Autores:
1.Kaio Batista de Lima – Acadêmico do curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte (UNINORTE), Ligante da Liga Acadêmica de Cuidados Paliativos do Amazonas (LACPAM).
2.Barbara Lira Bahia Mendes -Bacharel em Fisioterapia – Centro Universitário do Norte (UNINORTE),Especialista em Terapia Intensiva – Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI), Mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI), Fisioterapeuta Intensivista do Hospital Universitário Getulio Vargas (HUGV-EBSERH), Fisioterapeuta Intensivista do Hospital Delphina Rinaldi Abdel Azziz, Coordenadora e docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte (UNINORTE).
3.Bruna Borges dos Santos -Bacharel em Enfermagem – Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Pós-graduanda em Cuidados Paliativos – Faculdade Martha Falcão (FMF), Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
RESUMO
A organização Mundial da Saúde (OMS), acredita que de 63% das mortes que ocorrerão no mundo serão do grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), destacando quatro desses: desordens cardiovasculares, respiratórias crônicas, diabetes e câncer. No Brasil, as DCNT representam um problema de saúde de grande relevância uma vez que são responsáveis por 72% das mortes, destacando para os quatro grupos de causas de morte pela OMS, quando não, acarretam uma perda funcional, limitações, perda na qualidade de vida (MALTA et al,2019). Segundo Gulini et.al;2018: Os avanços tecnológicos tem permitido que o campo da saúde seja provido de cada vez mais recursos, permitindo o suporte artificial e até a substituição da função de órgãos e sistemas por tempo, teoricamente, indefinido. Porém, deve-se destacar que ambientes com alta tecnologia, como as UTI, tem a possibilidade de proporcionar, em muitas ocasiões, não a restituição da vida, e sim o prolongamento do processo de morte. Com isso, na obstinação terapêutica, na busca da cura, acaba-se por perder o entendimento dos limites. Uma vez que o poder tecnológico foi ampliado trazendo inúmeros benefícios para o campo da saúde colaborando como um dos fatores para o aumento da expectativa de vida ocasionando por consequência o avanço de desordens sem possibilidade curativa os profissionais de saúde muita das vezes veem se frustrados e com sensação de incapacidade frente a tais cenários sendo de vital importância que os respectivos profissionais tenham conhecimento e/ou domínio da abordagem paliativa deste o início do seu processo de formação nas universidades.
PALAVRAS CHAVES: CUIDADOS PALIATIVOS, ASSISTÊNCIA PALIATIVA, FISIOTERAPIA.
ABSTRACT
The World Health Organization (WHO) believes that 63% of that will occur in the world wil belong to the group of chonic non-communicable diseases (NCDs), highlighting four groups:cardiovascular disordens,chronic respiratory diseases,diabetes and cancer,The NCDs represent a major health problem since they are responsible for 72% of deaths, highlighting the four groups of causes of death highlightead by WHO, when not, they cause a functional loss, limitations, a loss in quality of life (MALTA et, al,2019).According to Gulini et.al.;2018:Techonological advances have allowed the health field to be provided with more and more resources, allowing artificial support and even the replacement of the function of organs and systems for the theoretically indefinity time.However,it should be noted that environments with high technology, such as the ICU, have the possibility of providing,on many occasions, not restituition of life,but the prolongation of the death process.With this, in trerapeutic obstinacy, in the search for a cure, one ends up losing the understanding old the limits.Since the technological power has been expanded bringing countless benefits to the health field, collaborating as one of the factors for the increase of life expectancy, consequently causing the advance of disorders without a curative possibility, health professionals often see themselves frustrated and with feeling of incapacity in the face of such scenarios being of vital importance that the respective professionals have knowledge and / or mastery of the palliative approach since the beginning of their training process in universities.
KEYWORDS: PALLIATIVE CARE, PALLIATIVE ASSISTANCE, PHYSIOTHERAPY.
INTRODUÇÃO
Segundo dados da Aliança Mundial de Cuidados Paliativos (Worldwide Palliative Care Alliance, 2014):
Ainda que mais de cem milhões de pessoas se beneficiem de cuidados paliativos anualmente (incluindo familiares e cuidadores), menos de 8% dos que precisam desse tipo de assistência têm seu acesso de fato garantido.
