AVALIAÇÃO DO PERFIL EMPREENDEDOR DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE PORTO VELHO-RO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8174160


Verônica Mesquita Carvalho
Kalina de Arruda Lima Carvalho
Orientadora: Carina Lelia Muniz


 INTRODUÇÃO

Os estudos sobre o empreendedor ou, principalmente, o perfil empreendedor começaram a ser evidenciados a partir da década de 60 e buscavam entender quais eram as características comportamentais necessárias a um empreendedor de sucesso (MCCLELLAND, 1972).

Diante das mudanças no mundo contemporâneo e, principalmente, sob a pressão de um mercado dinâmico, as organizações não podem prescindir de uma liderança eficaz para obter sucesso e sobreviver neste ambiente. Este contexto não depende de tipo ou porte da organização; é um cenário onde quem compete necessita desenvolver visão e ações que lhe permita perceber ameaças e oportunidades. O gestor possui elementos e características de proatividade e “espírito” empreendedor.

O empreendedor pode ser considerado elemento chave ou força motriz em negócios e o sucesso do empreendimento ou riqueza gerada pode estar relacionado (a) à utilização ou implementação de inovação (GEM, 2008). Ser empreendedor não tem como significado apenas abrir seu próprio negócio, mas também a criação de algo novo e diferente, quer seja produto, serviço ou tecnologia ou, ainda, mudar e transformar valores ou reinventar algo que já é conhecido (DRUCKER, 2002).

Na odontologia, não está sendo diferente, existe uma gama de modos em que o cirurgião dentista pode atuar, seja em consultório próprio, compartilhado e até mesmo domiciliar.  Na graduação, o preparo do acadêmico está evidenciado mais para diagnosticar, prevenir e realizar procedimentos voltados à cabeça e pescoço de cada ser humano.

Ademais, deve-se evidenciar para o futuro do acadêmico que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e inovador, que apenas técnicas odontológicas, não são capazes de conquistar clientes e até administrar um consultório, então é preciso ter noção de ferramentas como: empreender, gestão, administração, economia e marketing para a capacitação de um profissional diferenciado e apto para lidar com o atual mercado e a concorrência (ROCHA e FREITAS,2014).

Desse modo, é preciso que o acadêmico esteja capacitado para lidar tanto com atualizações de conhecimentos técnico-científicos, quanto a de conhecimentos administrativos e econômicos, sendo importante que na graduação ele tenha auxílio pedagógico voltados para despertar em cada acadêmico tomada de decisões, gerenciamento, competências de atividades criativas, liderança e entre outros tópicos voltados para o empreendedorismo (GUSTAVO,2016).

Desta forma, o presente tema tem como objetivo avaliar o perfil empreendedor dos acadêmicos de odontologia do 7° ao 10° período de uma instituição de ensino superior e trazer para o discente, uma autoanálise sobre o perfil empreendedor e seu conhecimento aplicado ao mercado odontológico. Para conhecimentos específicos, o acadêmico fará sua autorreflexão sobre o tema e terá uma base de seu conhecimento no empreendedorismo odontológico, para refletir a sua relevância na odontologia e buscar caso não esteja tão confiante de seus resultados, pesquisar a fundo sobre o tema e se capacitar, pensando no futuro de sua carreira.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Empreendedorismo

Grande parte da população brasileira, estereotipa o empreendedorismo a algo apenas empresarial, o que de certo modo não é a forma correta de relacionar este mercado, já que ele é a chave para muitas profissões, e com a odontologia não seria diferente (DIOMEDE et al., 2020). Com a falta do empreendedorismo na administração de um consultório, é provável que seja mais árduo para o profissional atuar no financeiro e administrativo do local, bem como se destacar no mercado.

Empreendedorismo pode ser aplicado a uma variedade de contextos, incluindo a criação de novas empresas, o crescimento orientado de pequenas empresas, de grandes empresas já consolidadas, de organizações não lucrativas e de organizações governamentais (MORRIS; TROTTER,1990). 

