CUIDADOS DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO HPV NA POPULAÇÃO MASCULINA

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102410131556


Giovanna Macêdo Ribeiro Querobim
Maria Eduarda de Souza Abreu
Tamires da Silva Santos
José Willian Aguiar
Orientador(a): Prof(a).Esp. José Willian Aguiar


Resumo: O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção viral comum que afeta tanto homens quanto mulheres, podendo causar verrugas genitais e diversos tipos de câncer. A prevenção do HPV na população masculina é uma parte essencial da estratégia global para controlar a infecção e reduzir a incidência de neoplasias associadas ao vírus. Objetivo: Revisar e consolidar as estratégias de prevenção do Papilomavírus Humano (HPV) na população masculina e analisar o papel fundamental dos profissionais de enfermagem na implementação dessas estratégias. Método: trata-se de um artigo de revisão bibliográfica integrativo. A metodologia utilizada é qualitativa de natureza exploratória e descritiva. As fontes principais de pesquisa utilizadas foram BVS (Biblioteca Virtual da Saúde), Ciência & Saúde Coletiva, Revista Eletrônica Estácio Recife, National Center for Biotechnology Information (NCBI), American Association for Cancer Research (AACR), Scielo e dados do Ministério da Saúde (MS). Conclusão: Visa proporcionar uma visão abrangente sobre a eficácia da vacinação, o uso de preservativos e a educação sexual na prevenção do HPV entre os homens, além de destacar a importância do envolvimento dos enfermeiros em promover práticas preventivas e fornecer suporte contínuo.

Palavras-chave: HPV. Prevenção. População masculina. Vírus do papiloma humano. Saúde pública.

Abstract: The Human Papillomavirus (HPV) is a common viral infection that affects both men and women, potentially causing genital warts and various types of cancer. HPV prevention in the male population is an essential part of the global strategy to control the infection and reduce the incidence of virus-associated neoplasms. Objective: To review and consolidate strategies for the prevention of Human Papillomavirus (HPV) in the male population and analyze the fundamental role of nursing professionals in implementing these strategies. Method: This is an integrative literature review article. The methodology used is qualitative in nature, exploratory, and descriptive. The main research sources utilized were BVS (Virtual Health Library), Ciência & Saúde Coletiva, Revista Eletrônica Estácio Recife, National Center for Biotechnology Information (NCBI), American Association for Cancer Research (AACR), Scielo, and data from the Ministry of Health (MS). Conclusion: It aims to provide a comprehensive overview of the effectiveness of vaccination, condom use, and sexual education in preventing HPV among men, in addition to highlighting the importance of nurses’ involvement in promoting preventive practices and providing continuous support.

Keywords: HPV. Prevention. Male Population. Human Papillomavirus. Public Health.

INTRODUÇÃO

Os cuidados de enfermagem são fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde dos pacientes. Esses cuidados englobam uma ampla gama de práticas, desde de procedimentos complexos até o acompanhamento do estado geral dos pacientes. A enfermagem é uma profissão essencial para o funcionamento eficiente dos sistemas de saúde, oferecendo suporte contínuo e personalizado.

A promoção da saúde e prevenção de doenças são pilares fundamentais nas práticas atuais. Intervenções de enfermagem focadas na educação em saúde demonstraram eficácia na melhoria do autocuidado dos pacientes. (CIPRIANO DA SILVA et al., 2021)

O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de vírus que inclui mais de 200 tipos, dos quais cerca de 40 podem ser transmitidos sexualmente e afetar a área genital, anal e oral. A infecção por HPV é comum e muitas vezes assintomática, porém há a possibilidade de ser infectados por diversos tipos de HPV, incluindo os de baixo risco, que causam verrugas genitais, e os de alto risco, que estão associados a neoplasias (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021)

A vacinação contra o HPV, recomendada para meninos a partir dos 9 anos, é uma medida eficaz de prevenção. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estudos mundiais comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, e essa porcentagem pode ser ainda maior em homens. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023)

