CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL SOBRE GRUPOS DE CONVIVÊNCIAS COM ADOLESCENTES

Construction and validation of educational technology for social groups with teenagers.

Construcción y validación de tecnología educativa para grupos sociales con adolescentes

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12023803


Fernanda Vieira Soares1
Mardênia Gomes Vasconcelos Pitombeira1
Maria Veraci Oliveira Queiroz1
Juliana Silva Arruda2
Laurineide de Fátima Diniz Cavalcante2


Resumo: Este estudo buscou descrever o processo de desenvolvimento de uma tecnologia educacional: guia multiprofissional sobre grupo de convivências com adolescentes. Métodos: Estudo metodológico em duas fases: construção e validação. A validação de conteúdo e aparência foi realizada pelo páblico-alvo e por um comitê de especialistas na temática. Os itens foram considerados validados a partir da concordância de 83%, calculada por meio do Índice de Validade de Conteúdo. Resultados: O grau de concordância entre os juízes especialistas na temática obteve um Índice de Validade de Conteúdo (IVC) acima do mínimo recomendado de 83%. O público alvo trouxe sugestões específicas e representativas sobre o funcionamento grupal. Os juízes trouxeram contribuições que, de acordo com a pertinência, foram acatadas. Conclusão: O guia, analisado por especialistas e pelo público-alvo, obteve evidências de validação. Desse modo, constitui-se em uma importante produção tecnológica, podendo ser utilizado, de forma multiprofissional e intersetorial, no contexto da assistência à saúde de adolescentes.

Palavraschave: Tecnologia Educacional; Adolescentes; Grupo de Convivências.

Abstract: This study sought to describe the process of developimg an educational technology: multi-professional guide on social groups with adolescents. Methods: Methodological study in two phases: construction and validation. Content and appearance validation was carried out by the target audience and by a committee of experts on the subject. The items were considered validated based on 83% agreement, calculated using the Content Validity Index. Results: The degree of agreement between the expert judges on the topic obtained a Content Validity Index (CVI) above the recommended minimum of 83%. The target audience brought specific and representative suggestions about group functioning. The judges made contributions which, according to relevance, were accepted. Conclusion: The guide, analyzed by experts and the target audience, obtained evidence of validation. In this way, it constitutes an important technological production and can be used, in a multi-professional and intersectoral way, in the context of health care for adolescents.

Keywords: Educational Technology; Teenagers; Coexistence Group.

Resumen: Este estudio buscó describir el proceso de desarollo de una tecnología educativa: guía multiprofesional sobre grupos sociales con adolescentes. Métodos: Estudio metodológico en dos fases: construcción y validación. La validación de contenido y apariencia fue realizada por el público objetivo y por un comité de expertos en el tema. Los ítems se consideraron validados con base en un 83% de acuerdo, calculado mediante el Índice de Validez de Contenido. Resultados: El grado de acuerdo entre los jueces expertos en el tema obtuvo un Índice de Validez de Contenido (IVC) por encima del mínimo recomendado de 83%. El público objetivo aportó sugerencias específicas y representativas sobre el funcionamiento del grupo. Los jueces realizaron aportaciones que, según su relevancia, fueron aceptadas. Conclusión: La guía, analizada por expertos y público objetivo, obtuvo evidencias de validación. De esta manera, constituye una producción tecnológica importante y puede ser utilizada, de manera multiprofesional e intersectorial, en el contexto de la atención a la salud de los adolescentes.

Palabras clave: Tecnología Educativa; Adolescentes; Grupo de Convivencia.

INTRODUÇÃO

Este estudo é resultado da dissertação: Desenvolvimento de guia multiprofissional sobre grupos de convivência com adolescentes, Mestrado Profissional em Saúde da Criança e do Adolescente – MPSCA, da Universidade Estadual do Ceará – UECE. Aborda o processo de construção e validação de tecnologia educativa no formato de guia e partiu da  indagação: quais elementos e recomendações deveriam compor um guia para orientação de equipe multiprofissional sobre grupos de convivências com adolescentes em lugares da comunidade?

A assistência ao adolescente demanda por recursos que influenciem positivamente o conhecimento frente às mudanças biopsicossociais,  a emergência da puberdade e, vislumbrando o desenvolvimento humano prospectivo de qualidade. Atentar para  o manejo das interações e a gama de possibilidades que a vida traz; focar no bom aproveitamento dos potenciais individuais; realizar o balizamento frente as vulnerabilidades e riscos; intervenção imediata e precoce frente as intercorrências e adoecimentos; e; firmar a adoção de condutas saudáveis extensivas aos responsáveis e pares são indicadores dessa assistência. (CESTARI et al., 2022; SANTOS et al., 2021)

Para tanto, se faz necessária a parceria entre adolescentes, familiares e profissionais, tomando a promoção e a proteção da saúde por direção e pressuposto; enfatizando os sujeitos e a formação humana, no sentido de um manejo ativo e contínuo de acompanhar e cuidar. Promover e proteger a saúde e o bem-estar de adolescentes e jovens engajando-os em seus ambientes – família, escola e comunidade, ao longo do curso de vida deve ser compreendida como uma prioridade. A assistência qualificada e integrada a este período da vida tende ao êxito futuro com vistas às próximas gerações, permite melhores condições de sobrevivência, fomentando à prosperidade e maiores oportunidades para operar transformações positivas localizadas e em extensão. (OPAS, 2018)

