CONTRIBUIÇÕES DO MOBILE LEARNING NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA – 2020. MANAUS – AM

CONTRIBUTIONS OF MOBILE LEARNING IN THE LEARNING OF MATHEMATICS – 2020. MANAUS – AM

CONTRIBUCIONES DEL APRENDIZAJE MÓVIL EN EL APRENDIZAJE DE LAS MATEMÁTICAS – 2020. MANAUS – AM

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8428414


Rodolfo De Lyra Ferreira


Resumo

Este estudo teve por finalidade analisar as contribuições que o uso didático dos dispositivos móveis podem proporcionar no ensino-aprendizagem da disciplina de matemática dentro e fora da escola. A pesquisa nos evidenciou que devem ser adotadas novas metodologias e estratégias pelos professores de matemática para utilização do m-learning em suas aulas, analisou-se como os dispositivos móveis estão sendo utilizado nas aulas de matemática pelos alunos do 1º ano do ensino médio na Escola Estadual Padre Pedro Gislandy, especificou os meios e suportes e infraestrutura escolar para utilização do mobile learning no processo ensino-aprendizagem, observou-se a utilização dos smartphones durante as aulas; analisou-se a opinião dos alunos e professores acerca desse dispositivo móvel, durante as atividades educativas. Tendo como ponto de partida dois questionamentos: a utilização pelos alunos contribui para o processo ensino aprendizagem? Os dispositivos móveis podem contribuir no ensino e aprendizagem da matemática? A metodologia que se utilizou para coleta de dados foram dois instrumentos: a observação e os questionários on-line respondidos pelos alunos e professores, desta maneira, a pesquisa se caracterizou como quantitativa – exploratória.

Os resultados indicam possibilidades reais do uso didático do smartphone em sala de aula por alunos e professores.

Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem; Tecnologia; Dispositivos Móveis; Matemática.

Abstract

This study aimed to analyze the contributions that the didactic use of mobile devices can provide in the teaching and learning of the subject of mathematics inside and outside school. The research showed us that new methodologies and strategies must be adopted by mathematics teachers to use m-learning in their classes, analyzed how mobile devices are being used in mathematics classes by students of the 1st year of high school at Escola Estadual Padre Pedro Gislandy, specified the means and supports and school infrastructure for the use of mobile learning in the teaching-learning process, the use of smartphones during classes was observed; the opinion of students and teachers about this mobile device was analyzed during educational activities. Having as a starting point two questions: does the use by students contribute to the teaching-learning process? Can mobile devices contribute to the teaching and learning of mathematics at the Padre Pedro Gislandy state school? The methodology used for data collection was two instruments: observation and online questionnaires answered by students and teachers, in this way, the research was characterized as quantitative – exploratory.

The results indicate real possibilities of the didactic use of the smartphone in the classroom by students and teachers.

Keywords: Teaching-Learning; Technology; Mobile devices; Math.

Resumen

Este estudio tuvo como objetivo analizar los aportes que el uso didáctico de dispositivos móviles puede brindar en la enseñanza y aprendizaje de la asignatura de matemáticas dentro y fuera de la escuela. La investigación nos mostró que los docentes de matemáticas deben adoptar nuevas metodologías y estrategias para utilizar el m-learning en sus clases, analizó cómo los dispositivos móviles están siendo utilizados en las clases de matemáticas por parte de los estudiantes de 1° año de bachillerato de la Escola Estadual Padre Pedro Gislandy, especificó los medios y soportes e infraestructura escolar para el uso del aprendizaje móvil en el proceso de enseñanza-aprendizaje, se observó el uso de teléfonos inteligentes durante las clases; Se analizó la opinión de estudiantes y docentes sobre este dispositivo móvil durante actividades educativas. Teniendo como punto de partida dos interrogantes: ¿el uso por parte de los estudiantes contribuye al proceso de enseñanza-aprendizaje? ¿Los dispositivos móviles pueden contribuir a la enseñanza y aprendizaje de las matemáticas en el colegio público Padre Pedro Gislandy? La metodología utilizada para la recolección de datos fueron dos instrumentos: observación y cuestionarios en línea respondidos por estudiantes y docentes, de esta forma, la investigación se caracterizó como cuantitativa – exploratoria.

Los resultados indican posibilidades reales del uso didáctico del smartphone en el aula por parte de alumnos y profesores.

Palabras clave: Enseñanza-Aprendizaje; Tecnología; Dispositivos móviles; Matemáticas.

1. Introdução

Desde os tempos mais remotos, a matemática está atrelada à história da humanidade, sendo considerada a ciência dos números e dos cálculos como uma alavanca para o desenvolvimento e progresso das civilizações, o homem a utiliza como forma de facilitar e organizar a vida em sociedade. Ela foi usada por vários povos antigos como os egípcios, babilônios e gregos. Atualmente a matemática está presente em diversas áreas, tais como: arquitetura, informática, medicina, química, física, entre outras.

 No contexto educacional, a disciplina vem se moldando proporcionalmente de acordo com as necessidades impostas pela sociedade. Estamos vivendo em uma revolução tecnológica, inicialmente caracterizada pela evolução veloz da tecnologia. Há tempos a tecnologia e a educação vem caminhando juntos, nas últimas décadas, por modificações comportamentais significativas, lideradas principalmente pelas gerações mais jovens.

Com o avanço das novas tecnologias a educação vem se moldando com forme as necessidades dessas novas ferramentas para o ensino, nesse contexto varias disciplinas do Curriculum escolar estão se adaptando a essa novo momento, criando novas formas de ensino e aprendizagem por meio de aulas interativas e dinâmicas, dessa maneira a Matemática que é considerada por muitos estudantes como uma vilã por ser uma disciplina de alto grau complexidade, gradativamente esta sendo fragmentada para que possa ser demostrada em uma nova roupagem mais simples e menos complexa. Moran (2007) afirma que escolas não conectadas são incompletas, mesmo quando didaticamente avançada e que alunos sem acesso contínuo às redes digitais estão excluídos de uma importante aprendizagem atual.

O objetivo do m-learning é explorar a mobilidade, a conectividade sem fio e a convergência tecnológica para prover acesso à informação e poder interagir com professores e colegas de curso de modo que a aprendizagem possa acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento. (VALENTE, 2014, p. 40).

