EVALUATION OF THE AGRONOMIC PERFORMANCE OF SWEET POTATO CULTIVARS IN THE EDAPHOCLIMATIC CONDITIONS OF THE MUNICIPALITY OF ARAGUAÍNA
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11673232
Kassandra Soares de França¹,
Thayane Claúdia Araújo de Oliveira¹,
Nicolas Oliveira de Araújo¹
RESUMO
A batata-doce é uma hortaliça que se destaca pela sua adaptabilidade a diferentes condições edafoclimáticas e versatilidade de consumo na alimentação humana e animal. A presente pesquisa tem como objetivo avaliar o desempenho de duas cultivares de batata-doce da EMBRAPA, sendo elas a BRS Rubissol e a Brazilândia Roxa. O experimento foi conduzido no Centro Universitário Presidente Antônio Carlos, no setor de Agronomia, em Araguaína-TO, em blocos casualizados, de duas cultivares, e três repetições. As ramas foram propagadas e transplantadas para o mesmo local e sob o mesmo sistema de manejo, sendo colhidas aos 130 dias após o plantio. As variáveis analisadas no presente trabalho foram a produtividade, o número de raízes, o comprimento, o peso e o diâmetro das raízes. A partir dos resultados encontrados observou-se que a variedade Brazlândia Roxa, se destacou em relação a BRS Rubissol na maioria das variáveis analisadas.
Palavras-Chave: Ipomoea batatas, BRS Rubissol, Brazlândia Roxa, Produtividade, Ramas.
ABSTRACT
Sweet potatoes are a vegetable that stands out for its adaptability to different soil and climate conditions and its versatility in consumption for human and animal consumption. The present research aims to evaluate the performance of two EMBRAPA sweet potato cultivars, namely BRS Rubissol and Brazlândia Roxa. The experiment was conducted at the Centro Universitário Presidente Antônio Carlos, in the Agronomy sector, in Araguaína-TO, in randomized blocks, of two cultivars, and three replications. The branches were propagated and transplanted to the same location and under the same management system, being harvested 130 days after planting. The variables analyzed in the present work were productivity, number of roots, length, weight and diameter of the roots. From the results found, it was observed that the Brazlândia Roxa variety stood out in relation to BRS Rubissol in most of the variables analyzed.
Keywords: Ipomoea potatoes, BRS Rubissol, Brazlândia Roxa, Productivity, Branches.
1. INTRODUÇÃO
A batata-doce (Ipomoea batatas) é uma hortaliça que se destaca pela facilidade de cultivo, rusticidade, ampla adaptação a diferentes tipos de solo e clima, alta tolerância à seca e baixo custo de produção. Pode ser utilizada na alimentação humana e animal, ou como matéria-prima nas indústrias de alimentos, tecidos, papel, cosméticos, preparação de adesivos e álcool carburante (CARDOSO et al., 2005).
Segundo Fernandes et al., (2021), em uma perspectiva histórica a batata-doce foi muito importante socioeconomicamente nos Estados Unidos, uma vez que se tratava de uma hortaliça barata e nutritiva, tornou-se uma das principais fontes de alimento durante a crise de 1929. Na China, a cultura foi imprescindível após a perda das lavouras de arroz em 1954, desde então a batata-doce se estabeleceu no país asiático, atualmente o maior produtor mundial.
O Brasil ocupa o 16º lugar entre os maiores produtores de batata-doce, com 805,4 mil toneladas e R $886,6 milhões em valor de produção (IBGE, 2020), sendo o maior produtor da América Latina. Porém, apesar de possuir um excelente potencial no rendimento de sua produção a baixa lucratividade dessa cultivar no Brasil é explicada pelo segmento do seu cultivo marginalizado, onde os produtores não investem em novas formas de explorar o uso da cultura, gastando minimamente e obtendo um pequeno volume individual de produção, resultando somente como um ganho extra para o produtor, conforme elucidado por Silva (2002).
De acordo com o governo do estado nos últimos anos o cultivo de batata-doce foi amplamente incentivado no Tocantins pela SEAGRO (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) em parceria com a UFT (Universidade Federal do Tocantins), Prefeitura de Palmas, entre outros, como uma opção lucrativa de plantio, visando a produção e comercialização do bioálcool e a ração animal, tendo a cultivar como matéria-prima. De acordo com os dados do IBGE, em 2021 o estado do Tocantins produziu 14 mil toneladas de batata-doce.