A prevalência global de infecção por HPV em homens varia amplamente, mas estudos indicam que aproximadamente 50% dos homens sexualmente ativos estarão infectados em algum momento de suas vidas. Nos homens, a infecção por HPV pode causar verrugas anogenitais, que aumentam a morbidade e a transmissão do vírus. O HPV está relacionado a neoplasias de pênis, ânus e orofaringe, sendo o tipo 16 o mais comum. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer estimou cerca de 69.400 casos de câncer em homens causados pelo HPV em 2018, evidenciando a importância da prevenção e da vacinação.(Bruni et al., 2023)

O presente artigo de revisão tem como objetivo mostrar através de estudos os fatores de riscos, proliferação do HPV na população masculina, avaliar o conhecimento sobre as vacinas e os meios de prevenção, reforçar a importância da saúde preventiva e sobre a necessidade de exames periódicos bem como instruir sobre os métodos preventivos.

MATERIAL(IS) E MÉTODOS

Este estudo de corte transversal,tem como metodologia uma revisão íntegra que possibilita a análise da literatura na finalidade de sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um determinado tema. O levantamento bibliográfico foi realizado por meio de artigos científicos publicados sobre o tema abordado nos bancos de dados BVS (Biblioteca Virtual da Saúde), Ciência & Saúde Coletiva, Revista Eletrônica Estácio Recife, National Center for Biotechnology Information (NCBI), Repositório de Trabalhos de Conclusão de Curso da UNIFACIG, Revista JRG, ScienceDirect , Saúde em Debate, American Association for Cancer Research (AACR), SciElo e Ministério da Saúde (MS). A revisão foi limitada em artigos científicos em português e inglês publicados entre os anos de 2019 e 2024, abordando o Papilomavírus humano (HPV) e fatores de propagação na população masculina.

Foram utilizados o total de 18 artigos, com orientações sobre programas relacionados à educação sexual, incidência do Papilomavírus humano (HPV), taxas acerca da propagação de ISTs, cuidados de enfermagem e métodos de conscientização pelo enfermeiro. O método de estudo utilizado foi iniciado com a leitura de todos os materiais grifando as informações relevantes, e após, desenvolvemos resumos sobre cada um, a fim de construir um bom desenvolvimento da pesquisa.

DESENVOLVIMENTO
Incidência do HPV

O HPV (Papilomavírus Humano) é uma infecção transmitida sexualmente que pode causar vários tipos de neoplasias, incluindo o câncer de colo do útero, ânus, pênis, vagina, vulva e orofaringe. Sua relação com o câncer começou a ser esclarecida nos anos 1980, onde Harald zur Hausen e sua equipe fizeram um avanço significativo em 1983, quando clonaram o HPV16 de uma amostra de câncer cervical, um dos tipos mais cancerígenos do HPV. Em 1984, foi clonado o HPV 18 de outra amostra. Por essa descoberta, Harald zur Hausen recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 2008. Somente em 1995, o HPV 16 e 18 só foram oficialmente classificados como cancerígenos, quando a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) revisou mais de 100 estudos e concluiu que esses tipos eram cancerígenos para humanos.(JONES, 2021).

A vacinação contra o HPV foi desenvolvida em 2006 e tem mostrado alta eficácia na prevenção dos tipos mais agressivos do vírus. As vacinas atuais previnem infecções pelos tipos mais comuns associados ao câncer, como os tipos 16 e 18, com taxas de eficácia superiores a 90%. Especialistas acreditam que o câncer de colo do útero, associado ao HPV em mais de 90% dos casos, pode ser praticamente erradicado nas próximas décadas, caso a cobertura vacinal se mantenha alta.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta de eliminar o câncer de colo do útero, definindo “eliminação” como uma taxa inferior a quatro casos por 100.000 pessoas. Apesar disso, a incidência do HPV permanece alta, especialmente em regiões com menor cobertura vacinal, o que destaca a importância da ampliação do acesso à vacinação e de programas de rastreamento, como o Papanicolau. (JONES, 2021)

Incidência do HPV na população masculina

A alta taxa de transmissibilidade por via sexual, associado a falta de preservativos, tem sido um fator relevante para a incidência dessa doença a nível mundial, tornando-se uma preocupação relevante para os sistemas de saúde devido ao grande potencial oncogênico da mesma. Atualmente, uma das principais formas de prevenção é a vacina, todavia, no público masculino a adesão vacinal é extremamente limitada.

