AUTONOMIA FUNCIONAL DE IDOSOS SUBMETIDOS À TREINAMENTO RESISTIDO: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

FUNCTIONAL AUTONOMY OF ELDERLY PEOPLE UNDERGOING RESISTANCE TRAINING: SYSTEMATIC LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10672918


Gabriel Amorim1,
Ricardo Clemente Rosa2


RESUMO

O estudo teve como objetivo analisar, através da revisão sistemática, a literatura acerca da autonomia funcional dos idosos que praticam treinamento resistido. Os estudos foram selecionados pela plataforma de busca Google Acadêmico e PubMed. As palavras-chave que nortearam a seleção do material em português e inglês foram: Idoso (Elderly), Autonomia Funcional (Functional Autonomy) e Treinamento resistido (Resistance training). O filtro temporal aplicado para as buscas dos artigos foi de 2000 a 2023. Posteriormente, os artigos foram triados através da leitura do título e do resumo. Foram selecionados os trabalhos que tinham somente idosos como participantes e que realizaram treinamento resistido. Nos resultados foi possível observar que o número total da amostra foi de 797 idosos, com média de idade de 69,15 anos. O sexo prevalente nos estudos foi o feminino com 685(85%) dos participantes. Os estudos observaram uma melhora significativa na autonomia funcional dos idosos, principalmente nas variáveis de potência, agilidade, equilíbrio, marcha e na força muscular. Conclui-se que a autonomia funcional dos idosos melhorou por meio da prática regular do treinamento resistido.

Palavras-chave: Idosos. Treinamento Resistido. Autonomia Funcional.

ABSTRACT

The study aimed to analyze, through a systematic review, the literature about the functional autonomy of the elderly who practice resistance training. The studies were selected by the search platform Google Scholar and PubMed. The keywords that guided the selection of material in Portuguese and English were: Elderly, Functional Autonomy and Resistance training. The temporal filter applied for the searches of the articles was from 2000 to 2023. Subsequently, the articles were sorted by reading the title and abstract. Works that had only the elderly as participants and that provided resistance training were selected. In the results, it was possible to observe that the total number of the sample was 805 elderly people, with a mean age of 69.15 years. The prevalent gender in the studies was female with 685 (85%) of the participants. The studies observed a significant improvement in the functional autonomy of the elderly, especially in the variables of power, agility, balance, gait and muscle strength. It is concluded that the functional autonomy of the elderly improved through the regular practice of resistance training.

Keywords: Elderly. Resistance Training. Functional Autonomy.

INTRODUÇÃO

De acordo com a World Health Organization – WHO (2002), idoso é todo indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos. Atualmente, a população idosa corresponde à cerca de 14,2% da população mundial (WHO, 2023), porém, estudos estimam que esse número deve duplicar ainda nesta década, alcançando algo próximo de 22% (WHO, 2016). Assim, o número de indivíduos nessa faixa etária aumentará para 1,4 bilhão em 2030; 2,1 bilhão em 2050 e pode alcançar 3,2 bilhões em 2100. Segundo a WHO (2005), o Brasil deverá se tornar o sexto país com o maior número de idosos.

Segundo os estudos de Flint & Tadi (2023), o envelhecimento é um processo natural que envolve um declínio gradual das funções fisiológicas. O processo de envelhecimento afeta diferentes órgãos e sistemas do corpo, incluindo o sistema cardiovascular, sistema respiratório, sistema músculo-esquelético e sistema nervoso.

Os efeitos do envelhecimento nesses sistemas podem levar a um declínio no desempenho físico e a um risco aumentado de doenças crônicas, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e câncer, de acordo com Flint & Tadi (2023). As mudanças fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento incluem a diminuição da massa e força muscular, densidade óssea, função pulmonar e função cardiovascular. Essas alterações podem levar à diminuição da atividade física e ao aumento do risco de quedas e fraturas,  assim como redução da autonomia nessa população.(MATSUDO S., MATSUDO V. & BARROS NETO T., 2001).

