REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10386530
REIS, Andia Cintia Oliveira Silvério dos1;
BORGES, Cejana Marques2
RESUMO
Este estudo tem como objetivo principal investigar e compreender o comportamento empreendedor das mulheres empresárias na cidade de Palmas, Tocantins. O foco principal é analisar se essas mulheres demonstram características empreendedoras em suas atividades comerciais. O estudo parte do seguinte problema: As mulheres que empreendem na cidade de Palmas- TO possuem um comportamento empreendedor? Para atingir o objetivo desta pesquisa, recorreu-se à literatura em busca de contribuições que facilitassem a análise do perfil empreendedor. Através do instrumento de pesquisa aplicado às empresárias, foi possível examinar as principais características e o perfil que elas apresentam, alinhando-se aos conceitos de McClelland, tais como: busca de oportunidades e iniciativa, persistência, comprometimento, exigência de qualidade e eficiência, correr riscos calculados, estabelecimento de metas, busca de informações, planejamento e monitoramento sistemáticos, persuasão e rede de contatos, independência e autoconfiança. O método utilizado nesta pesquisa é o dedutivo, é caracterizada como descritiva, com abordagem qualitativa. O método dedutivo consiste em iniciar com uma premissa geral e, a partir dela, derivar conclusões específicas. Neste contexto, a pesquisa começa com uma compreensão ampla do comportamento empreendedor feminino, utilizando teorias e conceitos previamente estabelecidos. Conforme evidenciado pela pesquisa, todas as empresárias entrevistadas exibem comportamento empreendedor. Os resultados revelam consistentemente traços distintivos associados a uma mentalidade empreendedora.
Palavras-chave: Empreendedorismo, Comportamento Empreendedor. Empreendedorismo Feminino.
ABSTRACT
This study aims to investigate and comprehend the entrepreneurial behavior of women entrepreneurs in the city of Palmas, Tocantins. The primary focus is to analyze whether these women exhibit entrepreneurial characteristics in their business activities. The study addresses the following research question: Do women entrepreneurs in the city of Palmas, TO, display entrepreneurial behavior? To achieve the objective of this research, a review of the literature was conducted to gather insights that would facilitate the analysis of entrepreneurial profiles. Through the research instrument applied to the businesswomen, it was possible to examine the key characteristics and profiles they demonstrate, aligning with the concepts of McClelland, such as: seeking opportunities and initiative, persistence, commitment, demand for quality and efficiency, taking calculated risks, goal setting, information seeking, systematic planning and monitoring, persuasion and networking, independence, and self-confidence. The research methodology employed is deductive, characterized as descriptive with a qualitative approach. The deductive method involves starting with a general premise and deriving specific conclusions from it. In this context, the research begins with a broad understanding of female entrepreneurial behavior, utilizing previously established theories and concepts. As evidenced by the research, all interviewed businesswomen exhibit entrepreneurial behavior. The results consistently reveal distinctive traits associated with an entrepreneurial mindset.
Keywords: Entrepreneurship, Entrepreneurial Behavior. Female Entrepreneurship.
1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objetivo principal investigar e compreender o comportamento empreendedor das mulheres empresárias na cidade de Palmas, Tocantins. O foco principal é analisar se essas mulheres demonstram características empreendedoras em suas atividades comerciais. O estudo parte do seguinte problema: As mulheres que empreendem na cidade de Palmas- TO possuem um comportamento empreendedor?
Desde a década de 1990, o conceito de empreendedorismo tem se disseminado amplamente no cenário brasileiro. Essa tendência é impulsionada pela necessidade de estabelecer pequenas e grandes empresas de forma sustentável. Isso mostra relevância do empreendedorismo não somente como um meio de criar negócios, mas também para realização da vida dos indivíduos.
O empreendedorismo feminino é uma ação de coragem e determinação das mulheres em superarem os desafios para criação de seus empreendimentos. Envolve a criação, operação e gestão de empresas por mulheres, que muitas vezes enfrentam desafios adicionais devido a fatores como multitarefas além das assumidas na gestão das empresas. O empreendedorismo feminino não se limita apenas a iniciar negócios, mas também abrange o desenvolvimento de competências empreendedoras, a busca de oportunidades e a superação de obstáculos. Além disso, muitas empreendedoras também buscam equilibrar suas responsabilidades familiares, como mães e esposas, ao mesmo tempo em que buscam o sucesso em sua vida profissional.
