REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11290992
Jocilene da Cruz Silva1; Allana Karen Santos Serra2; Andréia Cristina da Silva Ribeiro3; Helen Rosy Gomes Ribeiro4; Jordana Maria Freitas Alves5; Luana Márcia Rocha Silva6; Luciany Barbosa da Silva Fernandes7; Renata Sousa Campos8; Suelen Pacheco Chaves9; Thays Luanny Santos Machado Barbosa10
RESUMO
A ferida pode ser definida como o rompimento da estrutura e das funções normais do tegumento e cicatrização. Refere-se a uma sequência de eventos que iniciam com o trauma e termina com o fechamento completo e organizado da ferida com o tecido cicatricial. as feridas constituem em um sério problema de saúde pública, devido ao grande número de pessoas com alterações na integridade da pele. Desse modo, a equipe de enfermagem desempenha um papel vital na prestação de cuidados de saúde, sendo de suma importância terem conhecimentos e habilidades atualizados quanto aos tratamentos de feridas. Cuidar de feridas é um processo dinâmico, complexo, que requer conhecimento específico. Dessa forma, ressalta-se a importância do aprimoramento constante das habilidades e conhecimentos da equipe de enfermagem.
Palavras chave: Ferida. Saúde. Equipe de enfermagem. Conhecimentos. Habilidades.
Introdução
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano, constituída por epiderme, a camada externa da pele, derme, localizada abaixo com feixes de colágeno, responsável por amparar as terminações nervosas e vasos sanguíneos e a hipoderme, formada por tecido adiposo e tecido conjuntivo frouxo. É a proteção do corpo, atua como barreira contra agentes externos de caráter traumático, biológico ou químico. Esse órgão dispõe-se de maneira contínua e integrada, logo, qualquer condição que desencadeie sua interrupção ocasiona o desenvolvimento de feridas (LEWIS et al., 2013).
A ferida pode ser definida como o rompimento da estrutura e das funções normais do tegumento e cicatrização. Refere-se a uma sequência de eventos que iniciam com o trauma e termina com o fechamento completo e organizado da ferida com o tecido cicatricial. É um processo altamente complexo e dinâmico, envolvendo fenômenos bioquímicos e fisiológicos, que se comportam de maneira harmoniosa garantindo a restauração tissular (EBERHARDT et al., 2015).
Uma ferida é resultante do dano à estrutura e ao funcionamento normais do tecido superficial da pele, desencadeando o processo de cicatrização. Este processo envolve uma série de etapas que têm início com o trauma e culminam no fechamento completo e organizado da ferida através da formação de tecido cicatricial. É um procedimento notadamente complexo e dinâmico, que engloba uma interação de fenômenos bioquímicos e fisiológicos que operam de maneira coordenada, visando à restauração do tecido afetado (ALBUQUERQUE et al., 2018).
Assim, esta pode ser classificada quanto sua etiologia, complexidade e tempo de existência. Dentre as etiologias, encontram-se as de origens traumáticas, que são causadas por trauma grave que resultam em lesões com extensa perda cutânea e com prejuízo na viabilidade tecidual; as úlceras venosas que têm como principal causa a insuficiência venosa crônica que podem ser ainda arterial ou neuropáticas; as queimaduras que podem ser provocadas por estímulos térmicos, químicos ou elétricos dentre outros (KHATCHERIAN et al., 2018).
No entanto, sejam qual for a etiologia, as feridas geram preocupações no campo da saúde do Brasil, seja por quantidade de pacientes que as desenvolvem ou por dificuldade nos cuidados efetuados por profissionais de saúde (MATOS et al., 2018; ALBUQUERQUE et al., 2018).
Desse modo, as feridas constituem em um sério problema de saúde pública, devido ao grande número de pessoas com alterações na integridade da pele. Os elevados números de pessoas com feridas crônicas contribuem para onerar os gastos públicos, além de interferir na qualidade de vida da população. Além disso, o tratamento de uma ferida envolve outros aspectos como a etiologia da lesão, avaliação clínica ou sistêmica do paciente, seguida da avaliação da ferida e da terapia tópica apropriada (SEHNEM et al., 2015).
O tratamento das feridas inclui métodos clínicos e cirúrgicos, e o curativo é o tratamento clínico mais frequentemente utilizado no auxílio da reparação tecidual. Ao realizar a avaliação de uma ferida deve-se considerar a avaliação da extensão e profundidade da ferida, características do leito da ferida e da pele ao redor, características do exsudato e os sinais indicativos de infecção (SILVA et al., 2017).
Com isso, observa-se que em boa parte dos casos, fica a critério do enfermeiro realizar essa avaliação bem como desenvolver e adotar rotinas de cuidados e de prevenção no manejo das feridas, procurando conhecer fatores de risco, tratamentos e prevenção. O sucesso do tratamento depende, dentre outros fatores, da criteriosa escolha, bem como da adequada utilização dos produtos selecionados (FERREIRA et al., 2018).
