CONTRIBUIÇÕES DA FISIOTERAPIA AO PACIENTE COM ALZHEIMER NO ÂMBITO FAMILIAR: CARTILHA DE CUIDADOS PALIATIVOS

CONTRIBUTIONS OF PHYSIOTHERAPY TO THE ALZHEIMER´S PATIENT IN THE FAMILY ENVIRONMENT: PALLIATIVE CARE PRIMER.


CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO SUPERIOR DE FISIOTERAPIA


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Autora:
Samantha Beatriz Barbosa Moura1;
Professora:
Esp. Natália Gonçalves1
Orientadoras:
MSc. Jeronice Souza Rodrigues2

1SAMANTHA BEATRIZ BARBOSA MOURA, Discente do Curso Superior de Fisioterapia – UNINORTE.

1PROFESSORA Natália Gonçalves – Especialista em Neurofuncional, Docente do Curso Superior de Fisioterapia – UNINORTE.

2ORIENTADORA: Msc. Jeronice Souza Rodrigues – Especialista em Traumato Ortopedia – UNINORTE.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE – Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1232, Centro | Manaus | AM | CEP: 69020-030 | (92) 3212-5000.


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mãe Maria Moura Cunha, que é a inspiração do presente trabalho e de tudo o que sou. Obrigada!

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus por me capacitar, ser minha força e luz em todos os meus caminhos.

E não poderia deixar de agradecer também as pessoas que me acompanharam durante a minha caminhada acadêmica e a conclusão desse trabalho, em especial:

Ao meu avô João Cunha e primo Rafael Moura, que me deram todo o suporte financeiro para que eu pudesse me formar.

A minha mãe Socorro Moura, irmã Sabrina Moura, tios: Marcelino Moura e Tânia Moura, que sempre acreditaram e torceram por mim.

A minha professora, orientadora e amiga Jeronice Rodrigues, que esteve ao meu lado e me motivou em cada momento, até mesmo quando pensei em desistir. A que mais do que mestre, foi família.

Minhas amigas: Érica Letícia, Andriele Souza, Ana Paula, Ana Beatriz, Grazielle Jorge, Sandy Gadelha e Carol Castelo Branco, que a graduação me presenteou e que me motivaram quando pensei não ser capaz.

EPIGRAFE

“E ao olhar pra trás, tudo que passou, venho agradecer quem comigo estava, ergo minhas mãos pra reconhecer. E hoje eu sou quem eu sou, pois Sua mão me acompanhava, mas eu sei, não é o fim, é só o começo da jornada… Eu abro o meu coração pra minha nova história”.

VOCAL LIVRE, 2019

RESUMO

A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por uma desordem neurológica progressiva e crônica, ocasionando em sintomas como demência e declínio funcional. Objetivo: a criação de uma cartilha de orientações direcionada aos familiares/cuidadores de pacientes com DA. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter descritivo. A coleta de dados se deu no período de Fevereiro a Setembro do ano de 2021 através de uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online Scielo (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PUBMED; utilizando os descritores: Alzheimer, família, tratamento fisioterapêutico. A cartilha chama a atenção para ações simples que podem ser realizadas no âmbito domiciliar com recursos de fácil manuseio. Resultados: A cartilha inicia-se apresentado a Doença de Alzheimer e seus estágios, em seguida oferece orientações para posicionamento do paciente, prevenção de agravos e atividades básicas de vida diária. Conclusão: As cartilhas são uma forma prática e eficaz de informar e orientar os familiares/cuidadores sobre a atenção que os pacientes necessitam no âmbito familiar.

Palavras-chave: Alzheimer. Família. Orientações. Qualidade de vida.

ABSTRACT

Alzheimer\’s disease (AD) is characterized by a progressive and chronic neurological disorder, causing symptoms such as dementia and functional decline. Objective: The creation of a booklet of guidelines directed to family members/caregivers of patients with AD. Methodology: This is a descriptive study. The data collection took place in the period from February to September 2021 through a literature search in the databases: Scientific Electronic Library Online Scielo (SCIELO), Virtual Health Library (BVS) and PUBMED, using the descriptors: Alzheimer\’s, family, physical therapy treatment. The booklet draws attention to simple actions that can be performed in the home setting with easy-to-handle resources. Results: The booklet begins by presenting Alzheimer\’s disease and its stages, then offers guidelines for positioning the patient, prevention of aggravations and basic activities of daily living. Conclusion: The booklets are a practical and effective way to inform and guide family members/caregivers about the attention that patients need in the family environment.

Keywords: Alzheimer. Families. Orientation. Quality of Life.

1 INTRODUÇÃO

Conforme Carvalho e Neri (2018); Ilha et al. (2017), a Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada como uma doença neurodegenerativa progressiva e irreversível que danifica inicialmente o nível cognitivo do indivíduo, e posteriormente o funcionamento de todo organismo.

