CATÁLOGO DIGITAL DE PEIXES DO RIO MADEIRA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412121669


Alessandra Brasil Dos Santos
Larissa Pimentel Dos Santos
Tatiana Colares Pinheiro
Vinícius Ferreira Dos Santos Lemos

Coordenadoras:
Ana Lúcia Garcia Torres
Cristiane Suely Melo de Carvalho
Iatiçara Oliveira da Silva


INTRODUÇÃO 

Compreender os peixes do rio Madeira foi um dos grandes desafios às melhores práticas de sustentabilidade. Além de proteger espécies, é preciso assegurar a pesca, pois a pesca mantém a atividade econômica de boa parte da população. Para (Queiroz, et al., 2013) são mais de 800 espécies de peixes que podem ser encontradas no rio Madeira.

O rio Madeira faz dele ser um dos rios mais estudados e pesquisado por sua gama de biodiversidade de peixes do planeta.Por isso, segundo Romer (1985) os peixes podem ter diferentes combinações de formas, dependendo de como os observamos e descrevemos.

OBJETIVOS GERAL E ESPECIFICO

 O projeto proposto visa criar o Catálogo Digital Ilustrado da Coleção Ictiológica, com vistas ao uso didático do mesmo.

Objetivos Específicos
  1. Ampliar a coleção ictiológica do Laboratório Didático de Biologia da UEA
  2. Realizar a fixação seca dos espécimes adquiridos;
  3. Fazer levantamento de literatura taxonômica;
  4. Criar um banco de dados sobre a coleção existente;
  5. Elaborar o arquivo digital do Catálogo Ilustrado da Coleção Ictiológica do CESTB/UEA;
  6. Disponibilizar o link do Catálogo Digital ilustrado na rede mundial de computadores;
  7. Produzir roteiros de aulas práticas utilizando a Coleção e Catálogo Ictiológicos.
JUSTIFICATIVA

 Este projeto de pesquisa nasceu com a identificação de dois problemas: a alienação da escola em relação ao seu ambiente natural e cultural e as dificuldades manifestadas pelos professores de Ciências do município de Nova Olinda do Norte-AM em relação à sistematização de conteúdos de Ciências no Ensino Fundamental.

 O projeto tem por intuito trazer para a realidade dos alunos o conhecimento empírico e cientifico sobre os peixes que foram trabalhados no decorrer do projeto.

 Peixes são a base da alimentação das crianças de nossa região. Estão presentes no seu dia a dia e desde pequenas muitas delas acompanham seus pais nas pescas diárias de subsistência. Silva e Rodrigues (2012).

Desse modo o catálogo digital mostra a anatomia e fisiologia dos peixes do rio madeira e suas características popular e cientifica.

MATERIAIS E MÉTODOS
Área de Estudo

 Abrange a cidade de Nova Olinda do Norte/AM e comunidades adjacentes na Mesorregião do Centro Amazonense. É caracterizada por um regime de chuvas unimodal – biestacional –com precipitação média anual de 3.270 mm, e média mensal de 266 mm (RUDAS & PRIETO 2005). Sua população está estimada em 38.026 habitantes (IBGE, 2020).

População Amostral

 Seleção dos informantes: A partir da observação inicial dos comerciantes de pescado nas feiras e mercados da cidade assim como dos próprios pescados, identificaremos os primeiros informantes (pescador primário) que ofertarão as informações sobre cada espécie comercializada. Os demais serão selecionados através do método bola de neve (snow-ball), onde o critério de inclusão será o grau de conhecimento e experiência atribuído pelos demais pescadores, assim como a disponibilidade em participar do projeto.

METODOLOGIA

 Com caráter etnográfico, o trabalho foi realizado com métodos descritivo e quantitativo ao recurso pesqueiro do município de Nova Olinda do Norte e regiões adjacentes com vistas à construção de um catálogo digital ilustrado a ser utilizado para fins científicos e didáticos. Para isso, foi feito o uso de ferramentas clássicas da etnografia, como: a observação participante, o monitoramento e mapeamento participativo e a implementação de entrevistas semiestruturadas.

 Mapeamento participativo consistiu num conjunto de métodos que utilizam o mapeamento como um instrumento para a compreensão sobre como as comunidades utilizam o espaço complementando as informações do catálogo de localização das espécies e locais de captura, itens importantes para compor as informações do catálogo. Segundo Andrade (2008), colaborando com o auxilio ao empoderamento das comunidades, resolução de conflitos de posse territorial, a administração dos recursos naturais por moradores dessas comunidades e dentre outros aspectos como a taxonomias culturais de fauna e flora e outros fenômenos e processos naturais, como nomes de lugares, mitos, lendas.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

 Coleta das amostras: Foi realizada uma coleta de peixes junto aos pescadores do Município de Nova Olinda do Norte e comunidades adjacentes.

 Entrevistas Semiestruturadas: Foi realizadas entrevistas semiestruturadas  com os pescadores no intuito a melhor compreensão das técnicas de pesca frequência e composição da guilda de peixes da região, impacto da sazonalidade fluvial na disponibilidade do pescado e preços, aspectos importantes de identificação taxonômica utilizados pelos pescadores e etc.

