que está entre o Nível De desenvolvimento Potência e Nível Desenvolvimento Real, onde a criança perpassa um caminho, onde é cabal a ajuda de um mediador capacitado, onde sê busque nesse processo, uma certa autonomia, ou algo próximo, aqui falando de crianças especiais, na educação especial.
Para uma inclusão definitivamente ativa, apontamos que é de suma importância o envolvimento da sociedade, mesmo que esse mover do período pós critico ruma a inclusão tenha que encarar do atual modelo econômico, que por si, e em si só já é excludente, o que sé torna outro grande desavio, Mészáros (2008) não consegue enxergar uma dissociabilidade da escola inclusiva e de um mundo inclusivo sendo que na escola podemos encarar de forma ativa esse desafio, desconstruído o que essa cultura dominante impõe, e dessa forma subirmos mais um degrau na história da educação inclusiva, nesse contexto, deixamos aqui uma breve reflexão nas palavras de Bueno, Mendes e santos que põe em evidencia uma educação pós critica no sentido amplo da problemática:
esta é uma contradição de todo o processo de globalização baseado nas leis de mercado, que produz uma massa de sujeitos aos quais não oferecem as mínimas condições para usufruírem a riqueza material e cultural produzida, da qual uma das expressões, pouco evidente, é a ambiguidade de uma declaração internacional que pretende ser a resposta para os problemas que assolam a educação escolar em todo o mundo. (2008, p. 48)
A História nos mostra algumas limitações, e o emprego da exclusão em determinados grupos sociais, devido as nossas diferenças, que afirmamos aqui não quer dizer inferioridade, nesse cenário pós critico, destacamos aqui as crianças especiais que ao logo da história sofreram com a segregação, o que os afastou do ensino regular, por tido ênfase em sua deficiência e não em suas potencialidades, o que os limitou e retardou seu pleno desenvolvimento ativo, por isso se faz necessário aqui ressaltamos a formação continuada, de um olhar sócio histórico desse grupo. Até aqui vimos algumas barreiras a serem superadas na educação inclusiva, para que se torne ativa, continuaremos a avançar mais nesse desafio no decorrer deste artigo.
Nessa contextualização histórica deixamos uma breve contribuição da teoria crítica, que expôs a monopolização da cultura, a dominante que tem sua engrenagem o sistema capitalista apoiado no pensamento neoliberal, que busca uma globalização de conceito e comportamento, excluindo tudo que se opõe, hoje vivemos um período pós critico, onde num aprofundamento analítico da crítica, com o resultado de um entendimento de multiculturalismo e do diferente, dando vez a todos, inclusive na educação especial, que nesse cenário, a instituição escola, pode vir a si tornar um campo fértil para relações de poder, o que de maneira implícita, ou até inconsciente, pode reproduzir a atual cultura dominante, entendemos a escola como um alicerce de construção social, nesse sentido a começar pelo currículo, e PPP, com um olhar pós- crítico, reflexivo filosófico sobre relações politica e culturais em sua totalidade na escola, e é nesse entendimento que nós debruçamos em Silva (2000), para chegar a compreensão de mudança, para uma pratica ativa de alunos especiais, de forma que priorizar suas capacidades e potencialidades, como seres humanos iguais na sua diferença, diferença que não significa exclusão ou total incapacidade, mas encarar o desafio do fazer pedagógico, visando qualquer tipo possível de desenvolvimento.
Tal entendimento se depara na formação continuada e na própria formação, ou seja, é de suma importância o embasamento teórico para a consumação da prática. Sendo o entendimento que moveu a história até os dias de hoje, patologias ligados à educação especial, a metodologia que será aplicada, como suporte pedagógico, é pesquisas sobre o tema educação especial podem definir uma inclusão ativa ou não, no seu mais amplo sentido da coisa, dessa forma Marin (1995) exorta a importância de tal formação, além do preparo para lidar com situações adversas como salas lotadas não se rendendo a complexidade, mas doravante á uma busca interminável com o fazer pedagógico em condições extremas, levando a superação para o processo ativo de ensino aprendizagem.
No Projeto Politico Pedagógico da escola no seu currículo, na totalidade do termo inclusão, para que se configure ativa, o espírito coletivo, é que deve reger á equipe diretiva, até mesmo a comunidade, onde pensamos que a sociedade mesmo com o desafio aqui já explanado por nós tem sua parcela de contribuição e responsabilidade, todo envolvimento dos atores escolares, a família que é o primeiro núcleo de apoio devem estar envolvidos no processo de ensino aprendizagem, a cada um cabe uma função específica, o trabalho tem que ser em conjunto para o bem maior, que é o aluno com total protagonismo nesse processo. Ainda cabe aqui ressaltar sobre a estrutura do colégio, a sala de atendimento educacional especializado bem amparada, mais um desafio que tem que ser superado, a estrutura física do colégio para receber e acolher a clientela especial pontuamos aqui itens tais como rampa, corrimão, carteiras adaptadas, jogos pedagógicos, e ainda como já colocado, profissionais preparados e capacitados, de forma a mover um espírito coletivo com todas os envolvidos nesse ambiente, com empatia, e de igualdade, respeito e aceitação do diferente, de todos, deixando aqui um olhar reflexivo para a maneira que o professor conduzirá a coisa com os alunos colegas, dessa forma incluindo de maneira ativa a criança especial no ambiente escolar, para que além de se desenvolver, num plano transdisciplinar ser feliz, nesse rico ambiente, combatendo o pensamento neoliberal.