O método utilizado nesta pesquisa é o dedutivo, é caracterizada como descritiva, com abordagem qualitativa. O método dedutivo consiste em iniciar com uma premissa geral e, a partir dela, derivar conclusões específicas. Neste contexto, a pesquisa começa com uma compreensão ampla do comportamento empreendedor feminino, utilizando teorias e conceitos previamente estabelecidos
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 HISTORIOGRAFIA DO CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO
O conceito de empreendedorismo foi sendo definido junto com o desenvolvimento social e tem evoluído ao longo das décadas, assumindo diversas vertentes e interpretações ao longo do tempo. Desde as raízes históricas do empreendedorismo, que remontam a pioneiros que arriscaram seus recursos para explorar novos territórios e oportunidades de negócios, até as modernas perspectivas que abrangem inovação, startups e empreendedorismo social.
Dornelas (2016, p. 20) mostra que a etimologia da “[…] palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo”. Desta forma, o empreendedor inicialmente é aquele indivíduo que assume riscos e responsabilidades em uma negociação.
Segundo os autores Bessant e Tidd (2009), os empreendedores são impulsionados principalmente pela necessidade de conquista. Essa visão destaca que o empreendedorismo não se baseia apenas na busca de recompensas financeiras, mas também na superação de desafios. Os empreendedores frequentemente são movidos por um desejo profundo de realizar algo significativo e contribuir para a inovação ou a resolução de problemas.
Uma explicação inicial do conceito de empreendedorismo remonta às ações de Marco Polo mercador do século XIII, que buscou estabelecer uma rota de comércio para o Extremo Oriente. Marco Polo, agindo como empreendedor, estabeleceu um acordo com um indivíduo que detinha recursos financeiros (atualmente conhecido como um capitalista) para comercialização de produtos (Dornelas, 2016).
Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2014), foi no século XVII que ocorreram as primeiras ações de empreendedorismo nos moldes que conhecemos hoje, quando acordos passaram a ser formalizados entre o governo e empreendedores visando à realização de serviços ou à entrega de produtos.
Foi a partir do século XVII que o termo empreendedor passou a estar associado ao indivíduo que assume riscos em uma negociação. Segundo Dornelas (2016) Richard Cantillon, um influente autor e economista do século XVII, é frequentemente reconhecido como um dos pioneiros na formulação do conceito de empreendedorismo. Ele se destacou por ser um dos primeiros a estabelecer uma distinção entre o empreendedor, alguém que aceita riscos, e o capitalista, aquele que fornece o capital.
Richard Cantillon, caracteriza o empreendedor como o indivíduo que buscando aproveitar oportunidades e obter lucro, aceitava correr riscos financeiros, de produção e distribuição para poder vender e concretizar os seus planos (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014). Desta forma, a partir do século XVII, o empreendedorismo ficou ligado as atitudes de risco tomadas para gestão de negócios.
No século XVIII, a partir do processo de industrialização, foi sendo gerada uma distinção entre a pessoa que detinha capital e aquela que dependia de capital. Em termos mais simples, o empreendedor foi separado do provedor de capital, ou seja, do investidor (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014).
No século XIX o economista francês Jean Baptiste Say, definiu os empreendedores como sendo agentes de mudança, pois são capazes de criar empreendimentos e estão ligados à inovação e desempenhando um papel crucial na dinâmica de crescimento econômico.
Cantillon e Say consideravam os empreendedores como pessoas que corriam riscos, basicamente porque investiam seu próprio dinheiro. Na visão de Cantillon, os empreendedores compravam matéria prima, por certo preço com o objetivo de processá-la e revendê-la por um preço ainda não definido. Os empreendedores eram, portanto, pessoas que aproveitavam as oportunidades com a perspectiva de obterem lucros, assumindo riscos inerentes. Say fazia distinção entre empreendedores e capitalistas e entre os lucros de cada um. Ao fazê-lo, associou os empreendedores à inovação e via-os como os agentes da mudança. (FILION, 1999, p. 7)
Já no século XX, o economista Joseph Alois Schumpeter, formulou a concepção moderna de empreendedorismo. Para ele, empreendedor é o indivíduo que mediante as suas ações e objetivos, identifica a necessidade de novos mercados, introduz novos produtos e de organização. Schumpeter afirma que Jean Baptiste Say foi o primeiro a criar os fundamentos para os estudos sobre o empreendedorismo (FILION, 1999).