Para Machado (2000) o empreendedorismo é “melhor visto como um comportamento transitório que transpassa muito a situação enfrentada pelo empreendedor”. Já para Dolabela (2008), o empreendedorismo é inerente à existência humana, e as pessoas já nascem empreendedoras e desde os primórdios de nossa espécie ele já estava presente quando o homem tentou melhorar suas interações sociais e com a natureza. Ângelo (2003) relata que a palavra empreendedorismo teve sua origem a cerca de 800 anos e ela é derivada do verbo francês entreprendre que significa fazer algo o empreender, etimologicamente é representada pela soma do entre (inter em latim que significa espaço que vai de um determinado lugar a outro ou a ação mútua, reciprocidade) e de pendre (em latim prenhendre é utilizar, empregar tomar atitude).

Assim sendo pode-se dizer que o empreendedorismo não é importante apenas para aquele que a exerce, mas para todos, a sua volta, pois ele é capaz de fortalecer a economia local, pois promove o crescimento econômico ligado aos seus negócios, implantando a criatividade, recursos e inovação. Respondendo a quase todas as
dificuldades que o mercado pode oferecer (PEREIRA et al., 2013).

2.2 Perfil empreendedor 

O empreendedorismo tem um papel fundamental para o desenvolvimento socioeconômico, visto que ele é importante para a criação de oportunidades de trabalho, catalisador e incubador do progresso tecnológico e de inovações de produto e de mercado (JACK, ANDERSON, 1999; MUELLER, THOMAN, 2000).

O empreendedor é o indivíduo que assume os riscos inerentes à criação de um negócio (CANTILLON, 1755; SAY, 1803). O empreendedor é aquele capaz de introduzir mudanças e inovações por meio do desenvolvimento de uma tecnologia inédita (SHUMPETER, 1934; DRUCKER, 1964), na definição de Marshall (1985), o empreendedor é aquele que combina os fatores de produção, trabalho e capital de maneira a gerar maior produção de bens e serviços.

Como se pode deduzir, ser um empreendedor potencial não implica necessariamente também ter intenção de empreender ou vice-versa. Em outras palavras, há aqueles que têm a preparação para empreender e não têm intenção de fazê-lo, assim como aqueles que querem fazê-lo e não estão preparados para tanto. Quando se trata dos fatores dependentes do próprio indivíduo, a junção do potencial com a intenção é, contudo, uma grande propulsora e uma importante viabilizadora do empreendedorismo (LIMA et al., 2015).

2.3 Perfil empreendedor na odontologia

Uma das diversas dificuldades do cirurgião dentista e a saturação do mercado de trabalho e a alta competitividade (DIOMEDE et al., 2020), pois com a amplificação desenfreada dos cursos de odontologia elevando em maior formação de profissionais em relação a população, acaba-se arrebatando em uma concorrência desleal (FONTANA et al., 2017), gerando um prejuízo maior para os profissionais da área, porém fazendo com que os mesmos busquem novos aperfeiçoamentos, e busquem empreender e ampliar seus conhecimentos para melhor satisfazer as necessidades dos pacientes e assim, ser destaque na sua atuação, sempre trazendo melhores atendimentos e novidades, então, a partir daí que o empreendedorismo se torna a chave para o mercado de trabalho e para os profissionais.

Os profissionais recém-formados na odontologia acabam enfrentando uma acirrada concorrência no mercado de trabalho, por isso é necessário uma formação empreendedora na grade curricular dos alunos, ampliando a mente dos mesmos para os diversos tipos de possibilidades que a odontologia oferece (RIBAS, SIQUEIRA, BINOTTO, 2010). 

Ainda que o empreendedorismo se faça presente em diversas áreas da odontologia, ele ainda é um grande desafio, embora o mesmo já venha amplificando altas taxas de crescimento nos últimos anos, sendo considerado uma opção desejável para muitos (JÚNIOR et al.,2013). (MOTA et al.,2018).

Na graduação, o empreendedorismo pode acabar passando despercebido já que a maior parte da carga horário do curso é formado por horas clínicas e disciplinas que atuam diretamente em dentes e estruturas adjacentes (CHAMBERLAIN et al., 2005). Porém, este é um curso na qual abrange muitas oportunidades de trabalho, não sendo somente um cirurgião dentista generalista atuante em consultórios, podendo também ser um “dentista legista”, ou até mesmo abrir uma filial de consultórios adentrando no meio empreendedor.

Dessa maneira, percebe-se a odontologia, como uma das profissões que lidam com pessoas e situações distintas, exige do profissional o conhecimento sobre o empreendedorismo. Onde, no caso de gestores de seu próprio consultório, poderão usar do empreendedorismo como forma de tentar garantir um retorno desejável, já que o serviço prestado deverá corresponder às necessidades e condições financeiras da população que fará uso desse serviço (RIBAS, SIQUEIRA, BINOTO, 2010).