 Mapeamento participativo:  Para identificar e localizar os locais de pesca mais utilizados e características da paisagem (rios, lagos e demais locais de pesca) utilizados, foi realizado um mapeamento participativo  onde utilizamos um aparelho GPS para o auxílio na construção de um mapa mais preciso da área através de ferramentas de Sistema de Informação Georreferenciadas (SIG).

 Fixação das amostras: A fixação do material foi realizada por  meio da utilização de soluções fixadoras como o: formol e verniz para o empalhamento dos peixes, no intuito de intervir na decomposição dos tecidos e consequentemente dos exemplares.

 Levantamento da literatura taxonômica: A pesquisa bibliográfica compreendeu  dados levantados por meio de , anais de congressos livros, periódicos como revistas, teses, anais de congressos, indexados em bases de dados em formato on-line sobre chaves taxonômicas da ictiofauna amazônica, assim como sua ecologia.

 Identificação dos exemplares: A identificação preliminar ocorreu por meio da comparação entre os pescadores do campo e a literatura científica disponível, onde foram identificados a morfologia dos peixes ao menor nível taxonômico. Os resultados desta analise foi descrita em termos absolutos e percentuais. 

Caracterização ecológica dos exemplares: realizou-se por meio da descrição dos aspectos morfológicos e características comuns aos grupos taxonômicos levantados em campo junto aos pescadores destacando em seus aspectos ecológicos o habitat, distribuição, comportamentos alimentar e reprodutivo agrupados por espécies/grupos taxonômicos baseando-as no levantamento bibliográfico e de pesquisa em bancos digitais de fauna aquática

RESULTADOS

BANCO DE DADOS

RELATOS DE CONHECIMENTO EMPÍRICO

É verdade que os pescadores tendem perceber uma boa pescaria de acordo com as fases da lua?

Sim. Durante a lua nova para a lua cheia é um ótimo período para pescar, mas durante a lua cheia os peixes somem.

Qual dessas fases da lua indica uma pescaria?

A piracema de peixe é melhor durante a lua nova.

Relato do pescador Enildo Ferreira.

IBAMA DEFESO
  • A pesca destas espécies está proibida:
  • Pirarucu ( Arapaíma gigas) – durante o ano todo. Permitida a pesca nas áreas manejadas, desde que autorizadas pelo IBAMA.
  • Tambaqui(Colossoma macropomum) – de  01/10 a 31/03.
  • Arunã( Osteoglossum bicirhosum), Capararí (Pseudoplatystoma tigrinum), Surubim (Pseudoplatystoma fasciatum), Matrixã (Brycon spp), Mapará (Hypophthalmus spp), Pacu ( Mylossoma spp ), Pirapitinga (Piaractus brachypomus), Sardinha (Triportheus spp)- no período de 15/11 a 15/03.
  • Ordem: Characiformes
  • Família: Characidae
  • Nome Cientifico: Characiforme
  • Nomes comuns: Matrichã
  • Tamanho Adulto: 70cm, comum 50cm.
Descrição

        Peixe de escamas; corpo alongado, um pouco alto e comprimido. A coloração é prateada, com as nadadeiras alaranjadas, sendo a nadadeira caudal escura. Apresenta uma mancha arredondada escura na região umeral. Os dentes são multicuspidados dispostos em várias fileiras na maxila superior. Pode alcançar 80cm de comprimento total e 5kg.

Ecologia

        Espécie onívora: alimenta-se de frutos, sementes, flores, insetos e, ocasionalmente, de pequenos peixes. Realiza migrações reprodutivas e tróficas. Nos rios de água clara, é comum ver cardumes de matrinxã, se alimentando debaixo das árvores, ao longo das margens.

  • Equipamentos – Equipamento do tipo médio, com linhas de 10 a 17 lb. e anzóis de n° 2/0 a 6/0.
  • Iscas – Iscas artificiais, como colheres e plugs; iscas naturais, frutos, flores, insetos, minhoca, coração e fígado de boi em tirinhas.
  • Dicas – Pode ser encontrada nas corredeiras e remansos dos rios. Quando fisgada, a tendência é levar a isca para cima.

CARACTERÍSTICAS

  • Ordem: Characiformes
  • Família: Prochilodontidae
  • Nome Cientifico: Prochilodus spp. Ÿ Nomes comuns: Curimatã
  • Tamanho Adulto: 30 a 80cm
Descrição

 Peixes de escamas. A principal característica da família é a boca protrátil, em forma de ventosa, com lábios carnosos, sobre os quais estão implantados numerosos dentes diminutos dispostos em fileiras. As escamas são ásperas e a coloração é prateada. A altura do corpo e o comprimento variam com a espécie. Pode alcançar de 30 a 80cm de comprimento total dependendo da espécie.

Ecologia

 Espécies detritívoras, alimentam-se de matéria orgânica e microorganismos associados à lama do fundo de lagos e margens de rios. Realizam longas migrações reprodutivas. São capturadas em grandes cardumes, sendo espécies importantes comercialmente, principalmente para as populações de baixa renda.

