BABESIOSE CANINA E A RELEVÂNCIA DE SEU DIAGNÓSTICO, NA ROTINA CLÍNICA

CANINE BABESIOSIS AND THE RELEVANCE OF ITS DIAGNOSIS IN CLINICAL PRACTICE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411160025


Gabriela Reis1


Resumo

A babesiose canina é uma das principais condições a serem consideradas no diagnóstico de hemoparasitoses. Caracteriza-se por anemia hemolítica, trombocitopenia, esplenomegalia, hepatomegalia, hipertermia, anorexia e apatia, sendo uma doença comum em países tropicais. Neste relato, discutiremos o caso de um cão que inicialmente apresentava queixas de problemas locomotores e apatia e, posteriormente, foi diagnosticado com babesiose. Abordaremos o tratamento recomendado e destacaremos a importância do diagnóstico diferencial na rotina clínica.

 Palavras-chave: Hemoparasita, anemia hemolítica, cães

Abstract

Canine babesiosis is one of the main conditions to consider in the diagnosis of hemoparasitic diseases. It is characterized by hemolytic anemia, thrombocytopenia, splenomegaly, hepatomegaly, hyperthermia, anorexia, and lethargy, and is a common disease in tropical countries. In this report, we will discuss the case of a dog that initially presented with complaints of locomotor issues and lethargy, which was later diagnosed with babesiosis. We will address the recommended treatment and emphasize the importance of differential diagnosis in clinical practice.

Keywords: Hemoparasite, hemolytic anemia, dogs

Discente, ANCLIVEPA -SP, Pós graduação Clínica Médica de Cães e Gatos, São Paulo- SP, Brasil

Introdução

A babesiose canina (ou piroplasmose) é uma doença protozoária significativa e potencialmente fatal, transmitida por carrapatos, que afeta populações de cães em todo o mundo. A doença é causada por parasitas intra eritrocíticos do gênero Babesia, ordem Piroplasmida, filo Apicomplexa (MITTAL et al., 2019). Na era atual, está distribuída por todo o mundo. Várias espécies de Babesia infectam vertebrados; no entanto, os principais agentes etiológicos da babesiose canina são Babesia canis, Babeia Rossi, Babesia vogeli e Babesia gibsoni. A babesiose canina pode ser caracterizada por anemia progressiva, febre, trombocitopenia e esplenomegalia marcante. Em casos graves, a babesiose pode resultar em morte.(TAYYUB et al., 2019).

Duas formas distintas de Babesia são reconhecidas por avaliação morfométrica durante exames microscópicos de esfregaços de sangue: formas grandes que consistem em três espécies, B. canis, B. rossi e B. vogeli, e as formas pequenas (1,0–2,5 μm) compreendendo as piroplasmas B. gibsoni, B. conradae e B. microti. Entre todas as espécies de Babesia que infectam cães, B. rossi e B. gibsoni são consideradas espécies altamente patogênicas com prognóstico ruim (MITTAL et al., 2019).

Por este motivo, neste trabalho discutiremos a importância do diagnóstico diferencial para esta hemoparasitose.

Relato de caso

Paciente: Safira, canina, SRD, 6 anos de idade, fêmea, castrada, 12,7 kg, residente na cidade de Ferraz de Vasconcelos – SP. Deu entrada no hospital veterinário Vets Care, localizado em Poá – SP, no dia 22 de agosto de 2023, com queixa de fraqueza muscular. Os tutores relataram que a paciente apresentava, há cerca de 2 anos, incoordenação nos membros pélvicos e torácicos, sendo mais acentuada nos pélvicos, demonstrando dificuldade para levantar-se quando em decúbito. Relataram que passaram em consulta com colega e houve melhora com o tratamento prescrito anteriormente, que incluía analgésico e anti-inflamatório (não souberam especificar quais), porém, ao final do tratamento, os sinais clínicos retornavam. Informaram que a paciente apresentava normofagia, normodipsia, urina normal e normoquesia. Vacinas atualizadas (polivalente e raiva). Relataram que o animal viaja para um sítio em Arujá – SP com bastante frequência. O controle de ectoparasitas era feito somente quando havia a presença dos mesmos. Existem mais três contactantes, todos em bom estado geral. Relataram também que a paciente era muito ativa e, nas últimas duas semanas, se encontrava prostrada.