O clima tocantinense sendo predominantemente tropical, e caracterizado por ser seco, apresenta duas estações do ano bem definidas, o inverno que é quente e chuvoso, e o verão sendo seco e quente. À vista disso, a produção de batata-doce apresenta uma alta expectativa de produtividade, já que a mesma é uma cultura resistente à seca e sua produção é de ciclo curto, variando de 120 a 150 dias.
1.1 Justificativa
No Tocantins os estudos de variedades de batata-doce realizados pelo professor Márcio Silveira da UFT de Palmas foram voltados somente para produção de álcool e executados somente em duas cidades do estado, Palmas e Gurupi. Trazendo uma nova alternativa de combustível de fonte renovável e de menor impacto ambiental, agregando assim vantagens ambientais, econômicas e sociais, atribuindo inclusão à agricultura familiar quanto ao uso da batata-doce como fonte produtora do etanol.
Uma vez que, ainda não foram realizados estudos quanto ao desempenho agronômico da batata-doce em Araguaína, e em virtude de suas condições edafoclimáticas serem favoráveis a produtividade da cultura, notou-se a necessidade de identificar qual variedade melhor se adapta ao município. Além disso, a zona rural do município apresenta 26 assentamentos, formados por trabalhadores rurais e agricultores familiares que podem explorar a cultura como nova alternativa de renda.
Neste contexto, o objetivo do presente trabalho é avaliar o potencial produtivo das variedades: Brazlândia Roxa e BRS Rubissol, a fim de identificar qual melhor se adapta ao município, trazendo uma fonte de renda lucrativa para a agricultura familiar em Araguaína.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo do presente trabalho é avaliar a performance agronômica de variedades de batatadoce no município de Araguaína.
1.2.2 Objetivos Específicos
Avaliar o desempenho produtivo das variedades BRS Rubissol e Brazlândia Roxa analisando a produtividade, o número de raízes, o comprimento, o peso e o diâmetro das raízes.
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1. Batata-doce
A batata-doce (Ipomoea batatas (L).) é uma planta dicotiledônica, também conhecida como batata-da-terra, batata-da-ilha, jatica e jetica. São encontradas variedades distintas desta raiz, sendo classificada de acordo com o formato, tamanho, cor, precocidade, cor de folhas e flores. Já a classificação de acordo com a coloração das raízes, esta é realizada com base na cor da casca (epiderme) e da polpa, como batatas-doces de cores brancas, amarelas, laranjas, vermelhas e roxas (Sanchez et al., 2020).
Não existe no meio científico um consenso quanto ao centro de origem dessa espécie, entretanto, o mais aceito é a América Central e Norte da América do Sul, tornando seu cultivo restrito em regiões mais frias (Embrapa, 2021). É cultivada em 111 países, uma vez que aproximadamente 90% da produção é obtida na Ásia, 5% na África e 5% no restante do mundo.
A China produz 53,01 milhões de toneladas de batata-doce anualmente, o que representa mais de 58% da produção mundial, estimada em 91,95 milhões de toneladas. A Ásia produz 66% desse total, seguida pela África, com 28,3%, e pelas Américas com 4,6% (Faostat, 2020).
No Brasil a batata-doce é uma das culturas mais populares sendo produzida em cerca de 24% dos municípios brasileiros, com destaque para as regiões sul e nordeste. É típica de climas tropicais e subtropicais, de baixo custo, com ciclo rápido, fácil manutenção, cultivada tanto para fins comerciais quanto para consumo próprio.De acordo com o nível tecnológico utilizado, a produtividade média da cultura é de 15 toneladas por hectare, mas pode variar de 0,3 a mais de 48 t/ha.
A batata-doce é utilizada ainda na alimentação animal e nas indústrias de alimentos, fármacos, tecidos, papel e cosméticos como matéria prima, além de ser utilizada na produção de combustíveis (Silva Júnior et al., 2020; Andrade Júnior et al., 2012; Lafia et al., 2020).
