CAMINHOS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA, A OBRA DO LINS ARQUITETOS NO NORDESTE

PATHS OF BRAZILIAN CONTEMPORARY ARCHITECTURE, THE WORK OF LINS ARQUITETOS IN THE NORTHEAST

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12538643


Filipe Battazza Fernandes de Oliveira*


RESUMO

O presente trabalho parte da inquietação de pesquisar projetos de arquitetura contemporânea brasileira, que apresentassem uma linguagem atual e verdadeiramente pensadas para o território brasileiro. Essa premissa é atingida no projeto da Academia-Escola do escritório cearense Lins Arquitetos, localizado em Juazeiro do Norte-CE, pois trata-se de um projeto adaptado ao clima local, com soluções formais e construtivas inventivas. Para uma melhor compreensão da obra a análise é feita decupando as relações com o lugar, a forma, função e tectônica, numa visão holística do projeto. O intuito principal não é categorizar ou criar premissas do que deve ser a arquitetura brasileira atual e sim, identificar através da análise do projeto, estratégias e caminhos para uma produção que responda as questões do território, sem se basear puramente nas soluções e estética do movimento moderno.

PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura Contemporânea Brasileira. Arquitetura no Nordeste. Análise de Projeto. Edifício Institucional.

ABSTRACT

This essay begins with the will of researching contemporary Brazilian projects, that present an actual language in terms of style and that truly have been thought for Brazilian territory. This premise is fulfilled in the Gym-School project by the Lins Arquitetos office, located at Juazeiro do Norte-CE, because it’s an example of a project adapted to the local climate with inventive formal and construction solutions. To comprehend better the work, the analysis is done by exploring the relations within place, form, function, and tectonic, a holistic view of the project. The main intention wasn’t to categorize or create premises of what should be contemporary Brazilian architecture, and yes, identify through the analysis, strategies, and paths to the production that answer the questions of the territory without resting only in the style and solutions proper of the Brazilian Modern Movement.

KEYWORDS: Contemporary Brazilian Architecture. Brazilian Northeast Architecture. Project Analysis. Institutional Building.

INTRODUÇÃO

“A arquitetura moderna brasileira contrariou uma das utopias perseguidas com fervor pelas vanguardas construtivas: o ideal de a territorialidade e a-historicidade que supostamente teria originado um Estilo Internacional. Mais do que tentar suplantar diferenças geográficas como clima e mesologia, compartilhou anseios nacionais buscando uma expressão cultural de caráter autóctone.” (LUCCAS/2005)

O estilo arquitetônico moderno foi sem sombra de dúvidas o movimento que mais produziu obras relevantes no território brasileiro, muito por conta do relevante número de bons arquitetos que tivemos no século XX em todo país. Por mais que muitas vezes erroneamente, acabamos por reduzir o olhar às mais destacadas Escola Carioca e Escola Paulista. Essas de fato foram as mais influentes, mas que de forma alguma podem definir a produção de todo um país, ainda mais com a dimensão e diversidade que o Brasil apresenta. 

Conforme dito por Luccas (2005) a arquitetura moderna brasileira merece atenção justamente por compreender as premissas do Movimento moderno europeu e aplicá-las a nossa realidade. Dentre os múltiplos exemplos possíveis, a invenção do Cobogó, – elemento vazado criado por engenheiros brasileiros no Recife, no final da década de 20 – é uma amostra da inventividade construtiva proporcionada por uma condicionante climática e a vontade de superá-la. No caso o calor e a insolação excessiva própria do Nordeste do Brasil, barrada por uma espécie de “filtro”, um elemento de vedação vazado que permite a ventilação e barra a incidência solar direta no ambiente interno. 

Atualmente está cada vez mais difícil identificar projetos com tal destreza em lidar com as questões do lugar, graças a alguns fatores que se desenvolveram nas últimas décadas. O avanço tecnológico, evolução nos materiais e sistemas prediais, fez com que essas estratégias passivas arquitetônicas passassem a ser cada vez menos exigidas, uma vez outros meios poderiam compensar soluções projetuais ineficientes ao nosso clima. A internacionalização da arquitetura por sua vez contribui para uma padronização de estilo, principalmente em edifícios comerciais e institucionais, que priorizam fachadas envidraçadas, espaços sem ventilação cruzada, dependendo de sistemas de ar-condicionado para climatização.

Diante desse cenário, a obra do escritório cearense Lins Arquitetos surge como um interessante contraponto, resgatando essa preocupação com o clima, os recursos disponíveis, a mão de obra ao projetar. Eles abertamente declaram¹ que a grande fonte de inspiração e de buscas por soluções vem da arquitetura moderna, desde Lucio Costa, passando por Acácio Gil Borsói (representante da arquitetura Pernambucana) e tendo o Roteiro para Construir no Nordeste de Armando de Hollanda como livro-consulta no processo projetual.