ZOCCOLI et.al,. (2019) afirma que conforme o tratamento curativo perde o poder de oferecer um controle da doença, a abordagem paliativa se amplia significativamente, tornando-se uma necessidade absoluta na fase em que a cura é inatingível. Sendo assim, cuidados paliativos podem complementar e ampliar os tratamentos modificadores da doença ou podem tornar-se o foco do cuidado, de acordo com os desejos e as necessidades individuais de cada paciente.
Segundo Gomez-Batiste e Connor (2017), os cuidados paliativos são “a prevenção e o alívio do sofrimento e a promoção da dignidade, a melhor qualidade de vida e o ajustamento a doenças progressivas para adultos e crianças que vivem com sérios problemas de saúde crônicos, complexos ou limitantes à vida e suas famílias.
Sendo assim, os cuidados paliativos podem complementar e ampliar os tratamentos modificadores da doença ou podem tornar-se o foco do cuidado, de acordo com os desejos e as necessidades individuais de cada paciente (ZOCCOLI et al., 2019). A Organização Mundial de Saúde considera os cuidados paliativos como uma prioridade da política de saúde, recomendando a sua abordagem programada e planificada, em uma perspectiva de apoio global aos múltiplos problemas dos doentes que se encontram na fase mais avançada da doença e no final da vida (WHO, 2007).
Com a missão de proporcionar bem estar e dignidade humana, os cuidados paliativos devem ser pautados na pessoa, levando em consideração os seus desejos e necessidades, informando de forma adequada as informações sobre o seu diagnóstico e tratamento além disso, o paciente tem o seu papel fundamental na tomada de decisões sobre o seu respectivo tratamento. O cuidado, então tem o intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares diante de um diagnóstico de uma doença ameaçadora de vida em estágio avançado centrada na prevenção e alívio dos sintomas e do sofrimento. (OMS,2014;MI-KYUNG,MARY.2017).
BUSHATSKY et.al.2012 afirma que: A medida paliativa baseia-se em princípios que afirmam a vida e reconhecem a morte como um processo natural em que devemos priorizar os valores do paciente e a manutenção de sua qualidade de vida.
Os princípios da Medicina Paliativa são baseados na afirmação da vida, no reconhecimento de que a morte é um processo natural, na iminência da qual devem ser respeitadas as decisões humanas e seus valores, priorizando sempre a manutenção da qualidade de vida do paciente.
Neste sentido, para um bom funcionamento, é necessário que o profissional adote uma postura reflexiva em relação às práticas de cuidado, visando à dignidade e totalidade do ser humano. Na literatura existem diversos estudos que mostram que cuidar do paciente em equipe multiprofissional melhora o trabalho e pode reduzir a taxa de mortalidade, por abranger diversas áreas a equipe consegue analisar o paciente de forma holística que efetiva o planejamento e aplicação da terapia (ANCP, 2012; TAPLIN et al., 2015).
O Cuidado Paliativo foi reconhecido como uma abordagem no Brasil apenas em 2011, através da Resolução do Conselho Federal de Medicina 1973/2011 cuja especificidade engloba equipes de saúde especializadas no controle da dor e no alívio de sintomas. Por ser uma abordagem relativamente recente, ainda não é amplamente difundida e nem adotada em todas as unidades de saúde.
A Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) evidencia que essa abordagem de cuidado vem ganhando cada vez mais espaço, porém ainda há uma carência com relação a profissionais qualificados para essa demanda. Talvez seja explicado pelo fato que durante a formação acadêmica em boa parte das instituições de ensino superior há uma lacuna no que tange às instruções acerca dos cuidados paliativos e sua importância no desenvolvimento de habilidades e competências para o exercício profissional. Alega-se a falta de especialização do corpo docente, tempo insuficiente, além do favoritismo por outros campos de atuação e interesse (ANCP, 2012; CALDAS, 2018).
Em vista disso, para a assistência integral que requer os cuidados paliativos, há necessidade de uma formação acadêmica que contemple esta visão, entretanto observa-se que na formação dos profissionais de saúde ainda há predomínio da ideologia curativa. As evidências científicas sobre a importância de preparar o graduando para enfrentar a morte mostram que os currículos nas instituições de ensino superior na área da saúde ainda não têm assegurado à contextualização da temática de modo consistente e suficiente (GUIMARÃES et al., 2016).