No tocante ao seguimento desse artigo científico traremos algumas situações de crianças especiais, na educação especial, mas especificamente os transtornos globais
do desenvolvimento (TGD), dentro desse grupo acontece algo em comum, pois tais transtornos afetam o desenvolvimento.
O espectro autista:
{…} o autismo não é considerado um estado mental fixo, irreversível e imutável, mas o resultado de um “processo psicótico autistizante”, suscetível – ao mesmo em parte – de ser modificado ao longo de seu desdobramento por meio de intervenções terapêuticas, podendo então tomar formas menos severas e invalidantes, nas quais se constata uma melhora do estado clínico da criança. Nessa abordagem, a atenção se volta para o funcionamento mental, mas as deficiências e limitações que o processo autístico acarreta no desenvolvimento são, no entanto, reconhecidas em sua importância e em seu impacto na vida da criança. (FERRARI, 2012, apud SANTOS, 2015, p. 21).
Como na ótica do autor acima, podemos abordar esse grupo estimulando a atenção, na forma de trabalhos em grupo, como quebra-cabeça e atividades similares.
Síndrome de Rett:
É uma patologia neurológica de atuação progressiva, sua maior incidência em no sexo feminino, crianças, mas pode ocorrer no sexo masculino, entre 6-18 meses há os primeiros sinais sintomas sendo notados na motricidade e cognição, os sintomas mais comuns são: O lento crescimento do crânio, a gradativa perca da fala, perda da coordenação motora. Trabalhar em grupo a psicomotricidade em uma proposta que englobe toda a classe se faz necessário Psicose:
Sadock (2000, apud, SANTOS 2015, p.31) coloca a psicose como uma falta de organização mental, que dificulta a compreensão da realidade concreta, dessa forma é comum a essa patologia delírios, e perca de contato com a realidade em si, a também há a possibilidade de um ego sem limites gerando transtornos no pensar e no agir. Exercícios de estimular o pensamento como conceitos concretos da realidade em grupo podem ajudar Síndrome de Aspergir:
A maior característica dessa patologia é uma fala que se da de forma inteligível, sendo que o fazer já não é como a fala, ou seja a mais dificuldades, essas crianças acometidas por essa síndrome podem se beneficiar de uma inteligência muitas fezes normal, a nesse grupo dificuldade de interação, e questões emocionais ficam evidentes, sendo assim tendem a si isolar. A proposta é trabalhos em grupo, produção de textos coerentes com sua realidade, exercitando o pensamento.
Altas Habilidades/Superdotação:
A alguns mitos que envolvem esse conceito sobre tais crianças, possíveis de ser identificado no senso como, tais como sabem tudo, não precisam de ajuda, ou que são gênios em mimi atura, mas não é bem assim, tal grupo de crianças se destacam na escola pela capacidade de potência em resolução de problemas, criatividade, liderança em comparação a outros da mesma faixa etária. (CARVALHO 2004) Nossa concepção pelo que foi apresentado aqui é que esse grupo precisa de um mediador capaz de suprir a demanda intelectual, dessa camada para um pleno desenvolvimento.
Citamos alguns transtornos, sem querer esgotar o tema pois ele é bem amplo, mas são algumas patologias que dever ser de conhecimento do professor, não só essas, mas como já pontuamos mais o máximo que o docente entender desses conceitos também melhor poderá atender os seus alunos. Por isso é de suma importância como mencionado aqui nesse artigo, à formação é o processo de continuação da mesma, nessa perspectiva desencadeamos tais estudos, com pesquisa.
Finalizando nosso artigo cabe ressaltar que essas como todas as crianças são dotadas de amparo legal na legislação vigente, elas tem o direito do acesso permanência, aprendizagem em total igualdade de condições, mesmo que de forma e ri timo diferentes, o que aqui apelamos que não significa somente estar, é estar e participar e se desenvolver e ser feliz na diferença, pois somos iguais mesmo na diferença.(BRASIL 1996)
CONCLUSÃO:
Deixamos nossa contribuição aqui pela somatória de alguns temas abordados para consolidar a importância de um olhar amplo, profundo e apurado visando mediar um pleno desenvolvimento dessa camada de crianças, a realmente se incluir no ambiente escolar, a luz da ciência, tal progresso deve ser ativo e participante, como explanado aqui, entendemos que nesse sentido é indispensável á pesquisa em plena continuidade, o espaço, recursos pedagógicos, para um fazer diferente, e o envolvimento de todos os
atores escolares, assim como família e sociedade, no processo de ensino aprendizagem ativo, para que nesse tempo, onde temos uma perspectiva que envolve o período pós critico, onde buscaremos uma reflexão filosófica sobre esse grande desafio da inclusão ativa, e que a experiência na escola, de tal parcela da sociedade seja bem aventurada.
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