Dessa maneira as novas tecnologias e os elementos que a compõem vêm enriquecendo as formas de aprendizado no sistema de educação, um dos modelos de ensino que está em evidência é o Mobile Learning (m-learning) que é uma metodologia de ensino que proporciona um novo ambiente para alunos e professores, usando dispositivos móveis como plataformas para viabilizar o aprendizado.

Partindo desse cenário brevemente exposto e tendo em mente que as tecnologias da informação e comunicação (TIC), juntamente com os dispositivos digitais móveis, vieram para ficar, esta pesquisa procura responder à seguinte pergunta problematizadora: como está ocorrendo à utilização do Mobile Learning no ensino e aprendizagem da matemática nas turmas do 1º ano na escola Padre Pedro Gislandy? Particularizando desse questionamento surgem outras perguntas especificas como:

  1. Quais as metodologias e as estratégias adotadas pelos professores de matemática para utilização dos dispositivos móveis nas salas aula?
  2. A escola disponibiliza estrutura e espaços adequados para as novas tecnologias? 
  3.  Como alunos e professores reagem ao mobile learning no ensino/aprendizagem da matemática?

O objetivo principal da pesquisa é analisar as contribuições do mobile learning na aprendizagem da matemática no ensino regular, na escola estadual Padre Pedro Gislandy em um bairro periférico de Manaus-AM, no ano de 2020. E como é possível ter o smartphone, com acesso à internet, como aliado no processo ensino/aprendizagem em sala de aula e de que forma isso pode acontecer, já que, de um lado, temos os alunos mais habituados a fazer uso dessas tecnologias e do outro, professores que nem sempre gostam ou dominam essa ferramenta. Para isso, pretende-se ouvir professores e alunos do ensino médio, dando voz aos sujeitos, e saber o que pensam, quais as suas opiniões a respeito e quem sabe obter algumas sugestões.

Como objetivos secundários, de identificar quais as metodologias e as estratégias adotadas pelos professores de matemática para utilização dos dispositivos móveis nas salas de aula, especificar os meios de suporte e infraestrutura da escola para a utilização do mobile learning e descrever como o mobile learning contribui na aprendizagem do ensino da matemática, de forma que possibilite aproximar a aula ministrada e a forma como ela pode acontecer, com a realidade vivenciada pelos alunos.

No contexto atual a utilização do mobile learning na educação não é mais uma opção, mas uma exigência desta sociedade. É imprescindível que o professor vença as resistências, pois é um desafio, e vá em busca do conhecimento para que seja competente e atuar afinado com as tecnologias. Atualmente onde quer que se vá, as pessoas sempre carregam consigo um dispositivo móvel. Com base nos fatos por que não utilizar mobile learning para aprimorar o sistema de ensino e aprendizagem, tornando-a mais atrativa para os alunos e professores?

 O presente projeto acaba se tornando viável por conta do alto índice de alunos portadores de smartphones nas salas de aula, para facilitar a escola disponibiliza de um sistema de internet disponibilizada através do WIFI.

Dessa forma, observa-se a hipótese que a partir da utilização das tecnologias móveis nas aulas de matemática o professor estimula a participação dos alunos e seu empenho em aprender, dessa maneira torna a aula dinâmica e interativa, e a modalidade m-learning pode proporcionar uma experiência nova e mais significativa através de e-books, programas e varias plataformas, fazendo com que o aprendizado não ocorra apenas nas salas de aulas, mas em qualquer lugar onde o discente tiver acesso ao seu dispositivo móvel com ou sem internet.

Os dispositivos móveis podem ser considerados muito além de um aparelho para entretenimento e diversão, pois, utilizado pedagogicamente, pode ser um instrumento relevante no processo de ensino- aprendizagem.

2. Marco teórico

Tendo em vista os avanços tecnológicos ocorrido nos últimos anos, parece pouco sensato pensar em ensino sem pensar em usufruir dos benefícios proporcionados pelas novas tecnologias digitais disponíveis. Tornou-se evidente a necessidade de se repensar práticas pedagógicas de forma a agregar essas tecnologias ao dia a dia de sala de aula de maneira efetiva e alinhada aos objetivos didáticos.

Para Mercado (2002), as novas formas de aprender fazem surgir novas competências, que são exigidas diante das novas tecnologias. Mas é perceptível um enorme despreparo na formação dos professores para lidar com tais recursos tecnológicos. Lutz et al. (2015), acrescentam que muitos professores não nasceram na era da informática, tampouco tiveram em suas formações iniciais instrumentalização necessária para o emprego de tais recursos. Essas dificuldades se tornam obstáculos ao uso das TIC (Tecnologia da Informação e da Comunicação) como instrumento de ensino.

No Brasil as escolas devem harmonizar-se da tecnologia móvel e não proibir o uso dos aparelhos. Não devemos substituir o uso dos livros didáticos pelo uso dos celulares em sala de aula, o que devemos fazer é utilizar como uma ferramenta ou na admissão da metodologia da aprendizagem. Almeida Rios (2005,) Afirma que “o professor não é mais detentor do saber”. O próprio avanço tecnológico e cultural exige um novo paradigma educacional centrado no respeito aos diversos saberes, às diferentes etnias, ideologias e formas de vida. Assim é necessário que o educador se aproprie desses conhecimentos e vença a tecnofobia (medo das novas tecnologias).

As diretrizes para aprendizagem móvel é preocupação da UNESCO (2014) e das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (BRASIL, 2013). As Diretrizes preveem que no projeto político-pedagógico a comunidade educacional deve envolver o aluno e direcioná-lo para a boa utilização da internet, seja para o estudo, seja para a comunicação social.

Assim, é preciso que o ensino da Matemática evolua juntamente com a sociedade. E como a sociedade está ligada (conectada) a tecnologia não pode ficar presa aos antigos métodos de ensino e ignorar as inúmeras descobertas na área da educação no que diz respeito à maneira como os alunos constroem os conceitos matemáticos e às diversas formas de auxiliar nessa construção.

2.1 Novas tecnologias e seu uso metodológico no ensino da matemática.

Testemunhado os avanços tecnológicos ocorrido nos últimos anos, parece pouco sensato imaginar em ensino sem pensar em usufruir dos benefícios proporcionados pelas novas tecnologias digitais disponíveis. Tornou-se evidente a necessidade de se repensar práticas pedagógicas de forma a agregar essas tecnologias ao dia a dia de sala de aula de maneira efetiva e alinhada aos objetivos didáticos.