Dentro da produção do escritório, os edifícios institucionais para o Centro Universitário Unileão em Juazeiro do Norte têm um importante papel. Em uma parceria que dura mais de 10 anos eles já tiveram quatro projetos concluídos, todos no mesmo Campus. Por decisão do próprio escritório os edifícios possuem um partido arquitetônico próprio, entendendo que cada uso/atividade requer uma solução única.

De acordo com (MAHFUZ,2004), são levados em conta três aspectos internos do projeto: o programa, o local e a construção. Além desses, há o conjunto de estruturas formais, elemento externo que possibilita a integração dos outros três de maneira coerente. Nesse contexto, a pertinência ou adequação da forma torna-se mais relevante que o seu estilo. Em suma, a forma correta é aquela que resume o entendimento do arquiteto sobre as condicionantes de cada projeto.

“O sentido de uma obra arquitetônica tem a ver com a orientação da sua incidência na realidade, seja ela geográfica, cultural, histórica, tecnológica, ideológica etc. A obra adquire um sentido em função da posição tomada pelo projetista em relação ao seu entorno” (MAHFUZ,2004)

A diversidade de programas explica a diferença entre os projetos realizados pelo Lins Arquitetos no Campus, ao mesmo tempo que as quatro propostas compartilham estratégias para lidar com as condicionantes do climáticas.

Dos projetos ali construídos a Academia-Escola ganha destaque principalmente pela sua concisão ao apresentar uma estrutura formal pouco usual, células cilíndricas agregadas e uma pele externa de tijolos que permeia todo o edifício. Analisar esse projeto pode ser um importante instrumento para identificar caminhos para a arquitetura contemporânea brasileira e será feito nesse trabalho dissecando o edifício e analisando-o sob três principais pontos: Lugar, Forma e Função.

Figura 1. Vista aérea da Academia-Escola em meio ao campus da Unileão

Fonte: Fotografia de Joana França, acervo Lins Arquitetos, 2018. 

ACADEMIA-ESCOLA E O CAMPUS DA UNILEÃO

O edifício possui 964m² de área construída e está localizado dentro do campus da Unileão – cujo Masterplan também foi feito pelo Lins Arquitetos – ao Sul da cidade de Juazeiro do Norte-CE, num setor de expansão da mancha urbana da cidade que ainda não se encontra consolidado. Atualmente o escritório tem dois projetos em fase final e quatro construídos no campus: os Pavilhões Educacionais (2014), Núcleo de Prática Jurídica (2016), Juizado Cível e Criminal (2016) e a Academia-Escola (2018). 

A particularidade presente nesses projetos é que os três últimos estão localizados lado a lado e possuem terrenos praticamente idênticos. Essa condição fez com o que o escritório explorasse soluções distintas para cada um deles a fim de não produzir um efeito de repetição que empobreceria a experiência no campus. Além do fato de cada um ser dedicado a uma atividade específica o que também estimula essa variação em busca da criação da melhor ambiência para cada programa.

O Juizado Civil e Criminal, está implantado como um pavilhão longilíneo, no centro concentra-se o programa de atividades e nas laterais jardins internos protegidos por cobogós. Já o Núcleo de Práticas Jurídicas é formado por quatro volumes retangulares construídos ao redor de um pátio linear. Por último a Academia Escola que é formado por cinco círculos de 7,80m com jardins no perímetro interno, que se conectam formando um conjunto de 64m de comprimento. 

Figura 2: Foto Aérea mostrando o conjunto dos três edifícios lado a lado.

Fonte: Acervo Lins Arquitetos, 2018.

Essencial para entender os três edifícios é analisar a implantação destes em relação ao campus com a cidade e adicionar o fator climático. Os projetos estão localizados na porção Norte do campus e voltados para uma rua aberta para a cidade, pois os três contém atividades que também são usufruto de pessoas fora do campus.

A característica dos lotes determina um partido arquitetônico longitudinal que se desenvolve no eixo Norte-Sul, com acesso à rua pela orientação Norte e acesso ao Campus pela orientação Sul. Essa condicionante faz com que as maiores fachadas estejam voltadas para Leste e Oeste, recebendo uma maior influência do forte sol da região e de forma direta.

LUGAR

“Tínhamos uma coisa muito forte de tentar fugir dessa arquitetura trazida de fora, não adaptável ao nosso clima, quente e seco. Assim, começamos a adaptar nossos projetos.”²

Como dito na frase acima de George Lins, a questão do clima é um dos pilares principais na prática do escritório. Isso porque Juazeiro está localizado no sertão Nordestino, lugar onde a temperatura em grande parte do dia é considerada quente.

Figura 3: Gráfico de temperatura média/ano da cidade de Juazeiro do Norte/CE

Fonte: Weathersparks, 2021.