Lourinho e Ramos (2019), diz que o envelhecimento é algo natural que pode ser saudável ou não, e para este caso, o cuidado e o respeito para com o idoso é fundamental sendo o papel do cuidador/familiar importantíssimo nesse processo, esse é de indiscutível importância, pois é ele que ficará grande parte do tempo na companhia e realizando os cuidados com o idoso, principalmente, aquele que é portador de alguma demência como a Doença de Alzheimer.

Xi Chen Zhy et al. (2014 apud BRAZÃO E RIBEIRO, 2018) as abordagens não-farmacêuticas têm sido cada vez mais reconhecidas no tratamento da DA, dando-se cada vez mais ênfase a um tratamento fisioterapêutico como forma de prevenção e no retardar dos sintomas.

Ferrei et al. (2014), em sua revisão bibliográfica, aponta que o tratamento não-medicamentoso, através da prática de exercícios físicos, auxilia na prevenção e redução do risco de desenvolver alterações secundárias à DA. Afirma ainda que a realização de exercícios que estimulam a parte física e cognitiva do paciente, irá auxiliar no retardo da progressão dos sintomas, especialmente em suas capacidades funcionais.

Hope (2020) por sua vez, afirma que a DA repercute principalmente em dificuldades de enfrentamento tanto para o idoso como para os familiares e profissionais, pois o déficit de conhecimento sobre a doença é um fator que pode contribuir para gravidade da enfermidade, além de propiciar a não realização dos cuidados devidos. Aponta ainda que há uma necessidade de conhecimentos sobre as fases do processo degenerativo causado pela doença, visando à aquisição de maior conhecimento e informações quanto à forma de se executarem as tarefas cotidianas no exercício do cuidar.

Deste modo, a pesquisa tem como objetivo destacar a orientação à familiares e/ou cuidadores quanto a prática de exercícios motores e cognitivos no âmbito familiar como forma de contribuir para redução ou estabilização dos sinais e sintomas da doença, promovendo uma melhor qualidade de vida – QV ao idoso com Alzheimer.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Essa pesquisa é embasada em obras que abordam sobre a necessidade de orientações aos familiares/cuidadores de idosos com Alzheimer, ilustrando em forma de cartilha, os cuidados e exercícios que podem ser realizados no âmbito domiciliar.

Esste estudo, foi estruturado em três tópicos:

1. A Doença de Alzheimer;

2. A Fisioterapia na Doença de Alzheimer

3. A importância das orientações fisioterapêuticas na prevenção de agravos e cuidados básicos em forma de cartilha.

2.1 A Doença de Alzheimer

A DA é uma patologia crônica degenerativa que acarreta na união entre o envelhecimento e demência (GUTIERREZ et al., 2014). Para Fagundes et al. (2019) a demência consequente da doença, caracteriza-se pela modificação cognitiva e comportamental do individuo, não sendo diagnosticada precocemente em exames e seu tratamento é paliativo.

Existe uma maior expressão epidemiológica da doença de Alzheimer em mulheres, estudos mostram e justificam que o sexo masculino habitualmente chega a óbito por outros fatores, um grande exemplo são os problemas cardiovasculares, em contra partida, as mulheres são menos propensas a essa patologia, sendo reféns mais facilmente das demências, em especial a DA (TEXEIRA et al., 2015).

A doença é silenciosa e continua, podendo levar de 2 a 15 anos, para seu desenvolvimento e manifestações por completo, em casos terminais que acontecem em 8 a 15 anos, todas as partes e funções exercidas pelo cérebro são modificadas e atacadas pela demência (XIMENES; RICO; PEDREIRA, 2014).

Existem três estágios na DA: estágio 1: leve, estágio 2: moderado e o estágio 3: grave. Para Wajman et al. (2014) no primeiro estágio o idoso ainda possui independência ao realizar atividades básicas de vida diária, mas com dificuldade em linguagem e inicia-se a perca evolutiva da memória, o segundo estágio é caracterizado pela perda mais efetiva da memória, e no terceiro estágio os idosos apresentam dependência completa.

2.2 A Fisioterapia na Doença de Alzheimer

Baglio et al. (2015) em seu estudo, destaca que a intervenção multidimensional com a realização de atividades de lazer, psicomotoras e de estimulações cognitivas influenciam significamente na diminuição de alterações comportamentais. Essas atividades resultaram em um beneficiamento dos idosos na participação social e no aumento da linguagem e memória.

Para Phillips et al. (2015), a fisioterapia é um forte aliado no combate à perda da capacidade, provocada pelo envelhecimento demográfico e pelo aumento das doenças demenciais na sociedade atual.