Dessa forma, o presente trabalho visa analisar, através de uma Revisão Integrativa da Literatura, respaldada em uma pesquisa minuciosa em bases de dados virtuais a respeito dos impactos do HPV no sexo masculino e da importância da vacinação dessa parcela populacional. Assim, constatou-se que embora a vacina esteja implementada no calendário vacinal do Brasil desde 2014, há poucas campanhas de incentivo para a mesma. Além disso, a falta de conhecimento sobre a doença, associada à negligência e ao preconceito com a vacina, têm sido fatores que afetam a essa aceitabilidade, por isso, destaca-se a importância da análise desta patologia que vem tornando-se tão frequente na população masculina.

Essas estimativas mostram que os homens frequentemente abrigam infecções genitais por HPV e enfatizam a importância de incorporar os homens nos esforços para controlar a infecção por HPV e reduzir a incidência de doenças relacionadas ao HPV em homens e mulheres.(Brazilian Journal of Health Review, 2022)

Fatores de propagação e desinformação acerca de ist

O vírus HPV é altamente contagioso e a contaminação pode se dar a partir de uma única exposição ao vírus por meio do contato direto com uma pele ou mucosa infectada. A principal via de contágio é a sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Isso significa que o contágio pode ocorrer mesmo em relação sexual sem penetração vaginal ou anal. Mostraram-se fatores de proteção, entre os homens: não ter tido relações sexuais com pessoa do mesmo sexo; e entre as mulheres: início sexual > 15 anos de idade e não ter tido parceria casual no último ano. Quanto às orientações, 72,1% e 64,7% das mulheres receberam informações sobre a importância de realizar testes para HIV e sífilis, respectivamente, enquanto foram ofertadas para menos da metade dos homens (40,2% e 38,6%) (Ministério da Saúde do Brasil, 2021).

A elevada proporção de antecedentes de IST entre a população do município e os resultados deste estudo possibilitaram a construção, implementação e avaliação de políticas públicas de saúde para o enfrentamento das IST, incluindo o HIV, com diminuição de barreiras de acesso aos preservativos e criação de um app para prevenção. A prevalência das IST é de difícil estimativa e conhecimento, seja em nível global ou regional, devido à fragilidade e inadequação dos sistemas de vigilância. Entretanto, são conhecidos os seus impactos, tanto do ponto de vista socioeconômico quanto para a saúde sexual e reprodutiva.

A Organização Mundial da Saúde, devido à transcendência das IST, apresenta periodicamente estimativas da magnitude dessas infecções no mundo, para subsidiar a implementação de políticas públicas para seu controle (Brasil, DDAHV, 2020). No Brasil, o Departamento Nacional de DST, AIDS e Hepatites Virais (DDAHV), bem como os Programas Estaduais e Municipais de DST/AIDS, vêm envidando esforços para ampliar o acesso universal e gratuito aos preservativos, para aumentar a prática de sexo protegido, estratégia destinada a reduzir a ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis, inclusive o HIV.

Outra importante estratégia de prevenção para todas as IST é a divulgação sobre as formas de transmissão, os sinais e os sintomas de IST, com o objetivo de aumentar o conhecimento da população e orientar a busca precoce por assistência. Finalmente, muitos jovens, apesar de receber informações, ainda falham em adotar medidas de proteção contra as IST (Barbosa et al., 2019).

