EVALUATION OF PRODUCTIVITY, DRY MASS AND FEASIBILITY FOR PROCESSING ASTERIX POTATOES ACCORDING TO DIFFERENT SOURCES AND DOSES OF NITROGEN IN ROOF
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202411302121
Diogo Adriano Rodrigues1
João Vitor Ferreira Camargos2
Alian Cassio Pereira Cavalcante3
Resumo
A batata (Solanum tuberosum L.) é uma das culturas alimentares mais importantes do mundo. A planta é altamente responsiva à adubação nitrogenada, mas o excesso de nitrogênio pode afetar negativamente o desenvolvimento da cultura. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar a produtividade, a massa seca dos tubérculos e a classificação para a indústria, considerando diferentes fontes e doses de nitrogênio em cobertura. O experimento foi realizado na Fazenda Ponta da Mata, localizada em São Gotardo, Minas Gerais, sob cultivo irrigado da cultivar Asterix. Os tratamentos incluíram três fontes de nitrogênio (Nitrato de cálcio 15,4-0-0; NAM – 33-0-0; Ureia – 46-0-0), aplicadas em quatro doses de N (100, 180, 260, 340 kg ha-1), com quatro repetições em um delineamento inteiramente casualizado. Durante a colheita, cada parcela foi pesada, e as batatas foram classificadas conforme o critério industrial. Posteriormente, determinou-se a massa seca dos tubérculos.
Palavras-chave: viabilidade, tubérculo e indústria.
1. INTRODUÇÃO
A batata (Solanum tuberosum L.) continua sendo uma das culturas alimentares mais importantes mundialmente, além de ser o quarto alimento mais consumido (CONAB, 2020). Nos últimos anos, a produção brasileira de batata se manteve estável em torno de 3,5 milhões de toneladas, principalmente devido à redução no número de produtores, influenciada pelo aumento dos custos de produção e pela volatilidade dos preços de mercado (SOUZA; ALMEIDA; SANTOS, 2020).
A maioria das cultivares de batata utilizadas no Brasil ainda são de origem europeia e enfrentam desafios devido às altas temperaturas e ao fotoperíodo mais curto, o que resulta na redução do ciclo vegetativo e no potencial produtivo (MERENDA, 2020). Para mitigar esses desafios, há uma necessidade de aplicação elevada de insumos para garantir uma produção adequada de tubérculos por área, o que aumenta consideravelmente o custo da produção no Brasil, tornando-a uma das mais caras do mundo (CARDOSO et al., 2007).
Conforme apontado por Schlegel et al. (2018), são utilizados um volume alto de fertilizantes ao longo do ciclo da batata. O nitrogênio, em particular, tem um papel crucial no desenvolvimento da parte aérea da planta, bem como na diferenciação e crescimento dos tubérculos (MILLAGRES, et al., 2018).
Embora a batata responda bem à adubação nitrogenada, o excesso de nitrogênio pode estimular um crescimento excessivo da folhagem, reduzir a massa seca e o amido nos tubérculos, retardar a maturação e prolongar o período vegetativo, resultando em menor produtividade (COSTA et al., 2022).
Alguns autores recomendam apenas a aplicação de nitrogênio em cobertura, enquanto outros sugerem o fracionamento da dose devido às perdas de nitrogênio por lixiviação (LOPES et al., 2019). Segundo Vieira et al. (2020), o parcelamento do adubo nitrogenado, com até cinco aplicações, é recomendado para a cultura da batata devido ao sistema radicular superficial e à alta susceptibilidade à lixiviação do nitrogênio.
A quantidade aplicada de fertilizantes, no entanto, ainda não segue critérios técnico-científicos consistentes, indicando uma discrepância entre a pesquisa acadêmica e as práticas agrícolas na adubação da batata (VIEIRA; SUGIMOTO, 2021).
Apesar da sua importância e do grande número de pesquisas sobre a cultura, faltam maiores informações na área de nutrição mineral de acordo com a cultivar, limitando que o binômio produtividade e qualidade seja atingido, já que as peculiaridades de cada cultivar fazem grande diferença no manejo e na produtividade da cultura.
Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade e a porcentagem de matéria seca das batatas em resposta a diferentes doses de nitrogênio em cobertura.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A cultura da batata
Originária da América do Sul, a batata é consumida há mais de 10.000 anos por populações nativas dessa região, foi introduzida na Europa pelos conquistadores espanhois no século XIV, difundindo-se para outros continentes. Com efeito, atualmente a batata é cultivada mundialmente, em diversas condições, sistemas de produção e níveis tecnológicos (FAO, 2019).
No panorama olerícola, a cultura da batata se destaca por sua importância socioeconômica, em 2014, sua produção mundial foi de 385,07 milhões de toneladas no ano de 2014 (FAO, 2019). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia – IBGE, em 2018, no Brasil, a produção foi de 3,9 milhões de toneladas, com rendimentos de 29,68 t ha-1. Sudeste e Sul são as principais regiões produtoras, correspondendo a 58,7% e 36,4% da área plantada, respectivamente, Minas Gerais detém 32 % da produção total do país (IBGE, 2017).
Em virtude de sua peculiaridade e complexidade, avanços recentes são observados na cadeia produtiva da batata visto à introdução de cultivares com maior potencial de produção, novas tecnologias de cultivo, à expansão da atividade em novas fronteiras de colheita e armazenamento com melhores características de qualidade do produto final (MANTOVANI, 2013).
A cultura apresenta ciclo de 90 a 110 dias, dependendo da cultivar (FORTES; PEREIRA, 2003). A formação de tubérculos corresponde de 4-8 semanas em cultivares precoces e 5-10 semanas em cultivares tardias, período de crescimento vegetativo rápido e taxas elevadas de acúmulo de massa seca nos tubérculos (FERREIRA, 2015).
A cultivar Asterix está entre as mais plantadas no país (SILVA et al., 2009). Originária da Holanda de ciclo relativamente curto, apresenta casca avermelhada, rendimento bastante elevado com tubérculos numerosos e ovais alongados, polpa amarela, ótimo teor de massa seca, e resistência ao enegrecimento interno e a danos mecânicos (ABBA, 2019).
Segundo Fernandes et al. (2009) assim como a cultivar Ágata a Asterix é resistente ao nematoide dourado e ao cancro bacteriano. Esta cultivar apresenta polpa mais firme quando comparada às demais, possui características mais adequadas para preparo tanto na forma de purês é principalmente usada no processamento de pré-fritas congeladas (todas as grandes indústrias utilizam a variedade) (ABBA, 2019).
2.2 Adubação nitrogenada da batateira
A alta produção de biomassa vegetal de tubérculos dentro do solo ocasiona alta demanda de oxigênio, água e nutrientes essenciais à manutenção do metabolismo da planta (MIRANDA FILHO; GRANJA; MELO, 2003). De acordo com Tavares et al. (2010, o estádio IV corresponde ao máximo desenvolvimento vegetativo da batateira, e o manejo nutricional feito nesta fase pode incrementar no potencial produtivo cerca de 1000 kg ha-1 de biomassa de tubérculos.
A cultura da batata é altamente responsiva à aplicação de nutrientes ao solo, na maioria das vezes, essa cultura recebe elevadas doses de fertilizantes, a fim de garantir elevados níveis de produtividade (LUZ et al., 2013). Muitas vezes não são considerados os resultados da análise química do solo para fins de recomendação de adubação. Esse fato pode comprometer a produtividade e onerar significativamente o custo de produção da cultura, ademais, os impactos ambientais advindos dessa prática devem ser considerados, como a lixiviação de K e N que podem causar a contaminação do lençol freático (WATANABE, 2013).
É de suma importância adotar estratégias para manejar a adubação, visando obter a maior eficiência econômica possível e redução de custos. Em média, Mallman, Lucchesi e Deschamps, (2011) recomendam, para o melhor desenvolvimento da cultura, em áreas de primeiro ano adubação em níveis de 160 kg de N, 560 kg de P2O5 e 320 kg de K2O e, 120, 420 e 240 kg ha-1, respectivamente, em áreas cultivadas anteriormente, em geral, este valor corresponde de 4000 a 3000 kg ha-1 de formulados NPK. Nas regiões de Vargem Grande do Sul, SP e sudoeste paulista, em 2012, o dispêndio com fertilizantes representou, respectivamente, 12% e 17% do custo total de produção por hectare (DELEO; RAMOS, 2012).