Schumpeter ressalta que os empreendedores desempenham um papel fundamental na economia ao perturbar a ordem estabelecida e introduzir novas combinações de produtos e serviços no mercado, associando o empreendedorismo a inovação. Schumpeter argumenta que o desequilíbrio dinâmico provocado por empreendedores inovadores é essencial para economia. A partir de suas obras, Schumpeter demostrou a importância dos empreendedores para o desenvolvimento da economia (FILION, 1999).
Filion (1999) ressalta que o pensamento econômico acerca do empreendedorismo, ao resistir a adotar modelos não-quantificáveis para explicar o comportamento empreendedor, abre as portas para outras disciplinas que se dedicam ao estudo do comportamento humano. Em contraste com os economistas, os comportamentalistas sustentam que o empreendedorismo não está necessariamente ligado à gestão de um negócio e pode ter conexões mais amplas com a sociedade em geral.
O Sociólogo e economista alemão Max Weber (1864-1920) foi um dos primeiros a pesquisar sobre o comportamento dos empreendedores. Porém, foi o psicólogo americano David Clarence McClelland (1917 – 1998), a fazer contribuições significativas para análise comportamentalista do empreendedorismo. McClelland não definia o empreendedorismo como encontrado nas pesquisas dos economistas, para ele, o empreendedorismo é o indivíduo que exerce controle sobre sua produção não destinada apenas para consumo próprio, desta forma, também ligando o empreendedorismo a executivos de grandes empresas (FILION, 1999).
A teoria de McClelland (1972) se destaca entre outras teorias de motivação humana psicológica devido à sua abordagem acessível e, ainda hoje, é considerada uma das teorias mais influentes e reconhecidas.
Brancher; Oliveira e Roncon (2012) mostram que McClelland identificou que empreendedores possuem três conjuntos de necessidades motivadoras – realização, afiliação/planejamento e poder – que se manifestam independentemente de gênero, idade ou cultura. A necessidade de realização é reconhecida como a principal força motriz do empreendedorismo, refletindo a confiança do indivíduo em suas próprias habilidades. A necessidade de afiliação representa o desejo de estabelecer e manter relações emocionais com outras pessoas, resultando na capacidade de planejar soluções para desafios com base nessas conexões. Por outro lado, a necessidade de poder está relacionada ao anseio do empreendedor em exercer influência sobre os outros.
O empreendedorismo também passa a ser visto como um componente social. As distintas abordagens sobre o fenômeno do empreendedorismo, seja de viés economista ou comportamental, mostram a relevância do papel do empreendedor para a sociedade, para o desenvolvimento econômico e social.
Diante da evolução do conceito de empreendedorismo e das diversas perspectivas que moldaram essa disciplina ao longo do tempo, é fundamental agora direcionar nossa atenção para o cenário específico do empreendedorismo na cidade de Palmas, capital do Estado d Tocantins, e em especial o empreendedorismo feminino. Analisando o papel desempenhado pelas empreendedoras na economia e na sociedade.
2.2 EMPREENDEDORIMSO FEMININO NA CIDADE DE PALMAS-TO
No ano de 2020 o Brasil conquistou o sétimo lugar entre os países com o maior contingente de mulheres empreendedoras, conforme apontado pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020, conduzida pelo Sebrae em colaboração com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ). Isso reflete o crescente impacto e papel das mulheres no cenário empreendedor (SEBRAE, 2023).
No Brasil cerca de 54% dos empreendedores masculinos iniciam seus empreendimentos devido a oportunidades percebidas, enquanto um pouco mais de 55% das empreendedoras iniciam seus empreendimentos por necessidade (SEBRAE, 2023).
De acordo com informações da Rede Mulher Empreendedora (RME), 53% das empreendedoras no Brasil são mães, e a maioria delas buscam flexibilidade de horários para equilibrar suas responsabilidades domésticas com suas carreiras. Muitas empreendedoras também optam por empreender devido à falta de oportunidades em cargos de liderança no mercado tradicional (SEBRAE, 2023).