Ao exame físico, foi notada dor à palpação abdominal, com maior sensibilidade na região epigástrica e em coluna, na região tóraco-lombar. Mucosas normocoradas, TPC de 2 segundos, temperatura de 39,7°C, linfonodos não reativos, hidratação adequada. Ausculta cardíaca NRNF (120 bpm) e ausculta pulmonar limpa. Foi realizada a aplicação em consultório de dexametasona (0,1 mg/kg SC), tramadol (3 mg/kg SC) e dipirona (25 mg/kg SC). Foram solicitados exames complementares: ultrassom abdominal, raio-x da região tóraco-lombar, hemograma, ureia, creatinina, FA e ALT.

Ultrassom : Achados sugere lama biliar grau 1; Em baço dimensões aumentadas, contornos definidos, superfície lisa, margens finas, ecogenicidade e ecotextura preservadas (Em região de cabeça/corpo); em cauda foi observado presença de estrutura heterogênea, ecogenicidade mista, com presença de vascularização ao modo doppler, medindo aproximadamente 8,36cm X 6,49cm (em corte longitudinal) e 7,62cm X 6,17cm (em corte transversal).  Demais órgãos sem alterações dignas de nota

Raio-x : nada digno de nota em região de coluna, ou em região de tórax. No abdome, foi identificada uma massa ovalada de radiopacidade semelhante à água, ocupando boa parte da região epi/mesogástrica, conferindo efeito de massa regional e ocupando parte das topografias esplênica e renal esquerda, provavelmente se tratando de uma massa originária de algum desses órgãos.

Hemograma: hematócrito 36%, com discreta anisocitose por macrocitose e policromasia. Plaquetas: 236 mil. Nos demais exames (FA + ALT + Ureia + Creatinina) todos os valores estavam dentro da referência.

Paciente foi encaminhada para o setor cirúrgico para realização de esplenectomia. O tumor removido foi encaminhado para exame histopatológico. 

A paciente realizou o procedimento cirúrgico no dia 26 de agosto de 2023. A cirurgia foi bem-sucedida, sem intercorrências. A paciente se manteve em internação por 24 horas, sob um protocolo medicamentoso de tramadol (3 mg/kg BID IV), dipirona (25 mg/ml BID IV) e dexametasona (0,1 mg/kg SID IV), mostrando-se ativa, com normofagia e normodipsia, com todos os parâmetros dentro da normalidade. Recebeu alta no dia seguinte.

Em exame histopatológico, foram observadas as seguintes alterações:

Macroscopia: Recebido um fragmento de baço medindo 10,0 x 7,0 x 8,0 cm, irregular, macio e enegrecido. Ao corte, apresentava aspecto macio, friável e avermelhado.

Microscopia: A seção histológica revela um fragmento esplênico com formação nodular, constituída por tecido linfoide folicular hiperplásico, bem delimitado, composto por linfócitos pequenos, intermediários e grandes, entremeados por histiócitos, mantendo a estratificação em centro germinativo, zona do manto e zona marginal bem definidas. A polpa vermelha revela vasos linfáticos e sanguíneos dilatados e congestos, além de pequenos linfócitos, plasmócitos, histiócitos e megacariócitos (hematopoiese extramedular). Os septos fibromusculares e a cápsula esplênica estão íntegros, sem indícios de malignidade no corte histológico. Margens cirúrgicas livres.

Diagnóstico: Hiperplasia linfoide nodular esplênica.

Em 8 de setembro de 2023, a paciente compareceu para retorno, 12 dias após a cirurgia, para avaliação. Na anamnese, a tutora relatou que a paciente se encontrava com normofagia, normodipsia, urina normal e normoquesia. No entanto, havia notado as mucosas claras. No exame físico, a paciente apresentava mucosas hipocoradas e TPC de 4 segundos. Os demais parâmetros estavam dentro da normalidade.