Os teores e os acúmulos de nutrientes pela cultura variam de acordo com a cultivar e a produção almejada, fatores importantes para um programa de adubação (CARDOSO, 2007). Segundo Fernandes et al. (2015), existe uma estreita relação entre características físico-químicas dos tubérculos de batata (formato, tamanho, densidade, qualidade bromatológica, etc), com a quantidade de nutrientes aplicados à cultura.
Com relação aos nutrientes, o nitrogênio (N) é um determinante na produção de massa e qualidade de tubérculo, estimulação do crescimento vegetativo da planta para a formação da clorofila, proteína e muitas outras moléculas que atuam no desenvolvimento (BAGGIO et al., 2009; YIN et al., 2003). No caso da batateira, a produção de tubérculos ocorre num rápido e curto período, simultâneo ao da sua parte aérea. Em acordo com Mallmann (2001) recomenda-se que para maximizar a produtividade de tubérculos, deve-se induzir a planta a acumular amido na sua parte aérea e, em seguida, transferí-lo aos tubérculos através da adubação nitrogenada nos períodos de maior exigência da planta.
As plantas com deficiência de N apresentam clorose, crescimento lento, com caules fracos e folhas eretas, torna-se menos vigorosa e predisposta a algumas doenças (MICHALSKA, WOJDYLO, BOGUCKA, 2016). Esse elemento é essencial até o florescimento, devido a criação de superfícies de assimilação, indispensável para a produção de amido (CHAVES; PEREIRA, 1985).
No entanto, devem ser evitadas doses excessivas de N, principalmente as aplicadas tardiamente, que induziram a planta a produzir folhas em demasia e a alongar o período de crescimento e maturação, o que implicaria na redução do período desejável de tuberização e, consequentemente, menor armazenagem de amido nos tubérculos, resultando em menor produtividade (FONTES, 1987; ZVOMUYA et al., 2003).
Outros resultados relatados pela literatura são que o nitrogênio pode aumentar o conteúdo de matéria seca e proteínas, contudo, um decréscimo no acúmulo de amido tem sido observado, este fato pode estar relacionado à biossíntese de amido nos tubérculos, e, assim, também na fosforilação do amido (MICHALSKA, WOJDYLO, BOGUCKA, 2016; EBURNEO, 2017). Além disso, o excesso de N interfere na qualidade dos tubérculos, pois aumenta o teor de água e o teor de açúcares redutores dos mesmos, favorecendo o escurecimento e a maior retenção de gordura após o processo de fritura (LONG et al., 2004; BRAUN et al., 2010).
Moreira et al., (2011) afirmam que para evitar problemas com o fornecimento inadequado de nitrogênio e alcançar a melhor eficiência de aplicação é necessário que seja realizada a sincronização da demanda da planta durante o ciclo. Por outro lado, tem sido constatado que, aproximadamente, de 48 a 77% do N aplicado no solo é aproveitado pelas plantas de batata, sendo o restante perdido por imobilização, volatilização (N2 e NH3) e lixiviação para as águas subterrâneas (ZEBARTH et al., 2009).
Pensando-se nas perdas por lixiviação e no ciclo da cultura, a estratégia mais apropriada é fornecer o N de acordo com as exigências da cultura, utilizando pequenas doses no sulco do plantio e o restante em cobertura. (FERNANDES; SORATTO, 2012).
3. METODOLOGIA
O experimento foi conduzido na Fazenda Ponta da Mata, situada na cidade de São Gotardo, Minas Gerais, situada a 1100m de altitude. Antes do plantio, foi realizado um bom preparo do solo, com o auxílio de subsoladores e grades aradoras, livre de torrões e bem estruturado para garantir um ambiente adequado ao desenvolvimento dos tubérculos.