As habilidades empreendedoras como característica do profissional CD no gerenciamento do seu consultório mostram a importância de características como conhecimento e adaptabilidade ao mercado ajudando inclusive com que o mesmo consiga conciliar o fato de atender pacientes credenciados em planos que talvez possam não lhe trazer retorno financeiro adequado com o fato de fazer com que esses atendimentos consigam lhe gerar um saldo positivo, nem que sejam uma válvula de escape para preencher seus horários ociosos gerados pelo alto número de pessoas que não conseguem arcar com os custos de um trabalho dentário particular e assim garantir uma renda a mais, por mais que não seja tão significativa pelo menos não irá lhe trazer prejuízo, porém se forem bem conciliadas as consultas particular com as de convênio o fato do CD ser credenciado não será apena mais uma estratégia para eliminar os horários ociosos mas sim como um auxiliar nos lucros podendo assim o CD receber uma renda condizente com a importância da profissão juntamente com o fato de garantir a uma parcela maior da população o acesso ao serviço odontológico população essa que não conseguiria arcar com gastos particulares parcelas da população de sua região, não sendo mais apenas uma estratégia para eliminar horários ociosos (VILELA et al., 2010).

3. PROPOSIÇÃO

O objetivo do presente estudo é avaliar o perfil empreendedor dos acadêmicos de odontologia do 7° ao 10° período de uma instituição de ensino superior e trazer para o discente, uma autoanálise sobre o perfil empreendedor e seu conhecimento aplicado ao mercado odontológico. O acadêmico fará sua autorreflexão sobre o tema e terá uma base de seu conhecimento no empreendedorismo odontológico, para refletir a sua relevância na odontologia, despertar desejo de aprofundar-se ao estudo do empreendedorismo para seu futuro no mercado financeiro e social e buscar caso não esteja tão confiante de seus resultados, pesquisar a fundo sobre o tema e se capacitar, pensando no futuro de sua carreira como profissional formado.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Público-alvo: Este estudo objetiva analisar o perfil empreendedor para alunos de odontologia do 7º ao 10º período da faculdade São Lucas/AFYA de Porto Velho, devidamente matriculados.

4.2 Aspectos éticos: Esta regulamentação será submetida à Comissão Nacional Ética e enviada para análise de um Comitê de Ética e Pesquisa. Ademais, juntamente a elaboração de um termo de consentimento livre e esclarecido, com linguagem de fácil compreensão e acessível a cada participante.

4.2.1 Riscos e desconfortos para o participante: Esta pesquisa preocupou-se em trazer o mínimo de desconforto ao participante, podendo gerar apenas pela aplicação do questionário.

4.3 Amostra: O estudo abrangerá toda a população estudantil de acadêmicos de odontologia do 7º ao 10º período da faculdade São Lucas/AFYA de Porto Velho, por meio de uma pesquisa descritiva e de campo transversal, de amostra por conveniência que tem por finalidade delimitar o perfil empreendedor dos estudantes universitários, analisadas via dados empíricos e sendo coletados através de variáveis específicas presentes no questionário estruturado e posteriormente, utilizados para mensurar os aspectos delineados no objetivo deste estudo. A equipe pesquisadora, irá divulgar presencialmente na sala de aula dos discentes, o tema da pesquisa, a importância da participação, pontos positivos e negativos da pesquisa e coletar os dados de e-mail e telefone para enviar o convite e o termo de consentimento livre e esclarecido a cada voluntário, tendo como meta a divulgação para março de 2023. A partir disso, o participante que concordou com o termo receberá via e-mail um questionário on-line, por meio da Plataforma Google Forms, este questionário visa analisar o conhecimento de acadêmicos sobre o empreendedorismo e sua autoanalise a respeito de seu conhecimento na área pensando no mercado de trabalho. Além disso, para avaliar o perfil empreendedor dos acadêmicos, foi proposto por meio de um instrumento de pesquisa de dados, adaptar o modelo do teste de perfil empreendedor de Dorneles, José Assis. O questionamento é composto por 24 perguntas objetivas e cada resposta será de múltipla escolha e analisará seu conhecimento através das características de 1 a 5, variando de ‘‘1 para insuficiente’’ a ‘’5 de excelente’’ e ao final será somado um total de pontos que classifica o participante em seu perfil empreendedor respondente. Cada pergunta trará alternativas que acarretará o participante a preencher a que melhor se adequa a sua visão e qualidades particulares e seus resultados somados, será avaliado em: acima de 120 pontos, o estudante se adequa ao perfil empreendedor e possui características comuns a ações empreendedoras. De 90 a 119 pontos, o aluno possui características empreendedoras, porém pode melhorar ainda mais para equilibrar os pontos ainda fracos com os fortes. Entre 60 e 89 pontos, o participante não tem traços empreendedores explícitos, podendo se comportar na maior parte do tempo como um administrador tradicional e não um inovador, este precisa analisar seus pontos, definir estratégias e usá-las. Por fim, a pontuação menor de 59 pontos, não tem um perfil empreendedor e caso continue com as mesmas atitudes estará apenas seguindo algo ou alguém e deve-se reavaliar seus objetivos e metas pessoais. A quantidade de participantes será objetivada para 100 pessoas. Por fim, após a coleta, os dados iram ser transcritos e tabulados em uma planilha EXCEL e através deste estudo espera-se uma reflexão e interesse dos acadêmicos em visar a importância do empreendedorismo como o novo da odontologia, um mercado que só cresce a cada dia.