O reconhecimento da adolescência como prioridade de investigação na agenda nacional de pesquisas em saúde do país, institui valor e importância às ideias e ações direcionadas à promoção, proteção e recuperação da saúde. Com o, recente, lançamento da agenda transversal criança e adolescente, plano plurianual – PPA 2024-27, do Ministério do Planejamento do País, temos uma regulamentação para as políticas públicas, que deverão ser direcionadas às crianças e adolescentes em prioridade absoluta. (BRASIL, 2023; BRASIL, 2015)

Assim, cada vez mais, o acompanhamento ao adolescente como ato de dedicação, estimulação, orientação, ocupação, proteção e zelo são máximas que encontrarão apoio nas políticas públicas e darão condições aos profissionais e serviços para que, direcionados pela territorialidade, interdisciplinaridade, intersetorialidade e equidade, poderem prestar assistência integral, continuada, com alcance e participação social bem como, protagonismo dos adolescentes e jovens, tal como preconizado pela Política Nacional de Promoção da Saúde – PNPS e pela Política Intersetorial da Saúde e da Educação através do Programa Saúde na Escola – PSE. (BRASIL, 2018; BRASIL, 2007)

Neste sentido, a educação em saúde se torna fundamental. Ela prevê a transmissão de conhecimentos; a formação de habilidades e competências; o engajamento das pessoas com a realidade que vivenciam, para maior desenvolvimento de autonomia e protagonismo pessoais. Espaços de diálogo com práticas que inovem nessa direção é uma necessidade. (CESTARI et al., 2022; SANTOS et al., 2021)

As tecnologias educativas configuram instrumental importante para a concretização da disseminação de conhecimentos e auxílio na capacitação profissional, materializando os ideais discutidos, culminando no alcance à realidade das pessoas e na possibilidade de prestar a assistência da qual vimos abordando nesta introdução.

A tecnologia educativa – guia  é um instrumento que auxilia e orienta a compreensão de diversos conhecimentos,  facilitando o processo ensino-aprendizagem por meio de acesso prático e objetivo aos saberes. (RANGEL, 2019) O uso deste tipo de tecnologia favorece o reforço das orientações verbais, traz a sequência de fases, recomendações,  exemplificações e esclarecimento de possíveis dúvidas. (SANTOS et al., 2021) Desse modo, contribui com profissionais de diversas áreas de atuação e formação, na assistência continuada à saúde do referido público.

Em sequência, abordamos os passos metodológicos do desenvolvimento do guia multiprofissional sobre grupos de convivência com adolescentes.

MÉTODOS

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, sob o parecer número 6.024.106, 26 de abril de 2023, por meio da Plataforma Brasil. Trata-se de estudo metodológico, com análise quantitativa de dados, que tem por objetivo, desenvolver tecnologia educativa válida, adequada e útil às equipes multiprofissionais. (POLIT e BECK, 2019; BRAGA, 2014))

A pesquisa foi realizada por meio de quatro fases: 1ª fase: Aprovação do projeto pelo comitê de Ética em Pesquisas; 2ª fase: exploratória, onde realizamos a revisão de literatura e as entrevistas; 3ª fase: construção da tecnologia – versão inicial; 4ª fase de validação e elaboração da versão final. (RANGEL, 2019; ECHER, 2005)

Após aprovação do projeto pelo  comitê de ética, realizamos a revisão literária e as entrevistas. Este levantamento de dados compôs o conteúdo da primeira versão do guia, que foi organizado em unidades temáticas alusivas às práticas grupais pesquisadas.

A revisão integrativa: buscou por artigos sobre o uso de grupos na promoção de saúde mental de adolescentes. Teve os seguintes critérios de inclusão : literatura nacional e internacional; últimos cinco anos de produtividade científica (identificação de práticas recentes e usuabilidade à realidade adolescente); textos completos; dados primários e; acesso aberto. Para tanto, usou os descritores via Decs/Mesh: “Adolescente”; “pratica de grupo”; “processos grupais”; “estrutura de grupo”; “promoção da saúde”; “saúde mental” e; “assistência à saúde mental”, sem restrição de idiomas.

Usamos acrônimo PICo (ARAÚJO, 2020) e chegamos a seguinte equação de buscas: “Adolescente” AND (“pratica de grupo” OR “processos grupais” OR “estrutura de grupo”) AND (“promoção da saúde” OR “saúde mental” OR “assistência à saúde mental”).Foram feitas buscas nas bases de dados via Portal Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES: LILACS; MEDLINE; EMBASE; SCOPUS; WEB OF SCIENCE; SCIENCE DIRECT; DOAJ; CINAHL; ERIC e; PEPSIC.

