CONSUMO DO CIGARRO ELETRÔNICO: CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE DOS DISCENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11406779


Jéssica de Jesus Vieira1;
Ana Letícia Carnevalli Motta2


RESUMO 

O tabagismo é um problema de saúde pública. Por ano, cerca de 8 milhões de pessoas morrem em decorrência do consumo. Neste cenário, surge como um produto alternativo o cigarro eletrônico criado para substituir o tabaco, tendo como público alvo os jovens, sendo aceito socialmente e oferecendo malefícios à saúde, como patologias cardiovasculares, pulmonares e carcinomas. Diante da relevância desta temática, foi realizada uma pesquisa de campo transversal com abordagem qualitativa e quantitativa que consistiu na aplicação de um questionário entregue aos acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Biomedicina, Nutrição e Estética. O objetivo desta pesquisa foi de apurar o conhecimento dos discentes dos cursos de graduação em saúde do Centro Universitário do Sul de Minas UNIS, privado, localizado na cidade de Varginha em Minas Gerais, sobre o cigarro eletrônico e as consequências do consumo para a saúde, assim como a percepção e opinião dos discentes em discutir o assunto durante a graduação. Resultados: Foram entrevistados 105 acadêmicos, a faixa etária que teve maior predominância foi a de 18 até 24 anos com prevalência do sexo feminino. Cerca de 98% já ouviram falar sobre cigarros eletrônicos. Sendo que uma pequena porcentagem, 39% o utiliza no meio acadêmico. Da amostragem total, em torno de 44,76% possuem conhecimento médio sobre o dispositivo. Contudo, a maioria 81% desconhecem a legislação brasileira sobre o tema. E, durante a graduação não discutiram os motivos que levam ao consumo e os danos causados à saúde. Dos participantes, cerca de 51,23%, enquanto futuros profissionais, sentem-se inseguros em orientar pacientes. Conclusão: Existem lacunas que precisam ser corrigidas, principalmente no quesito de ofertar atualizações em sala voltada para as dificuldades mostradas neste estudo. 

Palavras-chave: Educação Anti-fumo. Educação para a Saúde. Cigarro Eletrônico. Equipe de Saúde. 

ABSTRACT 

Smoking is a public health problem. Each year, about 8 million people die from smoking. In this scenario, an alternative product is the electronic cigarette created to replace tobacco, targeting young people, being socially accepted and offering harm to health, such as cardiovascular pathologies, lung diseases and carcinomas. Given the relevance of this theme, a cross-sectional field research of descriptive and analytical nature was carried out, with qualitative data analysis that consisted of the application of a questionnaire delivered to Physiotherapy, Biomedicine, Nutrition and Aesthetics. The objective of this research was to ascertain the knowledge of the students of the undergraduate health courses of the University Center of the South of Minas- UNIS, private, located in the city of Varginha in Minas Gerais, about the electronic cigarette and the consequences of consumption for health, perception and opinion of students in discussing the subject during graduation. Results: 105 academics were interviewed, the age group that had the highest prevalence was 18 to 24 years with Prevalencia of the female sex. About 98% have heard about e-cigarettes. And a small percentage, 39% use it in academia. Of the total sampling, around 44.76% have average knowledge about the device. However, the majority 81% are unaware of the Brazilian legislation on the subject. And, during graduation, they did not discuss the reasons that lead to consumption and damage to health. Of the participants, about 51.23%, while future professionals, feel insecure in guiding patients. Conclusion: There are gaps that need to be corrected, especially in the issue of offering updates in the room focused on the difficulties shown in this study. 

Keyowrds:Anti-smoking Education. Health Education. Electronic Cigarette. Health Team.

1 INTRODUÇÃO 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 8 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência do tabagismo, sendo que o montante 7 milhões são pelo uso direto e 1,2 milhões pelo uso passivo. Pode-se afirmar que países de baixa e média renda contabilizam 80% dos fumantes do mundo, liderando o ranking de doenças e mortes relacionadas ao consumo do tabaco (WHO, 2022). 