Conforme o estudo “Women in The Boardroom – Uma Perspectiva Global”, as mulheres ocupam apenas 16,9% das cadeiras nos conselhos de grandes empresas em todo o mundo, e esse número diminui para 8,6% no Brasil. Esses dados destacam a desigualdade de gênero presente nos altos escalões das empresas e a motivação de muitas mulheres para buscar alternativas empreendedoras (SEBRAE, 2023).
Nesse ano de 2023 o estado do Tocantins conta com cerca de 94.682 empreendedores, desses, 55.402, ou seja, 58,5%, são do sexo masculino, e 41,5% são do sexo feminino. Desta forma, o Estado do Tocantins tem em 2023 cerca de 39.280 empreendedoras, sendo o Estado brasileiro onde o empreendedorismo feminino é menos atuante. Dentre essas empreendedoras, 58% desempenham o papel de chefe de família, sendo a principal fonte de renda do lar. Isso mostra a persistência do perfil multitarefas, em que a mulher desempenha os papéis de mãe e empreendedora (FERNANDA, 2023).
Os dados apresentados mostram uma realidade importante no cenário empreendedor do Tocantins em 2023. Com 41,5% das empresas sendo lideradas por mulheres, o Estado se destaca como uma das regiões do Brasil com a menor presença de empreendedoras. No entanto, o que é chama mais a atenção é o papel desempenhado por essas mulheres no contexto familiar. Com 58% delas atuando como chefes de família e sendo a principal fonte de renda do lar, essas empreendedoras enfrentam os desafios do mundo dos negócios, mas também equilibram o papel como mãe. Esse perfil multitarefas ilustra a determinação das mulheres no Tocantins que optam pelo empreendedorismo, enfrentando obstáculos comuns a muitas empreendedoras em todo o mundo (SEBRAE, 2019).
Esses dados ressaltam a importância de medidas de apoio e políticas que promovam o empreendedorismo feminino no Tocantins. Além de incentivar a igualdade de gênero no mundo dos negócios, tais políticas podem desempenhar um papel crucial no fortalecimento da economia local, à medida que mais empreendedoras contribuem de maneira significativa para o sustento de suas famílias e o crescimento do Estado.
Para conseguir lidar com as multitarefas as mulheres procuram planejar suas ações buscando conciliar gestão dos negócios, o papel de mãe, esposa, dona de casa e trabalhadora. Tentam conciliar o seu tempo para que nenhumas das atividades interfiram nas demais.
A cidade de Palmas, no estado de Tocantins, abriga uma população de 306.296 habitantes, dos quais 140.926 estão ativos e com idade para trabalhar ou empreender (MAISMEI, 2023).
O crescimento da cidade de Palmas, sendo a capital mais nova do Brasil, criada em 20 de maio de 1989, é em grande parte realizada pelas mais de 35.547 empresas registradas na cidade (MAISMEI, 2023).
Na cidade de Palmas, existe um total de 25.105 microempreendedores individuais devidamente registrados. É notável observar a diversidade de atividades nas quais esses microempreendedores atuam, com cinco setores em particular destacando-se como os principais pilares do empreendedorismo local (MAISMEI, 2023).
Entre as cinco principais áreas de atuação desses microempreendedores individuais, destacam-se serviços relacionados à alimentação, como restaurantes e lanchonetes, seguidos de perto pelo comércio varejista, abrangendo desde pequenas lojas de roupas até mercados de bairro. Além disso, os microempreendedores individuais também se destacam no segmento de prestação de serviços diversos, que vão desde consultoria a serviços de beleza e bem-estar. A construção civil também desempenha um papel significativo, com microempreendedores envolvidos em empreendimentos de construção, reforma e manutenção de imóveis. Por fim, a área de tecnologia e informática tem ganhado destaque, refletindo a crescente importância da inovação e da tecnologia no cenário empresarial de Palmas.
Dos 25.105 microempreendedores individuais registrados em Palmas, um total de 40,84% são mulheres, enquanto os homens representam 59,16% desse contingente empreendedor. Desta forma, existem em Palmas cerca de 10.252 empreendedoras. A média de idade dos empreendedores na cidade de Palmas é de 34 anos, sendo que 31% têm entre 31 e 40 anos (MAISMEI, 2023).
Gráfico 01: Microempreendedores individuais
Fonte: Elaboração própria com base em MAISMEI (2023).