Os nutrientes presentes na batata-doce em maiores concentrações são os carboidratos, que constituem 80 a 90% da matéria seca total (que pode variar de 13 a 48 por cento). Devido a presença de vários ingredientes nutracêuticos, incluindo fibras, vitaminas A e C, além do seu baixo índice glicêmico, que fizeram com que a cultura ganhasse popularidade como um alimento saudável a ser utilizado nos planos alimentares, pois auxilia no equilíbrio da saúde do intestino, previne o envelhecimento precoce, previne diabetes, promove o ganho de massa muscular, ajuda na perda de peso, entre outros benefícios.
2.2 Características Agronômicas
A Batata-doce é uma planta herbácea de caule rasteiro, longo, ramificado, flexível e cilíndrico suas folhas podem ser inteiras ou recortadas, em função de variedades, e formadas ao longo dos ramos. Sua raiz pode atingir até 90 cm de profundidade, enquanto que outras raízes secundárias são mais superficiais e absorvem os nutrientes do solo, aumentam de diâmetro e transformam-se em raízes tuberosas, denominadas de batatas.
As flores são hermafroditas, isto é, têm os dois sexos na mesma flor e suas sementes têm grande importância aos pesquisadores para a obtenção de novas variedades.
A planta é perene, mas cultivada como anual, porque a colheita é feita 100 a 115 dias após o plantio de ramas, para variedades precoces, e 140 a 170 dias, para variedades de ciclo longo. Existem diversas variedades com polpa branca, amarela, rosada, roxa e alaranjada.
2.2.1 Brazilãndia Roxa
É uma cultivar tardia, devendo ser colhida após 150 dias. Apresenta, também, boa resistência contra pragas de solo. A produtividade média obtida na Embrapa Hortaliças foi de 25 t/ha, em ciclo de cinco meses. É indicada para a região de Cerrado do Planalto central, onde pode ser plantada em qualquer época do ano, desde que se disponha de irrigação. A Brazlândia Roxa é diferenciada pela coloração da sua película externa, formato alongado uniforme e de ótimo aspecto comercial. A raiz tem película externa roxa, polpa creme, doce, que após o cozimento torna-se creme amarelada e é bem seca, com baixo teor de fibras. (EMBRAPA,1984)
2.2.2 BRS Rubissol
A BRS Rubissol apresenta casca de cor púrpura intensa e polpa de cor creme, tendendo ao amarelo. A produtividade média é de 40 toneladas por hectare, cinco vezes maior que a média nacional, seu período de cultivo varia entre 120 e 140 dias e apresenta formato redondo-elíptico com dimensões aproximadas de 10 cm por 18 cm.
Na alimentação, é uma boa fonte de proteínas e antocianinas e de energia, devido aos altos teores de amido e glicose, possui sabor doce e textura farinhenta após cozida ou assada, é utilizada tanto para o consumo de mesa quanto para produção industrial, além da alimentação animal.
2.3 Novas Perspectivas de Mercado
No Brasil, a batata-doce é cultivada o ano todo, exceto na região Sul no período de inverno, desta forma a disponibilidade do produto no mercado é menos sazonal, devido à eficiência do mercado na distribuição a partir das demais regiões produtoras, de forma que não há grande variação de preços ao longo do ano. De maneira geral, no período de verão e outono pode haver maior disponibilidade de produto in natura no mercado, pressionando os preços para baixo, porém esta variação tende a ser menor do que de outras espécies mais perecíveis. (Fernandes, et al., 2021)
A batata-doce é frequentemente comercializada in natura, mas também pode ser encontrada em outras formas como, minimamente processada, ou processada na forma frita de chips ou palha, doce, farinha e como fécula (amido ou goma) de batata-doce hidratada para consumo na forma de tapioca.
Conforme exposto por FERNANDES, et al., (2021) a comercialização de produtos processados agrega valor ao produtor e à agroindústria, e faz com que o produto possa ser utilizado em diversos tipos de preparos e receitas, entre outras possibilidades de uso, pois, diariamente os consumidores buscam praticidade, além disso, a procura por alimentos que atendam às necessidades de nichos específicos como: de baixo índice glicêmico, vegano, sem glúten, enriquecidos com vitaminas, como no caso das raízes de batata-doce de polpa alaranjadas ou arroxeadas, ricas em betacaroteno e antocianinas, entre outros.