Vários são os recursos tecnológicos, que vai de uma simples calculadora, um sofisticado óculo de realidade 3D onde projetar imagens, tornando uma aula monótona em uma experiência única e inesquecível. Todos esses recursos já é há algum tempo, parceiros do profissional da educação, porém, quando falamos do uso de microcomputadores e seus softwares educativos, estamos nos referindo a uma potencial ferramenta que ainda não se encontra, de forma aceitável, inserida na prática docente do professor de matemática em escolas públicas.

Dá mesma maneira como surgem as novas tecnologias brotam possibilidades de utiliza-las no campo da educação, exemplos disso são: lousa digital, computadores, tablet e smartphone. Todos sugiram com uma finalidade que a principio não era o ramo da educação, mas com tempo foram sendo moldados com outras ferramentas para que possam proporcionar um aprendizado mais dinâmico e prazeroso aos alunos.

2.1.2  M – learning

A tecnologia móvel invadiu nossas vidas, modificando totalmente a forma de pensar e agir, a utilização de dispositivos móveis tornou-se uma realidade no mercado corporativo e nas escolas, ocupando um lugar de destaque no ambiente escolar e de trabalho. Desta maneira, as organizações que souberem tirar proveito desta tecnologia serão bem sucedidas, uma vez que os aplicativos mobile auxiliam de forma mais inteligente a tomada de decisão além de servir como um conselheiro de confiança para os negócios e auxiliar no processo de ensino e aprendizagem.

O Mobile Learning é uma teoria desenvolvida recentemente. Crompton (2013) nos mostra que foi a partir do início dos anos 2000 que pesquisadores como Quinn (2000), Soloway et al. (2001), Traxler (2005), Sharples, Taylor e Vavoula (2007), entre outros, iniciaram vários estudos mais aprofundados sobre esta teoria e buscaram uma definição precisa, pois a tecnologia sempre nos surpreende com novidades. A teoria do M-learning vem trazer um olhar metodológico para atividades pedagógicas, formais e não formais, que são desenvolvidas com o auxílio de dispositivos digitas móveis (tablets, smartphones, celulares, laptops educacionais).

O M-learning surge da ideia do e-learning, que inicialmente se desenvolveu no contexto da cibercultura e aprendizagem, mais especificamente no contexto de educação online. Com o advento e popularização dos laptops, calculadoras gráficas, notebooks educacionais, e, mais recentemente, dos tablets e smartphones, o Mobile learning surgiu como um campo de pesquisa e estudo sobre as possibilidades educacionais de se ensinar e aprender com tecnologias que podem ser carregadas facilmente para todos os lugares, e até mesmo manter-se conectado a uma rede de internet sem precisar ficar preso especificamente a um espaço confinado. Almeida (2014) acrescenta neste sentido,

Os usos das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), em especial dos dispositivos portáteis, com mobilidade e conexão sem fio à internet (laptop, netbook, celular, tablet…), associados com os recursos gratuitos e de fácil manuseio, como as ferramentas e interfaces da web 2.0 (Google, Wikipedia, Youtube, Blog, Twiter, Orkut, Facebook, etc.) expanden-se na sociedade, propiciando às pessoas a busca de informações por meio de mecanismos automáticos, as comunicações pessoal, social e profissional, o compartilhamento de experiências, a navegação e a colaboração. (ALMEIDA, 2014, p. 20).

Ainda não existe, um consenso sobre o conceito de m-learning. Pacher et al. (2010) compreendem que o m-learning não se trata de uma nova aprendizagem. O que há de novo, neste sentido, são as funcionalidades das tecnologias móveis sem fio com a convergência de diversas mídias em um único aparelho, a portabilidade e a possibilidade de criação de contextos de aprendizagem que extrapolam o espaço e o tempo da sala de aula. Segundo Valente (2014):

O objetivo do m-learning é explorar a mobilidade, a conectividade sem fio e a convergência tecnológica para prover acesso à informação e poder interagir com professores e colegas de curso de modo que a aprendizagem possa acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento. (VALENTE, 2014, p. 40).

Todavia, uma visão bem simplificada e tecnocêntrica pode nos direcionar para um pensamento que o uso de qualquer dispositivo digital móvel na escola pode ser considerado uma atividade de m-learning: um professor que utiliza tablets em sala de aula para acessar seu diário digital ou livros digitais não está necessariamente utilizando ou aplicando as ideias de m-learning. Além de se utilizar da convergência de mídias, da portabilidade e mobilidade, para a atividade pedagógica poder se enquadrar dentro do conceito de m-learning, deve haver atenção para a questão da criação de conversações e contextos de aprendizagem.

A tecnologia móvel funciona como uma ferramenta catalisadora do processo de conversação entre os múltiplos contextos de aprendizagem. Como podemos perceber, uma atividade pode se caracterizar como uma atividade de Mobile Learning, ou baseada nas ideias do M-Learning, se utilizar em sua concepção e aplicação os conceitos de mobilidade que mover-se com as TMs por diversos espaços a fim de coletar e registrar informações e conectividade entre redes sem fio para comunicar e transmitir informações para a aprendizagem ubíqua, que possibilita aprendizagem em espaços e momentos diversos na escola e fora dela, criando formas e contextos novos para aprendizagem.

Neste sentido, para Valente: “O objetivo do m-learning é explorar a mobilidade, a conectividade sem fio e a convergência tecnológica para prover acesso à informação.” (VALENTE, 2014, p. 41).

Por exemplo, em Luiz e Sá (2016) é proposto uma atividade para o ensino do conceito de escalas numéricas e proporcionalidade utilizando mapas do google. Como forma de introduzir o conceito de distância entre dois pontos foi recomendado que os professores solicitassem aos seus alunos que registrassem o percurso realizado de sua casa até a escola como forma de problematização entre os conceitos de distância entre dois pontos em linha reta e distância prática. Desta forma, a aprendizagem é móvel e rompe com os limites de espaço e tempo da sala de aula.