A média de idade dos empreendedores em Palmas, que é de 34 anos, com 31% deles situados na faixa etária de 31 a 40 anos, é um reflexo da diversidade de experiências e histórias pessoais entre os empreendedores. Muitas empreendedoras nessa faixa etária frequentemente enfrentam o desafio de conciliar a gestão de seus negócios com os cuidados familiares, uma vez que estão em idades que também desempenham papéis ativos como mães e esposas.
A presença de 10.252 empreendedoras femininas entre os 25.105 microempreendedores individuais em Palmas é um indicador importante da vitalidade do empreendedorismo feminino na cidade. Esse número representa mulheres que não apenas se destacam no cenário empresarial, mas também desempenham papéis cruciais em suas famílias e comunidades.
2.3 COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
De acordo com Robbins (2000), os empreendedores exibem atributos como coragem, inovação, espírito aventureiro e audácia. Compartilham traços psicológicos que incluem dedicação, autoconfiança, otimismo, determinação e elevada energia. Além disso, a personalidade empreendedora é delineada por outros elementos, como a necessidade de conquistas, a convicção na habilidade de controlar o próprio destino e a disposição para assumir riscos moderados.
Robbins (2000, p. 9) afirma ainda que os empreendedores geralmente são independentes, mostrando uma preferência por assumir pessoalmente a responsabilidade de solucionar problemas, estabelecer metas e alcançá-las por meio de seus próprios esforços. Valorizam a autonomia e, especificamente, não apreciam ser submetidos a controle externo.
Segundo Dornelas (2008), o empreendedor apresenta características distintas que o diferenciam em seu comportamento. Além das características sociológicas e do ambiente cotidiano, eles exibem atributos pessoais que contribuem para seu perfil inovador.
Figura 01 – Características do comportamento empreendedor.
Fonte: Adaptado de: LONGEN, 1997, LIMA; LEZANZ, 2000, LEZANA; TONELLI, 2004.
A ilustração destaca as principais características e os comportamentos dos empreendedores bem-sucedidos. Conforme observado por Vidal (2003), a motivação para a realização e as características comportamentais são elementos cruciais para o desenvolvimento econômico dos indivíduos, fornecendo uma explicação para a aparente indiferença de muitos e a sensibilidade de poucos às oportunidades econômicas do ambiente.
Uma das pesquisas mais reconhecidas sobre o perfil empreendedor foi realizada por McClelland em 1961. Essa pesquisa se baseia na identificação das motivações de natureza psicológica que impulsionam o indivíduo empreendedor, destacando-se entre elas a necessidade de realização, a necessidade de afiliação e a necessidade de poder.
As Características Comportamentais Empreendedoras (CCEs) são atributos comumente associados aos empreendedores. McClelland identificou as 10 principais características do comportamento empreendedor, conforme listado no quadro a seguir:
VARIÁVEL | Características Comportamentais Empreendedoras | CONCEITO |
Realização | Busca de Oportunidades | Faz as coisas antes de solicitado, ou antes, de forçado pelas circunstâncias; Age para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços. Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência. |
Persistência | Age diante de um obstáculo significativo; Age repetidamente ou muda para uma estratégia alternativa a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo; Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho ao atingimento de metas e objetivos. | |
Correr Riscos Calculados | Avalia diante de um obstáculo significativo; Age repetidamente ou muda de estratégia, a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo; Faz um sacrifício pessoal ou desenvolve um esforço extraordinário para completar uma tarefa. | |
Exigências de qualidade e Eficiência | Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas ou mais barato; Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência; Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados. | |
Comprometimento | Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao cumprimento de metas e objetivos; Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho; Esmera se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo prazo, acima do lucro a curto prazo. | |
Planejamento | Busca de Informações | Dedica se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes; Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço; Consulta especialista para obter assessoria técnica ou comercial. |
Estabelecimento de Metas | Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal; Define metas de longo prazo, claras e específicas; Estabelece objetivos mensuráveis e de curto prazo. | |
Planejamento e Monitoramento Sistemático | Planeja dividindo tarefas de grande porte em sub tarefas com prazos definidos; Constantemente revisa seus planos, levando em conta os resultados obtidos e mudanças circunstanciais; Mantém registros financeiros e utiliza os para tomar decisões. | |
Poder | Persuasão e Rede de Contatos | Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros; Utiliza palavras chave como agentes para atingir seus próprios objetivos; Age para desenvolver e manter relações comerciais. |
Independência e Autoconfiança | Busca autonomia em relação a normas e controle de outros; Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores; Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar um desafio. |
Quadro 01. Características Comportamentais Empreendedoras.