  • Equipamentos – A pesca amadora é praticada principalmente nos barrancos da beira do rio com equipamento simples: varas de bambu, com 2-4m. A linha, geralmente uns 50cm maior que a vara, varia de 0,30-0,40mm. Os anzóis são pequenos e finos para facilitar a fisgada, de n° 8 a 2.
  • Iscas – Como são peixes detritívoros, não atacam iscas artificiais. A melhor isca é a massa de farinha de trigo iscada no anzol até a metade do colo. Deve ser consistente, nem muito dura nem mole demais.
  • Dicas – Não são peixes fáceis de capturar porque pegam a isca muito de leve, exigindo bastante calma e sensibilidade para efetuar a fisgada no momento certo.
  • Ordem: Siluriformes Ÿ Família: Callichthyidae ( Calictídeos)
  • Nome Cientifico: Hoplosternum Littorale
  • Nomes comuns: Caborja, Tamoatá
  • Tamanho Adulto: 26cm

 Apresenta corpo fusiforme e coloração pardacenta. Seu corpo é coberto por placas ósseas, semelhante a uma armadura. Cabeça deprimida, sendo o focinho arredondado em vista dorsal. A boca é levemente inferior. O barbilhão superior alcança a base da nadadeira peitoral, o inferior alcança a base da ventral. O opérculo é parcialmente exposto, sendo o interopérculo coberto por pele. Os ossos coracóides são expostos ventralmente. A série súpero-lateral contém 25 a 27 placas e a ínfero-lateral possui 22 a 24.

 Esta espécie apresenta respiração aérea facultativa, sendo parte do intestino médio o órgão acessório para a respiração aérea. A região do intestino onde ocorre a respiração acessória caracteriza-se por estar sempre cheia de ar, ser transparente e possuir a parede muito fina e ricamente vascularizada.

  • Ordem: Characiformes
  • Família: Serrasalmidae
  • Nome Cientifico: Colossoma Macropomum
  • Nomes comuns: Tambaqui
  • Tamanho Adulto: 108cm (comum:70cm)

Descrição

 Peixe de escamas; corpo romboidal; nadadeira adiposa curta com raios na extremidade; dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. A coloração geralmente é parda na metade superior e preta na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Os alevinos são cinza claro com manchas escuras espalhadas na metade superior do corpo. O tambaqui alcança cerca de 90cm de comprimento total. Antigamente eram capturados exemplares com até 45kg. Hoje, por causa da sobrepesca, praticamente não existem indivíduos desse porte.

Ecologia

 Espécie migradora, realiza migrações reprodutivas, tróficas e de dispersão. Durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos/sementes. Durante a seca, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zooplâncton e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar. Nessa época, não se alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época cheia. Uma das espécies comerciais mais importantes da Amazônia central.

  • Equipamentos – Os equipamentos mais recomendados são do tipo médio/pesado, e pesado para os grandes exemplares. As linhas devem ser de 17, 20, 25 e 30 lb. Deve-se usar empates curtos, por causa dos dentes e da boca pequena do tambaqui. Os anzóis devem variar do n° 2/0 a 8/0.
  • Iscas – As iscas devem ser frutos da região, as preferidas pela espécie, e minhocuçu.
  • Dicas – A pesca com anzol é mais fácil quando o peixe está batendo. A isca de minhocuçu, por exemplo, deve ser arremessada na batida do peixe.
  • Ordem: Characiformes
  • Família: Prochilodontidae
  • Nome Cientifico: Characiforme
  • Nomes comuns: Jaraqui
  • Tamanho Adulto: 35 cm

 É uma espécie que realiza migrações de grandes distâncias em enormes cardumes de acordo com a época do ano. A primeira migração ocorre na estação chuvosa para realizarem a reprodução quando migram para as cabeceiras dos rios. Migram centenas de quilômetros e não raramente são vistos pulando pelas corredeiras, de um modo semelhante aos Salmões, voltando a seu local de origem para realizar a desova. Após a desova, os ovos fertilizados ficam a deriva junto a várzeas ricas em nutrientes, funcionando como uma espécie de berçário para os alevinos se desenvolverem.

 Por possuir hábito alimentar detritívoro e natureza migratória, desempenha um papel importante na manutenção estrutural e dinâmica do ecossistema, uma vez que processa grandes quantidades de sedimentos orgânicos peneirando os alimentos. Possuem dois estômagos, um do qual está presente lama para ajudar em sua digestão.  São capazes de saltar vários metros, de modo a evitar predadores ou obstáculos. Jaraquis desenvolveram um órgão respiratório acessório conhecido como Labirinto, que lhe permite respirar a partir da superfície (ar atmosférico) em águas deficientes em oxigênio.

  • Ordem: Clupeiformes
  • Família: Tipotheidae
  • Nome Cientifico: Clupeiforme
  • Nomes comuns: Sardinha
  • Tamanho Adulto: 18cm 

Descrição

 Pertencentes a família Clupeidae, as sardinhas são peixes pequenos – medem até 25 cm de comprimento – de coloração prateada, escamosos e pelágicos, ou seja, vivem no mar, em águas rasas, em grandes cardumes.