No exemplo citado anteriormente em Luiz e Sá (2016), não foram abordados simplesmente os conceito matemático fora do tempo e do espaço de sala de aula, mas também se demostra um diálogo entre os contextos de vida do aprendiz. Na atividade de ensino e aprendizagem do conceito de escalas de mapas, pode-se utilizar o contexto da cidade e da mobilidade urbana como um tema gerador para um projeto de ensino no qual os dispositivos móveis sem fio trarão para o espaço de sala de aula os diversos contextos da temática. Uma atividade deste tipo engloba todos os outros níveis de atividade m-learning.

3.     Metodologia

A investigação se deu acerca da inclusão dos dispositivos móveis nas aulas de matemática e a utilização do m-learning no processo de ensino e aprendizagem da disciplina, realizado em três turmas do 1º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Padre Pedro Gislandy, localizada na Travessa. Teófilo Dias, Bairro da Compensa 1, no município de Manaus, Amazonas, no ano de 2020.

Sendo uma pesquisa de cunho exploratório-descritivo e com a orientação quantitativa das informações repassadas pelos professores e aluno, além da observação e exploração das turmas, a fim de investigar como estão sendo utilizados os dispositivos móveis na referida escola, a elaboração feita de forma experimental a partir de questionários, formulados na plataforma google forms, desta maneira a investigação é composta por esses sujeitos e suas falas compõem os dados analisados que dialogam com o referencial teórico dos autores escolhidos e com os documentos oficiais e legais que legislam sobre o uso da tecnologia em sala de aula. A pesquisa se dá com enfoque quantitativo com contornos de qualitativo. Assim a investigação percorreu as seguintes etapas:

a) A investigação baseia-se nos estudos bibliográficos sobre a utilização dos dispositivos móveis como ferramenta de ensino e aprendizagem na disciplina de matemática e na coleta de dados em campo para identificar de que forma os docentes e discentes estão se adaptando ou não a esse novo momento vivido na educação.

b) Para conhecer os motivos que levam os alunos a não se interessarem pela disciplina de matemática da escola pesquisada, a fim de descobrir se os dispositivos móveis têm alguma influência sobre essa questão. Coletar informações sobre a atuação dos professores e sobre o contexto socioeconômico e familiar dos alunos.

c) A metodologia da pesquisa incluiu revisão bibliográfica, onde foram revistos conceitos, metodologias e métodos, e coleta de dados através de formulários on-line, criados através da plataforma google formulário.

d) As informações e dados da pesquisa foram coletados através de dois formulários on-line: um com perguntas fechadas e abertas (para os docentes) e outro com perguntas fechadas e abertas (para discentes).

e) Solicitou-se o consentimento livre e esclarecido dos docentes e alunos para participar do estudo, assegurando-lhes o direito de dispensar sua participação e, se mesmo consentindo, desistir dela a qualquer momento. Foi afiançado ainda o sigilo das informações, bem como o retorno dos resultados da pesquisa a partir da divulgação desse trabalho.

Dessa maneira Sampieri nos informa que, o “enfoque quantitativo utiliza a coleta de dados para testar hipóteses, baseando-se na medição numérica e na análise estatística para estabelecer padrões e comprovar teorias” (SAMPIERI, 2013 p.30).

O diagnóstico das respostas dos questionários dos sujeitos envolvidos na pesquisa, possibilitam uma triangulação dos dados empíricos junto a fundamentação teórica, através da análise descritiva, responder como os dispositivos móveis podem ser usados de forma pedagógica através do m-learning pelos os alunos e professores na disciplina de matemática dentro e fora escola.

3.1  Os professores e as novas tecnologias no ensino da matemática: uma nova metodologia.

Precisa-se refletir que não é necessário substituir o uso dos livros didáticos pelo uso das tecnologias móveis em sala de aula, o que devemos fazer é utilizar como uma ferramenta para agregar novas metodologias no processo de ensino e aprendizagem. Segundo Almeida Rios (2005), o professor não é mais centro de todas as informações e conhecimentos. O próprio avanço tecnológico e cultural exige um novo paradigma educacional centrado no respeito aos diversos saberes, às diferentes etnias, ideologias e formas de vida. Assim é necessário que o educador se aproprie desses novos conhecimentos para ter resultados positivos nesse processo de implantação das novas tecnologias nas escolas.

Uma outra vertente da realidade que estamos pesquisando diz respeito ao ensino da disciplina de matemática em sala de aula no ensino fundamental e médio. D’ambrosio (1989) nos afirma que na década de 80 já apontava para as mazelas que a típica aula de matemática, em sua maioria nos moldes do ensino tradicional, pode trazer para o ensino desta disciplina. O modelo como o professor apresenta o conteúdo a ser estudado por meio de uma aula expositiva, escrevendo no quadro aquilo que julga ser importante; onde o aluno cópia e repete uma lista de exercícios padrões semelhantes aqueles apresentados pelo mestre, traz para o ensino de matemática algumas consequências marcantes que acabam por estigmatizadas para esta disciplina como algo abstrato, difícil e monótono (D’AMBROSIO, 1989).

Desta forma devemos repensar o estudo da disciplina de matemática, pois a mesma acabou se tornando:

  • Uma disciplina inteiramente associada a fórmulas e algoritmos. Por exemplo, ao estudar divisão entre dois números inteiros, o algoritmo da divisão tem uma centralidade tão grande que acaba por ser confundida com o conceito de divisão. O algoritmo de divisão estudado em escolas brasileiras é apenas uma das maneiras, ou fórmula prática, de se resolver um problema de divisão entre dois números.
  • A matemática é tida como um conjunto de verdades prontas e acabadas (uma verdade universal) que não pode ser criticada ou questionada. Ao contrário disso a matemática é na verdade uma construção humana e histórica que esta sempre em constante evolução ao longo de milhares de anos. E mais ainda, podemos falar de matemáticas, pois povos de culturas diferentes ao redor do mundo criam suas próprias ideias, conceitos e práticas para contar, registrar e resolver problemas matemáticos.
  • A supervalorização do status da matemática formal que leva a um conceito onde sempre há apenas uma solução e resultado possíveis para um problema matemáticos, não desenvolve senso crítico, intuição, criatividade em resolução de problemas e ligação dos conceitos com a realidade.
  • Conceitos matemáticos são ensinados somente com a motivação de sua utilidade futura em outra série de ensino ou para ser utilizados em provas de concursos de acesso. Deste modo, o ensino é planejado para o estudo de um extenso currículo e no acúmulo de um grande número de exercícios padrões.

