CARE WITH DRUG INTERACTION BETWEEN HORMONAL CONTRACEPTIVE METHODS AND ART
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11406217
Claudenilde Oliveira Nunes1
Luana Passos Reis2
Omero Martins Rodrigues3
RESUMO
A eficácia e segurança dos métodos contraceptivos hormonais são amplamente reconhecidas na prevenção da gravidez indesejada. Esses métodos, incluindo pílulas anticoncepcionais, adesivos, anéis vaginais e implantes, há muito têm proporcionado às mulheres uma opção confiável para o planejamento familiar. No entanto, para aquelas que também vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), a utilização simultânea desses contraceptivos hormonais e da terapia antirretroviral (TARV) torna-se uma consideração crucial. A TARV, uma combinação de medicamentos antirretrovirais usados para suprimir a replicação do HIV, tem sido uma intervenção vital na gestão e tratamento do vírus. À medida que mais e mais mulheres vivendo com HIV optam por métodos contraceptivos hormonais para controlar sua fertilidade, é essencial compreender a interação farmacológica potencial entre esses dois regimes terapêuticos. O objetivo geral deste estudo é analisar e destacar os cuidados necessários com a interação medicamentosa entre os métodos contraceptivos hormonais e a terapia antirretroviral (TARV).
Palavras-chave: Medicamentos. HIV. TARV. Contraceptivos Hormonais.
ABSTRACT
The effectiveness and safety of hormonal contraceptive methods are widely recognized in preventing unwanted pregnancy. These methods, including birth control pills, patches, vaginal rings, and implants, have long provided women with a reliable option for family planning. However, for those also living with the human immunodeficiency virus (HIV), the simultaneous use of these hormonal contraceptives and antiretroviral therapy (ART) becomes a crucial consideration. ART, a combination of antiretroviral medications used to suppress HIV replication, has been a vital intervention in the management and treatment of the virus. As more and more women living with HIV opt for hormonal contraceptive methods to control their fertility, it is essential to understand the potential pharmacological interaction between these two therapeutic regimens. The general objective of this study is to analyze and highlight the necessary care with the drug interaction between hormonal contraceptive methods and antiretroviral therapy (ART).
Keywords: Medicines. HIV. ART. Hormonal Contraceptives.
INTRODUÇÃO
A eficácia e segurança dos métodos contraceptivos hormonais são amplamente reconhecidas na prevenção da gravidez indesejada. Esses métodos, incluindo pílulas anticoncepcionais, adesivos, anéis vaginais e implantes, há muito têm proporcionado às mulheres uma opção confiável para o planejamento familiar. No entanto, para aquelas que também vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), a utilização simultânea desses contraceptivos hormonais e da terapia antirretroviral (TARV) torna-se uma consideração crucial.
A TARV, uma combinação de medicamentos antirretrovirais usados para suprimir a replicação do HIV, tem sido uma intervenção vital na gestão e tratamento do vírus. À medida que mais e mais mulheres vivendo com HIV optam por métodos contraceptivos hormonais para controlar sua fertilidade, é essencial compreender a interação farmacológica potencial entre esses dois regimes terapêuticos (Fleury et. al., 2023).
Este artigo propõe examinar de maneira abrangente os cuidados que devem ser tomados quando se utiliza simultaneamente métodos contraceptivos hormonais e a TARV. Serão analisadas as interações medicamentosas, tanto farmacocinéticas quanto farmacodinâmicas, entre os contraceptivos hormonais e os medicamentos antirretrovirais mais comumente prescritos. Além disso, serão discutidos os impactos dessas interações na eficácia contraceptiva, na farmacocinética dos antirretrovirais e na segurança geral do tratamento (Araújo, 2017).
Este estudo visa fornecer informações atualizadas e relevantes para profissionais de saúde, médicos, farmacêuticos e pacientes, a fim de auxiliá-los na tomada de decisões seguras e informadas sobre a escolha e combinação adequada de métodos contraceptivos hormonais e medicamentos antirretrovirais. Compreender a interação medicamentosa entre esses dois regimes terapêuticos é fundamental para garantir a saúde reprodutiva e o bem-estar geral das mulheres vivendo com HIV.