 Esse peixe de escama pequena conhecido simplesmente como sardinha. Esse peixes vivem em grande cardumes de formação compacta, inicialmente alimenta-se apenas de fitoplâncton e somente na fase adulta ingere zooplancton (microrganismo). Um de seus diferenciais esta na nadadeira caudal, com raios centrais escuros e prolongados em forma de filamentos. Sua coloração é cinza metálica, um pouco mais escuro no dorso. Essa espécie  costuma formar cardumes e empreender migrações (duas ao ano), uma acontece e outra na cheia dos rios.

  • Ordem: Perciformes
  • Família: Cichlidae (Ciclídeos)
  • Nome Cientifico: Perciforme
  • Nomes comuns: Tucunaré
  • Tamanho Adulto: 100cm ( comum 50cm)

Descrição

 Quinze espécies de tucunaré são conhecidas somente na Amazônia. O tucunaré-amarelo (Cichla ocellaris) pode chegar a um metro, mas o tamanho médio varia entre 30 a 50 centímetros e o peso entre seis e oito quilos, especialmente nas áreas onde ele foi introduzido.

 Os tucunarés são os peixes esportivos brasileiros mais representativos da extensa família dos Ciclídeos. A diversidade de cores e padrões de listras é grande: do vermelho ao esverdeado, do amarelo ao azulado, com faixas e pintas de variados padrões. Mas todos têm em comum o formato característico do corpo (alongado), com a cabeça grande e a mandíbula protuberante.  Outra característica é a mancha arredondada perto da cauda, conhecida como ocelo. O tucunaré-amarelo tem de três barras transversais de coloração preta e, o corpo, é de um amarelo esverdeado. As nadadeiras dessa espécie são amareladas (daí o nome). São muito procurados pelos pescadores esportivos, especialmente nas represas e açudes onde foi introduzido.

  • Ordem: Siluriformes
  • Família: Pimelodidae ( Pimelodideos)
  • Nome Cientifico: Pseudoplatystoma corruscans
  • Nomes comuns: Surubin; Bagre. Tamanho Adulto: 60cm
Descrição

 Peixe de couro; de grande porte, pode alcançar mais e 1,50m de comprimento total. Corpo muito alongado e roliço; cabeça achatada e mais larga que o resto do corpo; focinho arredondado, sendo que o maxilar superior é maior que a mandíbula deixando aparecer uma placa de dentes diminutos quando a boca está fechada; barbilhões longos. A coloração é cinza escuro, sendo que uma faixa clara e estreita se estende da nadadeira peitoral até o meio da nadadeira caudal. Principalmente a região dorsal e as nadadeiras são cobertas por pintas escuras.

Ecologia

 Vive no leito dos rios, consumindo principalmente peixes. Realiza migração reprodutiva e desova no início da enchente. Tem relativa importância comercial, já que, apesar do tamanho, não atinge muito peso por causa da cabeça grande e do corpo muito fino. É encontrado nos mercados locais e frigoríficos.

Equipamentos – Equipamento médio/pesado; linhas entre 20-25 lb.; anzóis de n° 4/0-8/0; e, linha de fundo com chumbo oliva.

Iscas – Iscas naturais, como tuvira e outros peixes, inteiros e em pedaços, e minhocuçu

  • Ordem:  Perciformes
  • Família: Cichlidae (Ciclídeos)
  • Nome Cientifico: Astronotus ocellaris
  • Nomes comuns: Cara
  • Tamanho Adulto: 8cm

 O peixe Cará, como seu nome diz, é um peixe com muitas escamas, sendo elas de aspecto bem firme. Ele possui uma coloração bem característica da espécie, e pode mudar suas cores conforme o clima e o seu estado de alimentação. O seu corpo e suas barbatanas podem variar entre tons de castanho claro e escuro, ele possui uma pinta preta no meio do corpo e ao longo dele podem aparecer pontos mais fosforescentes nas cores cinza, azul, petróleo e marsala. No ventre, embaixo das barbatanas e no dorso pode ter também mais pintas claras, que poderão surgir por toda a extensão do corpo.

 O peixe Cará gosta das águas mais paradas, então pode ser encontrado também em remansos ou nas margens das vegetações. Ele é uma das poucas espécies que conseguem se adaptar bem ao ambiente e condições dos reservatórios de água.

  • Ordem: Osteoglossiformes
  • Família: Arapaimidae Ÿ Nome Cientifico: Arapaimagigas
  • Nomes comuns: Pirarucu
  • Tamanho Adulto: 450cm (comum 200cm)  Descrição

 Possui respiração aérea obrigatória e pode atingir 200kg de massa corpórea e 3m de comprimento (Castello 2004). De grande porte, sua cabeça é achatada e ossificada, com um corpo alongado e escamoso. Pode crescer até três metros de comprimento e pesar cerca de 250 kg, possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão, no exercício da respiração aérea, obrigatória principalmente durante a seca, ocasião em que os peixes formam casais, procuram ambientes calmos e preparam seus ninhos.

 Muitas vezes referido como o maior peixe de água doce do mundo. Seu nome vem do termo tupi pirá (peixe) e urucum (vermelho), devido a cor de sua cauda. Fósseis de pirarucu ou uma espécie muito semelhante foram encontrados no Mioceno em Villavieja da Colômbia .