Como afirma Brettas (2005), uma grade maioria de professores ainda ministram suas aulas de forma muito parecida com a qual seus mestres lhe ensinaram a algum tempo sem que haja nenhum tipo de mudanças nas praticas pedagógicas, e sempre acabam reutilizando esses pontos supracitados aqui. Porém, outros tantos têm buscado inovar em suas atividades pedagógicas, buscando novas formas de transmitir o conhecimento, possibilitando uma melhor aprendizagem por parte dos discentes. Brettas (2005) nos evidencia desta forma que:

alguns educadores da área têm buscado novas alternativas de como abordar os conteúdos que se julgam importantes para a formação dos jovens. A principal preocupação é com a perspectiva utilizada: enquanto, tradicionalmente, a tarefa de ensinar é centrada no professor, em contraposição a isso, as novas tendências buscam retomar o caminho por onde a aprendizagem realmente acontece: é o aprendiz quem aprende e é a partir dele que se devem construir os saberes (BRETTAS, 2005, p. 15).

Moran (2013, p. 30) afirma que a inclusão das “tecnologias móveis à sala de aula traz tensões, novas possibilidades e grandes desafios” Desta forma o autor, nos demostra que ao insere o celular como instrumento pedagógico dentro da escola provocam mudanças profundas na educação presencial e a distância. Com essa relação envolvendo a tecnologia e educação, deve surgir novas modalidades para um ensino mais participativo e significativo tanto ao alunos como para os professores.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), um dos mais importantes documentos norteadores da educação básica no final do século XX traz em seu texto voltado para os anos finais do ensino fundamental na área de matemática, algumas metodologias, chamadas “novas metodologias para o ensino de matemática”, que traziam com sigo novas propostas e alternativas para se alterar as metodologias do ensino tradicional, pois a mesma trabalha exclusivamente através de aulas expositivas e dialogadas. Segundo Luiz (2009):

A resolução de problemas como uma proposta metodológica, assim como a abordagem Etnomatemática, o uso de tecnologias, a modelagem matemática e o uso de jogos matemáticos no ensino constituem abordagens que também acabam valorizando o aluno como um ser ativo, participando do próprio processo de construção do conhecimento matemático (LUIZ, 2009, p. 1095).

O plano de metas do governo federal nos relata através da PNE (2014-2024) – Plano Nacional de Educação – (BRASIL, 2014) nos traz na meta 7.2 o objetivo de relacionar o uso de tecnologias e práticas pedagógicas inovadoras como forma de garantir uma educação de qualidade no nível de escolarização básico:

Incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas. (BRASIL, 2014, p.36)

Desta maneira somos levados então a analisar e refletir acerca do que se trata uma ação ou prática pedagógica inovadora. Uma ação pedagógica inovadora é aquela que ultrapassa as ideias que são constantemente utilizadas no ensino tradicional e coloca o aluno como ser participativo do processo de ensino e aprendizagem. Entendemos aqui que o conhecimento não pode ser transferido de uma pessoa para outra, mas é uma construção íntima e particular do sujeito apreende-te quando se relaciona diretamente e contribui a cerca do objeto do conhecimento. Podemos dizer que uma ação pedagógica inovadora tem uma base epistemológica construtivista.

Para podermos nos situar e orientar acerca da análise de dados iremos aqui criar demarcações que possam nos ajudar a delimitar o que é uma ação pedagógica inovadora. Os trabalhos de Moran (2015), Silva Pinto et al. (2013), Carbonell (2002), Farias (2006), Filatro e Cavalcanti (2018), Hargreaves (2001) conforme os autores citados anteriormente nos direcionam a conceber uma lista de características que uma ação pedagógica inovadora deve conter:

  • Para termos uma ação pedagógica inovadora coloca o discente como ser ativo do processo de aquisição do conhecimento;
  • Teremos uma ação pedagógica inovadora proporciona ao aluno oportunidades de protagonismo e criatividade;
  • Para ser uma ação pedagógica inovadora oportuniza o trabalho cooperativo;
  • Teremos uma ação pedagógica inovadora proporciona uma aprendizagem contextualizada;
  •  Assim para ter uma ação pedagógica inovadora que possa oportunizar uma aprendizagem ubíqua;
  •  Uma ação pedagógica inovadora oportuniza o desenvolvimento da autonomia do estudante;
  •  Teremos que uma ação pedagógica inovadora possa oportunizar ao professor o deslocamento de um papel de detentor do conhecimento e polo central do processo de ensino e aprendizagem para um outro onde atua como planejador, organizador, facilitador e mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento.

A partir da lista relaciona anteriormente podemos analisar e dá um panorama de características que uma ação pedagógica deve ter para ser considerada como inovadora. É certo que ela não é final, e também que não é necessário que a ação pedagógica possua todas as características para ser considerada inovadora. Acreditamos que possuindo pelo menos três das características citadas anteriormente a ação pedagógica já possa ser classificada como inovadora.

Para Farias (2006) inovação pedagógica pode ser caracterizada como:

[…] desenvolvimento de propostas pedagógicas que são demarcadas pela novidade em sua constituição e execução; tem relações com a construção de uma gestão inovadora na educação e com um compromisso da sociedade e das instituições educativas em desenvolver naturalmente propostas educativas comprometidas com o processo de mudanças sociais, valorização dos sujeitos e de suas aprendizagens, o que exige investimentos em recursos humanos e materiais, além de ações sociais, no desenvolvimento de projetos educativos. (FARIAS, 2006, p. 6).

Observamos neste ponto que a ação pedagógica inovadora surge da necessidade de obtermos respostas para questões sociais relacionadas com baixos rendimentos escolares e de aprendizagem como podem ser analisadas em avaliações educacionais de larga escala que ocorrem nas escolas brasileiras, como o Pisa e o Prova Brasil onde nosso país tem ficado bastante distante do conceito de países de primeiro mundo. Desta forma Carbonell (2002), nos relata que as inovações pedagógicas devem ser compreendidas como “um conjunto de intervenções, decisões e processos, com certo grau de intencionalidade e sistematização, que tratam de modificar atitudes, ideias, culturas, conteúdos, modelos e práticas pedagógicas”. (CARBONELL, 2002, p. 19)

Uma ação pode ser denominada pedagógica inovadora quando a mesma consegue ultrapassar a barreira das ideias do ensino tradicional e consequentemente colocar o aluno como um ser ativo do processo de ensino e aprendizagem. Dentro desta ideia Moran (2015) afirma:

Podemos fazer mudanças progressivas na direção da personalização, colaboração e autonomia ou mais intensas ou disruptivas. Só não podemos manter o modelo tradicional e achar que com poucos ajustes dará certo. Os ajustes necessários – mesmo progressivos – são profundos, porque são do foco: aluno ativo e não passivo, envolvimento profundo e não burocrático, professor orientador e não transmissor. (MORAN, 2015, p. 22).