Educação em Saúde e Promoção do Uso de Preservativos

A educação sexual desempenha um papel essencial ao informar a população sobre o HPV e as formas de prevenção. A promoção do uso correto de preservativos é uma intervenção chave. A prática do sexo seguro é um aspecto preventivo importante, e as orientações devem incluir demonstrações práticas e discussão sobre como os preservativos podem reduzir, mas não eliminar completamente, o riscm jovens e adolescentes. Como profissional capacitado, o enfermeiro conscientiza sobre sexo seguro, uso de preservativos durante todo o ato sexual (oral, anal e vaginalo de infecção pelo HPV. (ABREU, 2021)

O enfermeiro atua como educador em saúde, contribuindo para a redução de possíveis agravos do HPV e), e a importância de reduzir o número de parceiros sexuais, visto que um maior número de parceiros aumenta o risco de infecção pelo HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Sua proximidade com os indivíduos o torna um agente de extrema importância na saúde preventiva, disseminando informações e normas preventivas para promover uma vida saudável entre jovens e adolescentes. (COSTA, 2019)

Quanto maior o número de parceiros sexuais, maior é a vulnerabilidade à infecção pelo HPV, devido à frequente troca de parceiros e às diferentes práticas sexuais, que aumentam a possibilidade de contágio da infecção, permitindo uma maior chance de adquirir o HPV. Esse risco se torna ainda maior quando o preservativo não é utilizado em todas as relações sexuais. ( DA ROCHA, 2021)

A educação sexual direcionada aos homens é essencial, muitas vezes os homens começam a vida sexual antes das mulheres, tornando-se potenciais principais transmissores do HPV. A orientação sobre o uso correto e rotineiro da camisinha é uma medida importante na prevenção da disseminação das doenças associadas ao HPV. (BISELLI-MONTEIRO, 2020)

O uso da camisinha externa ou interna, em todas as relações sexuais, é o método mais eficaz para proteção contra o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). O Ministério da Saúde reforça que camisinhas podem ser retiradas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023).

Administração e Incentivo à Vacinação

A vacinação contra o HPV é uma importante ferramenta de prevenção. Embora seja a única vacina capaz de prevenir certos tipos de câncer relacionados ao HPV, a vacina ainda enfrenta baixa adesão entre os homens. Isso ocorre devido à falta de informações adequadas sobre a vacina, e a ausência de incentivo por parte dos profissionais de saúde. (OLIVEIRA, 2020).

A educação em saúde é fundamental especialmente para os adolecentes, destacando a importância de investir um pouco mais na educação em saúde para os adolescentes, assim como os pais devem ser incluídos, pois são eles que informam primeiramente seus filhos em casa e dão a permissão para que ocorra a vacinação. A realização de campanhas educativas, palestras ou campanhas educativas por profissionais de saúde em escolas, locais de atendimentos públicos, em postos de saúde e nas redes sociais, pode proporcionar o conhecimento necessário e reforçar a importância da vacinação contra o HPV para a população.(ASSIS, 2019).

A enfermagem apresenta a responsabilidade pela administração segura da vacina e na educação dos pacientes com a intenção de conscientizar sobre medidas preventivas, como a vacinação, a fim de estimular o interesse pela própria saúde, oferecendo informações seguras sobre prevenção e controle dos riscos do HPV. incentivar a vacinação em homens, especialmente na faixa etária recomendada (geralmente entre 9 e 14 anos). Além disso, os enfermeiros devem esclarecer dúvidas e combater mitos, como a ideia equivocada de que a vacina é desnecessária para homens ou apenas relevante para mulheres, ressaltando que a vacina pode prevenir infecções por tipos de HPV associados a cânceres genitais, anais e orofaríngeos .(ABREU, 2021)