No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019, mostrou que 20,4 milhões de brasileiros são usuários de produtos derivados do tabaco. Anualmente, são registrados no território nacional 161.853 óbitos por essa prática e diariamente, 443 pessoas perdem a vida por fatores ligados ao hábito de fumar. Dentre as regiões do país, a região sudeste tem 13,5% da proporção de pessoas de dezoito anos ou mais que são tabagistas. Este percentual está atrás, apenas, das regiões sul e centro-oeste com 14,7% e 13,7% respectivamente (IBGE, 2020). 

Nesse sentido, corrobora-se o fato de que as principais patologias com maior morbidade seguida de mortalidade por ano no país são a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) com 37.686 falecimentos, doenças cardíacas com 33.179, câncer de pulmão com 24.443 e outros cânceres com 25.683. Ainda, pode-se afirmar que homens consomem mais cigarros do que mulheres, tendo como percentual 16,2% e 9,8% respectivamente (SOUZA et al., 2023). 

Diante do exposto, o consumo de tabaco mostra-se como um grande problema de saúde pública, considerado uma doença crônica altamente viciante e maléfica, com altas taxas de mortalidade. Neste cenário surge como um produto alternativo o cigarro eletrônico que ajuda as pessoas a pararem de fumar, sendo um dispositivo que rapidamente se difundiu e popularizou por ser considerado seguro, saudável e coletivamente aceito (FRIZON et al., 2022). 

De acordo com Global State of Tobacco Harm Reduction, conforme citado por Bárbara Finardi (2021), 68 milhões de pessoas utilizam o cigarro eletrônico, também conhecido como vapers, e-cigars, pendrive, mods. Os es-cigars são equipamentos eletrônicos compostos por um cartucho contendo um líquido, atomizador, bateria recarregável e bocal. Este líquido é saborizado e em sua composição contém nicotina e ou substância psicoativa advinda da cannabis, glicerol, água, propilenoglicol que ao serem aquecidos e inalados produzem uma sensação prazerosa que trazem sérios danos ao organismo (SILVA et al.; 2021, PINTO et al., 2023). 

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), através da RCD Nº 855 de 23 de abril de 2024 proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda dos CE (cigarros eletrônicos) em todo território nacional, pois não existem estudos duplo cego que comprovem a eficácia e segurança deste produto em longo prazo. Em contrapartida, nas mídias sociais é amplamente divulgado e incentivado pelos influencers onde disseminam informações pseudocientíficas. Nesse impasse, é preciso instruir os futuros profissionais da área da saúde para que no futuro próximo estejam aptos para orientar a população em relação a esta temática. É almejado que conceitos básicos como definição, composição, contextualização histórica e principais riscos para a saúde sejam abordados durante a graduação para que os acadêmicos tenham conhecimento e domínio sobre o tema (CAIXETA et al., 2022; FINARDI, 2021). 

O objetivo deste trabalho foi levantar o conhecimento dos acadêmicos dos cursos da área da saúde sobre cigarros eletrônicos bem como listar a frequência do consumo no ambiente acadêmico e conscientizar sobre os riscos associados a esta prática. A partir dos resultados obtidos, tem-se a intenção de propor discussão em sala de aula sobre as consequências da utilização do CE com a finalidade de preparar os discentes enquanto futuros profissionais. 

2 REVISÃO DE LITERATURA 

2.1 Contextualização Histórica: uma linha do tempo sobre a epidemia do tabaco 

No início do século XIX com a criação das máquinas de enrolar cigarros, houve a ampliação na linha de produção e da oferta do tabaco. As indústrias investiram no marketing, principalmente nas obras cinematográficas de Hollywood, para divulgar o fumo como um hábito charmoso, moderno, símbolo de empoderamento ligado às altas classes sociais, disseminando assim o comportamento de fumar (ROCHA; ANNE, 2022). 