Percebe-se desta forma que há a necessidade de romper as barreiras dos padrões tradicionais de ensino para que possamos alavancar novos patamares que possibilitem aos discentes aprendizagens que sejam realmente significativas e impactantes em suas vidas.

Para Silva Pinto et al. (2013), para ser contemplada como uma atividade pedagógica inovadora, baseada em uma metodologia de ensino ativa, tem relações profundas com a colaboratividade, protagonismo dos discentes e transformações no papel do professor na relação com o aluno e com o conhecimento:

De forma geral, o trabalho desenvolvido com as metodologias ativas é colaborativo, destaca o uso de um contexto ativo para o aprendizado, promove o desenvolvimento da habilidade de trabalhar com outro(s) aluno(s) formando um par, aprendizagem entre pares ou em grupo, e também estimula o estudo individual, de acordo com os interesses e o ritmo de cada estudante. O aprendizado passa a ser protagonizado pelo aluno e os professores atuam como mediadores de todo o processo. (Silva Pinto et al., 2013, p. 68).

4.     Os professores da escola estadual padre Pedro Gislandy e as novas tecnologias no ensino da matemática.

            As novas tecnologias chegam para agregar e facilitar o cotidiano de toda humanidade caso seja usado de forma adequada pelos usuários dos dispositivos moveis, pois existe uma infinidade de aplicativos que permitem utilizar uma gama de programas na palma da mão. No entanto, não é necessário competir com a tecnologia, mas, sim, tê-la como aliada, potencializando as suas vantagens junto às novas metodologias de ensino. Isso ajuda a manter o interesse dos estudantes e a deixar as aulas cada vez mais dinâmicas.

Nesta perspectiva, o uso de tecnologia disponível (tablets, smartphones, computadores) como recurso didático, na formação inicial dos futuros professores de Matemática, poderá fomentar práticas pedagógicas em que eles se descubram como autores de seus processos (ensino e aprendizagem) elevando sua autoestima, isso porque, a partir do momento em que percebam serem capazes de fazer poderão assumir uma atitude proativa em relação aos conteúdos matemáticos e da Didática da Matemática, possibilitando-lhes “se fundir para se autoconstruírem e se auto-organizarem” (BRUNO, 2013, p.6).

Dessa forma surgem metodologias diferentes para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Na escola Padre Pedro Gislandy, não poderia ser diferente, pois os professores da referida escola, em meio a pandemia do Corona Vírus (covid19) que assolou todo mundo, tiveram que ampliar as formas de ensino em EAD, e para isso usaram o M-learning em diversas plataformas dando continuidade ao ano letivo com os alunos,  mesmo alguns professores tendo muito dificuldade em se enquadrar a esse novo momento.

 A Secretaria de Educação do Estado do Amazonas (SEDUC-AM) disponibilizou ferramentas para amparar tanto alunos como os professores de todas as escolas estaduais incluindo a escola Padre Pedro Gislandy.

Com o auxilio da Central de Mídias de Educação do Amazonas, o ensino foi transmitido através do “projeto Aula em Casa” do governo, que disponibilizou as aulas via teleconferência, o projeto é uma solução multiplataforma para a transmissão de aulas à distância para os alunos da rede pública de ensino, tanto estadual do Amazonas, quanto municipal (Manaus), em canais de televisão aberta, sites e aplicativos.

Esse regime especial de aulas não presenciais adota a abordagem multimeios através da televisão aberta, disponibilizando os conteúdos, também, por aplicativos em plataformas online. Ao mesmo tempo, todas as aulas, orientações e exercícios estarão disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Caso os alunos e professores não consigam acompanhar as aulas nos horários da televisão, o conteúdo estará todo no AVA. Será disponibilizada ainda na plataforma Saber+.

O acesso dos discentes as plataformas é de fundamental importância que os mesmos acompanhem o regime especial de aulas não presenciais. Para isso, é preciso sintonizar a TV em um dos quatro canais abertos da TV Encontro das Águas, nos horários estipulados pela secretaria. Ao retornarem às suas escolas, os professores realizaram revisões e outras atividades dentro dos conteúdos repassados nas transmissões. Foi de suma importante o acompanhamento diário das aulas para um aprendizado de qualidade. Também foi possível fazer uso de jogos de estratégias, assistir aos noticiários e analisar as notícias, ler livros e textos digitais e baixar esses títulos para reler quando quiser.

Alguns professores de Matemática da escola optaram em utilizar as plataformas de ensino, Google Classroom e a Khan Academy. Duas plataformas distintas mas com inúmeros recursos que foram de suma importância durante o momento de isolamento social e o prosseguimento das aulas.

O Google Classroom é uma sala de aula online, que ajuda professores no gerenciamento de atividades e criação de aulas interativas, ajudando o aluno a aumentar o aprendizado por meio de ferramentas disponíveis na Internet. O serviço ainda permite criar diferentes turmas, distribuir tarefas e enviar e receber notas e feedbacks. A plataforma pode ser acessada gratuitamente por colégios públicos e privados, e inclui integração com o G Suite for Education, um conjunto de ferramentas e serviços gratuitos do Google adaptados para escolas. Além das aulas, os professores podem enviar atividades e tarefas para os alunos, usando o Classroom pelo computador ou smartphones.

A Khan Academy é uma Organização Não Governamental, sem fins lucrativos, que tem como objetivo principal a missão idealizada pelo seu fundador Salman Khan: “prover uma educação de nível internacional gratuita para qualquer um, em qualquer lugar”.(KHAN, 2013).

