CIRURGIA DE LONGMIRE EM COLANGIOCARCINOMA EXTRA-HEPÁTICO: RELATO DE CASO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7113577


Autor:
Maciel Júnior, Jms


RESUMO

Colangiocarcinomas extra-hepáticos são tumores malignos do epitélio biliar. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de neoplasia de Klatskin, abordando o efeito paliativo do tratamento realizado, a Cirurgia de Longmire. Paciente do sexo feminino, 46 anos de idade, iniciou quadro de icterícia indolor, prurido e emagrecimento. Ressonância Nuclear Magnética de Abdome, que revelou formação expansiva sólida infiltrativa na confluência dos ductos biliares direito e esquerdo, compatível com TK, e lesão sólida infiltrativa no segmento V do fígado, sugestiva de implante secundário. Quatro meses após foi submetida à laparotomia exploradora,quando foi feito o diagnóstico de Neoplasia de Klatskin tipo Bismuth II, e no intra-operatório o tumor foi considerado irressecável devido a infiltração vascular na veia porta e na artéria hepática comum. Optou-se então pela Colangiojejunostomia (CJT) no segmento II, com coleta de material para biópsia. Após o procedimento cirúrgico, paciente apresentou melhora do quadro de icterícia obstrutiva. A CJT tem sido um procedimento capaz de amenizar o quadro de icterícia obstrutiva

Colangiocarcinomas extra-hepáticos são tumores malignos do epitélio biliar. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de neoplasia de Klatskin, abordando o efeito paliativo do tratamento realizado, a Cirurgia de Longmire. Paciente do sexo feminino, 46 anos de idade, iniciou quadro de icterícia indolor, prurido e emagrecimento. Ressonância Nuclear Magnética de Abdome, que revelou formação expansiva sólida infiltrativa na confluência dos ductos biliares direito e esquerdo, compatível com TK, e lesão sólida infiltrativa no segmento V do fígado, sugestiva de implante secundário. Quatro meses após foi submetida à laparotomia exploradora,quando foi feito o diagnóstico de Neoplasia de Klatskin tipo Bismuth II, e no intra-operatório o tumor foi considerado irressecável devido a infiltração vascular na veia porta e na artéria hepática comum. Optou-se então pela Colangiojejunostomia (CJT) no segmento II, com coleta de material para biópsia. Após o procedimento cirúrgico, paciente apresentou melhora do quadro de icterícia obstrutiva. A CJT tem sido um procedimento capaz de amenizar o quadro de icterícia obstrutiva

Colangiocarcinomas extra-hepáticos são tumores malignos do epitélio biliar. Quando localizado proximalmente no hilo e sua bifurcação, recebe o nome de tumor de Klatskin (TK). Trata-se de uma doença infreqüente, representando menos de 2% de todos os cânceres diagnosticados e com prognóstico ruim¹. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de neoplasia de Klatskin, abordando o efeito paliativo do tratamento realizado, a Cirurgia de Longmire (Colangiojejunostomia), relacionando os aspectos relatados com o dados obtidos a partir da literatura

MÉTODOS:

As informações presentes neste trabalho foram obtidas a partir de entrevista com pacientes, revisão bibliográfica e do prontuário

DISCUSSÃO:

Relato do caso: Paciente do sexo feminino, 46 anos de idade, iniciou quadro de icterícia indolor, prurido e emagrecimento, e procurou atendimento médico. Nessa ocasião foi solicitada Ressonância Nuclear Magnética de Abdome, que revelou formação expansiva sólida infiltrativa na confluência dos ductos biliares direito e esquerdo, compatível com TK, e lesão sólida infiltrativa no segmento V do fígado, sugestiva de implante secundário. Os exames complementares da paciente mostravam CA 19/9 de 3144 UI/ml, Bilirrubina Total de 28,2 mg/dl e Bilirrubina Direta de 15 mg/dl. Foi submetida a Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógada para drenagem de vias biliares, porém sem sucesso. Quatro meses após foi submetida à laparotomia exploradora,quando foi feito o diagnóstico de Neoplasia de Klatskin tipo Bismuth II, e no intra-operatório o tumor foi considerado irressecável devido a infiltração vascular na veia porta e na artéria hepática comum. Optou-se então pela Colangiojejunostomia (CJT) no segmento II, com coleta de material para biópsia. Após o procedimento cirúrgico, paciente apresentou melhora do quadro de icterícia obstrutiva e queda nas taxas das bilirrubinas. O resultado da biópsia mostrou um colangiocarcinoma altamente diferenciado.

Perante um quadro de icterícia indolor, prurido e emagrecimento, a hipótese de TK deve ser valorizada. Diante dessa situação clínica, associada aos resultados da Ressonância Nuclear Magnética de Abdome e do CA 19-9, o diagnóstico de TK pode ser confirmado². O tratamento paliativo objetivando alívio do quadro ictérico com a CJT é efetivo, conforme dados obtidos a partir da literatura e do caso relatado³.

CONCLUSÕES:

É importante se pensar na possibilidade de TK diante de paciente com quadro de síndrome colestática, como também são válidos os resultados da Ressonância Nuclear Magnética de Abdome e do CA 19/9, que se mostraram efetivos no diagnóstico. Além disso, a CJT tem sido um procedimento capaz de amenizar o quadro de icterícia obstrutiva, favorecendo a melhora clínica do paciente portador de TK e possibilitando o tratamento.

REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS

1. Gazzaniga GM, Filauro M, Bagarolo C, Mori L. Surgery for hilar cholangiocarcinoma: an Italian experience. J Hepatobiliary Pancreat Surg 2000;7:122-7

2. Burke EC, Jarnagin WR, Hochwald SN, Pisters PWT, Fong Y, Blumgart

LH. Hilar cholangiocarcinoma. Ann Surg 1998;228:385-94

3. Chamberlain RS, Blumgart LH. Hilar cholangiocarcinoma. Ann Surg Oncol 2000;7:55-66