  • Ordem: Siluriformes
  • Família: Pimelodidae (Pimelodideos)
  • Nome Cientifico: Siluriformes
  • Nomes comuns: Mapará
  • Tamanho Adulto: 60cm ( comum 45cm) Descrição

 Apresenta dorsos azulados, ventres esbranquiçados e nadadeira dorsal truncada, enquanto seus congêneres possuem nadadeira dorsal bifurcada.

Não possui dentes em suas mandíbulas, o que indica que possui hábito alimentar planctívoro.

Sua carne é bastante apreciada e normalmente é vendido fresco.

Equipamentos

 Os equipamentos utilizados para esta pesca são linhas numeração 17, 20, 25, e 30 Ib e o ideal seria o uso de empates curtos por causa da boca pequena e anzol entre os números de 2/0 a 8/0.

Iscas

    São pequenos crustáceos e minhocas.

  • Ordem:
  • Família: Erythrinidae ( Eritrinedeos)
  • Nome Cientifico: Characiformes
  • Nomes comuns: Traíra
  • Tamanho Adulto: 55cm (comum 40cm) Descrição

 Peixe de escamas; corpo cilíndrico; boca grande; dentes caninos, bastante afiados; olhos grandes; e nadadeiras arredondadas, exceto a dorsal. A cor é marrom ou preta manchada de cinza. Chega a alcançar cerca de 60cm de comprimento total e 3kg.

Ecologia

 Predador voraz, solitário, que pode ser encontrado em águas paradas, lagos, lagoas, brejos, matas inundadas, e em córregos e igarapés, geralmente entre as plantas aquáticas, onde fica a espreita de presas como peixes, sapos e insetos. É mais ativo durante a noite. Apesar do excesso de espinhas, em alguma regiões é bastante apreciado como alimento.

Equipamentos – Equipamentos leves; linhas de 10 a 20 lb.; anzóis de n° 1/0 a 6/0; recomenda-se o uso de empates.

Iscas – Iscas naturais: peixes e miúdo de frango. As iscas artificiais como spinnerbaits, spinners, poppers e sapos de borracha também são muito utilizadas.

Dicas – Ao pescar com iscas naturais, use chumbo acima da isca e bata na água. O barulho atrai as traíras e torna a pesca mais produtiva.

  • Ordem: Siluriformes
  • Família: Pimelodidae Ÿ Nome Cientifico: Siluriformes
  • Nomes comuns: Pirarara
  • Tamanho Adulto: 150 cm ( comum 60cm) Descrição

 Peixe de couro, de grande porte. É caracterizado pela cabeça enorme, fortemente ossificada, com uma placa óssea localizada antes da nadadeira dorsal. É um dos peixes de couro mais coloridos da Amazônia. Sua coloração é muito bonita, sendo o dorso castanho esverdeado, os flancos amarelados e o ventre esbranquiçado. As nadadeiras dorsal e caudal são alaranjadas. Pode chegar a mais de 1,50m de comprimento total e mais de 50kg.

Ecologia

 Ocorre no canal dos rios, nos poços logo após as corredeiras, várzeas e igapós, inclusive nos tributários de águas pretas e claras, alcançando as cabeceiras e parte do estuário do Amazonas. Alimenta-se de peixes, frutos e caranguejos. Tem a reputação de atacar seres humanos, principalmente crianças.

Equipamentos – Equipamento do tipo pesado com linhas de 30 a 50 lb. Os anzóis mais utilizados são os de n° 8/0 a 14/0, por causa da grande boca da pirarara.

Iscas – Esta espécie é capturada exclusivamente com iscas naturais, peixes inteiros ou em filés, por exemplo, de traíra ou piranha-caju.

Dicas – Pode ser capturado na calha e na confluência dos rios, especialmente na época de seca. Prefira as áreas que não tenham muito enrosco para não correr o risco de perder o peixe.

  • Ordem: Siluriformes
  • Família: Doradedae ( doradideos) Ÿ Nome Cientifico: Suluriformes
  • Nomes comuns: Cuiu-cuiu
  • Tamanho Adulto: 100 cm ( comum 60cm) Descrição

 Peixes de escamas; corpo comprimido; cabeça pequena; boca pequena, ligeiramente voltada para cima; região pré-ventral serrilhada; nadadeira adiposa e linha lateral, geralmente, ausentes. As duas espécies se diferenciam facilmente pela coloração amarelada do apapá-amarelo e prateada do apapá-branco, ambos com o dorso escuro. O apapá-amarelo atinge mais de 60cm de comprimento total; o apapá-branco é um pouco menor, chegando a 50cm.

Ecologia

 A maioria das espécies desta família é de origem marinha e estuarina. As espécies de água doce são peixes pelágicos (superfície e meia água), ocorrendo em rios, lagos e matas inundadas. Pequenos cardumes de apapá são comuns em corredeiras. As duas espécies podem ser encontradas juntas, sendo que o apapá-amarelo é mais comum. Alimentam-se de pequenos peixes na superfície da água, durante as horas crepusculares. O apapá é considerado um peixe de 2ª classe, não sendo importante nas capturas comerciais.

Equipamentos – Equipamento de tamanho médio e varas de ação rápida são os mais indicados para se fisgar esses peixes; linhas de 10 a 12 lb.; anzóis pequenos.