Ainda de acordo com FERNANDES, et al., (2021) com a expansão do mercado consumidor de batata-doce em diferentes formas, o crescimento desses produtos se configura como uma oportunidade, uma vez que haverá demanda de consumidores dispostos a pagar um preço diferenciado, contando com características específicas e facilidades que podem ser ofertadas. Sendo assim, a cadeia produtiva da batata-doce deverá ampliar-se para atender às exigências dos consumidores, com mais tecnologias e informações que auxiliem os diferentes segmentos que a compõem.
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no Campus do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos no setor de Agronomia em Araguaína-TO, no período de dezembro de 2023 até maio de 2024. A Altitude do local é de 227m², com latitude de 7°12’39.3″ e longitude de 48°14’15.2″, a região apresenta clima do tipo tropical úmido, com temperatura máxima oscilando entre 30 e 34 ºC e mínima entre 19 e 21 ºC.
As ramas para produção de mudas foram disponibilizadas pela EMBRAPA-MG. Após o recebimento das matrizes, as mesmas foram transplantadas para vasos contendo substrato e cultivadas no viveiro para propagação das ramas, em seguida aos 15 dias de transplantio foram aplicados 10g de MAP (Monoamônio Fosfato) em cada vaso, para a formação e desenvolvimento das raízes.
Posteriormente ao atingirem um estágio vegetal adequado, produziram-se mudas em tubetes através do processo de enraizamento de partes das ramas que possuíam duas a três gemas, a fim de multiplicar a quantidade de plantas, foram produzidas 60 mudas de cada variedade, totalizando 120 mudas. Após atingirem a maturidade para o transplantio na área do experimento, as ramas foram plantadas no dia 15 de dezembro de 2023.
3.1 Preparo do Solo, Transplantio e Tratos Culturais
A área escolhida para desenvolvimento da presente pesquisa contém 270m², esta que por meio da análise de solo evidenciou a necessidade de realizar a correção do solo, com as seguintes descrições: Calagem: 61 kg/ha (calcário dolomítico), Fosfatagem: 143 kg/ha de (Kcl), Potassagem: 62,55 Kg/ha de (MAP).
O preparo do solo foi realizado com o auxílio de um trator para incorporar, gradear e construir as leiras com 25 a 35 cm de altura e 4m de comprimento. Aos 39 dias realizou-se o plantio das mudas manualmente em sentido horizontal, onde resguarda-se 0,50 cm de cabeceira e 0,50 cm da parte traseira das leiras.
O espaçamento utilizado entre as leiras foi de 2,0 m², sendo 0,30 cm de uma planta para outra e 2 metros nas entrelinhas.
O experimento foi conduzido em delineamento experimental de blocos casualizados, com três repetições, sendo analisados 2 tipos de cultivares de batata-doce BRS Rubissol e Brazlândia Roxa, que receberam os mesmos tratamentos.
Aos 30 dias do plantio das mudas, aplicou-se 66 kg/ha de ureia em toda a área do experimento, seguindo as recomendações do boletim técnico da EMBRAPA.
Para o controle de plantas daninhas utilizou-se a capina manual, feita pelo menos a cada 10 dias. Semanalmente foram aplicadas doses de 1,5 ml de adubo foliar (Vegetação) e para controle de insetos-praga, foram aplicadas doses de 750 ml de inseticida (Connect) ambos aplicados com bomba costal, numa só calda com volume de 8 litros, conforme a recomendação da bula.
Aos 130 dias de experimento, na data de 27 de Abril do ano de 2024 foi realizado a colheita, que fora manual, com auxílio de enxadas. Para coletar as demais variáveis foram utilizados os seguintes materiais: Papel, caneta, balança comercial, caixotes, carrinho de mão e paquímetro analógico.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A abordagem e desenvolvimento deste trabalho deu-se por meio de pesquisa de ordem quantitativa exploratória, com o objetivo de analisar o desempenho das duas variedades escolhidas, visando a coleta de dados numéricos que foram usados para medir as seguintes variáveis: produtividade, número de raízes, comprimento, diâmetro e peso. Para a análise das variáveis utilizou-se o método de desvio padrão.
Os resultados foram observados e analisados, gerando dados quantificáveis das variáveis que estão representadas através de gráficos.