Foi realizado hemograma que apresentou os seguintes valores:

  • Hematócrito: 12%
  • Eritrócitos: 1,78 milhões/mm³
  • Hemoglobina: 3,7 g/dL
  • Anisocitose: discreta, com macrocitose e policromasia. Presença de corpúsculos de Howell-Jolly.
  • Leucopenia: 2.960 leucócitos. Raros monócitos ativados; raros neutrófilos tóxicos e hipossegmentados. Contagem de leucócitos corrigida pelo número de eritroblastos.
  • Plaquetas: 24 mil.
  • Reticulócitos: 4,6% – reticulócitos corrigidos: 1,22% – reticulócitos absolutos: 81.880 células/mm³.

Nesta data, a paciente realizou sorologia para Ehrlichia canis, Anaplasma phagocytophilum, Borrelia burgdorferi e Dirofilaria immitis, sendo não reagente para todos. Foi encaminhada para a realização de transfusão sanguínea com bolsa de sangue total. Durante todo o procedimento, a paciente se manteve alerta, com parâmetros dentro da normalidade. 

Após a transfusão, a paciente foi mantida em internação para monitoramento, na qual não apresentou nenhuma intercorrência. O hematócrito, após 24 horas da transfusão, era de 28%. Ela foi liberada no dia 9 de setembro de 2023, com orientação para retorno em dois dias para acompanhamento.

No retorno, no dia 12 de setembro de 2023, a paciente apresentava-se prostrada, com mucosas hipocoradas. A tutora relatou que a paciente apresentava hiporexia, normodipsia, urina normal e normoquesia.

Em um novo hemograma, a paciente apresentava os seguintes valores: hematócrito de 18%, eritrócitos de 2,38 milhões/mm³, hemoglobina de 5,6 g/dL, leucócitos de 3.936 e plaquetas de 20 mil. Foi solicitado PCR para Babesia spp. 

Em 23 de setembro de 2023, a paciente voltou a apresentar mucosas perláceas e prostração. Em um novo hemograma, os resultados foram os seguintes:

  • Hematócrito: 9%
  • Hemácias: 0,85 milhões/mm³
  • Hemoglobina: 2,20 g/dL
  • V.C.M: 105,88 fL
  • H.C.M: 25,88 pg
  • C.H.C.M: 24,44%

O leucograma apresentava:

  • Leucócitos: 9.779/mm³
  • Linfócitos típicos: 2.542,54
  • Segmentados: 5.769,61
  • Bastonetes: 195,58
  • Monócitos: 1.271,27

Os neutrófilos apresentavam granulações citoplasmáticas tóxicas (++), além de neutrófilos hipersegmentados (+).

Plaquetas: 20 mil.

A contagem de reticulócitos apresentou índice de reticulócitos de 0,32 e número de reticulócitos de 4.128 células/mm³.

PCR para Babesia spp –  positivo

A paciente realizou, pela segunda vez, transfusão sanguínea com bolsa de sangue total e iniciou tratamento para babesiose com Imidocarb dipropionato (6,6 mg/kg SC) e atropina (0,05 mg/kg SC). Foi mantida em internação durante 24 horas para observação, mostrando-se mais ativa, com normofagia, normodipsia e urina normal.

Em 26 de setembro de 2023, a paciente retornou para a repetição de exames. A tutora relatou melhora no quadro, e que a paciente estava ativa, com normofagia e normodipsia. 

O hemograma apresentou os seguintes resultados:

  • Hematócrito: 24%
  • Hemácias: 3,29 milhões/mm³
  • Hemoglobina: 7,5 g/dL
  • V.C.M: 72,95 fL
  • H.C.M: 22,89 pg
  • C.H.C.M: 31,25%

O leucograma apresentou:

  • Leucócitos: 18.246/mm³
  • Linfócitos típicos: 1.459,68
  • Segmentados: 14.414,34
  • Bastonetes: 182,46
  • Monócitos: 2.189,52

Plaquetas: 28 mil.

Na contagem de reticulócitos, o índice de reticulócitos foi de 3,78, com número de reticulócitos de 124.362 células/mm³.

Em 7 de outubro de 2023, 14 dias após a primeira aplicação de Imidocarb dipropionato, a paciente retornou para mais uma aplicação. Foi realizada a administração de atropina (0,05 mg/kg SC) e, 15 minutos depois, aplicado o Imidocarb dipropionato (6,6 mg/kg SC).