Em 1964, nos Estados Unidos, foram divulgados os primeiros estudos científicos que mostraram a relação do consumo do cigarro a doenças graves. Com base nesse estudo, em resposta uma lei foi criada pelo Congresso Americano em que as embalagens dos maços de cigarros deveriam conter advertências aos consumidores sobre os riscos ao qual estavam sendo submetidos. Em 1976, Michael Russell, inspetor da área de controle do tabaco e pesquisador afirmou que a nicotina é a substância responsável por fazer as pessoas fumarem, mas é devido ao alcatrão que elas morrem. Na comunidade científica, apenas em 1980 que a afirmação de Russell se confirmou depois do relatório de revisão do Surgeon General sobre as bases farmacológicas da dependência da nicotina. No ano de 1992, o tabagismo passa a ser considerado uma doença do grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrentes da utilização de substâncias psicoativas. Foi na 52º Assembleia Mundial de Saúde, em 1999 que iniciou a negociação do tratado internacional da OMS (Organização Mundial de Saúde), a Convenção Quadro para Controle do Tabaco (CQCT) sendo finalizada em 2003, fundamentada na união de diversos países para controlar a oferta de tabaco e conscientizar a população para reduzir a demanda do consumo. Essas ações são realizadas em conjunto, pois apenas um país ou setor de saúde seria pouco para abranger as metas (CAVALCANTE; TÂNIA, 2018). 

Nos dias atuais, o hábito de fumar como algo bonito voltou através dos cigarros eletrônicos. Mesmo com a proibição da comercialização, importação e circulação de propagandas sobre o produto pela ANVISA em 2009, ainda é possível adquirir o vape em qualquer tabacaria, conveniência ou lojas online livremente (VARGAS et al., 2021). 

2.2 Conceito sobre o cigarro eletrônico e suas implicações na saúde

2.2.1 Surgimento 

O cigarro eletrônico (CE) foi lançado em 2003 pelo farmacêutico chinês Hon Link como um instrumento substituto do ato de fumar, ou seja, que ajudasse na cessação do tabagismo. Desde o início da fabricação em larga escala, os adeptos ao novo conceito cresceram exponencialmente ano após ano. O dispositivo passou a ser procurado por um público diverso, desde as pessoas que desejavam parar de fumar até jovens que procuravam novas sensações. Os CE possuem diferentes gerações e a depender do modelo escolhido pelo consumidor existem algumas variações. As mudanças são em relação a potência, quantidade de vapor gerado, luzes de led, botões de controle da temperatura ou tecnologia bluetooth (GUTECOSKI et al., 2023). 

Este produto é conhecido no mercado por diferentes nomes: vapes, e-cigars, pod, mods, pendrive, Dispositivo Eletrônico de Fumar (DEF), Electronic Nicotine Delivery Systems (Ends). Apesar dos diferentes modelos e gerações o tragar dos CE equivale ao tradicional (CAIXETA et al., 2022). 

2.2.2 Composição e funcionamento do CE 

O vape é um sistema de vaporização de nicotina e ou outras substâncias psicoativas. É um dispositivo eletrônico que faz o aquecimento de um fluido chamado de essência, e-líquido ou juice. Basicamente, os dispositivos são compostos por um bocal, uma bateria, atomizador, uma resistência envolta de algodão e cartucho com a solução. O e-líquido dos cigarros eletrônicos é constituído por hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, propilenoglicol, compostos orgânicos voláteis e aldeídos, material ultrafino particulado, substância saborizada, chumbo, prata, alumínio, ferro, nicotina (CARRIJO et al., 2022). 