Desse modo, a equipe de enfermagem desempenha um papel vital na prestação de cuidados de saúde, sendo de suma importância terem conhecimentos e habilidades atualizados quanto aos tratamentos de feridas. A importância de estar atualizado nesse campo não pode ser subestimada, pois o tratamento adequado de feridas desempenha um papel crítico na recuperação dos pacientes e na prevenção de complicações. Desse modo, esse estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura acerca dos cuidados de enfermagem no tratamento de feridas.
Metodologia
O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa, sobre cuidados de enfermagem no tratamento de feridas. A revisão abrangeu artigos científicos publicados e disponíveis nas bases de dados: O levantamento bibliográfico foi realizado por meio do banco de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), no mês de outubro de 2023 utilizando os seguintes Descritores em Saúde (DeCS): Ferida; Equipe de assistência ao paciente; enfermagem. Como critérios de inclusão foram consideradas as publicações completas, de acesso gratuito e publicadas nos anos últimos dez anos. Foram excluídos os estudos realizados não abordaram a temática investigada. Os aspectos éticos foram contemplados respeitando-se os conceitos formulados e de autoria dos autores, os quais foram devidamente citados.
Desenvolvimento
As feridas são injúrias dermatológicas que quando não tratadas adequadamente, podem aumentar de tamanho e aumentam as chances de complicações para o paciente. É considerado problema de saúde que envolve fatores relacionados ao paciente e ao seu meio externo, provocando sofrimento, além de contribuir para o aumento dos gastos financeiros do sistema de saúde e do próprio paciente (GALVÃO et al., 2017).
Seu tratamento e prevenção estão intrínsecos na rotina das instituições hospitalares e o enfermeiro tem importante responsabilidade nessas práticas, em razão do maior contato com o paciente, realizando acompanhamento da evolução da lesão, orientando e executando o curativo, atividades inerentes ao seu processo de trabalho ou formação profissional (PAULA et al., 2019).
Cuidar de feridas é um processo dinâmico, complexo, que requer conhecimento específico. A avaliação sistematizada e contínua de uma ferida, realizada de forma coerente, tem potencial para qualificar a assistência, tornando o tratamento adequado, proporcionando ao paciente reabilitação rápida e eficaz (GALVÃO et al., 2017).
O Conselho Federal de Enfermagem respalda a prática do enfermeiro no manejo de feridas por meio da Resolução no. 0501/2015, visando o efetivo cuidado e segurança do paciente submetido ao procedimento (COFEN, 2015; PAULA et al., 2019).
O cuidado prestado pela enfermagem envolve avaliação, execução de procedimentos e supervisão dos cuidados durante a terapêutica. É fundamental compreender toda a complexidade do processo de cicatrização da ferida, observando suas fases para alcançar resultados eficazes, pois o uso de uma técnica ou produto num momento errado pode comprometer todo processo e causar dano irreversível ao paciente (PAULA et al., 2019).
Portanto, o enfermeiro é o profissional responsável por realizar as etapas do cuidado em feridas, desde o acolhimento do paciente, avaliação da ferida, escolha do tratamento a ser utilizado e o acompanhamento até regressão da ferida. Sendo o enfermeiro um profissional autônomo para realizar todas as etapas com respaldo para tomada de decisões, sem a necessidade de auxílio de outro profissional de saúde (SILVA et al., 2021).
O enfermeiro que dedica-se a tratar feridas deve ter conhecimento amplo tanto dos materiais que serão utilizados e de sua disponibilidade no mercado como também da fisiologia da cicatrização, entendendo suas etapas e adequando-se ao modo de tratamento de cada uma delas, as etapas da cicatrização determinará o avanço da cura, sendo elas: fase inflamatória, fase proliferativa e fase reparadora (MELO FERNANDES, 2011; SILVA et al., 2021).
O manejo correto das feridas envolve escolha de coberturas primárias pertinentes a fase da lesão, observando quantidade de exsudato, odor, aspecto do leito, assim como períodos de troca adequados e das condições clínicas gerais do paciente (SILVA et al., 2017).
A necessidade de conhecimento científico e cuidado planejado no tratamento de feridas é abordado em diferentes pesquisas, com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência prestada, visto que por muitos anos foi considerada uma atividade empírica, baseada em mitos, tradições, conhecimento comum e experiência de colegas. Diante das exigências do tratamento, torna-se fundamental que a equipe de enfermagem se mantenha atualizada, aplicando o raciocínio crítico ao executar um curativo, visando a efetividade da terapêutica (PAULA et al, 2017; KIM et al., 2017).
Entretanto, para que possam realizar efetivamente as avaliações no cuidado no tratamento das lesões da pele, é essencial que tomem medidas de prevenções e apliquem conhecimentos básicos nos quais fomentam a sua prática. A Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) no 0501/2015, regulamenta a competência da equipe de enfermagem no cuidado de feridas e dá outras competências.