A tutora relatou bom estado geral. No exame físico, as mucosas estavam normocoradas, com TPC de 2 segundos, e os demais parâmetros estavam dentro da normalidade.

Em 20 de outubro de 2023, a paciente retornou para hemograma de controle, apresentando os seguintes resultados:

  • Hematócrito: 42,4%
  • Hemácias: 6,37 milhões/mm³
  • Hemoglobina: 13,9 g/dL
  • V.C.M: 66,56 fL
  • H.C.M: 21,82 pg
  • C.H.C.M: 32,78%
  • Morfologia celular: normal

O leucograma apresentou:

  • Leucócitos: 7.000/mm³
  • Linfócitos típicos: 2.380,00
  • Segmentados: 4.130,00
  • Monócitos: 490,00

Plaquetas: 200 mil.
Morfologia celular: normal.

A paciente recebeu alta clínica, com a orientação de retornar a cada 2 meses para monitoramento. Ela retornou por duas vezes, apresentando valores dentro da normalidade. A paciente mudou-se para outra localidade, não sendo possível saber como está atualmente.

Discussão

As hemoparasitoses são enfermidades causadas por microrganismos patogênicos que parasitam as células sanguíneas dos animais, sendo transmitidas por artrópodes hematófagos, dos qual o principal vetor é o carrapato da espécie Rhipicephalus sanguineus (DE ARAUJO et al., 2022). O carrapato deve permanecer sugando na pele por pelo menos 48 a 72 horas. (KARASOVÁ et al., 2022).

Em novos estudos também foram demonstradas outras formas de transmissão, como a transmissão direta, na qual a doença pode ser transmitida através de transfusão de sangue; pelo uso não higiênico de instrumentos cirúrgicos contaminados; e pelo uso repetido da mesma agulha de injeção. A transmissão direta também pode ocorrer em brigas de cães  por ferimentos causados por mordida, sendo comum entre raças de cães de luta. 

A transmissão transplacentária foi confirmada pela primeira vez na infecção experimental por B. gibsoni de uma cadela 650 dias antes do acasalamento. Em todos os filhotes, a análise de DNA confirmou a presença de B. gibsoni, o que valida a transmissão intrauterina da doença (KARASOVÁ et al., 2022).

O período pré-patente, que é o tempo desde a infecção até a demonstração de piroplasmas nos esfregaços sanguíneos, é considerado de 7 a 11 dias em cães infectados. O tempo decorrido entre a exposição a um organismo patogênico e o aparecimento dos primeiros sintomas depende da carga parasitária, variando de 7 a 21 dias. O curso da doença pode ser agudo ou crônico. 

Na forma aguda da doença, alguns cães podem apresentar febre, anorexia, prostração, mucosas hipocoradas ou ictéricas , letargia, êmese, linfonodos aumentados e esplenomegalia. As alterações hematológicas geralmente se manifestam como anemia hemolítica regenerativa, acompanhada de poiquilocitose, policromasia, anisocitose e trombocitopenia. (KARASOVÁ et al., 2022). 

O diagnóstico por métodos moleculares para detecção de Babesia tem como objetivo identificar ácidos nucleicos e é bastante útil mesmo em casos onde métodos imunológicos não podem ser utilizados, como em infecções agudas ou crônicas de longa duração, quando os anticorpos podem não estar presentes no organismo. Uma grande vantagem desses métodos é sua alta sensibilidade e especificidade. A reação em cadeia da polimerase (PCR) tem se mostrado o melhor método molecular para o diagnóstico de Babesia spp. até o momento, sendo considerado o mais preciso no diagnóstico da babesiose. (KARASOVÁ et al., 2022)

Atualmente, o tratamento de escolha é com Imidocarb dipropionato. A dose aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) de imidocarb dipropionato (Imizol®, Carbesia®) é de 6,6 mg/kg, administrada por via intramuscular (IM) ou subcutânea (SC), com uma dose repetida em 2 semanas. O imidocarb dipropionato não deve ser administrado por via intravenosa (IV) em cães. 