Foram encontrados 287 estudos que seguiram exportados para gerenciador de referências – Endnote. O Fluxograma PRISMA – SCR (TRICCO, 2018) foi preenchido com vistas a melhor visualização do processo de seleção dos achados. Após a seleção, 13 estudos estiveram submetidos à leitura integral.

Os estudos receberam o tratamento da análise de conteúdo que se trata de uma investigação sobre o conteúdo manifesto na comunicação e sua descrição objetiva e sistemática (BARDIN, 2021) Ou ainda, conjunto de instrumentos metodológicos que se aplicam a discursos diversificados. Nas pesquisas qualitativas, busca a presença ou ausência de características de dados. Nas pesquisas quantitativas, identifica a frequência com que os dados aparecem no conteúdo (SANTOS, 2011).     

Seguimos as três fases propostas: A primeira fase – pré-análise: leitura ampla e completa dos textos representativos para análise, tecer considerações iniciais. A segunda fase – exploração: codificação e categorização dos dados. A codificação recorta as unidades de registro e; a categorização, seguiu critérios de proximidade de sentidos. Por fim, a terceira fase – inferencial: a interpretação dos resultados obtidos (BARDIN, 2021; SANTOS, 2011). Após a análise  e discussão, seguiu-se para a apresentação do relatório final.

A revisão foi cadastrada na plataforma Open Science Framework – OSF, com o título: Grupo terapêutico para promoção de saúde mental de adolescentes: revisão integrativa, com DOI: 10.17605/OSF.IO/4KCD2. O levantamento de dados sobre a existência de guias, manuais ou demais tecnologias sobre a temática retornou sem resultados.

As entrevistas: foram convidados para a fase de entrevista da pesquisa os participantes dos grupos de convivências com adolescentes dos últimos dez anos – adolescentes, pais/responsáveis e profissionais, totalizando 35 participantes. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada para todos os participantes. Os critérios de inclusão e exclusão foram:

  1. Para profissionais: Inclusão – atuação nos grupos de convivências com adolescentes há mais de um ano. Exclusão – afastamento do serviço temporariamente ou em definitivo;
  2. Para adolescentes e pais/responsáveis: Inclusão – estar no grupo há mais de um ano e o familiar deverá ser o responsável direto pelo acompanhamento e cuidados com o adolescente. Exclusão – adolescentes não-verbais ou sob internação.

A abordagem ao público-alvo foi feita por meio de carta convite concomitante à explicação dos termos da pesquisa. Foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE aos profissionais, pais/responsáveis. Para realizar entrevistas com adolescentes, entregamos o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido – TALE aos adolescentes juntamente com Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE aos responsáveis pelos adolescentes.

A entrevista aconteceu com agendamento de dias e horários prévios, preservando a privacidade e o conforto dos participantes. As entrevistas foram realizadas de forma online por duas entrevistadoras colaboradoras e treinadas, previamente, para as entrevistas e a gravação das mesmas. O treinamento das entrevistadoras se deu através de orientações sobre condução da entrevista; a livre escolha em participar e interromper pelos entrevistados; lugar e interferências; permissão de gravação; indagações e explicações fora do roteiro para melhor compreensão das partes sobre o conteúdo dos questionamentos.

Obtivemos a autorização de todos os entrevistados para gravar as entrevistas e assim o fizemos. A transcrição dos áudios foi realizada por meio do programa de computador Reshape; em sequência, realizamos a correspondência entre transcrição e áudio, garantindo fidedignidade aos dados.

Utilizamos uma abordagem qualitativa, por meio da entrevista semiestruturada e individual para todos. Essa técnica permitiu que o entrevistado discorresse sobre o tema sem se prender à indagação formulada. A entrevista teve um roteiro, com tópicos sobre a problemática, permitindo respostas espontâneas dos entrevistados e uma maior aproximação com a experiência vivida.

Para o processo de amostragem, utilizamos a saturação teórica: ferramenta conceitual empregada nas investigações qualitativas para estabelecer ou fechar o tamanho final de uma amostra em estudo, interrompendo a captação de novos componentes quando os dados obtidos passam a apresentar redundância ou repetição (NASCIMENTO et al., 2018; TURATO et al, 2011)).

Utilizamos o programa Interface de R pour lês Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionaires – IraMuTeQ, este nos possibilitou alcançar dados de classifcação e categorização de dados que deveriam caracterizar o guia. (KLANT e SANTOS, 2021).

Construção da primeira versão do guia: O guia constou dos seguintes elementos: 1. Elementos Pré-textuais: capa, contra-capa, ficha técnica, mini currículo dos autores, citação, frases, músicas, sumário e referências; 2. Elementos Textuais: apresentação, introdução, objetivo, conteúdo (secções baseados em dados da revisão integrativa e nos resultados da análise das entrevistas) e, a diagramação; 3. Elementos Pós-textuais: incluímos um aporte de depoimentos. Os elementos pré e pós-textuais foram adaptados da obra de Rangel (2019).