A Fisioterapia na DA tem como objetivo diminuir os déficits funcionais provocados pela doença. Para isso, são implementados programas de tratamento compostos por: treino de marcha, treino de flexibilidade e força muscular, com o objetivo de melhorar as atividades de vida diária e exercícios cardiorrespiratórios (BRAZÃO e RIBEIRO, 2018).

Schnneider et al. (2014) afirma que uma intervenção precoce é necessária para diminuir os processos patológicos e o declínio cognitivo do paciente, além de demonstrar mais eficácia se comparado a intervenção realizado nos últimos estágios da doença.

2.3 A importância das orientações fisioterapêuticas na prevenção de agravos e cuidados básicos em forma de cartilha.

Como uma doença paliativa, a DA precisa de acompanhamento após o diagnóstico, contanto, percebe-se que há uma falta de orientação para que o familiar/cuidador, o qual passa a maior parte do tempo com o paciente, possa realizar atividades em domicilio, promovendo uma melhor qualidade de vida e os cuidados básicos do dia a dia. Para isso, alguns autores apresentam os tipos de exercícios benéficos que se adaptados, podem ser realizados no âmbito familiar.

Paillard T. (2015), demonstra que os exercícios de equilíbrio e coordenação, quando praticados regulamente estimulam a cognição dos sistemas sensorial e motor e podem induzir adaptações benéficas da função cerebral. Hope (2020) também afirma que o estímulo cognitivo e comportamental é essencial para sua reabilitação e confortodo idoso com demência.

Em seus estudos, Pitkala et al. (2011), Cedervall, Torres e Aberg (2014) e Zippenfening, Almajan e Gaitã (2015) demonstram que o exercício terapêutico tem influências positivas no controle do declínio cognitivo e motor do paciente com DA. Sublinham ainda, que a aplicação de programas específicos, tem repercussões efetivas na qualidade de vida do doente assim como, na dos seus familiares.

Pitkala et al. (2011) e Cedervall, Halvorsen e Aberg, (2014), apontam a falta de estabilidade postural, a marcha reduzida, a perda de apetite, a perda de massa muscular (sarcopenia), o isolamento social, a perda de capacidade, a perda de memoria, como principais fatores predisponentes às comorbilidades associadas à DA, tais como: quedas, infeções respiratórias, sintomas depressivos, irritabilidade, confusão, exclusão social, entre outros.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Com o propósito de orientar familiares e/ou cuidadores, foi realizada uma investigação literária dos conceitos, conteúdos e orientações pertinentes ao cuidado do paciente com DA. A coleta de dados se deu no período de Fevereiro a Setembro de 2021, nas bases de dados: SCIELO (Scientific Electronic Library Online), BVS Biblioteca Virtual de Saúde e PUBMED, utilizando os descritores: Alzheimer, família, orientações e qualidade de vida. Como critérios de inclusão foram considerados os aspectos: publicações datadas dos últimos 10 anos (2011-2021), bem como a busca por atender aos objetivos do estudo; e como critérios de exclusão considerou-se o tangenciamento do tema proposto, não atendendo aos objetivos. Assim, foram selecionados — artigos que atenderam aos critérios de inclusão supracitados (Ver Figura 1), constatando-se que a família é de grande importância na promoção de qualidade de vida do paciente com DA, quando orientados de forma correta.

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Figura 1: Fluxograma de seleção dos artigos para revisão bibliográfica.

Nesse trabalho, foi possível conhecer a necessidade de elaboração de instrumentos que transmitissem de forma prática as informações/orientações relacionadas à atenção necessária a este paciente. A cartilha chama a atenção para ações simples que podem ser realizadas no âmbito domiciliar com recursos de fácil manuseio. Com linguagem acessível, apresentação gráfica singela (fotos), a cartilha convoca à reflexão sobre os temas apresentados. Foi elaborada utilizando o software Microsoft Office Word 2010.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

ANOAUTORTIPO DE PESQUISARESULTADO
2011Pitkala et al.Estudo controlado randomizadoExercícios de mobilidade funcional, equilíbrio, força máxima e resistência, realizados por 12 meses, mostrara,-se benéfico para os doentes e para os seus cuidadores, uma vez que há atraso na deterioração física e motora dos doentes com Alzheimer