Ao abordar os cuidados necessários nessa interação medicamentosa, este artigo contribuirá para a promoção de uma abordagem abrangente do planejamento familiar seguro e eficaz para mulheres vivendo com HIV, oferecendo uma base sólida para futuras pesquisas e aprimoramentos nos protocolos clínicos. É fundamental que os profissionais de saúde estejam bem-informados sobre essas interações para garantir a melhor assistência possível às pacientes e maximizar os benefícios terapêuticos de ambos os regimes de tratamento.
Ao longo das próximas páginas, exploraremos a influência das interações medicamentosas entre os métodos contraceptivos hormonais e a TARV, destacando os aspectos farmacodinâmicos e farmacocinéticos relevantes. Essa análise abrangente nos ajudará a compreender a importância de implementar protocolos de cuidados específicos visando ao planejamento familiar seguro e à liberdade reprodutiva das mulheres vivendo com HIV.
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
O objetivo geral deste estudo é analisar e destacar os cuidados necessários com a interação medicamentosa entre os métodos contraceptivos hormonais e a terapia antirretroviral (TARV), visando fornecer orientações atualizadas e relevantes para profissionais de saúde, médicos, farmacêuticos e pacientes, a fim de garantir o planejamento familiar seguro e eficaz para mulheres vivendo com HIV.
2.2 ESPECÍFICOS
Avaliar as interações farmacodinâmicas entre os contraceptivos hormonais e os medicamentos antirretrovirais, analisando os efeitos sinérgicos ou antagonistas que podem surgir e seus impactos na eficácia contraceptiva e na supressão viral;
Examinar os potenciais efeitos adversos e riscos associados à combinação desses dois regimes terapêuticos, levando em consideração os aspectos relacionados à segurança, como o risco de toxicidade hepática, tromboembolismo e diminuição da eficácia da TARV; e Compreender as interações farmacocinéticas entre os métodos contraceptivos hormonais e a TARV, identificando possíveis alterações na absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos medicamentos envolvidos;
Propor recomendações e diretrizes para profissionais de saúde e pacientes, visando a tomada de decisões informadas sobre a escolha e combinação adequada de métodos contraceptivos hormonais e medicamentos antirretrovirais, com ênfase na preservação da saúde reprodutiva e no alcance da supressão viral adequada em mulheres vivendo com HIV.
3. METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada através de uma revisão integrativa. As abordagens qualitativas de pesquisa se fundamentam numa perspectiva que concebe o conhecimento como um processo socialmente construído pelos sujeitos nas suas interações cotidianas, enquanto atuam na realidade transformando-a e sendo por ela transformada.
Entendimentos sobre as formas de medicação e interações entre medicamentos se faz fundamental, valendo ainda mais analisar e pesquisar sobre duas formas de tratamento contínuos, como é o caso dos medicamentos contraceptivos hormonais e a medicação TARV.
A busca ocorreu nas bases Scielo.br, Lilacs e Pubmed. Os termos pertinentes ao título foram e seus descritores em português, inglês e espanhol, com preferência ao nato. Os descritores controlados tiveram sua seleção no banco de Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) e MeSH Database. Em português, foram combinados no Scielo.Br e Google Scholar: as palavras chaves do resumo. Em inglês os descritores foram combinados no Pubmed em inglês. E, combinados no Lilacs em espanhol utilizando para ambos o google tradutor.
Nesta fase, optou por itens de pertencimento a temática do artigo, objetivos e os resultados que seriam capazes de responder ao problema de pesquisa dentro da revisão integrativa.
Na inclusão, o recorte temporal filtrou artigos de revisão entre os anos de 2016 e 2023, pelos idiomas português, inglês e espanhol analisados pelos títulos. Neles, estudos de caso, artigos de revisão, meta análises, integrativas e sistemáticas.