A plataforma disponibiliza vídeos que são veiculados no YouTube, contemplando os mais diversos conteúdos, da disciplina de matemática entre outras disciplinas que estão disponíveis, há uma série de exercícios práticos das diversas áreas do conhecimento, de modo que, qualquer pessoa, de qualquer idade, pode acessar, assistir aos vídeos, praticar as tarefas e verificar, por meio da interação, que a plataforma informa ao usuário se ele obteve êxito com o conteúdo ou se será necessário praticar mais.

[…] Dar aulas particulares é algo íntimo. Você fala com alguém, não para alguém. Eu queria que meus alunos se sentissem como se estivessem sentados ao meu lado […]. Não queria aparecer como um locutor na frente de um quadro-negro, discursando […]. Então ficou decidido que os alunos nunca me veriam, apenas ouviriam a minha voz, enquanto visualmente não haveria nada além dos meus rabiscos (e, de vez em quando, imagens históricas) na lousa eletrônica preta. (KHAN, 2013, p. 29).

            Nessa plataforma, o que mais chama atenção dos usuários e a metodologia aplicada na forma de Gamificação (ou, em inglês, gamification) que é uma das apostas da educação no século 21. O termo complicado significa simplesmente usar elementos dos jogos de forma a engajar pessoas para atingir um objetivo. Na educação, o potencial da gamificação é imenso: ela funciona para despertar interesse, aumentar a participação, desenvolver criatividade e autonomia, promover diálogo e resolver situações problema.

            Durante o período de quarentena os smartphone foram uma das ferramentas mais utilizadas pelos professores da escola Padre Pedro Gislandy, para a continuidade do ano letivo, foi um dos elos de comunicação entre professores e alunos. Ensinar totalmente à distância foi uma tarefa muito diferente e desafiadora para a maioria dos educadores. Foi necessário se adequar, pois nem todos os alunos não estavam online ao mesmo tempo, isso acabou dificultando mesmo que os computadores e à internet, sejam visto como ferramentas de distração e é muito mais difícil saber quando estão com alguma dificuldade.

5. Considerações finais

De acordo com o objetivo geral deste estudo, de analisar as contribuições do mobile learning na aprendizagem de matemática no ensino regular, dentro da escola e identificar quais atividades pedagógicas podem ser realizadas a partir da visão dos alunos e professores, na utilização de seus smartphone (celular) com ou sem acesso a internet a fim de facilitar o processo de ensino e aprendizagem na disciplina de matemática, a pesquisa foi aplicada na escola estadual Padre Pedro Gislandy, na cidade de Manaus – AM. Com os dados coletados, identificou-se a situação de uso dos dispositivos móveis na escola tanto por alunos quanto por professores, mesmo com a existência de uma lei que proíbe seu uso, observou-se que o dispositivo móvel mais utilizado pelos entrevistados foi smartphones, dentro das dependências da escola.

Para compreender melhor o uso das tecnologias móveis dentro da escola, foram levantadas as seguintes hipóteses: os professores de matemática do ensino médio estão cada vez mais preparados e dispostos a trabalhar com as novas ferramentas tecnológicas; os discentes são estimulados a utilizar as tecnologias para um aprendizado mais significativo, como entraves que dificultam o planejamento das aulas; permeia, no pensamento de alguns professores, que o uso dos smartphones pelos alunos durante as aulas atrapalha a aprendizagem desses alunos.

A pesquisa mostrou que a introdução dos dispositivos móveis (celular) no processo educacional deve ser acompanhada de mudanças expressivas nos métodos de ensino. Partindo desse principio surgiu o primeiro objetivo especifica que expressa a o seguinte questionamento: Quais as metodologias e as estratégias adotadas pelos professores de matemática para utilização dos dispositivos móveis nas salas aula? Observou-se que os professores utilizam de diversas maneiras, seja como ferramenta de pesquisa pela internet, como forma de sala de aula virtual com o google Classroom, como avaliação através de formulários on-line e como games com a utilização da plataforma  Khan Academy , mesmo utilizando algumas dessa ferramenta nos seus dispositivos moveis ainda a necessidade de um maior envolvimento e preparação na formação do professor para inseri-los em seu contexto de atuação. 

Os resultados constatam que, apesar dos professores apresentarem dificuldade em introduzir das tecnologias móveis no planeamento como recursos metodológicos, a evolução tecnológica se faz presente na sociedade, e a escola precisa se atualizar fazendo uso desses dispositivos, a fim de ir ao encontro dos saberes e expectativas que os alunos trazem para a escola.

Ficou evidente na pesquisa que a expressiva e forte relação dos alunos com os celulares não foi bem recebida pelas escolas, por ser interpretada como potencialmente irruptiva dos sistemas de aprendizagem formal. Assim surgi o segundo objetivo especifico que fala sobre: se a respectiva  escola disponibiliza estrutura e espaços adequados para as novas tecnologias? A escola não dispõe de um laboratório de informática adequado ou internet de banda larga de qualidade para oferecer aos seus docentes e discentes nem tão pouco espaços para utilizações de tais dispositivos.  A divulgação de receios, relacionados com os efeitos da sua utilização como diversão, parece ter contribuído para fortalecer as resistências à sua utilização em contexto escolar. Embora a maioria das escolas, a nível nacional, proíba a utilização dos celulares nas salas de aula, é cada vez mais evidente que os alunos os utilizam de forma escondida e subversiva.

Conforme a terceiro objetivo especifico que tratava se acerca de como alunos e professores reagem ao mobile learning no ensino/aprendizagem da matemática? O resultado da pesquisa mostrou que todos os entrevistados (professores e alunos) possuem smartphones (celulares) com acesso à internet. Constatou-se ainda que, mesmo com a proibição preestabelecida no Regimento Interno da escola, os alunos utilizam seus dispositivos móveis dentro da sala de aula. Foi possível observar que os alunos utilizavam os celulares também para fins pedagógicos, confirmando o que foi apresentado na entrevista pelos alunos e professores que existem várias possibilidades de uso didático dos dispositivos na sala de aula. Foi constatado ainda que os alunos apresentaram uma desenvoltura intelectual e um fácil manejo nos dispositivos móveis quando comparado aos professores.