O funcionamento do CE resume-se no aquecimento da essência até ao ponto que haja transformação do líquido em vapor. Para isso, os CEs passam por ciclos de aquecimento e resfriamento. No primeiro estágio, o equipamento está em temperatura ambiente quando a resistência é ativada, o calor atinge o ponto de ebulição do líquido que é liberado na forma de vapor. Depois da inalação, o líquido é direcionado a resistência e ao pavio que faz com que a temperatura caia de forma gradativa. O vapor do vape pode atingir 40 a 65ºC, a depender do cartucho rende de 10 a 250 jatos. Estes valores comparados ao cigarro convencional correspondem de 5 a 30 unidades (VARGAS et al., 2021). Em uma análise sobre o teor de nicotina do cigarro convencional (CC) versus o CE, tem-se os seguintes dados: CC 14,8 e 87,2 mg/ml e CE 18 mg/ml podendo variar conforme modelo e composição. A média de inalação é de 0,72 a 1,16 mg para o tradicional por unidade, para o vape 1,2 a 1,4 mg usado durante 10 minutos. Sendo assim, apesar do vaper ser inalado com maior frequência que o cigarro comum, possuem o mesmo índice de inalação da nicotina. Isto indica que o CE não consegue entregar uma quantidade menor do estimulante como defendido pelo seu criador (MENEZES et al., 2021). 

2.2.3 Principais riscos cardiovasculares e patologias pulmonares relacionados ao consumo 

O ato de fumar prejudica a função endotelial e aumenta a liberação de radicais livres de oxigênio acelerando o processo aterosclerótico. Por este motivo, as principais patologias cardiovasculares relacionadas ao tabagismo são o infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica. O cigarro eletrônico amplia o estresse oxidativo das células desencadeando a emissão de mediadores inflamatórios elevando assim, o risco para as doenças citadas anteriormente. A utilização diária ou ocasional, concomitante ou não ao cigarro convencional amplifica a possibilidade do indivíduo ser acometido por um IAM. Segundo o estudo de LEE et al. apud SCHOLZ et al. realizado com os e-líquidos das marcas de CE nos Estados Unidos, mostrou que nas 48 horas pós exposição houve um aumento de interleucinas, citocinas inflamatórias e peróxido de hidrogênio (H2O2) nas células troncos embrionárias de adultos saudáveis. Isso, reafirma o quão danoso é o cigarro e a capacidade que ele possui em alterar a fisiologia celular do organismo propiciando o surgimento de doenças cardíacas (SCHOLZ; JAQUELINE; ABE; TÂNIA; 2019). 

As lesões pulmonares associadas ao cigarro eletrônico, também denominada de EVALI (E-cigarette or Vaping Associated Lung Injuries/Illnesses), é uma doença respiratória aguda potencialmente fatal causada pela vaporização do e-líquido. Os sinais e sintomas são: tosse, taquicardia, taquipneia, hemoptise, síndrome do desconforto respiratório, dor no peito, vômito, diarreia e febre. A pneumonia eosinofílica, fibrinosa aguda, de hipersensibilidade, a hemorragia alveolar difusa e a bronquiolite são as patologias mais frequentes associadas aos vapes (D’ALMEIDA et al., 2020).

Diante desse cenário, as doenças relacionadas ao EVALI necessitam de intervenções rápidas em virtude da possibilidade iminente de morte. A depender da sintomatologia do cliente ela pode se resolver com suporte ventilatório combinado ao tratamento. Mas, em outros casos, é preciso submeter-se a ventilação mecânica. Na sequência, o propilenoglicol é um dos compostos presentes no cartucho dos cigarros eletrônicos, quando aquecido e inalado ele ocasiona uma irritação no sistema respiratório. A associação deste com a glicerina tem como consequência o depósito de lipídeos nos macrófagos alveolares relacionado ao surfactante desencadeando também reações inflamatórias que afetam as trocas gasosas. Ademais, elementos orgânicos voláteis, as carbonilas, metais e as nitrosaminas são agentes carcinogênicos identificados no vapor. Alguns destes componentes advém das baterias e bobinas de aquecimento. Com base nisto, os usuários correm o risco de serem acometidos pelo câncer de pulmão e outros tipos devido a esta prática (MOTA et al., 2023). 