Na exclusão, optou-se por artigos completos, excluindo citações nas bases de pesquisa e capítulos soltos, além destes, papers, resenhas e títulos que não se configuram de pertencimento à questão norteadora do estudo.
A análise que se faz é comparativa e indutiva, com a leitura dos textos e reescrita deles a partir do entendimento do próprio autor sobre as características com as quais as falas se relacionam com o problema dessa pesquisa, e com o pensamento de se defender um ponto de vista.
Após serem selecionadas as obras que irão compor o desenvolvimento do estudo, buscar-se-á localizar nestas as informações que se mostrarem úteis à elucidação do problema de pesquisa por meio de leitura crítica/analítica considerando a intelecção do texto e o seu teor que será, na sequência, interpretada tornando possível a formação de conclusões para elaboração da pesquisa de conclusão de curso.
Levando em consideração os Níveis de Evidência, a classificação ocorreu em três níveis, considerados apenas o nível mais forte cujas evidências fossem provenientes de revisões sistemáticas ou meta análises de ensaios clínicos randomizados. O segundo nível, com evidências de ensaios clínicos randomizados delineados e no terceiro nível, juntou-se estudos de caso, revisões de literatura, estudos descritivos e qualitativos e evidências de opinião de especialistas.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico deste trabalho lida de forma direta com as produções relacionadas ao controle de medicamentos, é fundamental o entendimento de como os medicamentos são controlados e assim distribuídos para todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de forma controlada é possível que todos os cidadãos acessem este direito, resguardado em lei.
4.1 CONTROLE DE MEDICAMENTOS
Os diretores de maiores visualizações percebem que os controles internos por via de auditoria é compreendido como uma ferramenta de extrema magnitude para alavancá-la seus empreendimentos, chamando auxílio imediato às administrações.
Entende-se que o controles interno que usa o que tinha sido auditado exprime o cuidado que certos gestores têm em uma organização em que o agregado de processos meios ou rotinas com os anseios de resguardar as qualidades das entregas, fabricando dados gerais e acrescentar as administrações dessa unidade em orientação ordenada de trabalhos.
Adiante, a auditoria completa o processo de controle interno da Organização. Em seguida as auditorias em saúde pública proporcionam as revisões de qualidade de seus atendimentos, as perícias e a intervenção, ou facilmente concorriam a um inquérito de contas e processos de trabalhos. E, além disso, investigar processos prestados por colaboradores de medicina. Com relação à administração, conhece-se que o significado de auditoria se aproxima desenvolvendo em sistemas de saúde, abandonou de se colocar limites a ao campo de simples verificação de dados e teve que passar a possuir outras importantes atribuições absorvendo todo o organismo de firma e de suas administrações públicas como UPAS.
Também se identifica além de auditoria em saúde propriamente dita, no apoio às aceitar, necessidades especiais de uns sistemas de controles interno e no sistema monetário de ambiente hospitalar público, por exemplo.
No campo público em que é exercida através do Ministério de Saúde ou vigilância sanitária, as auditorias entregam às autoridades competentes uns relatórios que servirá em aferição de sanções se for o caso (na maior parte enormes firmas que têm filiais, acatam essa medida) e demonstrações recomendações para melhorá-los.
Adiante, a auditoria baseia-se em uma técnica de perspectivas discursivas de muitos tópicos. Além disso, temos que a atribuição mais importante de auditoria é constatar se a unidade anda sendo bem administrada, e continuam operando de acordo com as imposições normativas de profissão de maneira uniforme.
Tanto para os sistemas SUS, quanto para as redes particulares de saúde existem 2 espécies de auditoria, sendo compreendidas auditoria livre ou externa, e auditoria interna. O mais importante objetivo de auditoria hospitalar é de se autenticar a veracidade de demonstrações de uma cuida ou setor auditado, que se encontra com a responsabilidade em efetivar estes demonstrativos por meio de Relatórios de Auditoria em saúde.
Dessa forma, observa-se que os entendimentos conceituais de auditoria em saúde se afinam com o que se entende por controles, dando em suas formas interligada com a administração direta, uma visão de como está o atendimento de unidades organizacionais de saúde pública, e conclui desenvolvendo motivações para que haja maiores cuidado na unidade auditada.