4.4 Metodologia: A equipe pesquisadora irá presencialmente na sala dos discentes divulgar sobre a pesquisa, e coletar as informações necessárias para participar da mesma, bem como o termo de consentimento livre e esclarecido que os discentes deverão assinar antes de realizar a pesquisa, fornecendo dados pessoais como e-mail, telefone, sexo e endereço. Contudo, os participantes que concordaram em realizar a pesquisa irão receber o questionário em mãos que visa analisar o conhecimento dos acadêmicos sobre o empreendedorismo ou seja uma autoanalise a respeito de seu conhecimento sobre a área, visando o mercado de trabalho. A pesquisa foi adaptada do modelo do teste de perfil empreendedor de Dorneles, José Assis. Todavia, o questionário é composto de 24 perguntas objetivas com múltiplas escolhas variando de 5 (excelente) a 1(insuficiente), no final da pesquisa os participantes irão somar suas respostas para ver em qual perfil empreendedor eles se encaixam, sendo os perfis: acima de 120 pontos, o estudante se adequa ao perfil empreendedor e possui características comuns a ações empreendedoras. De 90 a 119 pontos, o aluno possui características empreendedoras, porém pode melhorar ainda mais para equilibrar os pontos ainda fracos com os fortes. Entre 60 e 89 pontos, o participante não tem traços empreendedores explícitos, podendo se comportar na maior parte do tempo como um administrador tradicional e não um inovador, este precisa analisar seus pontos, definir estratégias e usá-las. Por fim, a pontuação menor de 59 pontos, não tem um perfil empreendedor e caso continue com as mesmas atitudes estará apenas seguindo algo ou alguém e deve-se reavaliar seus objetivos e metas pessoais. O objetivo da pesquisa é atingir em torno de 100 pessoas, na qual os dados serão coletados e tabulados em uma planilha Excel.

4.5 Resultados: Em torno de aproximadamente 105 estudantes na qual estavam inseridos nos períodos 7° integral/noturno e 9° noturno, apenas 91 (86,6%) se disponibilizaram a participar da pesquisa. O sexo predominante foi o feminino na qual compôs cerca de 66% dos participantes, com a faixa etária variável entre 21 a 50 anos.

ComposiçãoQuantidade de Pesquisados%
Perfil Masculino3134
Perfil Feminino6066
Total Pesquisado91100
Gráfico, Gráfico de pizza

Descrição gerada automaticamente

4.5.1 Descrição do perfil empreendedor: O aspecto avaliado a partir da coleta dos dados foi o perfil empreendedor propriamente dito, autoanalisado pelos alunos através do modelo adaptado do teste de perfil empreendedor de Dorneles, José Assis. O estudo se baseou em algumas formas de avaliação, na qual foram distribuídas em alguns níveis: perfil baixo, perfil médio, perfil alto e perfil empreendedor.