Em uma revisão sistemática de casos clínicos sobre as patologias e lesões associadas ao uso de CE citada por Tzorti et al. (2020), foi apontado que os usuários do CE possuem risco aumentado para pneumotórax e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Relatos de explosão dos dispositivos foram citados na pesquisa. Um fato curioso evidenciado é que 12% das descrições de envenenamento estão ligadas a inalação do produto por crianças seja de forma acidental ou intencional. Outra causa que gera preocupação é as tentativas de suicídio por parte dos adultos através da ingestão abusiva do equipamento contendo alta quantidade de nicotina (MENEZES et al., 2021). 

2.2.4 Causas de adesão do público jovem ao produto 

Entre 2006 e 2007, nos Estados Unidos e Europa, o cigarro eletrônico tornou-se um produto popular entre os adolescentes. No período de 2011 a 2018, o consumo entre esta faixa etária cresceu de 1,5% para 20,8% (KNORST et al., 2014). No Brasil, assim como nos EUA, os jovens predominam o consumo do cigarro eletrônico. Conforme análise, observa-se que o início do consumo está cada vez mais precoce. O intervalo de idade é de 15 a 24 anos, as macrorregiões com maior predomínio são no Sul e Centro-Oeste com 0,90% e 0,94%, respectivamente (PINTO et al., 2023). 

Essa expansão é justificada pela variedade de marcas, modelos e sabores disponíveis no mercado. A aceitabilidade social é um fator que impulsiona o uso, pois os jovens sentem a necessidade de pertencer e serem aceitos em grupos de amigos, o vape sendo a moda atual torna-se o meio para atingir a finalidade. Além disso, a disseminação de propagandas nas mídias sociais utilizando as imagens de médicos, artistas famosos e até mesmo resultados de pesquisas transmite ao público uma falsa ideia de segurança e efetividade do equipamento (VARGAS et al.,2021). Sabe-se que as indústrias que produzem o cigarro tradicional são as mesmas do cigarro eletrônico e para controlar o que é publicado sobre suas mercadorias, eles financiam os estudos científicos. Dessa forma, as pesquisas que recebem o dinheiro demonstram mais resultados positivos do que estudos não patrocinados. Esse jogo de interesses atrasa e coloca em dúvida os trabalhos acadêmicos sérios (PINTO et al., 2023). 

3 MATERIAL E MÉTODOS 

3.1 Tipo de Estudo 

Este estudo foi uma pesquisa de campo transversal de abordagem qualitativa e quantitativa. 

3.2 Local de Estudo 

A pesquisa foi realizada no Centro Universitário do Sul de Minas- UNIS, instituição privada, localizada na cidade de Varginha, Minas Gerais. 

3.3 Amostra 

A população pesquisada foi constituída por 105 discentes que aceitaram participar voluntariamente da pesquisa e que estavam cursando a graduação em cursos da área da saúde como Enfermagem, Fisioterapia, Biomedicina, Nutrição, Estética, independente do período cursado. 

3.4 Aspectos éticos e esclarecimentos sobre o estudo 

Este trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e aprovado sob o número do parecer CAAE 77396624.6.0000.5111. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário adaptado de um estudo anterior da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) de acordo com Finardi (2021). Os estudantes avaliados foram convidados a participar do trabalho de forma voluntária, em que foram abordados antes do início das aulas presenciais. Previamente ao questionário, foi anexado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, no qual todos os partícipes foram orientados e solicitados a assinarem. 

O questionário foi constituído de dezenove perguntas de múltipla escolha sobre dados demográficos como idade, curso e sexo. Outras variáveis foram avaliadas segundo a Tabela 1. 