Figura 4: Planta da Academia-Escola e a relação com os eixos cartográficos.

Fonte: Edição do autor sobre desenho do acervo Lins Arquitetos, 2018

Analisando a condição climática e a planta do edifício vemos como se faz necessária a criação de estratégias para proteção das fachadas da incidência solar, além de permitir a ventilação cruzada para refrescar o interior do projeto. A caminho adotado pelo escritório foi a criação de um cinturão verde de 0,90m protegidos pela pele externa de tijolos maciços, assentados de forma a permitir a ventilação, além da adição de três varandas feitas com lajes de concreto armado. Atrás do jardim se encontra a pele interna do projeto, com vidros pivotantes que permitem a circulação do ar. Portanto a solução adotada foi a criação de um espaço-filtro, sem acesso, e com a função justamente de resfriar o ar dentro do edifício.

Figura 5 e 6: Fotografia do espaço-filtro construído e croqui de concepção

Fonte: Fotografia de Joana França, 2018 / Croqui acervo Lins Arquitetos, 2018.

Além da insolação outra solução que se faz necessária pensar ao projetar na região é a questão da intensidade da luz, o sol emite uma luz muito forte o que causa incômodo nas pessoas. Nesse caso a mesma envoltória de tijolo do perímetro cumpre o papel de amenizar esse efeito. 

A solução da fachada apesar de engenhosa é feita com o assentamento de tijolo maciço em uma paginação pensada pelo escritório de forma a criar uma variação de aberturas e até de tridimensionalidade com a colocação de um tijolo no sentido transversal. Esse elemento da arquitetura relaciona-se diretamente com outros da arquitetura moderna, como o próprio cobogó, utilizado na Caixa D’água de Olinda por Luís Nunes em 1934 e os elementos cerâmicos na fachada do Parque Guinle de Lucio Costa em 1954. 

“… com desenhos fantasiosos ou ingênuos, mas sempre um elemento simples, leve, resistente, econômico, sem exigências de manutenção e com um alto grau de padronização dimensional.” (HOLLANDA/1976)

FORMA

Enquanto pudermos analisar que no quesito da relação entre arquitetura e o lugar e as, o edifício resgata estratégias e elementos próprios da tradição da arquitetura moderna, quando analisamos a forma o caminho parece ser diferente. Ao contrário do preceito do funcionalismo, na obra da Academia-Escola, a forma veio antes da função. 

Na busca por criar uma tipologia que fosse diferente do edifício do Juizado Cível e da Núcleo de Práticas Jurídicas, o escritório procurou resolver o partido através de núcleos que se conectassem formando um conjunto alongado para ocupação do lote. A princípio os módulos eram hexagonais³ e apenas posteriormente no desenvolvimento do projeto eles passaram a ser circulares como são hoje.

A redução da superfície envoltória contribui para atenuar, através do menor perímetro, a agressividade do clima da região. A geometria circular, num senso de economia, encerra o volume necessário para abrigar o programa, distribuindo de forma equânime o condicionamento natural desempenhado por uma faixa de jardins, por sua vez delimitados pela pele interna (vidro) e a externa (tijolos vazados).

A leitura do círculo como signo imagético aproxima o edifício de estratégias projetuais do Pós-modernismo, assim como a fachada de tijolo.

“O pós-modernismo em arquitetura pode ser lido como a reemergência de arquétipos ou como a reintegração de convenções arquitetônicas; portanto, como a premissa para a criação de uma arquitetura comunicativa, uma arquitetura da imagem para uma civilização da imagem”.
(PORTOGHESI/1983)

Entretanto a solução estrutural para a forma, segue o racionalismo moderno criando poucos pontos de apoio em pilares circulares de concreto armado, que sustentam dois níveis de anéis de laje, os quais são delimitados pelas peles interna e externa.

Portanto as paredes são totalmente independentes da estrutura do edifício conforme pregam os modernos. Para cobrir o espaço central dos anéis o escritório propõe uma estrutura metálica baseado em treliças que saem do centro e tocam os anéis e sustentam painéis de telhas metálicas termoacústicas. 

Figura 7: Esquema estrutural do edifício

Fonte: Esquema elaborado pelo Autor, 2021

Essa configuração, produz uma certa dicotomia na percepção do envoltório, ora percebido como massa ou como apenas um invólucro: pode-se em primeiro momento perceber as paredes assumindo protagonismo na configuração da forma e do espaço, o que remete a uma ideia de composição clássica (massa, estrutura). Entretanto, ao entender que na verdade desempenha o papel de um fechamento permeável, e ao analisar a estrutura, percebe-se que o anel de concreto sustentado por pilares é que realmente sustentam o edifício e a cobertura. Neste caso, uma solução vinculada a tradição moderna como dito anteriormente. 