O treinamento resistido segundo Faigenbaum et al. (2009), é todo treinamento que envolve o uso de uma carga/resistência. O efeito da intensidade no treinamento de resistência não parece influenciar nos resultados de aumento de força em idosos  (VINCENT et al., 2002; BERGAMASCO et al., 2020; KALAPOTHARAKOS et al., 2005). Esses estudos verificaram os efeitos do treinamento resistido de baixa e de alta intensidade em idosos, onde os resultados indicam que os dois regimes de treinamento foram eficazes, sem grandes diferenças entre eles, na força muscular.

A autonomia funcional em idosos consiste na execução das Atividades da Vida Diária (AVDs), atividades comuns do dia a dia do idoso, como sentar-se e levantar-se da cadeira, subir degraus, estender roupas, colocar e retirar a camisa, alcançar algo distante ou até realizar uma caminhada. As atividades da vida diária exigem do idoso valências físicas como força, flexibilidade/mobilidade e equilíbrio (RIKLI; JONES, 1999; DANTAS; VALE, 2004). A diminuição da autonomia funcional em idosos pode afetar sua qualidade de vida e aumentar riscos de queda (FILHO, 2010; SAKUGAWA, 2018).

Sendo assim, esse estudo se torna relevante pela preocupação com a autonomia funcional, no qual se torna de suma importância pela melhoria nas AVDs e em sua independência, resultando em uma longevidade com qualidade. Além do mais, contribuirá sobre o entendimento da saúde geral dos idosos e ajudará em estratégias de prevenção para essa população.

Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar por meio da literatura existente o efeito do treinamento resistido na autonomia funcional de idosos.

METODOLOGIA

Para realizar a revisão sistemática da literatura foram utilizadas as plataformas Google Acadêmico e PubMed, utilizando buscadores padronizados. As palavras-chave seguiram o método de busca pelo site “Descritores em Ciências da Saúde” (DeCS) dos quais nortearam a seleção do material em português e inglês: Idoso (Elderly), Autonomia Funcional (Functional Autonomy), Treinamento resistido (Resistance training). Foi utilizado o operador booleano “AND” entre os descritores durante as buscas.

A busca sistematizada na literatura ocorreu entre março (01) e maio (11) de 2023.

A elegibilidade dos estudos ocorreu por meio dos critérios de PICO e estão detalhados no Quadro 1.

Quadro 1. Critérios de inclusão dos estudos selecionados

SiglasSignificado (Traduzido)Inclusão
PParticipante/PopulaçãoIdosos
IIntervenção/ExposiçãoTreinamento Resistido
CComparação/ControleTodos os Grupos
ODesfecho/ResultadoAutonomia Funcional

Foram excluídas da seleção dissertações e teses, trabalhos de conclusão de curso (TCCs), resumos e trabalhos publicados em anais de congressos, livros, sites/blogs, artigos de revisões e estudos que não apresentassem texto completo.

Inicialmente, foi filtrado as buscas dos artigos pelo ano de 2000 até 2023. Posteriormente, os artigos foram triados através da leitura do título e do resumo. Foram selecionados os trabalhos que tinham somente idosos como participantes, que realizaram treinamento resistido. Os trabalhos selecionados foram organizados em um documento paralelo para que a leitura do trabalho completo pudesse ocorrer.

Para análise dos resultados foram coletados os seguintes dados: autor, ano, amostra (n, sexo, faixa etária), objetivo, resultado, conclusão, protocolo de treinamento e ferramenta de avaliação.

RESULTADOS

Após os processos de identificação, triagem e elegibilidade (figura 1), foram incluídos 20 estudos originais para a construção da análise.