Rastreamento e Monitoramento Clínico

A consulta de enfermagem, regulamentada pela Lei 7.498/86 do Exercício Profissional de Enfermagem, e pelo Decreto nº 94.406/87 que regulamenta a referida Lei, e pela Resolução nº 159/93 do COFEN, estabelece as atribuições do enfermeiro para ações de prevenção do HPV e o suas complicações. Assegurando os enfermeiros legalmente habilitados a realizar a identificação precoce e encaminhamento para exames, além de atividades preventivas e educativas, como orientar os pacientes sobre medidas profiláticas e promover a saúde pública. Esses dispositivos garantem que os profissionais de enfermagem atuem de forma efetiva no rastreamento e prevenção do HPV e em intervenções relacionadas.(ABREU, 2021)

A consulta de enfermagem baseada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta. Envolve as etapas do histórico de enfermagem, diagnósticos de enfermagem, planejamento, intervenções de enfermagem e avaliação, que são fases interdependentes e que podem ser revisadas conforme necessário. A importância da consulta de enfermagem e da educação em saúde antes da realização do exame de rastreamento citopatológico, considerando esse momento como uma oportunidade privilegiada para promover a educação em saúde, especialmente no que se refere aos direitos sexuais e reprodutivos. (SILVA, 2022)

O rastreamento do HPV em homens é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais. Como o HPV nos homens a grande maioria pode ser assintomático, o propósito da enfermagem está na educação e na promoção de exames em populações de risco, como homens com múltiplos parceiros sexuais ou com histórico de verrugas genitais. Podem ser recomendados exames visuais para detecção de lesões em áreas genitais. Os enfermeiros também podem orientar a coleta de amostras para exames de biologia molecular (como o teste de DNA do HPV) em homens de grupos de risco elevado.(ABREU, 2021)

Embora o rastreamento de rotina do HPV não seja comumente realizado em homens, os enfermeiros durante as consultas de enfermagem devem ser vigilantes na identificação de sinais e sintomas de infecção por HPV. Ressaltando a população de maior risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH) e imunocomprometidos, como os que vivem com HIV, o rastreamento regular, incluindo exame físico realiazado a triagem durante a consulta de enfermagem, destacando uma estratégia importante . Os enfermeiros devem orientar sobre a realização do exame físico regular e incentivar a busca de cuidados ao primeiro sinal de lesão ou sintoma. (ABREU, 2021)

As ações essenciais realizadas pela enfermagem após o diagnóstico de HPV incluem: educação sobre o vírus, seus sintomas, formas de transmissão e prevenção; orientação sobre as opções de tratamento disponíveis, como medicamentos e procedimentos médicos; e realização de exames adicionais, quando necessário, para monitorar a progressão da infecção. (FERREIRA, 2024)

Aconselhamento e Suporte Psicossocial

O agravo do HPV em homens é resultado de série de fatores, tendo como principal deles a falta de conhecimento a seu respeito. Para melhorar a forma de enfrentar essa dificuldade, são sugeridas algumas estratégias para a solução desse cenário, incluindo a realização de palestras em escolas, campanhas nos meios de comunicação e conscientização dos pais dos adolescentes. Propondo-se educar e informar sobre o HPV e sua prevenção. (LOPES, 2020)

A enfermagem oferece suporte emocional aos pacientes, auxilia na coordenação do cuidado multidisciplinar e realiza o acompanhamento regular para monitorar a progressão da infecção, além de responder às preocupações dos pacientes e fornecer informações sobre os sintomas e tratamentos disponíveis. (FERREIRA,2024)

Os enfermeiros fornecem aconselhamento e apoio emocional aos homens diagnosticados com HPV auxiliando os pacientes a lidarem com o diagnóstico, ou que apresentam preocupação em relação ao risco de infecção, auxiliando o paciente a lidar melhor com a situação e a compreender como gerenciar o tratamento, promovendo o bem-estar emocional. Isso inclui esclarecer abertamente os riscos associados ao HPV, as opções de prevenção e a importância do diagnóstico precoce. O suporte o psicossocial é fundamental para ajudar os homens a lidar e entender sua condição para realizar acompanhamento regular para monitorar a progressão da infecção e responder a quaisquer preocupações ou perguntas dos pacientes relacionadas aos sintomas e para encorajá-los a tomar medidas preventivas e adesão ao tratamento quando necessário e discutir as informações precisas sobre o vírus e suas consequências. (FERREIRA, 2023)