Foi dividido em duas partes: externa e interna. A parte externa traz a capa e contra-capa. E, a parte interna foi subdividida em elementos pré e pós-textuais e elementos textuais. Realizamos adaptações dos elementos pós-textuais. (RANGEL,2019)

Ilustramos com fotografias do acervo pessoal a fim de trazer maior pessoalidade à tecnologia, contudo as imagens passaram por um tratamento pictórico com vistas a não permitir identificação das pessoas. Para realizar o tratamento das fotografias, utilizamos o aplicativo Prisma. O guia também trouxe figuras que ilustram a temática (RANGEL, 2019).

A diagramação contou com um designer gráfico e uso do programa Canva[1] – acesso gratuito, onde foram estruturados: tipo, tamanho e disposição de letras, símbolos e textos; paleta de cores e; layout em conformidade ao tema, tópicos e imagens. Aspectos que foram observados a fim de assegurar o interesse e a compreensão do público. Destacamos que a  linguagem precisou ser técnica, uma vez que o guia foi direcionado para profissionais de saúde e áreas afins. Contudo, por se. tratar de uma abordagem multiprofissional, os termos precisaram ser de compreensão coletiva.

Com a construção da versão inicial, passamos à validação com juízes especialistas e com o público alvo. Desse modo, os avaliadores puderam realizar a leitura prévia, analisar e tecer suas considerações culminando na elaboração da versão final da tecnologia. Na sequência descrevemos o processo de validação da tecnologia.

Validação por juízes: Os juízes foram selecionados seguindo a técnica da “bola de neve” onde os próprios participantes apontaram outros possíveis participantes (POLIT; BECK, 2019). Para a validação de conteúdo e aparência, foram usados os seguintes critérios de inclusão dos juízes: experiência na área clínica e/ou docência; com público adolescente; com grupo, tendo em vista  nosso objetivo de multidisciplinaridade, mas seguimos os critérios de Carrol-Jonhson (1994).

Os juízes foram convidados por intermédio de Carta Convite, por e-mail, com informações sobre o estudo, objetivos, metodologia e contatos dos pesquisadores. Diante do aceite, entregamos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, a primeira versão do guia e o checklist. Tempo de preenchimento estimado em 15 minutos e período de retorno estipulado em 15 dias.  Doze juízes foram contactados e recebemos 10 avaliações. Foram considerados o número mínimo de seis juízes para validação do guia, conforme Polit e Beck (2019) e Souza (2010)

Nos baseamos no critério de seleção de juízes de Carrol-Jonhson (1994), o mais amplamente usado, indicando que os experts deveriam possuir: doutorado/mestrado na área de saúde ou área correlata; publicação de artigo sobre as temáticas; experiência clínica/educacional por, ao menos, um ano. Também consideramos a atuação clínica e docente em função de termos identificado carência de estudos e publicações sobre as temáticas discutidas. Desse modo, prática clínica e/ou docente, com adolescentes e/ou com grupos, configuraram indicadores de experiência para este estudo.(SOUZA, 2010).

O instrumento de avaliação para juízes foi um instrumento tipo questionário/CHECKLIST, contendo 21 perguntas referentes à avaliação do conteúdo e aparência do guia. Teve questões distribuídas em blocos, de acordo com o propósito que se pretendia alcançar. O primeiro bloco se deteve.à caracterização sociodemográfica e educacional dos juízes. Em sequência tivemos questões relativas ao objetivo (4 questões), conteúdo (5 questões), ilustração gráfica (5 questões), apresentação (4 questões) e especificidade (3 questões)  da tecnologia.

O instrumento avaliativo foi organizado como escala do tipo likert, com quatro tipos de respostas: 01 = não relevante ou não representativo; 02 = item necessita de grande revisão para ser representativo; 03 = item necessita de pequena revisão para ser representativo e; 04 = item relevante ou representativo. Os juízes também poderiam realizar sugestões e contribuições. (SOUZA, 2020; LEITE, 2018; ALEXANDRE e COLUCI, 2011)

Para a análise quantitativa das respostas dos juízes, utilizamos o Índice de Validação de Conteúdo – IVC, que mede a proporção ou porcentagem de juízes que estão em concordância sobre determinados aspectos do instrumento e de seus itens. Com o IVC, analisamos cada item individualmente e depois o instrumento como um todo. (ALEXANDRE e COLUCI, 2011).

Para avaliar a relevância/representatividade das respostas, empregamos uma escala valorativa do tipo Likert, com pontuação de 1 à 4:

1 = não relevante ou não representativo;

2 = item necessita de grande revisão para ser representativo;

3 = item necessita de pequena revisão para ser representativo;

4 = item relevante ou representativo (ALEXANDRE e COLUCI, 2011).

O escore do índice foi calculado por meio da soma de concordância dos itens que foram marcados por “3” ou “4” pelos juízes. Os itens que receberam pontuação “1” ou “2” deveriam ser revisados ou eliminados. Contudo, a avaliação não retornou com essas avaliações.  A fórmula utilizada para avaliar cada item individualmente foi: o número de respostas “3” ou “4” dividido pelo número total de respostas.