Segundo os professores entrevistados, o dispositivo móvel celular pode ser utilizado como ferramenta pedagógica, desde que tenha um planejamento, um objetivo, para que possa ser utilizada como recurso auxiliador no processo ensino-aprendizagem dos alunos. O resultado demonstra que 100% dos professores utilizam alguma plataforma ou aplicativo para auxiliar no processo de ensino, e que os discentes participam efetivamente quando são submetidos a novas experiências para se comunicar, interagir e explicar conteúdos em sala de aula. Afirmaram que consultam a internet para pesquisa, usam o Google tradutor e dicionário online. Criam grupos nos aplicativos que são utilizados para se comunica e interagem com os demais colegas de trabalho e alunos, utilizando emais, redes socais como o facebook e o whatsapp, para fins educativos.

Foram citados estudos e pesquisas de vários autores que analisam as possibilidades e experiências de uso pedagógico dos dispositivos moveis em sala de aula e fora dos muros da escola. A expectativa é que a popularização dos smatphones torne mais prático o seu uso pedagógico. O processo relacionado à aprendizagem só acontece em consonância ao envolvimento do aluno com o conhecimento, quando é estimulado nele a curiosidade epistemológica, esta curiosidade na realidade dos alunos está voltado para o uso das TM em que na prática ocorre a interatividade, criatividade e virtualidade.

O que se percebe na pesquisa é que tanto professor quanto aluno sabem que podem se apropriar da tecnologia, em especial o smartphone, durante as aulas. Os alunos, na sua maioria, dispõem dessa tecnologia, em particular o telefone celular, e os que frequentam as aulas estão usando-as, porém nem todos para fins pedagógicos. Em alguns casos, os professores não estão sabendo explorar esses recursos, integrando-os às atividades que realizam, sentem-se desconfortáveis com o fato do aluno não prestar atenção nos conteúdos que está sendo exposto durante as aulas. Pois o ensino de matemática é muito complexo e as vez acaba se tornando acho para os alunos, devido aos professores não terem formação adequada para uso dessa ferramenta tecnológica para atrair a atenção dos alunos em sua prática docente.

Com o objetivo geral, articulou-se a pergunta da pesquisa: Como está ocorrendo à utilização do Mobile Learning no ensino e aprendizagem da matemática nas turmas do 1º ano do ensino médio na escola Padre Pedro Gislandy? O resultado do estudo mostrou que o uso dos dispositivos móveis pode auxiliar os professores e alunos, no cenário educacional, nas práticas pedagógicas inovadoras com a utilização de aplicativos no processo ensino- aprendizagem tanto formal quanto informal dos alunos.

Neste paradigma, percebe-se a necessidade de mudanças significativas na prática docente, na busca de novas formas e processos de ensino e aprendizagem, ampliando possibilidades de incrementar a relação entre tecnologias e dispositivos móveis, na construção do saber dos professores, mas do aluno também, adequando-os a nova ordem social. Não há dúvidas de que o professor encontra-se diante de expressivos conflitos e transformações. A função formativa revela que o ato de ensinar, como atividade profissional, tornou-se mais complexa com as transformações culturais e com o surgimento de novas condições e exigências de trabalho, novas tecnologias e programas institucionais.

Na análise dos questionários, os alunos apresentaram um amplo conhecimento de tecnologia e a respeito das funções de muitas plataformas e aplicativos acessadas a partir de seus smartphones, que eles utilizam tanto para uso pessoal quanto para o processo educativo. Constatou-se que os alunos apresentaram maior familiaridade com o dispositivo móvel celular que os professores. Os professores demonstraram que utilizam seus celulares dentro da escola para fins pedagógicos, informativo/interativo/comunicação com os membros da instituição educacional, pais dos alunos ou familiares.

Diferente do que afirmaram professores, os alunos não sabem utilizar bem seus smartphones em sala de aula, pois admitiram utilizar os dispositivos móveis dentro da sala durante as aulas para ouvir músicas, jogar, assistir vídeos, olhar as redes sociais, mas também para fins pedagógico como para pesquisar no google, ou realizar atividade utilizando algumas ferramentas como a calculadora. Percebeu-se que a entrada dos celulares na escola e nas salas de aulas trouxe uma série de implicações para a educação, para as escolas, pois não há um entendimento em qual momento é adequado usar ou não os dispositivos móveis e como utilizá-lo na educação formal dos alunos.

A solução encontrada até o momento foi a proibição de uso dos dispositivos moveis em sala de aula, que se torna cada vez mais comum em diversos lugares do país, em que a escola ainda permanece como um dos únicos contextos da vida dos alunos na qual os equipamentos tecnológicos não estão sendo utilizados como uma ferramenta metodológica.

Levando em consideração as reflexões realizadas, afirma-se que a utilização dos telefones smartphones, pelos alunos dentro da escola Padre Pedro Gislandy, ocorre tanto para fins pedagógicos, como para entretenimento, mas proporciona aos alunos conhecimento digital, forma e informal, visto que desenvolvem no ambiente virtual, leitura, escrita, interpretação, raciocínio lógico, interatividade e comunicabilidade a partir de suas experiências cotidianas.

Apresentou-se como os dispositivos móveis estão sendo usado nas aulas de matemática pelos alunos e professores dentro da escola, as possibilidades de uso pedagógicos do celular na construção da aprendizagem e a observação de como esses dispositivos são aproveitados pelos professores para utilizar adequadamente, tendo assim sua contribuição no processo de ensino e aprendizagem de matemática, se tornando um recurso metodológico na prática pedagógica. Estas considerações evidenciam a necessidade de uma reflexão mais ampla sobre o potencial pedagógico dos dispositivos moveis nas escolas. A pesquisa é apenas um ponto inicial para estruturar futuros estudos de como usar os dispositivos móveis no ensino da matemática para alunos do ensino médio.

Como sugestões de trabalhos futuros, tem-se o estudo da relação do uso do mobile learning no processo ensino e aprendizagem que representa um campo vasto de possibilidades educativas. A utilização desta ferramenta com ou sem internet na educação é muito amplo, o que permite várias pesquisas nesta área. Apesar das limitações deste estudo, ele pôde contribuir para pesquisas futuras a respeito do uso dos dispositivos moveis nas aulas de matemática através de plataformas e aplicativos educativos como ferramentas metodológicas no ensino formal.

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Mestrando; Universidad del sol  (UNADES), San Lorenzo, Paraguay – PYE-mail: rodolfolyra1987@gmail.com