No Quadro 2 estão dispostos os títulos, resultados, objetivo, número de participantes, sexo, idade e conclusão dos 20 artigos selecionados. Um (5%) artigo foi publicado no ano de 2002, 2003, 2005, 2006, 2009, 2012, 2014, 2017, 2018, 2019, respectivamente. Dois (10%) artigos foram publicados no ano de 2004, 2010, 2013, 2020, 2022, respectivamente.

O número total da amostra foi de 797 idosos com a média de idade de 69,15 anos, mínimo de 60 anos e o máximo foi 83 anos. O sexo prevalente nos estudos foi o feminino onde 677 participantes (85%) eram do sexo feminino e apenas 120 participantes (15%) eram masculinos.

Todos os estudos analisados observaram uma melhora significativa na autonomia funcional dos idosos em comparação com os grupos controles de cada artigo, grupos estes que não mudaram suas rotinas diárias, observando também que o treinamento resistido foi superior comparado com outras modalidades. Os estudos observaram melhorias na potência, agilidade, equilíbrio, marcha e na força muscular que contribuíram para a autonomia funcional.

O Quadro 3 apresenta os autores, protocolos de treinamento e ferramentas de avaliação utilizadas nos 20 artigos selecionados.

O treinamento resistido foi realizado de 2 a 3 vezes, em dias não consecutivos, por semana. A duração das sessões de treino dos oito artigos (40%) que disponibilizaram esta variável foi uma média de 60 minutos, sendo a mais longa de 70 minutos e a mais curta de 50 minutos de duração. Os estudos fizeram uma intervenção com uma mediana de 12 semanas, sendo a menor intervenção de oito semanas e a maior de 32 semanas.

Metade dos estudos (55%) tiveram a estrutura do treino baseados em aquecimento, treinamento resistido e resfriamento nessa ordem, os demais (45%) estudos tiveram apenas o treinamento resistido em sua estrutura.

Três (15%) estudos com treinamentos de duas séries, oito (40%) estudos com três séries, um (5%) estudo com apenas uma série, quatro (20%) estudos não apresentaram o total de séries realizadas, quatro (20%) tiveram o protocolo com mais de um padrão de séries,  um (5%) com 2,3,4 séries respectivamente, um (5%) com 2 e 3 séries, respectivamente e dois (10%) com 1 e 3 séries, respectivamente.

O número médio de repetições foi de 11,75, sendo a mínima de quatro repetições e a máxima de 20.

Dos métodos para a avaliação da autonomia funcional dos idosos usados nos estudos, metade utilizou testes do protocolo de avaliação da autonomia funcional do Grupo Latino-Americano para o Desenvolvimento da Maturidade (GDLAM), que consiste em uma caminhada de 10m, levantar-se da posição sentada, levantar-se da posição decúbito ventral e o teste de levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa.

Outros dois (10%) testes usados nos estudos foi o protocolo de Rikli & Jones (1999), que consiste em levantar e se sentar na cadeira, flexão do antebraço, sentado e alcançar, levantar da cadeira e caminhar 2,44m e voltar a sentar, alcançar atrás das costas e o teste de andar 6 minutos.

Quadro 3. Periodização e o tipo de avaliação dos artigos selecionados.