Iscas – Podem ser capturados com iscas naturais, peixes pequenos ou em pedaços iscados sem chumbo, e artificiais como plugs de superfície e meia água, pequenas colheres e spinners.

Dicas – As iscas devem ser trabalhadas bem na superfície da água. O pescador precisa ter muita atenção, porque, quando fisgados, esses peixes costumam saltar fora d’água, escapando com facilidade

  • Ordem: Osteoglossiformes
  • Família: Osteoglossidae
  • Nome Cientifico:Osteoglossidae
  • Nomes comuns: : Aruanã
  • Tamanho Adulto: 89 à 102 cm

Descrição

 Peixe de escamas; corpo muito alongado e comprimido; boca enorme; língua óssea e áspera, como a do pirarucu; barbilhões na ponta do queixo; escamas grandes; coloração branca, mas as escamas ficam avermelhadas na época da desova. Alcança cerca de 1m de comprimento total e mais de 2,5kg. No rio Negro também ocorre uma outra espécie O. ferreirai de coloração mais escura.

Ecologia

 O aruanã vive na beira dos lagos, ao longos dos igapós ou dos capins aquáticos, sempre à espreita de insetos (principalmente besouros) e aranhas que caem na água. É provavelmente o maior peixe do mundo cuja dieta é constituída principalmente por insetos e aranhas. Nada logo abaixo da superfície com os barbilhões projetados para a frente, mas a função dos barbilhões ainda é desconhecida. Em águas pouco oxigenadas, os barbilhões podem ser utilizados para conseguir oxigênio na superfície da água. O aspecto mais característico do comportamento alimentar do aruanã é a habilidade de saltar fora da água e apanhar as presas ainda nos troncos, galhos e cipós. Um indivíduo adulto pode saltar mais de 1 metro fora d’água. A espécie se reproduz durante a enchente, e os machos guardam os ovos e larvas na boca (os barbilhões também servem para guiar as larvas até à boca do macho quando saem para se alimentar). Os alevinos alcançam alto valor comercial como peixe ornamental.

Equipamentos – O equipamento deve ser do tipo médio; linhas 12, 14 e 17 lb.; anzóis 1/0 a 3/0.

Iscas – Esse peixe pode ser capturado tanto com iscas naturais (peixes, camarão, insetos etc.) quanto artificiais, como plugs de superfície e meia água e colheres.

Dicas – É mais fácil capturar o aruanã na beira dos lagos e lagoas, nas proximidades de troncos e plantas aquáticas. O aruanã costuma dar saltos espetaculares quando capturado, e o pescador precisa ter muita atenção ao retirar o anzol do peixe para não se ferir.

  • Ordem: Osteoglossiformes
  • Família: Cynodontidae
  • Nome Cientifico: Hydrolycus scomberoides
  • Nomes comuns: peixe cachorro
  • Tamanho Adulto: 89 cm
Descrição

 Peixe com escamas diminutas; corpo alto e comprimido. A boca é oblíqua com uma fileira de dentes e um par de presas na mandíbula. As presas são tão grandes que a maxila superior possui dois buracos para acomodá-los quando a boca está fechada. Nadadeiras peitorais grandes. Coloração prata uniforme com uma mancha preta alongada atrás do opérculo. As maiores espécies são H. armatus e H. tatauaia que podem alcançar mais de 1m de comprimento total.

Ecologia

 Peixe de meia água, ocorrendo em canais e praias de rios, lagos e na mata inundada. Espécie piscívora que ataca presas relativamente grandes, às vezes atingindo cerca de 40-50% do comprimento total do predador. Atinge a primeira maturação com cerca de 27cm de comprimento e a reprodução ocorre de novembro a abril. Realiza migração reprodutiva a grandes distâncias rio acima. Não é importante comercialmente.

Equipamentos – O equipamento empregado é do tipo médio e médio/pesado; linhas de 14, 17, 20 e 25 lb.; e anzóis de n° 4/0 a 6/0. É recomendável o uso de empates de aço de pelo menos 20cm, pois esse peixe possui dentes muito afiados.

Iscas – Pode ser capturado com peixes inteiros ou em pedaços (lambaris, tuviras, curimbatás etc.) e com iscas artificiais, como plugs de meia água, poppers e hélices.

Dicas – Costuma saltar fora d’água quando é fisgado, mas tende a se cansar com facilidade. O pescador deve ter cuidado ao soltar esse peixe, por causa dos dentes afiados. Não tem o hábito de procurar enroscos, o que facilita a captura.

  • Ordem: Siluriformes
  • Família: Pimelodidae Ÿ Nome Cientifico: Pimelodus maculatus
  • Nomes comuns: Jundiá, Mandi
  • Tamanho Adulto: 20 à 50 cm

Descrição

        O peixe Jundiá é um peixe de couro. Possui coloração acinzentada-escura e ventre branco. Destaca-se por ser uma das mais promissoras no cultivo por meio da Aquicultura, uma vez que apresenta rápido crescimento, fácil adaptação à criação intensiva, rústico, facilmente induzido à reprodução, com alta taxa de fecundação, possuindo ainda carne saborosa, com baixo teor de gordura e poucas espinhas. Pode atingir 50cm de comprimento e 3kg de peso. Ecologia

        É um peixe omnívoro, com tendência a piscívoro, e bentônico, especulador do substrato. Também alimenta-se de insetos terrestres e aquáticos, crustáceos e restos vegetais, além de peixes como os lambaris e os guarus. O peixe Jundiá desova em locais com água limpa, calma e de fundo pedregoso. Não apresenta cuidado parental. Apresenta desova múltipla, com dois picos reprodutivos por ano (um no verão e outro na primavera).