2014

Cedervall, Torres E Aberg
Relato de casosOs resultados sugerem que a atividade física, além de manter as funções corporais, pode ser uma forma de manter o bem-estar e a individualidade na DA leve.
2015Baglio et al.Estudo controlado randomizadoOs resultados obtidos neste estudo apoiaram a hipótese inicial de que a estimulação multidimensional (cognitivo, comportamental e físico) tem um impacto em pelo menos dois domínios: redução dos sintomas comportamentais e psicológicos da demência e melhoria em algumas habilidades cognitivas.
2015PaillardRevisão narrativaA prática de exercícios físicos regulares é um importante fator preventivo contra o início tanto da Doença de Alzheimer quanto da Doença de Parkinson, sendo crucial para a manutenção ou declínio lento dos níveis ideais de capacidade funcional em pacientes com Alzheimer e Parkinson.
2015Zippenfening, Almajan e Gaitã,Estudo controlado randomizadoDemonstrou que o grupo controle que teve como intervenção: aquecimento; treino físico e cognitivo e alongamentos; durante 8 meses, 1h de 2 a 3 vezes por semana, demonstraram resultados significativos em comparação ao grupo que não teve intervenção nenhuma.
2016Hoffmann et al.Estudo controlado randomizadoOs resultados demonstraram uma diminuição na severidade dos sintomas neuropsiquiátricos. Foram encontrados possíveis efeitos a nível cognitivo nos indivíduos que aderiram ao programa, o que pode demonstrar que o exercício físico tem efeitos ao nível da cognição em doentes com DA
2018Brazão e RibeiroRevisão bibliográficaO exercício terapêutico parece ter um papel importante na intervenção em doentes com Doença Alzheimer, este promove uma melhoria na função cognitiva e motora, consequentemente, uma maior independência nas atividades de vida diária em indivíduos com Doença de Alzheimer.

Pitkala et al. (2011), em seu estudo controlado randomizado: “Exercise rehabilitation on home-dwelling patients with Alzheimer disease: A randomized, controlled trial. Baseline findings and feasibility“, procuraram aferir a eficácia e a viabilidade do treino terapêutico regular em doentes com DA, assim como, repercussões sentidas a nível da saúde física e mental dos prestadores de cuidados, no período de doze meses. Nesse estudo, apontou-se que o grupos que tiveram como intervenção treinos realizados em âmbito domiciliar e clínico, como: transferências, subir e descer escadas, exercícios de equilíbrio, alongamento, fortalecimento, resistencia e exercícios com duplas tarefas, realizados duas vezes na semana, demonstram-se mais benéficos e satisfatórios ao olhar do cuidador, e que um dos motivos dos cuidadores aceitarem participar do estudo, foi a busca por orientações e conhecimento da doença.

Cedervall, Torres e Aberg, 2014, afirma que a atividade física é um meio meio para a manutenção da personalidade, o que sugere que a atividade física pode ajudar a desviar o foco do diagnóstico de demência de Alzheimer do estágio leve.

Baglio et al. 2015, apontou para a intervenção multidimensional com a realização de atividades de lazer, psicomotoras e de estimulações cognitivas. Estas atividades foram eficazes na redução dos quadros depressivos, de ansiedade, na irritabilidade e também no comportamento motor aberrante; por fim, proporcionando o beneficiamento dos idosos na participação social e no aumento da linguagem e memória.

Paillard, 2015, demonstra em sua revisão narrativa que o treinamento de equilíbrio melhora as habilidades posturais de indivíduos afetados de forma moderada a grave pela DA e, portanto, reduz o risco de queda em um estágio posterior, treinamento de exercícios multicomponentes [compreendendo equilíbrio, exercícios aeróbicos (geralmente caminhada) e treinamento de força] mostrou-se particularmente eficaz para melhorar o funcionamento postural e motor e reduzir o risco de queda em indivíduos com DA.

No estudo de Zippenfening, Almajan e Gaitã (2015), com o tema: “The Efficiency Of Complex Programs, Supervised Using A Cognitive And Motor Method In Alzheimer Demetia Patients”, procuraram investigar os beneficio das terapias complementares (motora, ocupacional e musicoterapia) na prevenção da deterioração da função motora e cognitiva dos doentes com DA. E seu resultados, apuraram, que as terapias utilizadas, exponenciam a qualidade de vida dos doentes e dos familiares com DA, e que, a realização de treinos terapêuticos, previnem a deterioração mental e cognitiva da DA, reduzindo o isolamento e a exclusão social.

O estudo “Moderate-to-High Intensity Physical Exercise in Patients with Alzheimer’s Disease: A Randomized Controlled Trial” realizado por Hoffmann et al. (2016) tinham por objetivo avaliar os efeitos de um programa de exercícios aeróbicos de moderada a alta intensidade em indivíduos com DA. Os resultados demonstraram uma diminuição na severidade dos sintomas neuropsiquiátricos, o que pode demonstrar que o exercício físico tem efeitos ao nível da cognição em doentes com DA.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A fisioterapia atua de forma a prevenir os agravos de doenças neurodegenerativas, como a DA, também atua de forma a orientar cuidadores e familiares para o cuidado desses pacientes, visando uma melhor qualidade de vida, sendo esse quem passa mais tempo com o individuo acometido. Esse estudo demonstrou de forma sucinta algumas orientações que o cuidador/familiar pode realizar no âmbito familiar, utilizando de recursos do seu dia-a-dia para proporcionar uma melhor qualidade de vida a esse paciente.

6 REFERÊNCIAS

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