Diante ao exposto, surge o seguinte questionamento: O avanço da tecnologia vem proporcionando inúmeros benefícios para sociedade contemporânea entre elas diversos recursos tecnológicos no segmento da saúde. Todavia, é notório que o aumento de comorbidades crônicas ameaçadoras da vida e crescente com o aumento da expectativa de vida sendo necessários que os profissionais de saúde e acadêmicos tenham conhecimento sobre cuidados paliativos desde conceitos até como manejar o quadro de seus pacientes e familiares além de evidenciar a experiência de um acadêmico de Fisioterapia que participou durante sua graduação de uma liga acadêmica multiprofissional sobre cuidados paliativos.
A falta de conteúdo e treinamento sobre os cuidados no fim de vida nos cursos de graduação provoca nos acadêmicos diversas dificuldades para lidar com pacientes em finitude e fora de possibilidade de cura terapêutica. As grades curriculares buscam proporcionar uma educação voltada para a cura e para o prolongamento da vida, deixando em segundo plano, ou nem abordando, aspectos que possuem a mesma prioridade como o conforto, a qualidade de vida, controle de sintomas físicos, apoio às necessidades psicossociais e espirituais dos pacientes e familiares. Sendo assim, muitas vezes a morte acaba sendo associado à derrota, um fracasso no processo de cura, e não um processo natural da vida (BIFULCO; IOCHIDA, 2009; ALVES, 2016).
JUSTIFICATIVA
Segundo dados da Aliança Mundial de Cuidados Paliativos (Worldwide Palliative Care Alliance, 2014), ainda que mais de cem milhões de pessoas se beneficiem de cuidados paliativos anualmente (incluindo familiares e cuidadores), menos de 8% dos que precisam desse tipo de assistência têm seu acesso de fato garantido.
A partir dessa constatação sobre esse tema, surgiu o interesse dos pesquisadores e seu respectivo impacto na formação dos acadêmicos de Fisioterapia uma vez que tal abordagem é praticamente inexistente nos currículos acadêmicos e/ou muitas vezes negligenciadas além de expor qual a perspectiva de um acadêmico de Fisioterapia através de um relato de caso.
Portanto, a realização do referido estudo demostra grande relevância no cenário da saúde, além de evidenciar um panorama do contexto dos cuidados paliativos e de seu respectivo impacto entre acadêmicos de saúde.
OBJETIVO
Contribuir para a ampliação do conhecimento sobre Cuidado Paliativo (CP) e suas aplicabilidades para atenção em saúde tanto no ponto de vista dos acadêmicos de saúde, equipe multidisciplinar em saúde, pacientes e seus familiares. Além de descrever a experiência de um graduando de fisioterapia quanto ao aprendizado sobre cuidados paliativos ao longo da sua formação acadêmica dentro das atividades propostas pela referida liga que tinha o objetivo de realizar encontros quinzenais com diversas temáticas de cunho multiprofissional com a finalidade de promover um melhor conhecimento entre os ligantes e futuros profissionais da equipe de saúde.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência vivida por um acadêmico de Fisioterapia na Liga Acadêmica de Cuidados Paliativos do Amazonas (LACPAM) que trata de um assunto praticamente inexistente na grade curricular.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Segundo Gomez-Batiste e Connor (2017), os cuidados paliativos são “a prevenção e o alívio do sofrimento e a promoção da dignidade, a melhor qualidade de vida e o ajustamento a doenças progressivas para adultos e crianças que vivem com sérios problemas de saúde crônicos, complexos ou limitantes à vida e suas famílias”.
Os cuidados paliativos podem suplementar e ampliar os tratamentos modificadores da doença ou podem tornar-se o foco do cuidado, de acordo com os valores e necessidades individuais de cada paciente (ZOCCOLI et al., 2019).
O conceito de cuidados paliativos originou-se no movimento Hospice (hospitalidade), liderado pela inglesa Cicely Saunders, que se dedicou ao estudo do alívio da dor nos doentes terminais e se tornou uma grande defensora dos cuidados a serem dispensados ao final da vida, trazendo para o mundo uma nova filosofia sobre o cuidar, e não só buscar a cura (CREMESP,2008).
PAIÃO, DIAS, 2012 afirma que: A fisioterapia exerce um papel fundamental no controle da dor de pacientes sem expectativa de cura, contando com métodos e recursos não invasivos exclusivos de sua profissão, que são indispensáveis no controle da dor, fazendo com que seu trabalho colabore com o tratamento multiprofissional, essencial para o atendimento desses pacientes. É de extrema importância o esclarecimento dos objetivos da fisioterapia tanto para a equipe como para os familiares e o paciente a ser zelado, ocasionando, assim, o consentimento e a adesão ao tratamento proposto.