Fonte: Adaptado de McClelland (1972).
3 METODOLOGIA
Ruiz (2006) destaca que a pesquisa científica é a realização prática de uma investigação cuidadosamente planejada, seguindo os padrões metodológicos estabelecidos pela comunidade científica. Para conduzir a pesquisa sobre o comportamento empreendedor feminino, será adotado o método dedutivo.
O método dedutivo consiste em iniciar com uma premissa geral e, a partir dela, derivar conclusões específicas. Neste contexto, a pesquisa começará com uma compreensão ampla do comportamento empreendedor feminino, utilizando teorias e conceitos previamente estabelecidos. A partir dessa base teórica, serão formuladas hipóteses específicas que serão testadas empiricamente por meio de dados coletados durante a pesquisa.
Quanto à abordagem, a pesquisa adotará uma perspectiva qualitativa. Esse enfoque permitirá uma exploração aprofundada e contextualizada do comportamento empreendedor feminino, capturando nuances, experiências e seus significados.
Rodrigues e Limena (2006, p. 90) mostram que “[…] por meio da abordagem qualitativa, o pesquisador tenta descrever a complexidade de uma determinada hipótese, analisar a interação entre as variáveis e ainda interpretar os dados, fatos e teorias”.
A presente pesquisa é categorizada, em termos de seus objetivos, como descritiva. Pois seu propósito fundamental é descrever o comportamento das empreendedoras na cidade de Palmas, Tocantins. De acordo com Gil (2002), as pesquisas descritivas têm como foco primordial a explanação das propriedades de uma população ou fenômeno estabelecido.
No que diz respeito ao instrumento utilizado na pesquisa, empregou-se um questionário para coletar dados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados deste estudo foram obtidos por meio da aplicação presencial de um questionário elaborado e administrado pela pesquisadora em três empresas situadas na cidade de Palmas, no estado de Tocantins.
A pesquisa se baseou nos estudos de McClelland (1972) que classificou as Características do Comportamento Empreendedor (CCE) como: busca por oportunidades e iniciativa; persistência; comprometimento; exigência de qualidade e eficiência; riscos calculados; estabelecimento de metas; busca de informações; planejamento e monitoramento sistemático; persuasão e rede de contatos; independência e autoconfiança. Essas características serão apresentadas nos resultados desta pesquisa.
Características Comportamentais Empreendedoras (CCE) | QUESTÕES | ||||
Busca por oportunidades e iniciativa | Q1 | Q12 | Q23 | Q34 | Q45 |
Persistência | Q2 | Q13 | Q24 | Q35 | Q46 |
Comprometimento | Q3 | Q14 | Q25 | Q36 | Q47 |
Exigência de qualidade e eficiência | Q4 | Q15 | Q26 | Q37 | Q48 |
Riscos calculados | Q5 | Q16 | Q27 | Q38 | Q49 |
Estabelecimento de metas | Q6 | Q17 | Q28 | Q39 | Q50 |
Busca de informações | Q7 | Q18 | Q29 | Q40 | Q51 |
Planejamento e monitoramento sistemático | Q8 | Q19 | Q30 | Q41 | Q52 |
Persuasão e rede de contatos | Q9 | Q20 | Q31 | Q42 | Q53 |
Independência e autoconfiança | Q10 | Q21 | Q32 | Q43 | Q54 |
Quadro 02: Características e questões do instrumento das CCE’s a partir de McClelland (1987).
Fonte: Adaptada pelo autor a partir de Mansfield et al. (1987).
Os resultados forneceram uma visão abrangente do perfil empreendedor dos participantes, abordando dimensões como busca por oportunidades, persistência, comprometimento, qualidade e eficiência, riscos calculados, estabelecimento de metas, busca de informações, planejamento sistemático, persuasão, rede de contatos, independência e autoconfiança. A adaptação do instrumento reflete a flexibilidade metodológica e a personalização para o contexto específico da pesquisa.
A conclusão destaca a contribuição teórica e prática do estudo, oferecendo insights para o desenvolvimento de habilidades empreendedoras e orientando estratégias empresariais. Este estudo não apenas amplia o entendimento teórico das CCE, mas também fornece implicações valiosas para a prática do empreendedorismo, sugerindo direções para futuras pesquisas e aplicações no ambiente de negócios local. Para uma avaliação mais precisa dos resultados alcançados, escolheu-se calcular a média das respostas do público-alvo.