        Equipamentos – Equipamento do tipo leve/leve médio; linhas de 10 a 14 lb.; e, anzóis até o n° 2/0.

        Iscas – Iscas naturais, como minhoca, peixes pequenos ou em pedaços, queijo prato.

        Dicas – Estes peixes devem ser manuseados com cuidado, porque os espinhos das nadadeiras dorsal e peitorais podem causar ferimentos dolorosos.

Fonte: Ivan Sazima

  • Ordem: Characiformes
  • Família:Characidae
  • Nome Cientifico: Astyanax
  • Nomes comuns: Piaba
  • Tamanho Adulto:15 milímetro
Descrição

 Peixes de escamas; de pequeno porte, raramente ultrapassando 20cm de comprimento total; corpo alongado e um pouco comprimido. A coloração é bastante variada; algumas espécies são muito coloridas.

Ecologia

 Espécies onívoras, alimentam-se de vários itens alimentares vegetais e animais (flores, frutos, sementes, insetos, crustáceos, algas, detritos etc.); vivem em vários tipos de hábitats. Os menores e mais coloridos têm importância como peixe ornamental.

Equipamentos – Materiais de ação leve, tanto varas de bambu quanto varas com molinete. As linhas podem ser de 2 a 6 lb.; e os anzóis do tipo mosquitinhos são os ideais.

Iscas – Iscas de queijo, macarrão, insetos, minhocas, pedacinhos de peixe.

Dicas – Durante a pescaria, é preciso ficar muito atento, porque esses peixinhos são muito ligeiros e roubam a isca facilmente.

  • Ordem: Perciformes
  • Família: Sciaenidae
  • Nome Cientifico: Plagioscion surinamensis
  • Nomes comuns: Pescada
  • Tamanho Adulto: 40cm
Descrição

 Peixes de escamas diminutas; corpo alongado, um pouco comprimido; nadadeira dorsal na porção posterior do corpo; focinho longo; boca grande; dentes caninos. Coloração clara, com uma mancha escura na base da nadadeira caudal, podendo apresentar outra mancha atrás do opérculo. As maiores espécies alcançam cerca de 35cm de comprimento total.

Ecologia

Peixes piscívoros. Vivem em águas paradas ou de pouca correnteza. Não são importantes comercialmente e têm pouca importância na pesca esportiva.

Equipamentos – Equipamento ultraleve/leve, linhas até 8 lb., anzóis pequenos e empate de aço pequeno.

Iscas – Pedaços de peixe, minhoca, pequenos plugs de meia água e spinners.

  • Ordem: Characiformes
  • Família: Anostomidae
  • Nome Cientifico: Leporinus
  • Nomes comuns: Aracú
  • Tamanho Adulto: 37cm
Descrição

 Peixe de escamas; corpo alongado e fusiforme (característica da família); boca terminal, um pouco inferior, com dentes incisivos e sem cúspides. A coloração é cinza, com três manchas arredondadas nos flancos, sendo a primeira na altura da nadadeira dorsal, a segunda entre a dorsal e a adiposa, e a terceira na base da nadadeira caudal. Alcança de 30 a 40cm de comprimento total e 1,5kg.

Ecologia

 Espécie onívora, com tendência a carnívora (principalmente insetos) ou frugívora (frutos e sementes pequenas), dependendo da oferta de alimentos. Vive principalmente na margem de rios, lagos e na floresta inundada. É importante para a pesca de subsistência e para o comércio local, mercados e feiras.

Equipamentos – Equipamento leve, linhas 8 a 10 lb., anzóis pequenos e chumbada leve. Vara de bambu nas pescarias de barranco.

Iscas – Iscas naturais, como insetos, minhoca, milho, além de queijo e macarrão.

Dicas – É preciso muita habilidade para fisgar esses peixes, pois são muito ariscos.

Fonte: Edson Rechi

  • Ordem: Characiformes
  • Família: Characidae
  • Nome Cientifico: Pygocentrus nattereri
  • Nomes comuns: Piranha vermelha
  • Tamanho Adulto: 30cm
Descrição

 Peixe de escamas; corpo rombóide e comprimido; focinho curto, arredondado, mandíbula saliente e dentes afiados. Entre todas as piranhas é a que possui o focinho mais rombudo. A coloração é cinza no dorso e avermelhada no ventre e na região inferior da cabeça; as nadadeiras peitoral, ventral e anal são alaranjadas. Alcança 30cm de comprimento total.

Ecologia

 A piranha vermelha é a espécie mais comum. Ocorre em lagos e lagoas de águas barrentas e vive em cardumes pequenos ou até com mais de 100 indivíduos. É uma espécie piscívora e, como forma grandes cardumes, pode ser perigosa em determinadas situações. Em algumas regiões, a piranha vermelha é bastante apreciada, principalmente para fazer o famoso caldo de piranha, considerado afrodisíaco.

