BENEFITS OF PHYSIOTHERAPY ON THE QUALITY OF LIFE OF WOMEN WITH SEXUAL DYSFUNCTION: LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11371654
Jenifer Carvalho da Silva1
Juliane Oliveira da Mata1
Orientadora: Dra. Thaiana Bezerra Duarte2
RESUMO
Introdução: As disfunções sexuais (DSF) são estimadas como um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A disfunção sexual na mulher pode distinguir sua saúde física e mental. Entre as disfunções o vaginismo e a dispareunia, diante disto este artigo tem como. Objetivo: tratamento das disfunções sexuais visando qualidade de vida. Materiais e Métodos: Intervenções fisioterapêuticas qualidade de vida Resultados: São as sessões com resultados positivos. Conclusão: A fisioterapia desempenha um papel significativo na melhoria da qualidade de vida para pessoas que sofrem de dispareunia e vaginismo e pode ajudar aliviar a dor, reduzir a tensão muscular e melhorar a função sexual.
Palavras-Chave: Disfunção sexual, vaginismo, dispareunia.
SUMMARY
Introduction: Sexual dysfunctions (SPD) are estimated as a public health problem by the World Health Organization (WHO). Sexual dysfunction in women can distinguish their physical and mental health. Among the dysfunctions vaginismus and dyspareunia, before this this article has how. Objective: treatment of sexual dysfunctions aiming at quality of life. Materials and Methods: Physiotherapeutic interventions quality of life. Results: These are the sessions with positive results. Conclusion: Physiotherapy plays a significant role in improving the quality of life for people suffering from dyspareunia and vaginismus and can help relieve pain, reduce muscle tension and improve sexual function.
Keywords: Sexual dysfunction, vaginismus, dyspareunia.
1. INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) um dos fatores fundamentais que colaboram para a qualidade de vida da pessoa é a sexualidade. Para Ferreira, Souza e Amorim (2007) a sexualidade humana é capaz de influenciar nos mecanismos físicos e psicológicos podendo sofrer alterações multifatoriais.
Entrar neste contexto é muitas vezes complicado visto que abrange não só o lado físico, mental, social, mas principalmente por ser uma questão ligada à intimidade da pessoa, não podendo ser visto somente como sexo, pois está ligada diretamente ao bem estar e a autoestima da mulher (Araujo, 2017).
As alterações biológicas ou funcionais também conhecidas como disfunções pélvicas fazem parte da sexualidade feminina. A resposta sexual feminina comum é composta por uma relação ampla de elementos psicológicos, ambientais e fisiológicos (hormonais, vasculares, musculares e neurológicos) (Castro, 2020).
Essas disfunções sexuais, podem ser identificadas quando a mulher sente desconforto, dor, dificuldades e até mesmo insatisfação no ato sexual. Enquanto a sexualidade feminina é um processo muito complexo, (disfunção sexual feminina) DSF é um problema multifatorial, que pode acometer de 20% a 76% das mulheres. O Estudo da vida sexual do Brasileiro mostrou que 51,9% das brasileiras estão insatisfeitas com sua vida sexual (Palma, 2014).
Dentre as disfunções pode-se destacar o vaginismo e a dispareunia como as mais acentuadas. O vaginismo é notório como um fator psicossomático, onde se tem o medo irracional de uma situação, ou seja, uma fobia no ato sexual que sucede um espasmo da musculatura do assoalho pélvico impossibilitando qualquer penetração. Já a dispareunia, refere-se à dor repetitiva ou permanente durante ou após o ato sexual, originando assim um incômodo na mulher (Polden; Mantle, 2000).
As disfunções podem acontecer por todo o período da vida reprodutiva, sendo no período do climatério (fase de transição do período reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo na vida da mulher) onde as mulheres ficam mais vulneráveis. A fisioterapia se mostra dinâmica no que diz respeito às disfunções sexuais femininas, pois é através de terapias que se tem um avanço na funcionalidade, na evolução da mobilidade, na força e resistência do assoalho pélvico além do alívio da dor, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida (Souza, 2020).
Para uma vida plena, saudável e com qualidade, os aspectos da vida da mulher como o seu bem-estar físico, mental, emocional, social e biológico são muito importantes e todos devem ser valorizados. É imprescindível que todos os profissionais de saúde envolvidos nessa área e da qual os fisioterapeutas fazem parte prestem uma assistência adequada e minuciosa às mulheres que são acometidas por essas alterações na função sexual, garantindo um tratamento adequado.
Desse modo o presente estudo tem como objetivo analisar os benefícios da fisioterapia na melhora da qualidade de vida de mulheres com disfunção sexual, evidenciando o vaginismo e a dispareunia.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão literária, as bases de dados PubMed, Scientific Eletronic Library Online (SciELO), biblioteca virtual em saúde (BVS), com os seguintes descritores: sexualidade; função sexual; disfunções sexuais; vaginismo; dispareunia; fisioterapia no idioma inglês e o período da busca nas bases de dados foi março de 2024.
Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos 10 anos (2014 a 2024), abordando o tema benefícios da fisioterapia nas disfunções sexuais femininas e na qualidade de vida. E os critérios de exclusão foram estudos não disponíveis na íntegra e publicados em idiomas diferentes de inglês.
Os resultados foram expressos por meio de tabelas.
3. RESULTADOS
Para realização desta revisão foram pesquisados 198 artigos nas plataformas Scielo, BVS e Pubmed, sendo selecionados apenas 6, devido ao ano de publicação 187 foram excluídos, conforme a figura 1.
Figura 1 – Fluxograma do estudo.