O plantio foi efetuado no dia quatorze de abril de dois mil e vinte e quatro, mecanicamente, pelo qual as máquinas plantadoras distribuem os tubérculos-semente de forma precisa, com espaçamento adequado a uma profundidade de cerca de 18 cm. Os tubérculo-semente saudáveis utilizados foram da variedade Asterix, já tratados de acordo com o padrão fazenda (não se teve acesso ao tratamento).
A fazenda realiza a análise de solo todo ano conforme a literatura, para a coleta, com o auxílio de uma pá foi coletado quatro amostras na profundidade de 0-20 cm para os talhões da fazenda e levadas para o laboratório. A tabela 1 apresenta as características do solo da fazenda. Em sequência as recomendações foram feitas de acordo com o padrão fazenda e a adubação de foi feira em sulco de plantio, sendo usado 1100 kg ha-1 de superfosfato triplo (TSP – 00 46 00), a lanço pós plantio 500 kg de cloreto de potássio (KCl – 00 00 60).
Tabela 1. Caracterização química do solo na área experimental no ano de 2024 (Perdizes, Minas Gerais).
A adubação de cobertura foi realizada durante o processo de amontoa, trinta dias após o plantio, formada pelos tratamentos constituídos por três fontes nitrogenadas (Nitrato de cálcio 15,4 00 00; NAM – 33 00 00; Ureia – 46 00 00) submetidas a quatro dosagem de nitrogênio (100, 180, 260, 340 Kg ha-1), representando um esquema fatorial 3×4 com quatro repetições, em um delineamento inteiramente casualizados. A área experimental útil foi formada por três canteiros de 4×1,8 m, num total de 21,6 m² (Figura 1).
Figura 1. Croqui área experimental
O manejo da cultura como: tratamento de sementes, a condução da lavoura com herbicidas, inseticidas, fungicidas, irrigação e outras práticas agrícolas foram realizadas pela fazenda, no qual não se teve acesso
A colheita foi realizada no dia 22/08/2024, cada parcela foi pesada durante a colheita e as batatas foram classificadas acima de 42 mm (processadas) e menores de 42 mm (não processadas). Em seguida os tubérculos selecionados foram destinados para determinação da matéria seca pelo método tradicional, com peso obtido ao ar livre e seco dos tubérculos, pelo padrão fazenda, determinando-se a MS através da relação do peso seco/peso fresco dos tubérculos x 100 (BEN-GERA et al., 1974).
Os dados foram submetidos à análise de variância pelo software SISVAR (FERREIRA, 2011) após o atendimento das pressuposições de normalidade dos resíduos, homogeneidade de variâncias e aditividade de blocos, as variáveis foram comparadas pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A adubação nitrogenada em cobertura não obteve diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos para a produtividade de batatas. Na tabela 2 apresenta-se o resumo da análise de variância para produtividade.
Tabela 2. Resumo da análise de variância para produtividade sob diferentes doses e fontes de nitrogênio.
ns: não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
A produtividade média da área foi de 540 sc ha⁻¹. Em pesquisa realizada por Santos et al. (2018), na safra das águas em São Paulo, a cultivar Asterix apresentou produtividade de 250 sc ha⁻¹ sob diferentes doses de nitrogênio. Por outro lado, a cultivar Vivaldi não apresentou alterações significativas na produtividade com a aplicação de 75, 100 e 125 kg ha⁻¹ de nitrogênio; no entanto, a qualidade dos tubos comerciais melhorou à medi
Em relação às doses e fontes de inteligência científica, não foram observadas diferenças significativas na produtividade geral (Tabela 3). Entretanto, o uso de fontes como nitrato de cálcio e uréia mostrou um aumento na produção quando aplicado nas doses de 100, 180 e 260 kg ha⁻¹, com o maior ganho produtivo obtido na dose de 260 kg ha⁻¹. Resultados de Ferreira et al. (2020) e Almeida et al. (2017), indicaram que o melhor desempenho produtivo ocorreu com a aplicação de doses entre 200 a 260 kg ha⁻¹, tanto na safra das águas quanto na safra de inverno, reforçando a importância do manejo adequado das doses de
Tabela 3. Produtividade média da batata em sc ha-1 sob diferentes doses e fontes de nitrogênio.
Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste tukey ao nível de 5% de probabilidade
Entretanto, ao aplicar uma dose de 340 kg ha⁻¹, observou-se uma redução na produtividade de aproximadamente 12% e 10%, respectivamente. Esse fenômeno é discutido por Silva e Oliveira (2020), que afirmam que doses excessivas de nitrogênio podem limitar a produtividade dos tubérculos. Um padrão semelhante foi identificado por Santos (2019), que, ao analisar a produtividade total em relação à adubação nitrogenada de cobertura, constatou que o aumento na produtividade ocorreu apenas nos tratamentos com adubação pré-plantio. Por outro lado, utilizando modelos quadráticos, o autor observou um aumento no número de tubérculos com o aumento das doses de nitrogênio.
A Ureia 46-00-00 apresentou melhor desempenho quando comparada às demais fontes submetidas às diferentes doses, apresentando em média 18,15 kg de matéria seca de tubérculos. A fonte de N, NAM 33-00-00, apresentou os menores valores para matéria seca de tubérculos, uma perca de 6% no rendimento de matéria seca, fato interessante se compararmos as variáveis anteriores na qual este mesmo adubo apresentou os melhores índices (Tabela 4).
Tabela 4. Média do peso da matéria seca de tubérculos sob diferentes doses e fontes de nitrogênio em (kg).
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste tukey ao nível de 5% de probabilidade.
O termo teor de matéria seca significa a fração de massa que permanece após a água ser removida por secagem. Tanto a eficiência de processamento e qualidade do benefício do produto dependem de um alto teor de matéria seca (FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ – FAEP, 2006). Segundo Cacace, Huarte e Monti et al. (1994), os teores de massa seca podem ser agrupados em: alto teor de massa seca (teores>20,0%), teor intermediário de massa seca (teores entre 18,0% a 19,9%) e baixo teor de massa seca (teores<17,9%).
Os teores de massa seca em função das fontes de Nitrato de cálcio, NAM e Ureia foram 18,35; 17,5 e 18,55%. Os valores de massa seca para Nitrato de cálcio e Ureia correspondem aos valores intermediários requeridos para a obtenção de produtos fritos com ótimas características, segundo Gravoueille (1997).
Cardoso et al. (2007) não observaram alterações significativas na porcentagem de massa seca da cultivar Vivaldi em Mucugê, BA, ao aplicar doses de nitrogênio variando de 105 a 175 kg ha⁻¹, assim como de potássio, que variaram entre 210 e 350 kg ha⁻¹. De maneira semelhante, Braun et al. (2010) também contou que não houve variações nos teores de massa seca das cultivares Ágata, Asterix, Atlantic e Monalisa, quando aplicadas a doses de nitrogênio que variavam de 0 a 300 kg ha-1.
Diante disso, é possível concluir que a falta de resultados significativos para as doses testadas pode ser atribuída a concentrações específicas ou baixas de nitrogênio, que não afetaram de maneira direta a formação de massa seca nos tubérculos.
5. CONCLUSÃO
Para a produtividade e processamento de tubérculos não obteve diferença entre as doses e as fontes.
Para a matéria seca a fonte de nitrogênio que apresentou os melhores resultados foi ureia 46-00-00.
Visando uma produção para aumento da matéria seca dos tubérculos, recomenda-se adubação nitrogenada feita com ureia 46-00-00 sob dosagem de 260 kg de N ha -1.
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1Discente do Curso Superior de Agronomia do Centro de Ensino Superior de São Gotardo e-mail: rodriguess_diogo@outlook.com
2Discente do Curso Superior de Agronomia do Centro de Ensino Superior de São Gotardo e-mail: jaovitorf@icloud.com
3Docente do Curso Superior de Agronomia do Centro de Ensino Superior de São Gotardo – Doutor em Fitotecnia (PPGFIT/UFV). e-mail: cassio.alian216@gmail.com