Para avaliar o instrumento como um todo, utilizamos a média dos valores dos itens calculados em separado. Ou seja, somamos os IVC´s calculados separadamente e dividimos pelo número de itens da avaliação. (POLIT; BECK, 2019 ALEXANDRE e COLUCI, 2011)

Para seis ou mais juízes, foi considerado um IVC mínimo de 83%. O IVC de cada quesito foi calculado como a média aritmética simples dos IVCs dos itens que compõem o quesito. No guia, considerou-se validados  os ítens que apresentassem concordância de, no mínimo, 83%. As sugestões foram analisadas e acatadas conforme pertinência.(POLIT e BECK, 2019; ALEXANDRE e COLUCI, 2011)

Validação pelo público-alvo:  O guia foi desenvolvido para profissionais de saúde e áreas afins que assistem diretamente adolescentes através de intervenções grupais. Assim, a  apreciação da tecnologia educacional com público alvo se deu com 8 profissionais que também participaram das entrevistas da pesquisa, tendo consentido sua participação por meio de Termo ce Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Os critérios de seleção do público-alvo foi o de atuação nos grupos de convivências por, no mínimo, um ano ininterrupto. (SOUZA, 2020; LEITE, 2018)

Entregamos o guia em formato impresso e digital – pdf e, posteriormente, nos encontramos em sala virtual via plataforma google meet, onde realizamos chamada coletiva de vídeo, permanecemos em conversação por 60minutos, em dia e horário marcados. Seguimos as diretrizes da comissão nacional de ética em pesquisa do ministério da saúde. (BRASIL,2021)

Nesta ocasião, usamos a técnica roda de conversa que é uma via de produção de dados por meios de encontros para diálogo e reflexão desse modo, discutimos sobre as impressões e as considerações acerca da primeira versão e; consideramos os aspectos de comunicação entre participantes: concordâncias, complementaridades, discordâncias, sugestões, supressões e demais, resguardando a integridade dos dados. (MOURA, LIMA, 2014).

Discutimos sobre aspectos da aparência, funcionalidade e correspondência dos dados e imagens do guia. com a realidade de trabalho vivida dentro dos grupos de convivências. Com o intuito de manter a maior pessoalidade e proximidade com a realidade de trabalho, acatamos as sugestões e contribuições, na medida em que foram consenso  dos participantes.

Os dados coletados foram codificados em planilhas do Excel. A análise estatística foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas, média e desvio padrão. (SOUZA, 2020; LEITE, 2018; ALEXANDRE e COLUCI, 2011)

RESULTADOS

A produção do guia se deteve a apresentar informações e imagens com linguagem acessível àqueles profissionais que quisessem assistir adolescentes através de grupos de convivências.  As contribuições de juízes e do público alvo trouxeram enriquecimento à primeira versão do guia e, a partir da validação e reestruturação de dados e imagens, chegamos à versão final.

O guia foi dividido em 9 Secções temáticas autoexplicativas, a saber: 1. Para que serve o guia?; 2. Para quem é este guia?; 3. Convivências: um conceito central; 4. O grupo e seus trocadilhos; 5. O eixo do trabalho; 6. Qual o papel dos profissionais do grupo? 7. Quais adolescentes podem participar e por onde começar?; 8. Em quais locais o grupo de convivências pode acontecer? E; 9. Preparativos e estruturação do grupo, que contou com uma subsecção: 9.1 O passo a passo de uma convivência.

Además, trouxemos Apresentação, espaço para Reflexões e, Exemplo de Atividade, Depoimentos, e  Referências, podem ser melhor identificado com uma mostra do guia conforme figura 1.

Figura 1: Apresentação de páginas do guia. Fortaleza-CE, 2024.

Fonte: guia multiprofissional sobre grupos de convivências com adolescentes, 2024.

A seguir, serão apresentados os resultados quantitativos referentes à validação do guia pelos juízes: quanto à área de atuação profissional atual dos juízes na temática, 6 (60%) trabalham na área de docência, e 4 (40%),  trabalham na área clínica. O tempo de atuação profissional dos juízes especialistas na temática variou de 10 a 30 anos, com uma média de 20,9 anos (desvio padrão de 6,42). Do total de participantes, 1 (10%) é especialista, 7 (70%) são mestres e 2 (20%) são doutores.

O IVC teve 100% de concordância. A maioria das respostas obtidas foram “item relevante/representativo” ou “item necessita de pequena revisão para ser representativo”. Ressalta-se que as alternativas “não relevanta/não representativo” e “item necessita de grande revisão para ser “resentativo” não foram sinalizadas pelos juízes no instrumento e que, em todos os itens, a maioria dos juízes assinalou a resposta “item relevante/representativo”, conforme pode ser verificado na tabela 1.

Tabela 1 – Frequência absoluta do nível de concordância dos juízes e Índice de Validade de Conteúdo (IVC) de cada item do instrumento, Fortaleza-CE, 2024.

Nota: A valoração segue as seguintes designações: 01 = não relevante ou não representativo; 02 = item necessita de grande revisão para ser representativo; 03 = item necessita de pequena revisão para ser representativo e; 04 = item relevante ou representativo.