Cuidados de Enfermagem na Prevenção do HPV na População Masculina

O papilomavírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível que pode causar diversas doenças, incluindo Câncer de pênis, Câncer de canal anal, Câncer de boca, Câncer de garganta. A prevenção e o controle do HPV são essenciais para a saúde pública, especialmente na população masculina, que muitas vezes é subdiagnosticada e subtratada. Os cuidados de enfermagem desempenham um papel crucial que envolve educação sobre prevenção, e no rastreamento do HPV em homens. (OLIVEIRA, 2021)

A enfermagem desempenha uma importância significativa na promoção do conhecimento sobre o HPV. As contribuições de enfermagem incluem educar o público, realizar exames de triagem, no aconselhamento sobre medidas de prevenção, orientando como o uso de preservativos, e incentivando a vacinação contra o HPV. Outra contribuição relevante é o suporte emocional fornecido aos pacientes, garantindo acesso a informações precisas sobre o vírus e suas consequências para a saúde. (FERREIRA, 2024)

A implementação de ações preventivas por parte da enfermagem, que investiguem as percepções, dificuldades e necessidades específicas de cada demanda. O enfermeiro deve estar atento à qualidade dos cuidados, despindo-se de preconceitos e discriminação, com foco na promoção e prevenção do HPV, por meio de ações voltadas para a mobilização de jovens e adolescentes, visando à prática do autocuidado por meio de atividades educativas e preventivas. (COSTA, 2019)

No sexo masculino, a infecção pelo HPV está associada ao desenvolvimento de cânceres orofaríngeo, anal e peniano, impactando diretamente a qualidade de vida e o aumento dos riscos de morbimortalidade. (BRAZ, 2022)

O agravo do HPV em homens é resultado de série de fatores, tendo como principal deles a falta de conhecimento a seu respeito. Como forma de melhorar tal dificuldade, palestras em escolas, abordagem nos meios de comunicação e conscientização dos pais dos adolescentes podem ser estratégias eficazes para a solução deste cenário. (OLIVEIRA 2020).

CONCLUSÃO

A prevalência do HPV na população masculina é uma questão preocupante, pois muitos homens desconhecem os riscos e a possibilidade de serem portadores assintomáticos do vírus contribuindo para sua disseminação. A desinformação é um dos principais fatores que dificultam o controle da infecção, uma vez que muitos desconhecem as formas de transmissão, os riscos associados e a importância da prevenção como a vacinação e o uso de preservativos. Além disso, o estigma em torno do HPV pode impedir que os homens busquem orientação ou tratamento.

A enfermagem desempenha um papel crucial na redução das taxas de infecção por HPV entre os homens. Os profissionais de enfermagem podem atuar diretamente na educação e conscientização da população, esclarecendo mitos e fornecendo informações científicas e acessíveis sobre a transmissão, sintomas, complicações e prevenção do HPV. Campanhas de vacinação, realizadas com o apoio da enfermagem, também são fundamentais para aumentar a cobertura vacinal entre os homens, uma estratégia eficaz para diminuir a prevalência e proliferação do vírus.

A promoção de realização de exames regulares e acompanhamento dos pacientes em tratamentos, garantindo que aqueles que foram infectados recebam o cuidado adequado é uma questão fundamental para a enfermagem. A promoção da saúde sexual e reprodutiva por meio de uma abordagem humanizada e informativa é essencial para minimizar o impacto do HPV na saúde masculina e, consequentemente, na saúde pública como um todo.

Esse trabalho possibilitou entender como a desinformação pode influenciar na proliferação do HPV. Com isso pôde-se perceber a necessidade de projetos de conscientização para a diminuição da contaminação por HPV no público masculino.

REFERÊNCIAS

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