Figura 1. Produtividade Média das variedades em t/h.
Legenda: A barra de erro representa o erro padrão da média da variável.
Fonte: Autores, 2024.
A produtividade média nacional de batata-doce é baixa, de cerca de 11,8 t/ha-1, valor bem abaixo do potencial da cultura, que pode ser superior a 40 t ha-1. Com a utilização de manejo adequado podem-se atingir, facilmente, níveis de 25 a 30 t ha-1, em 4 a 5 meses de cultivo (Andrade Júnior et al., 2009; Andrade Júnior et al., 2012).
Conforme os dados apresentados na Figura 1, o comportamento distinto entre as variáveis demonstra que a variedade Brazlândia Roxa excedeu a produtividade em relação a variedade BRS Rubissol, onde respectivamente apresentaram 20.354 toneladas e 6.739 toneladas. Sendo assim, os resultados da variedade Brazlândia Roxa se aproximaram mais da média da produtividade nacional.
Figura 2. Número de raízes comerciais das variedades.
Legenda: A barra de erro representa o erro padrão da média da variável.
Fonte: Autores, 2024.
Para este parâmetro foram estipuladas as raízes que apresentavam características de âmbito comercial como o tamanho, formato e diâmetro. Conforme exemplificado na Figura 2, a variedade que apresentou o maior número de raízes com características comerciais foi a Brazlândia Roxa com uma média de 71 raízes em relação a BRS Rubissol que apresentou 36 raízes.
Figura 3. Média expressa em centímetros(cm) do comprimento das variedades.
Legenda: A barra de erro representa o erro padrão da média.
Fonte: Autores, 2024.
O comprimento médio das raízes comerciais foram obtidos pela medição com paquímetro analógico e expressos em centímetros (cm), onde 15 raízes de cada variedade foram escolhidas de maneira aleatória, possuindo tamanhos diferentes. Segundo Castro e Becker (2011) às dimensões aproximadas da variedade BRS Rubissol seriam de 10 cm a 18 cm, Medeiros (2019) apresenta a média de 10 a 15 cm da variedade Brazlândia Roxa, conforme apresentado na Figura 3 as variedades expressaram resultados semelhantes entre si, onde a Brazlândia Roxa apresentou uma média de 13 cm e a BRS Rubissol 14 cm. Sendo assim, as duas variedades apresentam comprimento médio adequado.
Figura 4. Média do diâmetro das variedades expressa em centímetros.
Legenda: A barra de erro representa o erro padrão da média.
Fonte: Autores, 2024.
A média do diâmetro das raízes também foram obtidas pela medição com paquímetro analógico, de 15 raízes que possuíam características comerciais, escolhidas aleatoriamente e expressas em centímetros (cm). Conforme a Figura 4, a variedade BRS Rubissol apresentou uma média de 5 cm, já a Brazlândia Roxa apresentou 7cm, evidenciando pouca diferença entre elas.
Figura 5. Peso médio de raiz em gramas (g) das variedades.
Legenda: A barra de erro representa o erro padrão da média.
Fonte: Autores, 2024.
Com relação ao peso médio de raízes foram consideradas todas as raízes colhidas, pesando-as em uma balança comercial. Conforme elucidado na Figura 5, o peso médio apresentado no gráfico expressa a variedade Brazlândia Roxa sobressaindo-se com 210g enquanto a BRS Rubissol apresenta 132g. No presente trabalho a variedade BRS Rubissol apresenta valor abaixo do tamanho ideal de mercado de acordo com Miranda (1989) que seria entre 200g e 400g, enquanto a Brazlândia Roxa se encaixa no perfil de comercialização com 210g.
5. CONCLUSÃO
A partir dos resultados encontrados na presente pesquisa, observou-se que a variedade Brazlândia Roxa, se destacou nas variáveis: produtividade, número de raízes, diâmetro e peso médio de raiz. Enquanto a BRS Rubissol destacou-se apenas no comprimento de raiz, sendo assim a variedade Brazlândia Roxa desempenhou melhores resultados, conseguindo expressar melhor seu potencial agronômico.
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¹Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC, Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína/TO, Brasil. Email: kassandrasoares22@gmail.com; thay.clda2@gmail.com; nicolas.araujo@unitpac.edu.br