Determinação de Perfis | Pontuação | |
PI | Perfil Empreendedor Inferior | Entre 01 a 05 pontos |
PMI | Perfil Empreendedor Médio Inferior | Entre 06 a 10 pontos |
PM | Perfil Empreendedor Médio | Entre 11 a 15 pontos |
PMS | Perfil Empreendedor Médio Superior | Entre 16 a 20 pontos |
PS | Perfil Empreendedor Superior | Entre 21 a 25 pontos |
Quadro 03: Mapa de Identificação e Análise do Perfil
Fonte: Dados primários SEBRAE (2006).
Por meio da entrevista, foi viável identificar as características mais proeminentes e robustas do comportamento empreendedor das entrevistadas. Essa análise ganha relevância à medida que se busca compreender a presença de traços empreendedores nas mulheres.
Os dados foram coletados mediante agendamento prévio com as empresárias, realizando-se as entrevistas nos meses de maio e junho de 2023. A empreendedoras concordaram em participar da pesquisa. A entrevistadora esteve presente durante esses encontros, aplicando os questionários. A população de pesquisa compreendeu um total de 3 empreendedoras. Para elaboração desta pesquisa, as empreendedoras alvo do estudo serão identificadas como: Empreendedora (A), (B) e (C).
A Empreendedora (A) é proprietária de empresa situada em Palmas – TO, que desenvolve principalmente atividade econômica de serviços de cartografia. Tem 36 anos, sem filhos, casada, a empresa conta com 18 funcionários.
A Empreendedora (B), proprietária de empresa que tem como atividade econômica principal o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, tem idade 33, solteira, a empresa conta com 5 funcionárias.
A Empreendedora (C) é proprietária de empresa localizada no bairro Plano Diretor Sul, na cidade de Palmas e tem como atividade principal o ramo de cabeleireiros, manicure e pedicure. A empreendedora preferiu não informar a idade, tem 2 filhos, casada. A empresa conta com 70 funcionários.
O método empregado refere-se às características comportamentais empreendedoras (CCEs), derivadas dos estudos de McClelland com o propósito de avaliar as características empreendedoras femininas. Este questionário é fundamentado nas 10 CCEs de McClelland e é composto por 55 declarações. Os participantes responderam ao instrumento utilizando uma escala de 5 pontos, onde 1 = nunca, 2 = raras vezes, 3 = às vezes, 4 = frequentemente e 5 = sempre. Em relação a cada uma das 55 afirmações presentes no instrumento, a avaliação foi realizada conforme indicado no quadro a seguir:
Tabela 1: Identificação do perfil empreendedor
Características Comportamentais Empreendedoras CCEs | Empresária A | Empresária B | Empresária C |
Busca por oportunidades e iniciativa | 22 | 20 | 18 |
Persistência | 19 | 24 | 20 |
Comprometimento | 24 | 22 | 19 |
Exigência de qualidade e eficiência | 22 | 20 | 23 |
Riscos calculados | 20 | 24 | 19 |
Estabelecimento de metas | 19 | 24 | 21 |
Busca de informações | 24 | 21 | 19 |
Planejamento e monitoramento sistemático | 19 | 21 | 21 |
Persuasão e rede de contatos | 21 | 23 | 20 |
Independência e autoconfiança | 20 | 21 | 19 |
SOMA | 210 | 220 | 199 |
MÉDIA | 21 | 22 | 19.9 |
DETERMINAÇÃO DE PERFIS | PS | PS | PMS |
Fonte: Elaborado pela autora, (2023)
As perguntas numeradas como 11, 22, 33, 44 e 55 desempenham o papel de “Fator de Correção”, destinado a evitar que, de maneira inconsciente, o respondente apresente uma autoimagem excessivamente favorável, cuja pontuação deve ser deduzida do resultado da característica correspondente, sendo necessário adicionar 6 (seis) pontos ao total (Mansfield et al., 1987).
As mulheres empresárias em análise, ao avaliarem as afirmações nesta pesquisa, podem ser classificadas como empreendedoras. Isso se evidencia pela pontuação obtida em seus perfis empreendedores, situando-se no intervalo de Médio Superior (16 a 20 pontos) e Superior (21 a 25 pontos).