Equipamentos – Equipamento do tipo médio; linhas de 14, 17 e 20 lb.; e, anzóis de n° 3/0 a 6/0.

Iscas – Peixes em pedaços, vísceras e iscas artificiais de meia água.

Dicas – O pescador deve ter muito cuidado ao manusear esse peixe, pois qualquer descuido pode acabar em acidente sério.

  • Ordem: Characiformes
  • Família: Characidae
  • Nome Cientifico: Mylossoma spp
  • Nomes comuns: Pacu
  • Tamanho Adulto: 16cm
Descrição

 Peixes de escamas. Existem vários gêneros que recebem o nome de pacu. O corpo é alto e bastante comprimido; a forma é arredondada ou ovalada; a cabeça e a boca são pequenas; apresentam uma quilha préventral serrilhada. Os dentes são fortes, cortantes ou molariformes, dispostos em uma ou duas fileiras em ambas as maxilas. Em algumas espécies, o primeiro raio da nadadeira dorsal é um espinho. As escamas são diminutas, dando um aspecto prateado. A coloração varia de espécie para espécie, mas normalmente são claros, podendo apresentar manchas variadas no corpo e nadadeiras coloridas. O tamanho varia de 15-30cm dependendo da espécie.

Ecologia

 Em geral as espécies são herbívoras, se alimentam de material vegetal e algas, com tendência a frugívoras. Algumas espécies podem ser encontradas em rios, lagos e na floresta inundada, outras em pedrais e corredeiras. São importantes na pesca de subsistência. Na Amazônia, M. duriventre (pacu-comum) forma cardumes e desce os rios para desovar, sendo importante na pesca comercial local.

Equipamentos – Equipamento do tipo leve/médio; linhas de 10 a 14 lb.; chumbada pequena; anzóis pequenos. Na pesca de batida, usa-se vara de bambu com linha de 25 a 30 lb. e anzóis até o n° 5/0.

Iscas – Iscas naturais, como frutos/sementes, algas filamentosas e minhoca.

Fonte: Rodolfo B. Reyes

  • Ordem: Suluriforme
  • Família: Loricariidae
  • Nome Cientifico: Pterygoplichthys pardalis
  • Nomes comuns: Bodó e Acari
  • Tamanho Adulto: 43 cm a 35 cm

Descrição:

 Apresenta corpo de cor escura com padrão reticulado. Espécies do gênero Pterygoplichthys podem ser identificados a partir dos números de raios da nadadeira dorsal. Acima de 10 raios indica ser um Pterygoplichthys, enquanto um número menor de raios indica espécies de outros gêneros, incluindo espécies do gênero Hypostomus que são mais susceptíveis de serem confundidos com Pterygoplichthys. Possuem raios duros em suas nadadeiras peitorais e dorsal, servindo como defesa contra predadores, são considerados como peixes de “couro” e possuem uma camada bastante fina de muco epitelial externo. É importante ressaltar que o termo “Acari” é aplicado a várias espécies loricariídeos anódino, especialmente dos gêneros Pterygoplichthys e Hipostomus.

Ecologia:

 Acari-bodó é bentônico, habita os lagos e rios de águas brancas, claras e pretas. Nos lagos ocorre na vegetação  aquática  e na floresta alagada. É detritívora, alimenta-se de material orgânico amorfo, sedimentos e algas. Espécie de hábitos diurnos e noturnos, sedentária, desova total, fecundação externa, que no período reprodutivo constrói ninhos em tocas no fundo ou nos barrancos de rios e lagos.

Equipamentos:

      Anzóis e tarrafas

Iscas:

      Minhocas e pedaços de peixes

  • Ordem: Siluriformes
  • Família: Pimelodidae
  • Nome Cientifico: Calophysus macropterus
  • Nomes comuns: Piracatinga
  • Tamanho Adulto:50cm

Descrição:

 A piracatinga, também conhecida como pintadinha, douradinha, piranambu ou urubu-d’água da espécie Calophysus macropterus é um peixe de água doce, normalmente encontrada na bacia amazônica.

 Devido às técnicas de pesca dessa espécie, que utiliza resíduos de animais como isca, implica o desenvolvimento e implementação de medidas de gestão eficientes para manutenção da exploração sustentável da piracatinga, com respostas positivas para a atividade pesqueira tradicional e diversidade biológica amazônica.

Equipamentos:

      Anzóis e malhadeira.

Iscas:

      Resíduos de animais.

AGRADECIMENTOS

 Jucivaldo Viana da Silva, pela disponibilização de material para empalhamento dos espécimes adquiridos.

 Jaime de Souza Macedo, pelo apoio à produção dos espécimes coletados.

Jucimar Medeiros pelo trabalho de editoração.

Aos feirantes pelo fornecimento de informações sobre o pescado.

A todos aqueles que de alguma forma ou outra contribuíram para a realização desta obra.

REFERÊNCIA

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REFERÊNCIA

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Murrieta, R. S. 2001. A mís ca do Pirarucu: pesca, ethos e paisagem em comunidades rurais no Baixo Amazonas. Horizontes Antropológicos, 16: 113-130.