Fonte: elaborado pela autora com base na pesquisa, 2024 e literatura: Souza (2020), Leite (2018) e Braga (2014)

Na avaliação por parte dos juízes, todos os quesitos do guia tiveram IVC acima do percentual 83% que é o mínimo recomendado, ver Figura 4.

Figura 4 – IVC médio por quesito e IVC médio geral obtido, Fortaleza-CE, 2024.

Fonte: elaborado pela autora com base em dados da pesquisa, 2024.

A seguir, serão apresentados os resultados referentes à validação do guia pelo público alvo:  os 8 participantes atenderam ao critério de 1 ano de trabalho nos grupos sem interrupções. O tempo de atuação profissioal variou de 1 à 12 anos, com uma média de 5,2 anos (desvio padrão de 4,06). Do total de participantes, , 2 (28,4%) possuem ensino médio; 1 (14,2%) possui nível superior e; 4 (57,1%) são especialistas.

A roda de conversas perpassou por questões baseadas no formulário avaliativo aos juízes. Indagamos sobre a apreciação do guia, se as informações eram acessíveis e de fácil reconhecimento, se poderiam ser replicadas. E ainda, se as informações e imagens eram fidedignas à proposta e as experiências dentro dos grupos, dada a experiência vivida pelos profissionais. Ao longo da conversação, que durou 60 minutos, muitas sugestões foram levantadas com vistas ao melhor esclarecimentos das secções do guia. Estas foram analisadas por todos e, a grande maioria, foi acatada.

DISCUSSÃO

O estudo trouxe a produção de uma tecnologia educacional – guia, como produto da dissertação intitulada: desenvolvimento de guia multidisciplinar sobre grupos de convivências para adolescentes, do Mestrado Profissional em Saúde da Criança e do Adolescente, da Universidade Estadual do Ceará.

O guia foi baseado no projeto Contaí – encontros entre adolescentes, que desenvolve experiências compartilhadas em locais da comunidade, desde de 2012. E contou com a contribuição de profissionais; pais e responsáveis e; de adolescentes e jovens; todos participantes do projeto.

Tais tecnologias são importantes pois fornecem informações que melhoram o conhecimento e o engajamento de profissionais para o manejo com a realidade da adolescência.

Assim, seguiu-se o entendimento de pesquisas que se apoiam em práticas diretas de contato com a realidade das pessoas e vivenciadas nos serviços de assistência. Também nos apoiamos nos pressupostos científicos para desenvolvimento de tecnologias. (SILVA et al, 2021; POLIT e BECK, 2019; LIMA et al, 2017; BRAGA et al, 2014)

Ressalta-se que, o levantamento bibliográfico sobre guias que abordassem o uso de grupos voltados para promoção de saúde de adolescentes, em diversas áreas do saber, não foi encontrado, tendo essa lacuna de conhecimento.

Deste modo, apresentar o motivo pelos quais os grupos de convivências foram iniciados, trazer os princípios que norteiam essa prática, apresentar postulados teóricos de sustentação e ainda, considerar a “voz” dos participantes (profissionais, pais/responsáveis e adolescentes/jovens) vinculados à temática, se configurou em importantes conteúdos para compor a tecnologia educativa. (CESTARI et al, 2022)

A tecnologia educativa – guia, dá ênfase ao coletivo e às relações estabelecidas com os participantes e com os ambientes, permitindo romper com a desinformação através da vivência em conjunto – uma convivência, que gera condição de estabelecer outras formas de reconhecer e conceber os dados de realidade, agindo sobre elas e visando proteção e promoção de saúde aos envolvidos.

Assim, temos uma ferramenta educativa que amplia as possibilidades de exercício de profissionais das áreas da saúde, educação, assistência social e afins, na medida em que promove desenvolvimento de conhecimento e habilidades de cuidado, integração e identificação com os ambientes com vistas ao desenvolvimento integral de adolescentes e melhoria de sua qualidade de vida. (CESTARI et al, 2022; SANTOS et al, 2021)

Compreendemos ainda que o guia poderá estar associado à redução de custos em termos de educação em saúde: profissionais desenvolvendo atividades em grupo terão maior proximidade e alcance populacional. A realização de grupos de convivências com adolescentes tende ao aumento do bem estar consigo, com os pares e com os ambientes, trazendo melhoria aos desfechos sociais, educacionais e clínicos. (CESTARI et al, 2022; SANTOS et al, 2021)

O guia foi composto por elementos como figuras, fotos, trechos de músicas, mensagens, espaços para registro de ideias e reflexões, relatos de experiências e textos (passo a passo), relativos às vivências em coletividade. (UNICEF, 2021; RANGEL, 2019; BRASIL, 20014; BRASIL, 2008; ECHER; 2005)

A construção de esboço inicial esteve embasado na literatura científica e em dados da pesquisa, constituindo etapa que solidificou o eixo central dos elementos que deveriam constituir a tecnologia educativa. Esta foi importante fase para orientar a produção da versão final do guia. (SILVA et al, 2021; LIMA et al, 2017; BRAGA et al, 2014)