Em Faria e Paiva (2019), entende-se que as perspectivas discursivas a respeito das equipes de Saúde e seus territórios de atuação têm invocado a atenção para o maior engajamento da comunidade. Assim, em uma agenda de modificações e de apoio para o Sistema Único de Saúde (SUS) e os entes particulares. Da mesma forma, para harmonizar desiguais entrelaçamentos entre equipes responsáveis pelo manuseio de farmácias hospitalares. Entende com base em Faria e Paiva (idem), que a concreticidade vivenciada através das equipes de saúde pública e população prova-se que possíveis dilemas inerentes a certos enfrentamentos encerram por envolver não exclusivamente as relações entre uma e outra, todavia, da mesma forma a proposta de universalização da política de saúde.
Portanto, em Faria e Paiva (2019), o dilema é que a gestão de pessoas capacite ao atendimento e promova comportamento organizacional que faça os colaboradores saberem como extrair resultados ao contato com o usuário. Entende se que o excesso de agilidade pode distanciar essa aproximação.
Portanto, o problema identificado por Pollo & Assis (2019) indica pela necessidade de recursos para que haja uma possibilidade de construção, acompanhamento e supervisão de equipes, que por comparação por analogias, podem ser pensadas em células ágeis para a área de saúde pública.
Em Richter, et al (2019), ao lançar um debate teórico em um estudo de caso com 12 enfermeiras, em posição estratégica na atuação do líder na aplicação da posologia hospitalar enfrentavam problemas no local dos medicamentos, sendo constatado que alguns deles simplesmente sumiram da prateleira sem registro, e em desiguais instituições e serviços da área de saúde de um município do Sul do território brasileiro. Foi aplicada a entrevista de setembro a novembro de 2017.
Foi revelado que as profissionais de farmácia hospitalar visualizam enfrentamentos destacadamente essenciais no crescimento de ações empreendedoras, entre elas se apresentam as equipes, que por analogia podem se transformar em células ágeis.
No âmbito situacional do estudo, a posição ocupada pelas mesmas, exprime chances ímpares ao desenvolvimento de uma cultura empreendedora, com inovações e de novas técnicas que harmonizem produção de qualidade e agilidade. Para tanto, em muitos cenários de ação profissional, através do seu potencial estratégico na orientação de indivíduos e procedimentos adequadamente como no encorajamento para o crescimento de ações empreendedoras e no gerenciamento do cuidado de serviços de saúde e enfermagem (Rchter, et al., 2019).
Portanto, o estudo de Richter, et al (2017), apresenta o desafio carência de buscar caminhos e oportunidades que autorizam administrar os paradoxos que permeiam a condição nem na maioria das vezes proveitoso do ser mulher que cuida de um enfermo em cargo estratégico de atuação do líder nas instituições de saúde públicas. Em Zucchi, et al (2018), tem-se que se faz preciso preparar-se a fim de que ocorra uma maior concretização dos serviços e de populações mais vulneráveis às infecções, de modo a aferir uma espaçosa cobertura da PrEP.
Propõe-se uma observação a respeito de tal embate, enfocando duas dimensões: os utilizadores da profilaxia e os serviços de farmácia hospitalar, argumentando os princípios organizativos que irão poder conferir maior êxito na proposta e na incorporação da PrEP, e dessa forma, encaixar o elemento humano bem treinado significa realizar sobre estes alguns investimentos necessários (Zucchi, et al., 2018).
A preparação das equipes de farmácia hospitalar é árdua e a fim de que ela deva possuir em unidades de saúde pública deverá ser levada em consideração pela gestão desta unidade. Em suma, para que tais investimentos ocorram, as contas devem estar em dia, além de outros fatores como a motivação do pessoal das equipes.