Após a leitura íntegra dos artigos, foram descritos na tabela 1 para melhorar o esclarecimento quanto ao objetivo, metodologia e os resultados encontrados.
Tabela 1: Síntese dos artigos selecionados para a revisão
4. DISCUSSÃO
A relação sexual para algumas mulheres deveria ser sinônimo de prazer, mas em alguns casos acaba virando um ato frustrante acompanhado de dor e desconforto.
Através desta revisão de literatura foi possível considerar os benefícios da fisioterapia nas disfunções sexuais femininas, tendo como foco o vaginismo e a dispareunia e os recursos empregados para seus tratamentos, reformando a qualidade de vida de muitas mulheres.
Villas et a. (2018) expõem que através da Cinesioterapia e terapias manuais a fisioterapia tem contribuído significativamente para a melhora da disfunção sexual nas mulheres, ao tratamento multidisciplinares nas disfunções sexuais e na melhora da qualidade de vida.
É importante ressaltar que os tratamentos terapêuticos se mostram efetivos no tratamento da disfunção, principalmente a combinação de cinesioterapia, e eletroestimulação e terapia manual, diz Franceschini et al. (2010).
Cardoso et al. (2022) diz que as sessões eletroterapia e terapias manuais acentuam uma melhora significativa no tratamento de vaginismo e da dispareunia, visto que os dois são fatores multifatoriais com efeitos negativos na função sexual de mulheres, interferindo diretamente nos relacionamentos, na autoestima e na qualidade de vida.
Por conta desta complexidade, o tratamento dessas disfunções exige atuações multidisciplinares, que irão municiar os cuidados da vida das mulheres.
Conforme Padilha et al. (2021) Embasada em exercícios em grupo, sendo 10 atendimentos, até duas vezes na semana, por 50 minutos, diz que os resultados da terapia manual apontaram que as mulheres submetidas aos exercícios obtiveram uma melhora significativa na função sexual.
A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento das disfunções sexuais femininas, e na qualidade de vida, visto que as DSF alteram não somente as estruturas físicas da mulher, mas também aspectos psicológicos e sociais.
Padilha e Cardoso et al. chegaram a mesma conclusão onde firmam que a terapia manual aponta para uma melhora significativa na função sexual e todas aumentam a força e a melhora nas relações sexuais Isabela Franco Cavalcanti et al, (2014) relata que mulheres na faixa de 35 a 49 apresentam um número menor de disfunção sexual e que nada tem a ver com estado civil.
Entretanto, não há harmonia na literatura. Visto que alguns estudos manifestam que mulheres casadas apresentaram mais chances de terem disfunção sexual, e outros evidenciam que as divorciadas ou separadas tiveram maior constância.
Dal Farra et al. (2022) relatam que os estudos foram avaliados de forma independente e a eficácia das terapias manuais miofasciais (MMT) para dor e impacto dos sintomas e para qualidade de vida em comparação com o tratamento padrão. A qualidade foi “muito baixa”.
Del Carmen et al. (2020) dizem que as mulheres no período do puerpério participaram de um programa de exercícios durante oito semanas, com frequência de duas vezes por semana. O treinamento muscular do assoalho pélvico em mulheres primíparas ou multíparas pode melhorar a função sexual e a qualidade de vida no pós-parto.
A abordagem de um fisioterapeuta especializado no tratamento das disfunções voltados para o vaginismo e da dispareunia vem recebendo um papel muito importante, uma vez que retém habilidades e competência para tratar, precaver, nortear e adequar através de recursos físicos e manuais, auxílio ou cura dos sintomas, ajustando assim melhora na qualidade de vida e na autoestima dessas mulheres.
5. CONCLUSÃO
A fisioterapia contém inúmeras técnicas e recursos para o tratamento da dispareunia e o vaginismo. O tratamento fisioterapêutico das disfunções vai além de recursos pois consiste em tratar a mulher como um todo, fornecendo orientações sobre a sua anatomia sexual e o autoconhecimento, porém a falta de padronização leva a não saber qual o melhor método a ser utilizado.
No entanto, todos os resultados apresentam melhora dos sintomas associados às disfunções sexuais, demonstrando os benefícios da fisioterapia.
6. REFERENCIAS
PADILHA. Fisioterapeuta, Unifacear, Araucária, Paraná, Brasil: revista pubsaúde, 2022.
CASTRO, Káryhta Mariane Sobrinha de. Fisioterapia na disfunção sexual feminina: uma revisão de literatura, revista scielo – scientific electronic library, 2020.
FRANCESCHINI J, Scarlato. Fisioterapia nas principais disfunções sexuais pós tratamento do câncer do colo do útero: revisão bibliográfica. revista brasileira de cancerologia. 2010;
PALMA, Paulo César Rodrigues; BERGHMANS, Bary; SELEME, Maura Regina. Urofisioterapia Aplicações clínicas das técnicas fisioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico. 2. Ed. Campinas: Andreoli, 2014
POLDEN, Margaret, fisioterapia em ginecologia e obstetrícia. 2. ed. são paulo: com. imp., 2000
SOUSA, C. B; de Souza, V. S; Figueredo, R. C. Disfunções sexuais femininas: recursos fisioterapêuticos na anorgasmia feminina pela fraqueza do assoalho pélvico. Multi Debates, v. 4, n. 2, p. 176-188, 2020.
1 Discente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE.
2 Doutorado em Reabilitação e Desempenho Funcional, Docente do Curso de Fisioterapia e Fonoaudiologia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE e do Curso de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas Itacoatiara.
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