O processo de validação por juízes e pelo público alvo foi importante para orientar a produção da versão final, consolidando dimensões de conteúdo e de apresentação que atendessem aos critérios de compreensão, acessibilidade e replicação aos leitores.(SOUZA et al, 2020; LEITE et al, 2018)

A validação considerou a recomendação dos teóricos: o material deve ser lido e analisado para adequação ao estudo e à realidade em questão; organização do conteúdo em secções  com sequência lógica e linguagem acessíveis; além de trazer ilustrações gráficas e exemplificações que pudessem especificar detalhes ao processo abordado pela tecnologia educativa (CESTARI et al, 2022; LEITE et al, 2018; LIMA et al, 2017)

Outra preocupação deste estudo foi a acessibilidade de linguagem escrita e de imagens: uso de fontes textuais maiores, imagens reais do grupos de convivências foram utilizadas para rápida identificação, entendimento das mensagens veiculadas e ainda, atraentes, que pudessem despertar o interesse pelo assunto. Portanto, texto claro objetivo e adequado ao público-alvo. A linguagem mais clara e de fácil compreensão, facilita o entendimento das orientações fornecidas; potencializa a tomada de decisão e permite alcançar os objetivos propostos com a criação do guia.  (SANTOS et al, 2021)

Quanto às ilustrações, foram solicitadas a inserção de imagens que dessem maior pessoalidade ao grupo de convivências. Imagens que apresentassem o funcionamento real do grupo em suas “andanças pelo mundo”, o que foi acatado na reformulação do guia.

A tecnologia educativa – guia, disponibilizada para a comunidade, de forma gratuita e virtual, por meio de redes sociais e em eventos científicos, permitirá a disseminação de pressupostos de uma prática coletiva com adolescentes na perspectiva de uso dos espaços sociais da comunidade pois, são vias que articulam um número alto de pessoas de forma dinâmica e frequente.

Deste modo, será possível uma visualização dos aspectos discutidos no guia para a prática interprofissional, o uso da coletividade e dos ambientes a favor do desenvolvimento do adolescente, o compartilhamento de experiências e suporte social, considerando ainda, a formação de elos intersetoriais dentro da comunidade para um acompanhamento com vistas à promoção da saúde de forma integral e continuada. (BRASIL, 2023; 2018; 2015; 2007; OPAS, 2018)

Esta tecnologia educativa pode colaborar positivamente para a estruturação de outros serviços de grupo junto de adolescentes, porque integra dimensões práticas e teóricas necessárias à aprendizagem, expondo um passo a passo para estruturação do serviço e apresentando atividades que podem servir de modelo para outras práticas. Assim, o guia amplia as perspectivas sobre como assistir adolescentes contribuindo com a construção do conhecimento e da prática.

O desenvolvimento desta tecnologia educativa e sua validação, demonstrou ser um instrumento importante para educação em saúde na medida em que permite aos profissionais mais uma via para prover assistência, orientação e formação em saúde.

CONCLUSÃO

Descrever o processo de desenvolvimento do guia (sua construção e validação) foi alcançado, e nos permitiu disponibilizar o instrumento para uso pela comunidade.   A produção da tecnologia educativa – guia, possibilitou a utilização da prática baseada em evidência, que visa contribuir para promoção de saúde de adolescentes, na medida em que propõe assistência continuada,  compartilhada e no território. O guia traz dimensões centrais para estruturação de um grupo de convivências com adolescentes. Dimensões operacionais, formação de equipe de trabalho, locais de realização dos grupos e postulados para guiar o funcionamento grupal foram estabelecidos. Acreditamos que a tecnologia educativa – guia poderá contribuir para uma ampliação de formas de assistência e promoção de saúde aos adolescentes.Também poderá contribuir em termos de maior alcance populacional, pois as intervenções se utilizam da coletividade. As práticas interprofissionais, com relações horizontais e em “rede”, tendem a propiciar proteção e ganhos à saúde, por meio do cuidado de si, dos demais e do ambiente. Mudanças conceituais e comportamentais desejáveis e generalizáveis.


REFERÊNCIAS

ALEXANDRE, Neusa Maria Costa; COLUCI, Marina Zambon Orpinelli. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 3061-3068, jul. 2011.

ARAÚJO, Wánderson Cássio Oliveira. Recuperação da informação em saúde: construção, modelos e estratégias. Convergências em Ciência da Informação, Aracaju, v. 3, n. 2, p. 100-134, maio/ago. 2020.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa, PT: Ediçoes70, 2021.

BRAGA FTMM, GARBIN LM, MARMOL MT, KHOURI VY, VASQUES CI, CARVALHO EC. Oral hygiene in chemotherapy patients: construction and validation of an educational vídeo. Rev Enferm UFPE. 2014;8(10):3331-9. doi: 10.5205/reuol.6039-55477-1-ED.0810201411

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Agenda nacional de prioridades de pesquisa em saúde 2. ed., 4. reimpr. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2015. 68 p.