Portanto, um dos maiores problemas na gestão hospitalar são identificados por Zuchi, et al., (2018) é perceber que a cobertura da PrEP (enquanto exemplo) pode apresentar dificuldades devido a colaboradores não comprometidos com as demandas, principalmente no contexto de endemias, o que também causa fatores estressantes aos mesmos profissionais, devendo a motivação e o clima organizacional serem trabalhados pela gestão de pessoas.
Em Magnano, et al., (2017), uma estratégia macro para celeridade de ações está na formação da mesa de negociação permanente, e em identificar os entraves e os desenvolvimentos de soluções decorridos dos procedimentos de negociação no âmbito dos hospitais pela responsabilidade de gerir a farmácia hospitalar.
Os mais importantes motivadores para a não colocação de mesas são a ausência de assessoria técnica e a usabilidade de demais produtos para negociação do trabalho, que devem abordar a performance de células ágeis de trabalho nas unidades de saúde pública (Magnano, et al., 2017).
Ademais, existem demonstrações que as mais importantes modificações devem ocorrer nos processos de trabalho, isto em consequência da ação de mesas de negociação para dar celeridade nas decisões da área de saúde pública, cuja eficácia tinha sido apontada na requerente necessidade de aplicação de concursos e de procedimentos seletivos públicos a disposição de escolher as mais oportunas pessoas a estas células ágeis, ou seja, indivíduos aptos na construção destas equipes que se dispõem à administração de medicamentos dentro de um ambiente hospitalar. Com isso, faz-se necessário entender o que significa administração medicamentosa.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Dentre as formas de contracepção, foi elencado em um quadro (quadro 01) que elenca os tipos de métodos contraceptivos, descrição, eficácia e a interação com pessoas em TARV.
Quadro 01 – Métodos contraceptivos e a interação com TARV
Fonte: Acervo pessoal, 2024.
As interações observadas entre os meios contraceptivos e a terapia TARV pode ser analisada de forma mais detalhada, entendendo como:
As pílulas anticoncepcionais contêm hormônios (geralmente estrogênio e progesterona) que inibem a ovulação. Elas são tomadas diariamente em horário regular. No entanto, é importante considerar as possíveis interações com a TARV. Alguns medicamentos antirretrovirais podem afetar a eficácia das pílulas anticoncepcionais (Rachid; Schechter, 2017).
Injetáveis Mensais e Trimestrais liberam hormônios gradualmente para prevenir a gravidez. Assim como nas pílulas, é essencial verificar possíveis interações com os medicamentos antirretrovirais (Rachid; Schechter, 2017).
O implante subcutâneo é colocado sob a pele e libera hormônios continuamente. Sua eficácia é muito alta e sua duração é prolongada. Felizmente, não costuma haver muitas interações conhecidas com a TARV (Rachid; Schechter, 2017).
O DIU é inserido no útero e libera levonorgestrel. Ele também é muito eficaz e tem longa duração. Geralmente, não há interações significativas com a TARV (Rachid; Schechter, 2017).
O adesivo transdérmico é aplicado na pele e libera hormônios gradualmente. Sua eficácia é semelhante à das pílulas. No entanto, alguns medicamentos antirretrovirais podem afetar sua eficácia (Rachid; Schechter, 2017).
O anel vaginal é inserido na vagina e libera hormônios. Assim como nos outros métodos, é importante consultar um profissional de saúde para avaliar possíveis interações com a TARV (Rachid; Schechter, 2017).
A recomendação é sempre para que todos os métodos antes de serem utilizados seja feita uma consulta com um profissional de saúde, para que tenha as devidas orientações a partir de resultados de exames para que (Rachid; Schechter, 2017) fique mais adequado o tratamento, reduzindo as interações que podem vir a surgir.
Os antirretrovirais podem interagir com métodos contraceptivos hormonais, como anticoncepcionais orais, injetáveis ou implantes, os efeitos colaterais potenciais são:
Alguns antirretrovirais, como efavirenz, nevirapina e ritonavir, podem diminuir os níveis dos hormônios no sangue. Isso pode prejudicar o efeito dos contraceptivos hormonais, aumentando a chance de gravidez não planejada (Nicaretti, 2022).