Tabela 1: Relação de perguntas e respostas do questionário

PERGUNTAS QUESTÕES
4Conhecimento dos CEs,
5Conhecimento dos CEs,
Curiosidade sobre sensação,
Influência de amigos em um provável consumo
Autopercepção em relação ao nível de conhecimento sobre o assunto
Entendimento sobre a legislação do equipamento no Brasil
10 Os cigarros eletrônicos quando comparados aos cigarros convencionais
11 Cigarro eletrônico como instrumento na cessação do tabagismo
12 O consumo do CE pode gerar algum dano negativo a saúde
13 Principais riscos a saúde associados à utilização
14 A composição do CE pode conter substância cancerígena
15Você teve oportunidade de discutir em sala de aula os motivos pelos quais as pessoas o utilizam 
16Você recebeu alguma informação sobre os efeitos do consumo do CE em algum momento da graduação 
17Você acha importante o futuro profissional da saúde saber sobre o tema
18Sente-se seguro em falar sobre este tema quando questionado por seu cliente/paciente 
19Recomendaria o CE como uma alternativa terapêutica a fumantes que não conseguiram deixar de fumar por outros métodos 

3.5 Análise dos dados

Os dados obtidos foram tabulados em uma planilha do Microsoft Excel®. Em seguida, realizou-se a contagem das respostas através da fórmula CONT.SES no qual, foi possível apurar a frequência das alternativas selecionadas pelos participantes em cada questão a partir dos critérios adicionados. 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Estiveram envolvidos neste estudo 105 acadêmicos distribuídos nos seguintes cursos: Estética (n= 12), Biomedicina (n=8), Nutrição (n=5), Enfermagem (n=44), Fisioterapia (n=36) como mostra o gráfico 1. No gráfico 2 encontra-se a amostragem total separado por gênero e faixa etária, identificaram-se com o sexo feminino (81%) dos participantes e com o sexo masculino (19%). A faixa etária que teve maior predominância foi a de 18 até 24 anos com 77 entrevistados. 

Gráfico 1: Percentual de participantes da amostra conforme o curso

Fonte: Arquivo pessoal 

Gráfico 2: Distribuição dos estudantes por gênero e faixa etária 

Fonte: Arquivo pessoal 

Quando questionados sobre o dispositivo do CE se já ouviram falar, se conhecem o produto 98% dos entrevistados responderam que sim. Em relação ao uso do dispositivo, 39% dos acadêmicos disseram já ter consumido. Dentre os cursos, a fisioterapia e a enfermagem obtiveram maior número de respostas positivas. Entretanto, aqueles que declararam o não uso foi de 60%. E, os mesmos cursos juntos alcançaram 48 respostas negativas. Nota-se que na graduação de biomedicina houve um empate das alternativas, ou seja, metade faz uso e a outra metade não. A partir desta análise, fica evidente que existe o consumo do cigarro eletrônico em todos os cursos, mas a população predominante é aquela que não o utiliza. O conhecimento dos participantes sobre a legislação brasileira está nítido que 81% da amostragem desconhece as leis e os pareceres do órgão fiscalizador acerca deste assunto. De acordo com CAIXETA et.al (2022), a ANVISA publicou a resolução RDC 49/2009 proibindo em todo território nacional a comercialização, propaganda de qualquer DEF’s ( Dispositivos Eletrônicos para Fumar) contendo ou não nicotina até que as pesquisas científicas, toxicológicas e clínicas fossem realizadas. 

Tabela 1: Levantamento das respostas referente ao conhecimento do dispositivo, legislação, utilização do CE por curso e percentual total. 

Legenda: CE (cigarros eletrônicos) 
* no curso enfermagem um entrevistado deixou a resposta em branco nas duas primeiras perguntas

Para os participantes que afirmaram não fazer uso do cigarro eletrônico, foi perguntado se existe curiosidade por parte deles em relação a sensação provocada pela utilização e consequentemente, se seriam influenciados ao consumo caso algum amigo oferecesse. Tem-se os seguintes dados: 56,2% alegaram que não tem curiosidade e 42,9% definitivamente não seriam influenciados por amigos. Em oposição a isso, 4,8% dos acadêmicos responderam sim e provavelmente sim nas questões.