Conforme a teoria de McClelland (1972), as três entrevistas ultrapassam a média estabelecida pelo autor. Em seus estudos, McClelland definiu 15 pontos como o limiar para determinar se uma pessoa possui Características Comportamentais Empreendedoras. Portanto, aqueles que pontuam acima dessa média são considerados como tendo muitas características empreendedoras, enquanto os que pontuam abaixo são vistos como tendo menos dessas características. O valor máximo é 25 pontos, e quanto mais próximo desse limite, maior é a presença de características empreendedoras na pessoa.
Com base no gráfico acima, nota-se que todas as empresárias entrevistadas exibem características empreendedoras, apresentando uma média de Perfil Médio Superior e Perfil Superior.
Conforme evidenciado pela pesquisa, todas as empresárias entrevistadas exibem comportamento empreendedor. Os resultados revelam consistentemente traços distintivos associados a uma mentalidade empreendedora, abrangendo desde a identificação proativa de oportunidades e a demonstração de iniciativa até a persistência diante de desafios significativos.
Dimensões / Empresas | Empresaria A | Empresaria B | Empresaria C |
Busca por Oportunidades e Iniciativa | Elevada | Moderada | Moderada |
Persistência | Moderada | Moderada | Elevada |
Comprometimento | Elevada | Elevada | Moderada |
Exigência de Qualidade e Eficiência | Elevada | Moderado | Elevada |
Riscos Calculados | Moderada | Elevada | Moderada |
Estabelecimento de Metas | Elevada | Elevada | Elevada |
Busca de Informações | Elevada | Elevada | Moderada |
Planejamento Sistemático | Moderada | Moderada | Elevada |
Persuasão e Rede de Contatos | Elevada | Elevada | Moderada |
Independência e Autoconfiança | Moderada | Elevada | Moderada |
Tabela: Perfil Empreendedor das Três Empresarias em Palmas, Tocantins.
Fonte: Elaborado pela autora, (2023)
Essa análise permite identificar as principais características empreendedoras de cada empresária. Por exemplo, a Empresária A demonstra comprometimento e busca de informações elevados, mas persistência e estabelecimento de metas medianas. A Empresária B destaca-se pela persistência superior, riscos calculados elevados e alta estabelecimento de metas. Já a Empresária C mostra uma ênfase em exigência de qualidade e eficiência elevada, mas mediana na busca por oportunidades e iniciativa. Cada empresária possui um perfil único em termos de suas características empreendedoras.
Essa tabela sintetiza o perfil empreendedor das três empresas em Palmas, Tocantins, destacando suas características distintivas em diversas dimensões. Essas informações podem orientar estratégias específicas para o desenvolvimento de habilidades empreendedoras e promover práticas empresariais mais eficazes em cada contexto organizacional.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para atingir o objetivo desta pesquisa, recorreu-se à literatura em busca de contribuições que facilitassem a análise do perfil empreendedor. Através do instrumento de pesquisa aplicado às empresárias, foi possível examinar as principais características e o perfil que elas apresentam, alinhando-se aos conceitos de McClelland, tais como: busca de oportunidades e iniciativa, persistência, comprometimento, exigência de qualidade e eficiência, correr riscos calculados, estabelecimento de metas, busca de informações, planejamento e monitoramento sistemáticos, persuasão e rede de contatos, independência e autoconfiança.
Vale ressaltar que todos os questionários preenchidos pelas empresárias ultrapassam a média estabelecida por McClelland. Portanto, todas apresentam um perfil empreendedor pronunciado, indicando que são empresárias bem-sucedidas e dignas de destaque.
Mediante o exposto torna-se evidente que o empreendedorismo feminino desempenha um papel fundamental no cenário econômico e social. As mulheres empreendedoras em Palmas, Tocantins, demonstraram uma notável capacidade de enfrentar desafios e superar obstáculos em sua busca por sucesso nos negócios. Além disso, o empreendedorismo feminino não se limita apenas à criação de empresas, mas envolve o desenvolvimento de competências empreendedoras, a busca por oportunidades e a promoção da igualdade de gênero.
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1Acadêmica do curso de Administração. Bacharelado pela Faculdade Serra do Carmo – FASEC;
2Mestre Gestão e Desenvolvimento Regional. Professora da Faculdade Serra do Carmo – FASEC.