Pacientes em TARV podem precisar usar um método contraceptivo de barreira, como a camisinha, para complementar a proteção (Nicaretti, 2022). Em relação a interação de medicamentos para Tuberculose, se usa especialmente a Rifampicina, a rifampicina é usada para tratar a tuberculose, mas apresenta muitas interações medicamentosas (Nicaretti, 2022).
Outros efeitos colaterais incluem alguns antirretrovirais, como inibidores de protease (LOPINAVIR, SAQUINAVIR, RITONAVIR, ATAZANAVIR, DARUNAVIR, FOSAMPRENAVIR E TIPRANAVIR), interagem com a rifampicina.
Essa interação pode diminuir o efeito da TARV e até provocar resistência ao HIV. O uso das estatinas para diminuir os níveis de colesterol no sangue e prevenir doenças cardíacas. Assim a interação entre alguns antiretrovirais, como inibidores de protease, podem interagir com estatinas. Isso pode aumentar o risco de efeitos colaterais, como miopatia ou rabdomiólise (Lima, 2023).
Além destes dados ainda se faz fundamental discutir a diferença entre os pacientes que são detectáveis e indetectáveis: em pacientes soropositivos detectáveis: se tem que esses pacientes têm níveis detectáveis do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em seu sangue. Isso significa que o teste de carga viral (quantidade de HIV no sangue) mostra resultados positivos. Os pacientes detectáveis podem transmitir o vírus a outras pessoas por meio de relações sexuais desprotegidas ou compartilhamento de agulhas. Assim o tratamento antirretroviral (TARV) é essencial para controlar a replicação do HIV e reduzir a carga viral (Lima, 2023).
Em relação aos pacientes soropositivos indetectáveis se observa que esses pacientes têm níveis tão baixos de HIV em seu sangue que não podem ser detectados pelos testes de carga viral padrão. A supressão viral é alcançada por meio do uso consistente e correto da TARV. Os pacientes indetectáveis têm um risco significativamente menor de transmitir o HIV a outras pessoas. A prevenção da transmissão do HIV é uma das principais vantagens de manter uma carga viral indetectável (Campos, 2021).
Em resumo, a diferença fundamental está nos níveis de carga viral: detectável têm níveis mais altos, enquanto indetectáveis têm níveis muito baixos ou inexistentes. É importante que todos os pacientes soropositivos sigam o tratamento adequado e façam exames regulares para monitorar sua carga viral e saúde geral.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em um cenário em que mulheres vivendo com HIV buscam opções de planejamento familiar, a interação entre métodos contraceptivos hormonais e a terapia antirretroviral (TARV) assume grande importância. Este estudo analisou cuidadosamente essas interações, destacando os desafios e as precauções necessárias.
As orientações atualizadas fornecidas aqui são essenciais para profissionais de saúde, médicos e farmacêuticos. Compreender as possíveis interações medicamentosas e os efeitos colaterais é fundamental para garantir que mulheres soropositivas possam fazer escolhas informadas e seguras em relação ao planejamento familiar.
Ao considerar os métodos contraceptivos hormonais, é crucial avaliar individualmente cada paciente, levando em conta sua situação clínica, a eficácia da TARV e as possíveis interações. A colaboração multidisciplinar entre profissionais de saúde é fundamental para garantir que as mulheres vivendo com HIV tenham acesso a informações precisas e personalizadas.
Em última análise, o objetivo é proporcionar às mulheres soropositivas a capacidade de tomar decisões conscientes sobre sua saúde reprodutiva, promovendo um planejamento familiar seguro e eficaz.
REFERÊNCIAS
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1Discente do Curso Biomedicina, Centro Universitário Nilton Lins. E-mail: nildeoliveira801@gmail.com
2Discente do Curso Biomedicina, Centro Universitário Nilton Lins. E-mail: reisluana828@gmail.com
3Docente do Curso Superior em Biomedicina, Centro Universitário Nilton Lins. Especialista em Docência Superior. E-mail: omeromartins.farma@gmail.com