O fisioterapeuta, como integrante da equipe multiprofissional, é encarregado para avaliar sinais, sintomas e principalmente déficits funcionais e respiratórios por que através disto pode prevenir complicações motoras, neurológicas e respiratórias advindas do tratamento oncológico ou adicionar mecanismos de ação para reduzir sintomas como dor, desconforto respiratório, hipersecreção, fadiga e outros, ou seja, medidas de conforto para este paciente, todavia nos cuidados paliativos toda essa conduta deve estar alinhada à tolerância do momento (VITAL,2017).
A Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) aponta que essa abordagem de cuidado vem ganhando cada vez mais espaço, porém ainda há uma carência com relação a profissionais qualificados para essa demanda. Talvez seja explicado pelo fato que durante a formação acadêmica em boa parte das instituições de ensino superior há uma lacuna no que tange às instruções acerca dos cuidados paliativos e sua importância no desenvolvimento de habilidades e competências para o exercício profissional. Alega-se a falta de especialização do corpo docente, tempo insuficiente, além do favoritismo por outros campos de atuação e interesse (ANCP, 2012; CALDAS, 2018).
Em vista disso, para a assistência integral que requer os Cuidados Paliativos há necessidade de uma formação acadêmica que contemple esta temática, entretanto observa-se que na formação dos profissionais de saúde ainda há predomínio da visão curativa. As evidências científicas sobre a importância de preparar o graduando para enfrentar a morte mostram que os currículos nas instituições de ensino superior na área da saúde ainda não têm assegurado à contextualização da temática de modo consistente e suficiente (GUIMARÃES et al., 2016).
A falta de conteúdo e treinamento sobre os cuidados no fim de vida nos cursos de graduação provoca nos acadêmicos diversas dificuldades para lidar com pacientes em finitude e fora de possibilidade de cura terapêutica. As grades curriculares buscam proporcionar uma educação voltada para a cura e para o prolongamento da vida, deixando em segundo plano, ou nem abordando, aspectos que possuem a mesma prioridade como o conforto, a qualidade de vida, controle de sintomas físicos, apoio às necessidades psicossociais e espirituais dos pacientes e familiares. Sendo assim, muitas vezes a morte acaba sendo associado à derrota, um fracasso no processo de cura, e não um processo natural da vida (BIFULCO; IOCHIDA, 2009; ALVES, 2016).
O não ofertar o estudo de cuidados paliativos durante a graduação é uma não adequação do graduando ao cenário sócio sanitário brasileiro e não o preparar de acordo com os princípios da integridade da assistência em todos os níveis de complexidade do sistema de saúde.
Alega-se que as Instituições formadoras correm risco de perder credibilidade junto à sociedade por não adequar e preparar novos Fisioterapeutas em face da realidade e contextos atuais (ALVES, 2016).
Conforme foi descrito no decorrer do artigo é notório que a necessidade de cuidados paliativos e crescente sendo necessária um maior entendimento e ser maior abordada e desmistificada desde o processo de formação dos acadêmicos em fisioterapia temática a qual vem sido negligência em inúmeros currículos acadêmicos tanto a nível local como nacional.
Todavia, o presente relato veio para evidenciar que mesmo que ainda existem inúmeras lacunas na formação dos acadêmicos no referido tema existem atividades de extensão tais como as ligas acadêmicas onde eu conheci o universo dos cuidados paliativos e compreendi a necessidade e sua aplicabilidade tanto para pacientes como familiares a fim de promover o controle dos sintomas e qualidade de vida aos mesmos.
A minha inserção como ligante na liga acadêmica de cuidados paliativos do amazonas (LACPAM) me proporcionou um conhecimento que até o presente momento em minha formação acadêmica se que foi empregado o termo em seu real significado segundo o que foi definido pela OMS e pela ANCP ressalto que participar da LACPAM agregou em inúmeros aspectos tanto na minha formação acadêmica como ser humano uma vez que precisamos olhar o nosso paciente não apenas com o foco na doença e sim na pessoa em sua história biográfica de forma holística com o intuito de ofertar uma abordagem em conjunto de forma multidisciplinar cada profissional com suas habilidades e competências.