BRASIL. Ministério da Saúde.Guia de sugestões de atividades : semana saúde na escola 2014 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica; Ministério da Educação. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL. Ministério do Planejamento. Série planejamento nacional  agenda transversal crianças e adolescentes PPA 2024-27 unicef secretaria nacional de planejamento ministerio do planejamento e orçamento Governo federal 26 de novembro de 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde: PNPS: Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.  Ofício circular nº 2/2021/CONEP/SECNS/MS. Brasília, 24 de fevereiro de 2021. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/images/Oficio_Circular_2_24fev2021.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. PSE – Programa Saúde na Escola Decreto presidencial nº6286, de 05 de dezembro de 2007. Disponível em: http://aps.saude.gov.br/ape/pse.

CARROLL-JOHNSON, Rose Mary; PAQUETTE, Mary. Classification of nursing diagnoses: proceedings of the tenth conference. Philadelphia, PA. Lippincott Williams & Wilkins, 1994.

CESTARI, VRF; FLORÊNCIO, RS; GARCES, TS; SOUZA, LC; SILVA, JNG, PESSOA, VLMP; et al. Requirements for building educational and care technology on heart failure. Rev Bras Enferm. 2022;75(4):e20210465. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2021-0465

ECHER, Isabel. Cristina. Elaboração de manuais de orientação para o cuidado em saúde. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 5, p. 754- 757, out. 2005.

KLANT, Luciana Maria; SANTOS, Vanderley Severino dos. O uso do software IRAMUTEQ na análise de conteúdo – estudo comparativo entre os trabalhos de conclusão de curso do profept e os referenciais do programa. Research, society and development 2021; v10,n4: 1-15.

LEITE, SS; AFIO, ACE; CARVALHO, LV; SILVA, JM; ALMEIDA, PC; PAGLIUCA, LMF. Construction and validation of na Educational Content Validation Instrument in Health. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(Suppl 4):1635-41. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0648

LIMA, MB; REBOUÇAS, CBA; CASTRO, RCMB; CIPRIANO, MAB; CARDOSO, MVLML; ALMEIDA, PC. Construction and validation of educational video for the guidance of parents of children regarding clean intermittent catheterization. Rev Esc Enferm USP. 2017

MOURA, Adriana Ferro; LIMA, Maria Glória. A Reinvenção da Roda: Roda de Conversa, um instrumento metodológico possível. Universidade Federal da Paraíba. Revista Temas em Educação, v. 23, n. 1, p. 95, 2014.

NASCIMENTO, LCN; SOUZA TV; OLIVEIRA, ICS; MORAES, JRMM; AGUIAR,RCB; SILVA, LF. Theoretical saturation in qualitative research: an experience report in interview with schoolchildren. Rev Bras Enferm., Brasília, v. 71, n. 1, p. 228-33, jan./fev. 2018.

OPAS. Organização pan-americana da saude e organização mundial de saude. 56º Conselho Diretor 70º Sessão do ComitÊ Regional da OMS para as Américas. Washington, D.C., EUA, 23 a 27 de setembro de 2018

POLIT, Denise F.; BECK, Cheryl Tatano. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática da enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2019.

RANGEL, Felipe. Sarmenghi; DELCARRO, Jéssica. C. da Silva; OLIVEIRA, Lohan Galvão de. Como se faz? Guia didático. Vitória: Instituto Federal do Espírito Santo, 2019.

SANTOS, FGT; LAQUI, VS; SANCHES, RCN et al. Tecnologia educacional para pessoas com doença renal crônica…R. pesq.: cuid. fundam. online 2021 jan/dez 13: 517-523

SANTOS, Fernanda Marsaro dos. Análise de conteúdo: a visão de Laurence Bardin. 2011.

SILVA, PG; ARAÚJO, LMS; TERÇARIOL, CAS; SOUZA, CBL; ANDRADE, RD; REIS, RK, et al. Production and validation of educational technology on nursing care for syphilis prevention. Rev Bras Enferm. 2021;74(Suppl 5):e20190694. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0694

SOUZA, ACC; MOREIRA, TMM; BORGES, JWP. Development of na appearance validity instrument for educational technology in health. Rev Bras Enferm. 2020;73(Suppl 6):e20190559. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0559

SOUZA, Priscilla Alfradique de et al. Validação diferencial dos diagnósticos de enfermagem memória prejudicada e confusão crônica. 2010.

TRICCO,A.C; LILLIE E, Zarinw,O`Brien KK (2018). Colquhoun H, Levac D,et al. PRISMA Extension for Scoping Rewiews (PRISMA-ScR): Checklist and Explanation. Ann InternMed, [S.l.], v. 169, n. 7, e47673, set. 2018.

TURATO, Egberto Ribeiro; FONTANELLA, Bruno Jose Barcellos; LUCHESI, Bruna Moretti; SAIDEL, Maria Giovana Borges, RICAS, Janete; MELO, Débora Gusmão. Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(2):389-394, fev, 2011.

UNICEF. Saúde mental de adolescentes e jovens recurso eletrônico karen scavacini e J Fontoura. 1 ed São Paulo: Instituto Vita Alere, 2021


[1] Canva é uma plataforma de design gráfico que permite aos usuários criar gráficos de mídia social, apresentações, infográficos, pôsteres e outros conteúdos visuais