É importante notar que em ambas indagações 39% dos entrevistados deixaram em branco, isto significa que eles não possuem uma decisão previamente estabelecida e que podem mudar de ideia em um futuro próximo. Em seu estudo VARGAS et al (2023) relata que os adultos jovens são mais propensos a experimentarem coisas novas por ainda estarem na fase de descobertas. Outro fator é a variedade de sabores, modelos disponíveis do equipamento agradando a preferência de cada consumidor. 

Gráfico 3: A relação da influência de um amigo versus a curiosidade da sensação do consumo do CE nos participantes que nunca provaram. 

A autopercepção dos discentes quanto ao nível de conhecimento acerca do dispositivo foi levantado através das classificações: baixo, médio, alto, não conheço nada e em branco. Dos dados obtidos, 44,76% consideraram seu conhecimento médio e 33,33% baixo. Apenas uma pequena parcela afirmou conhecer profundamente o equipamento, em torno de 14,30% vide gráfico 4. Segundo FINARDI (2021) apontou que os estudantes que classificaram seu conhecimento como alto foi demonstrado que esta autodenominação foi superestimada já que recomendam o uso do equipamento.

Gráfico 4: Classificação do conhecimentos dos discentes sobre o CE por níveis

Fonte: Arquivo pessoal 

Ao serem questionados sobre o cigarro eletrônico (CE) comparado com o cigarro convencional (CC), por volta de 64,76% dos discentes afirmaram que o CE é mais prejudicial que o CC e somente 28,57% disseram que são igualmente prejudiciais de acordo com o gráfico 5. Conforme CARRIJO et al (2022) os cigarros eletrônicos e seus componentes são maléficos à saúde por atingirem diversos sistemas do organismo. Porém, necessita-se realizar pesquisas mais aprofundadas já que as atuais são limitadas. 

Gráfico 5: Comparativo do cigarro eletrônico e convencional na opinião dos acadêmicos

Fonte: Arquivo pessoal

No questionário foi perguntado aos acadêmicos se o CE auxiliaria as pessoas a pararem de fumar os cigarros convencionais, na tabela 2, na apuração das respostas por curso, fisioterapia e enfermagem foram unânimes ao afirmarem que não. Segundo o INCA 2021 o consumo do cigarro eletrônico aumentou três vezes mais a chance de experimentação do cigarro convencional. Concluindo que esses dispositivos facilitam a iniciação do tabagismo (SOUSA et al., 2023). 

Tabela 2: Distribuição por curso das respostas sobre o cigarro eletrônico ser uma alternativa na cessação do tabagismo de cigarros convencionais 

Fonte: Arquivo pessoal 

Em relação às seguintes perguntas sobre a composição do cigarro eletrônico se poderia ter alguma substância cancerígena e se este instrumento seria capaz de causar danos negativos à saúde, foi verificado que 92,40% e 95,20%, respectivamente informaram que sim nas duas indagações. Uma pequena porcentagem marcou a opção “”não sei” , somando cerca de 10,4%. Segundo SILVA et al (2021), os componentes presentes no cartucho dos CE’s, quando aquecidos, são transformados em substâncias potencialmente carcinogênicas. 

Gráfico 6: Cigarro eletrônico capacidade de causar danos a saúde e substância cancerígena na sua composição 

Fonte: Arquivo pessoal 

Na questão dos principais riscos à saúde que o CE poderia causar. Dentre as alternativas, os riscos “pulmonares” e “todas as alternativas” foram as mais marcadas. No gráfico 7, encontra-se o percentual de respostas por curso. Na biomedicina, 5,83% afirmaram que o risco pulmonar era o principal fator desencadeado pelo consumo do cigarro eletrônico. Já na estética houve um empate entre as opções. As graduações enfermagem, fisioterapia e nutrição contabilizaram juntas 61,17% afirmando que os riscos são cardiovasculares, pulmonares, relacionados à cicatrização e mental. O autor D’ALMEIDA et al (2020) denomina o EVALI como uma patologia pulmonar desencadeada pelo consumo do cigarro eletrônico capaz de causar danos irreversíveis, Além disso, o CE acelera o processo aterosclerótico aumentando a incidência do infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica (SCHOLZ; JAQUELINE; ABE, Tânia; 2019). Como citado pelo autor MOTA et.al (2023) carbonilas, metais e as nitrosaminas são agentes carcinogênicos identificados no vapor. Ainda, tentativas de suicídio por parte dos adultos através do consumo abusivo do equipamento contendo alta quantidade de nicotina foi relatado. (MENEZES et al. 2021). 