Contudo, destaco que nos cuidados paliativos compreendemos que a morte é um processo fisiológico e natural destaco que os cuidados paliativos não acelera a morte nem faz com que os profissionais desistem de investir medidas no paciente pelo contrário os cuidados paliativos vem como uma faceta complementar a abordagem convencional e apresenta maior importância na medida que as medidas curativas são ineficientes além disso, preza-se pela ortotanásia a morte natural e com qualidade para o paciente.
CONCLUSÃO
Ressalta-se a importância do preparo profissional para enfrentar a finitude tão próxima quando se lida com estes pacientes, portanto esta discussão não deve ser evitada, e muito menos excluída da formação destes profissionais. Outro ponto que merece ser destacado no que concerne a atuação fisioterapêutica nos pacientes e familiares que estão sendo cuidados na abordagem paliativa e que reabilitar e importante diria até que essencial, contudo, na medida que nossos pacientes avançam no processo de sua finitude precisamos compreender seus valores e hábitos a fim de lhe proporcionar não uma abordagem curativa e extremamente funcional claro que se possível esse será o objetivo.
Entretanto, quando não for possível precisamos saber os limites terapêuticos a fim de sempre colocar o paciente como centro do cuidado com uma abordagem de controle de sintomas e com qualidade de vida de acordo com os seus valores durante seu processo de finitude através das medidas não farmacológicas e farmacológicas. Contudo, fica evidente que o profissional Fisioterapeuta tem papel fundamental no controle de sintomas através das técnicas e/ou condutas fisioterapêuticas sendo sua participação de suma relevância no processo do cuidado dos referidos pacientes e familiares que se encontram em cuidados paliativos. Em síntese podemos refletir nestas frases abaixo sobre o que é a abordagem paliativa e seu real significado que é a vida.
“Ao cuidar de uma doença você pode ganhar ou perder. Ao cuidar de uma pessoa você sempre ganha.”
Hunter Doherty
“Ao cuidar de você no momento final da vida, quero que você sinta que me importo pelo fato de você ser você, que me importo até o último momento de sua vida e, faremos tudo que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para você viver até o dia de sua morte.”
Cicely Saunders
REFERÊNCIAS
Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Manual de cuidados paliativos. Rio de Janeiro: Diagraphic; 2009.
ANCP. Análise situacional e recomendações para estruturação de programas de cuidados paliativos no Brasil. São Paulo, Academia Nacional de Cuidados Paliativos –ANCP .2018.
ALVES, M. A. O ensino de cuidados paliativos nas faculdades públicas federais de graduação em enfermagem no Brasil: uma análise da situação atual através dos currículos. Porto, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 2016 .
Pessini L, Bertachini L. Humanização e cuidados paliativos. São Paulo: Loyola; 2004 Resolução CFM nº 1.973/2011. Dispõe sobre a nova redação do Anexo II da Resolução CFM nº 1.845/08, que celebra o convênio de reconhecimento de especialidades médicas firmado entre o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Diário Oficial da União. 1 Ago 2011. Seção I:144-7
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PAIÃO, R. C. N. DIAS, L. I.N. A Atuação da Fisioterapia nos Cuidados Paliativos da criança com câncer. Ensaios e Ciência – Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde. Vol. 16, n.4, 2012
VITAL, F. M. R. Fisioterapia em Oncologia: protocolos assistenciais. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017, p. 89-92.
GÓMEZ- BATISTE, Xavier; CONNOR, Stephen. Building Integrated Palliative Care Programs and Services, First Edition: May 2017.
GULINI, Juliana El Hage Meyer de Barros et al. Fatores preditores de óbito em Unidade de Terapia Intensiva: contribuição para a abordagem paliativista. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, [s.l.], v. 52, p.1-7, 2018.
GUIMARAES, et al. Cuidados paliativos em oncologia pediátrica na percepção dos acadêmicos de enfermagem. Esc. Anna Nery, v. 20, n. 2, p.261-267, 2016
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MALTA, Deborah Carvalho et al. Probabilidade de morte prematura por doenças crônicas não transmissíveis, Brasil e regiões, projeções para 2025. Revista Brasileira de Epidemiologia, [s.l.], v. 22, p.1-13, 1 abr. 2019.
ZOCCOLI, Thayana Louize Vicentini et al. Desmistificando cuidados paliativos: Um olhar multidisciplinar. Brasília: Oxigênio, 2019. 356 p. Livro eletrônico.