Grau de PerfilPontuação/PesquisaPerfil MasculinoPerfil FemininoTotal
Perfil baixoMenos de 59 pontos000
Perfil médioIgual a 60 até 89 pontos133144
Perfil altoIgual a 90 até 119 pontos182846
Perfil empreendedorIgual ou acima de 120 pontos011
Total  Pesquisado91

Após a tabulação de dados, foi possível tornar evidente que os discentes encontram-se entre 60 a 119 pontos, assim estando classificados nos perfis médio e alto empreendedores. Ademais, no que diz respeito a classificação do perfil empreendedor, observou se a predominância do perfil alto, que caracteriza se por: possuir muitas características empreendedoras e às vezes se comporta como tal, porém pode ser melhorado, ainda mais se equilibrar os pontos ainda fracos, com os pontos fortes.

Grau de PerfilPerfil Masculino%Perfil Feminino%Total
Perfil baixo00000
Perfil médio1330317044
Perfil alto1839286146
Perfil empreendedor0011001
Total  Pesquisado 91

4.5.2 Análise de dados: Os dados coletados neste estudo, foram analisados medindo o grau de concordância dos respondentes em relação às questões expostas. Cabe destacar que os pontos foram coletados através do questionamento de 24 perguntas objetivas e cada resposta será de múltipla escolha e analisando seu conhecimento através das características de 1 a 5, variando de ‘‘1 para insuficiente’’ a ‘’5 de excelente’’ e ao final, o participante somou os seus pontos que o classificou em seu perfil empreendedor correspondente. 

No perfil empreendedor algumas características são essenciais para se obter sucesso, como por exemplo, ter iniciativa para tomar decisões, qualidade na qual 37,31% dos participantes declararam ser excelentes no quesito, bem como ter senso de humor e procurar estar animado, também foi uma das atribuições mais votadas. Ademais, em relação ao desempenho insuficiente a característica número 8 que relata o seguinte: ter tolerância ao estresse e conflitos, teve um índice alto de respostas, ou seja, 5,46% dos participantes indicaram não ter controle ao estresse, sendo um grande problema para o empreendedorismo pois sendo empreendedor é possível que vá surgir momentos na qual seja necessário lidar com situações frustrantes e não saber lidar com o auto controle poderá acarretar situações desagradáveis e tomada de decisões erradas.

Questões54321
124,57%35,49%13,65%6,37%1,82%
232,76%30,94%12,74%8,19%0,91%
330,03%25,48%21,84%6,37%0%
427,3%37,31%13,65%5,46%0,91%
519,11%30,94%25,48%7,28%0,91%
629,12%30,94%20,02%1,82%1,82%
725,48%25,48%19,11%13,65%0%
823,66% 27,3%16,38%10,92%5,46%
917,29%32,76%23,66%7,28%0,91%
1033,67%29,12%17,29%4,55%0%
1133,67%24,57%13,65%9,1%2,73%
1235,49%19,11%15,47%10,01%0,91%
1313,65%41,86%20,93%7,28%0,91%
1423,66%39,13%12,74%6,37%3,64%
1532,76%15,47%19,11%6,37%0,91%
1622,75%30,94%23,66%5,46%0,91%
1722,75%21,84%25,48%6,37%7,28%
1831,85%31,85%10,01%7,28%0,91%
1937,31%26,39%15,47%4,55%0,91%
2037,31%30,03%12,74%3,64%0%
2120,93%27,3%21,84%11,83%2,73%
2234,58%29,12%10,01%7,28%2,73%
2337,31%27,3%14,56%3,64%0,91%
2430,03%31,85%13,65%6,37%1,82%

4.6 Discussão: A princípio, o conhecimento sobre o perfil empreendedor é importante para os acadêmicos de odontologia, bem como para o mercado de trabalho, por isso faz-se necessário estar sempre ampliando seus conhecimentos acerca do assunto. Contudo, a aptidão do empreendedor muitas vezes se sub limita-se a gerenciar empresa ou mesmo ser dono de uma, porém existe um mar de opções para este cargo, isto é, sendo uma pessoa inovadora, tomando iniciativas, envolver o trabalho a situações desconhecidas a fim de se obter mais conhecimento. O profissional precisa estar apto para a vida empreendedora, logo, observamos nesta pesquisa que a Avaliação do Perfil Empreendedor Dos Acadêmicos Do Curso De Odontologia De Uma Instituição De Ensino Superior De Porto Velho – RO, apresentam predominância ao perfil empreendedor alto, existindo uma vulnerabilidade na formação deste perfil podendo ainda existir um maior aprimoramento dos acadêmicos. Todavia, sabe-se que no empreendedorismo em geral o êxito e o sucesso derivam de uma equipe motivada e competente que visa sempre implantar ideias e desafios novos. Ademais, o papel da universidade neste quesito deve ser voltado para o aprimoramento desse perfil empreendedor alto para o perfil empreendedor propriamente dito, preparando assim os acadêmicos para a vida profissional.