Os efeitos adversos do imidocarb dipropionate em cães incluem dor durante a aplicação e efeitos colinérgicos, como salivação excessiva, gotejamento nasal ou vômito. Esses efeitos colinérgicos podem ser mitigados por meio da pré-medicação com atropina a 0,05 mg/kg. Outros efeitos menos frequentes incluem ofegante, agitação, diarreia, necrose tubular renal ou hepática, inflamação no local da injeção e, mais raramente, ulceração, que geralmente cicatriza dentro de dias a semanas. (BANETH,2018)

Um diagnóstico diferencial para hemoparasitoses seria a rangeliose. O hemoprotozoário Rangelia vitalii é o agente etiológico, popularmente conhecido como Nambiuvu, uma palavra Guarani que significa “orelha que sangra”, sendo este um sinal clínico observado em casos naturais de infecção pelo parasita.  (Paulo, sd)

Dentre os principais sinais clínicos, destacam-se a febre, apatia, anorexia, perda de peso, desidratação, dispneia, esplenomegalia, hepatomegalia, linfadenomegalia, petéquias, equimose, icterícia, palidez das mucosas, diarreia sanguinolenta, além de sangramentos persistentes pelas narinas, boca, olhos, ânus e bordas de orelhas.

Nas alterações hematológicas, as mais evidentes estão a redução na contagem de eritrócitos, plaquetas, hemoglobina e hematócrito. Apesar de morfologicamente semelhante à espécie B. canis, quando encontrada em hemácias, a espécie R. vitalii é geneticamente distinta das principais babesias que infectam cães. (Paulo, sd)

Conclusão

A babesiose canina e as hemoparasitoses em geral representam um desafio significativo na medicina veterinária, exigindo um diagnóstico preciso e um manejo adequado para garantir a saúde e o bem-estar dos animais afetados. O conhecimento sobre as diferentes formas de transmissão, os sinais clínicos e os métodos diagnósticos, incluindo a importância da identificação de Babesia spp. por métodos moleculares, é essencial para o manejo eficaz. Além disso, mesmo a paciente não tendo sido testada para rangeliose, essa condição, como um diagnóstico diferencial, destaca a necessidade de uma abordagem abrangente na avaliação de doenças hematológicas em cães.

O tratamento com Imidocarb dipropionato se mostrou eficaz, mas os veterinários devem estar atentos aos possíveis efeitos adversos e à importância do monitoramento pós-tratamento. O acompanhamento contínuo e a educação dos tutores sobre medidas preventivas, como controle de ectoparasitas e identificação de manifestações clínicas, é  fundamental para a prevenção e o controle dessas doenças.

Em síntese, a compreensão aprofundada das hemoparasitoses e a colaboração entre profissionais de saúde animal são cruciais para melhorar os resultados clínicos e promover a saúde pública.

Com base nos estudos, não foi possível associar o achado esplênico com a babesiose.

Referências

BANETH, G. Antiprotozoal treatment of canine babesiosis. Veterinary parasitology, v. 254, p. 58–63, 2018.

DE ARAÚJO, R. et al. Avaliação diagnóstica das hemoparasitoses em cães: Revisão. PubVet, v. 16, n. 10, 2022.

KARASOVÁ, M. et al. The etiology, incidence, pathogenesis, diagnostics, and treatment of canine babesiosis caused by Babesia gibsoni infection. Animals: an open access journal from MDPI, v. 12, n. 6, p. 739, 2022.

LAHA, R.; DAS, M.; SEN, A. Morphology, epidemiology, and phylogeny of Babesia: An overview. Tropical parasitology, v. 5, n. 2, p. 94–100, 2015.

MITTAL, M. et al. Canine babesiosis among working dogs of organised kennels in India: A comprehensive haematological, biochemical, clinicopathological and molecular epidemiological multiregional study. Preventive veterinary medicine, v. 169, n. 104696, p. 104696, 2019.

Paulo, S. (sd). Historia natural da rangeliose . USP.Br. Recuperado em 8 de outubro de 2024, em https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-19092014-092438/publico/JOAO_FABIO_SOARES_Original.pdf

TAYYUB, M. et al. Genetic diversity of canine Babesia species prevalent in pet dogs of Punjab, Pakistan. Animals: an open access journal from MDPI, v. 9, n. 7, p. 439, 2019.


1 https://orcid.org/0009-0009-3101-9103
medvetgabrielareis@gmail.com