Gráfico 7: Percentual, por curso, dos principais riscos à saúde relacionados ao consumo do cigarro eletrônico

Fonte: Arquivo pessoal 

Os acadêmicos foram perguntados se em algum momento da graduação tiveram a oportunidade de discutir em sala de aula sobre os motivos que levam as pessoas a consumirem o CE e se eles aprenderam sobre os efeitos do uso para a saúde. Na tabela 3, com altos percentuais, pelo menos um participante de cada curso disse que não, totalizando 85,80% e 70,47%, respectivamente. De acordo com FINARDI (2021), os estudantes da área da saúde sentem-se inseguros sobre o impacto dos CE’s no organismo, já que durante a graduação não tiveram nenhuma disciplina. 

Tabela 3: Levantamento referente a oportunidades de discutir em sala sobre os motivos que levam ao consumo do CE e seus efeitos 

Fonte: Arquivo pessoal 

As perguntas finais foram para saber a opinião dos discentes a respeito do tema, se julgam pertinente o profissional da saúde ter conhecimento . Por volta de 98,06% acreditam que é fundamental o profissional possuir este entendimento. Também foram questionados, se estão preparados para orientar um cliente que lhe questione, cerca de 51,23% ainda não se sentem capacitados para tal função. E por último, se eles recomendariam o dispositivo como uma alternativa terapêutica, 95% disse não recomendar. O ambiente acadêmico é responsável por capacitar os futuros profissionais da saúde para que prestem ao paciente uma assistência de qualidade embasados no que há de mais atual na literatura. Neste sentido, em algum momento da vida profissional este indivíduo será questionado sobre a temática. Por isso, é fundamental abordar durante a graduação o conteúdo (FILHO et al., 2021). 

Tabela 4: Opinião dos acadêmicos sobre a importância do tema e se eles sentem-se preparados para orientar seus clientes enquanto futuros profissionais 

Fonte: Arquivo pessoal 

5 CONCLUSÕES 

Foi identificado um pequeno percentual do consumo do cigarro eletrônico no ambiente acadêmico em todos os cursos da área da saúde, mas a grande maioria não o utiliza. Percebe-se que existe uma população que ainda não experimentou o dispositivo e movidos pela curiosidade, amigos podem consumir o produto. A grande maioria possui conhecimento médio e não conhecem o que diz a legislação brasileira a respeito do equipamento. 

Ademais, concordam que os CE’s são mais prejudiciais e que não auxiliam na cessação do tabagismo. Um elevado percentual acredita que o CE causa danos à saúde e na sua composição tem substância potencialmente carcinogênica. Em consequência, as principais patologias advindas do consumo são cardiovasculares, pulmonares, mentais e relacionadas à cicatrização. Na opinião dos acadêmicos, este tema é papel dos profissionais da área da saúde terem conhecimento. Uma parte significativa, aponta que não tiveram contato com o assunto e muito menos discussões em sala de aula. Também expressa insegurança enquanto futuros profissionais na orientação de pacientes. Por fim, definitivamente não recomendariam o dispositivo como alternativa terapêutica a clientes que não conseguiram parar de fumar. 

Em síntese, os acadêmicos apesar de não terem aulas voltadas para este assunto, no geral, estão bem informados. Existem lacunas que precisam ser corrigidas, principalmente no quesito de ofertar atualizações em sala voltada para as dificuldades mostradas neste estudo. 

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

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1Discente do curso de Enfermagem do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS – MG. E-mail: jessica.vieira@alunos.unis.edu.br
2Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS – MG. E-mail: mottaanaleticia@gmail.com