4.7 Considerações finais: Este projeto atribuiu aos acadêmicos a importância de um espírito empreendedor no âmbito profissional, para lidar com situações cotidianas sendo elas em grupo ou individual, da melhor forma possível.

O objetivo do estudo, em trazer ao acadêmico a importância do empreendedorismo, bem como a sua importância no mercado odontológico e relevância na odontologia através de auto reflexões e buscas para aprimoramento de acordo com cada feedback, foi alcançado. 

De modo geral, foi possível ser esclarecido a importância e aplicação do empreendedorismo, bem como a disciplina ofertado durante o curso, sendo ela importantíssima para direcionar o acadêmico nas ações em coletivo e futuras, tendo como embasamento as análises citadas no questionário, com intuito de estimular de maneira ainda mais eficiente a formação de cada um dos atributos refletidos.

É relevante também, citar diferenças encontradas por gênero ao final da somatória dos pontos, tendo como o grupo feminino em destaque nos dois perfis com maior número de pontos. Nota-se o sexo feminino com maior preocupação em tomada de decisão, ações, riscos e metas em relações aos homens. Além disso, estes números revelam, também, que o alcance do perfil empreendedor só ocorreu em um questionário, sendo este do sexo feminino.

Por fim, espera-se que os resultados encontrados, sejam refletidos não apenas aos discentes, mas também de instituições que busquem ampliar o empreendedorismo em diversas áreas de conhecimento, bem como dar o devido valor em concordância com disciplinas clínicas. 

Por sua vez, as limitações deste trabalho estão ligadas a restrição do grupo de acadêmicos participantes, sendo estes apenas do último período, tendo uma amostra com percentual baixo de participantes, mas apesar destes pontos, buscou-se destacar a importância do empreendedor na odontologia, na competitividade do mercado e na inovação, para que assim o profissional esteja sempre preparado para lidar da melhor forma com o seu paciente e gerenciamento do seu negócio. Então, conclui-se que, este estudo não é apenas mais dados tabulados e explícitos deste tema, mas sim encorajamento para futuros estudos, até com grupos maiores e possíveis aprofundamentos da área, sejam realizados.

CONCLUSÃO

Na esfera empreendedora do mercado odontológico, foi analisado um certo amadorismo em perfil empreendedor na prática, embora o empreendedorismo exista há séculos no mundo e atualmente esteja com uma crescente taxa. Desse modo, faz jus destacar que o ensino superior deve dar maior ênfase em disciplinas voltadas à gestão, empreendedorismo e marketing.

Para a literatura, desde os primórdios já era posto em prática noções empreendedoras, buscando melhorar suas interações sociais e com a natureza. Em uma visão atual do mercado, deve-se ter relevância não apenas para quem pretende abrir um consultório, mas para todos aqueles atuantes no mercado financeiro. Ademais, o objetivo desta pesquisa é restabelecer a sua importância não apenas no financeiro ou diferencial curricular, mas em tomadas de decisões e relações em grupo, onde que a atuação do CD não seja apenas voltada a práticas clínicas, mas que o mesmo carregue consigo habilidades inovadoras, tecnológicas, organizacional e financeiras positivas, tanto para seu saldo financeiro próprio, quanto para pessoas a sua volta.

Por fim, espera-se que os discentes já tenham conhecimento sobre a importância do empreendedorismo, mas caso ainda esteja vago tais assuntos, que desperte no mesmo o interesse de buscar enriquecer-se de conhecimento ainda estando na graduação, em um olhar futuro possa estar aplicando no mercado como cirurgião dentista. Por fim, o objetivo é que os futuros dentistas entrem para o mercado de trabalho aptos a lidar não só com práticas odontológicas rotineiras, mas também terem noções de administração do consultório e atualização no mercado empreendedor.

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