Figura 9: Corte esquemático do edifício com definição dos materiais

FUNÇÃO

Uma vez resolvida a questão formal e estrutural, resolver a questão funcional foi simples, uma vez que o programa de uma academia de ginástica, não necessita nenhuma grande particularidade. Basicamente o projeto se organiza na recepção e cantina localizadas no núcleo central e de acesso ao edifício, módulos dedicados a atividade física conjugados a esse núcleo central e área de vestiários e setor administrativo no último módulo à direita. As varandas foram pensadas para criar espaços de transição com o exterior, o que se cumpre na entrada, porém nas duas localizadas na parte posterior do edifício, seu perímetro foi fechado com vidro e essas passaram a ser áreas internas e receber aulas de atividade física também.

Figura 8: Esquema de usos do edifício

Fonte: Esquema elaborado pelo Autor, 2021

O espaço aberto e fluído da liberdade total na organização, podendo reconfigurar as salas de acordo com os aparelhos de ginásticas instalados. Ao mesmo tempo que a forma circular exige um desenho próprio de interiores para resolução das bancadas e do mobiliário fixos.

Os fluxos do projeto são derivados da própria forma, com uma circulação direta entre os núcleos nos pontos de encontro dos módulos e perimetral para acesso dos vestiários. 

Figura 9: Esquema de Fluxos do edifício.

Fonte: Esquema elaborado pelo autor, 2021

A organização em núcleo e perímetro remete a arquitetura clássica, do peristilo e da nave, como podemos ver em projetos como o Paternon e a Basílica de San Vitale. Já a circulação entre módulos é um tipo de fluxo mais presente em projetos contemporâneos como nas obras do escritório japonês Sanaa. Novamente a análise da obra e as conexões que podemos estabelecer com ela, celebram a complexidade do projeto, distanciando-o de soluções inteiramente modernas.

CONCLUSÃO

Uma obra de arquitetura é um compilado de estratégias, soluções, detalhes, por isso, nem sempre se pode categorizar algo como sendo pertencente a um movimento ou a outro, ainda mais se tratando de uma obra contemporânea. Mas é possível identificar 

valores ou ideias que sim, são características de vertentes arquitetônicas e talvez ser contemporâneo seja resolver todos os problemas que envolve o ato de projetar tirando o melhor de cada estratégia. 

Esse é o caso do projeto da Academia-Escola da Unileão do Lins Arquitetos, um projeto que notoriamente traz as tradições da arquitetura moderna brasileira, mas que agrega concepções clássicas, pós-modernas e contemporâneas, em prol de tornar a obra mais impactante e eficiente. Muito porque no cerne da discussão projetual está a sua relação com o meio em que ele está inserido e o clima, os materiais locais e a mão-de-obra são o ponto de partida para a maioria das decisões.

Até por isso, o edifício apresenta um caráter experimental, inventivo, não surge de ideias prontas, pasteurizadas e processadas como mera colagem de soluções. E é essa característica que a obra tem, que pode nos indicar um caminho para a produção de uma arquitetura contemporânea e brasileira.


¹Declaração feita por Cintia Lins, sócia do escritório, em depoimento para o autor, 2021. Arquivo digital de áudio e vídeo.
²Frase dita por George Lins, um dos sócios do escritório, em entrevista para o Arquicast, edição 94
³Declaração feita por Cintia Lins, sócia do escritório, em depoimento para o autor, 2021. Arquivo digital de áudio e vídeo.

BIBLIOGRAFIA

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HOLANDA, Armando de. Roteiro para construir no Nordeste. Recife: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da Faculdade de Arquitetura, UFPE, 1976.

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MAHFUZ, Edson da Cunha. Reflexões sobre a construção da forma pertinente. Disponível em: <www.vitruvius.com.br>. Acesso em: 1 de maio de 2021.

ORTIZ, Renato. Reflexões sobre a Pós-Modernidade: o exemplo da Arquitetura. 2015. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/321323532/Reflexoes-Sobre-a-Pos-modernidade-o-Exemplo-Da-Arquitetura-Renato-Ortiz>. Acessado em: 12 de maio de 2021.

PORTOGHESI, Paolo. Postmodernism. Nova Iorque, Rizzoli, 1983.

WITTKOWER, Rudolf. Principles of Palladio’s Architecture: II. Journal of the Warburg and Courtauld Institutes, vol. 8, 1945, pp. 68–106.  Disponível em: <www.jstor.org/stable/750167>. Acessado em:  22 de maio de 2021.


*Filipe Battazza é arquiteto e urbanista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) em 2016, possui Master em Arquitetura Avançada pela Universidade Politécnica da Catalunha (ETSAB-UPC) concluído em 2018 e atualmente é discente Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP. E-mail: fbattazza@usp.br