O enfermeiro exerce sua autonomia na prestação de cuidados aos portadores de feridas. Ele seleciona o curativo e a cobertura apropriada com base em evidências científicas e em sua competência profissional, o que lhe confere a habilidade de avaliar e desenvolver sua sistematização da assistência de enfermagem para alcançar os resultados desejados (LIMA et al., 2018)
No entanto, apesar da competência atribuída a esse profissional, é evidente a necessidade de qualificação contínua do enfermeiro no tratamento de lesões de pele. Isso requer uma abordagem multiprofissional, destacando a importância da colaboração entre diversos profissionais de saúde (LIMA et al., 2018).
Vicente et al. (2019) destaca a importância da educação permanente no que tange assistência de enfermagem, como instrumento de aprimoramento do saber profissional e consequentemente o aprimoramento assistencial. Ressalta-se que a educação permanente em saúde vem como estratégia para promover o desenvolvimento pessoal, social e cultural situado nos processos de ensino e aprendizagem, centrado no sujeito que aprende, como agente ativo, autônomo e gestor de sua educação.
Logo, a educação permanente constitui-se como uma estratégia significativa para a viabilização de mudanças nas práticas de saúde, voltada para a melhoria da qualidade dos serviços (OLIVEIRA et al., 2021; SANTOS et al., 2022).
Na prática clínica o processo de tratamento de feridas é dinâmico e complexo, influenciado por avaliações sistematizadas e prescrições de diferentes tipos de cobertura. Nesse cuidado o enfermeiro apresenta importantes atribuições, sendo necessário que detenha conhecimento científico e tecnológico para uma avaliação mais acurada das feridas, de modo a garantir a prescrição da terapêutica adequada com vistas à promoção da cicatrização (SILVA et al., 2018).
Denota-se a importância de capacitar os enfermeiros para o processo assistencial a feridas a partir da realização de educação permanentes. Bem como o exposto na literatura, observa-se que os enfermeiros apresentam limitações no conhecimento e fragilidades práticas para avaliar as especificidades da lesão e do paciente, indicação de cobertura, tipo de curativo a serem utilizados no controle de sinais e sintomas dessas lesões (AGRA et al., 2017).
Assim, a atuação do enfermeiro no cuidado não depende exclusivamente da busca pela cura; ela se concentra em fornecer assistência ética, abrangente e holística, com o objetivo de guiar o paciente em direção ao autocuidado, melhorando sua condição humana e otimizando a utilização eficiente dos recursos disponíveis, evitando qualquer desperdício (TOLFO et al., 2023).
A enfermagem desenvolve um importante papel nos cuidados na assistência aos portadores de feridas, pois a partir da sua avaliação, diagnóstico, plano de cuidados com supervisão e evolução diária da lesão que se chega a resultados desejados na recuperação tecidual (LIMA et al., 2018).
Conclusão
Nesta revisão observamos os cuidados de enfermagem a feridas como um componente essencial para a promoção da saúde e bem-estar dos pacientes, bem como sua complexidade e importância. Eles desempenham um papel fundamental na jornada de recuperação do paciente.
Logo, ao cuidar de feridas, os enfermeiros enfrentam desafios significativos, como recursos limitados, demandas de tempo e treinamento insuficiente. Superar esses obstáculos requer um compromisso contínuo com o desenvolvimento profissional e a busca por soluções práticas. Uma abordagem eficaz para enfrentar esses desafios é a implementação de programas de educação continuada para a equipe, o que é essencial para promover a saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Dessa forma, ressalta-se a importância do aprimoramento constante das habilidades e conhecimentos da equipe de enfermagem.
Assim, conclui-se que a equipe multidisciplinar assume importante papel no processo decisório do planejamento das condutas terapêuticas adequadas ao tipo de feridas, cuidados, orientações e acompanhamento.
REFERÊNCIAS
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1Enfermeira. Pós-graduada em Enfermagem do Trabalho e Saúde Coletiva. e-mail: jocilene.silva@ebserh.gov.br
2Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência. e-mail: allana.serra@ebserh.gov.br
3Enfermeira. Mestre em Enfermagem. e-mail: andreia.cristina@ebserh.gov.br
4Enfermeira. Especialista em Enfermagem do Trabalho. e-mail: helen.ribeiro@ebserh.gov.br
5Enfermeira. Mestre em Enfermagem. e-mail: jordana.alves@ebserh.gov.br
6Enfermeira. Pós-graduada em Epidemiologia. e-mail: luana.silva.5@ebserh.gov.br
7Enfermeira. Pós-graduada em Saúde da Família. e-mail: luciany.fernandes@ebserh.gov.br
8Enfermeira. Pós-graduada em Saúde Materno Infantil. e-mail: renata.campos@ebserh.gov.br 9Enfermeira. Especialista em Clínicas Médica e Cirúrgica. e-mail: suelen.pacheco@ebserh.gov.br 10Enfermeira. Pós-graduada em Saúde do Adulto. e-mail: thays.barbosa@ebserh.gov.br