  Autor  Protocolo de treinamentoFerramenta de avaliação utilizada
Filho et al. (2013).As aulas ocorriam três vezes por semana, durante 16 semanas, em dias alternados, com duração de 60 a 70 minutos, duas séries de 12 repetições de intensidade moderada. Os exercícios consistiam em 15 minutos de alongamentos passivos > 15 minutos treinamento resistido > 5 minutos treinamento de equilíbrio > 25 minutos caminhada moderada.    O instrumento utilizado para avaliar a autonomia funcional foi o protocolo proposto pelo Grupo Latino-americano de Desenvolvimento para a Maturidade  (GDLAM). 
Barros (2013).Foram realizadas 24 sessões de exercício, com frequência de três vezes semanais, em dias alternados, três séries de oito repetições. Treinamento contra resistência com velocidade usando uma resistência equivalente a 80% da melhor curva obtida no teste da potência.Extensão simultânea de joelhos (EJ) e levantar-se da cadeira (LC), a magnitude da velocidade de deslocamento, mensurada em duas situações distintas de marcha. Foi avaliado também o tempo de execução das tarefas motoras: marcha em velocidade de conforto (MVC) e marcha em velocidade máxima (MVM).
Pardo et al. (2019).Duas sessões semanais, para familiarização com os exercícios realizados no estudo priorizando a técnica. Três sessões de treinamento por semana em dias não consecutivos. A carga foi aumentada durante as 12 semanas de intensidade moderada 60% 1-RM para alta intensidade 80% 1-RM, 8 a 12 repetições.  O protocolo do Grupo Latino-americano de Desenvolvimento para a Maturidade  (GDLAM) foi utilizado para avaliar a autonomia funcional.
Ramos et al. (2022).Foram realizadas duas semanas de adaptação e 16 semanas de intervenção. A frequência de treinamento foi de duas vezes por semana, com duração de 50 minutos por sessão. Esta intervenção foi composta por 10 min de aquecimento com exercícios de alongamento submáximo e exercícios com movimentos nas principais articulações > 35 min de exercícios de força com três séries de 12 a 14 repetições > 5 min de relaxamento.  Autonomia funcional foi avaliada usando um protocolo desenvolvido pelo Grupo Latino-americano de Desenvolvimento para a Maturidade  (GDLAM). 
Moraes et al. (2012).Duas vezes por semana, durante 12 semanas, em dias alternados. Foi realizado exercício resistido com uma intensidade progressiva e periodização linear, onde com o passar das semanas diminuiu o número de repetições de 15 a 20 repetições máximas (RMs) até chegar em 8 a 12 repetições máximas (RMs), já as séries tiveram um aumento de 2 séries por exercício até chegar em 4 séries por exercício. Após a 10ª semana o GE foi subdividido em treinamento de potência (TP), treinamento de força reativa (TR) e treinamento de força máxima (TF). Neste período do treinamento todos os grupos continuaram praticando o TF, porém foram incluídos métodos específicos relacionados ao TP e ao TR.  Sentar-se e levantar de uma cadeira em 30 segundos, em relação ao tempo de reação muscular, os indivíduos foram submetidos à mensuração de torque e à aquisição do sinal eletromiográfico (EMG) nos vastos lateral, medial e no reto femoral  
        Kalapotharakos (2010).As sessões de treinamento foram realizadas duas vezes por semana, durante 8 semanas, em dias não consecutivos (segunda a quinta ou terça e sexta) ou para ambos os grupos experimentais, cada sessão durando aproximadamente 1 hora e em grupo incluindo um aquecimento 10 minutos, seguido do treino que consiste em 3 séries de 10 repetições a 70% de 3-RM durante 45 minutos e, por fim período de relaxamento (5 minutos).    Teste de Caminhada de 6 Minutos. Timed Up and Go (TUG). Teste de levantar-se da cadeira.   
Hruda (2003).Três vezes por semana durante um total de 10 semanas. Aquecimento/alongamento 10 minutos > Exercício de resistência com uma série de quatro a oito repetições por exercício. A duração da aula de exercícios foi de 20 minutos inicialmente, progredindo até uma hora completa ao longo do estudo de 10 semanas.Três testes de habilidade funcional (RIKLI & JONES, 1999): Teste cronometrado de 8 pés para cima e para frente, Teste de levantar-se da cadeira por 30 segundos, Teste cronometrado de caminhada de 6 m.  
Kalapotharakos et al.(2004).Três dias por semana, em dias não consecutivos, durante 12 semanas. O aquecimento/alongamento 10 minutos. Exercício resistido (3×8 repetições por exercício). Esfriamento 5 minutos.   1-RM para extensão e flexão do joelho, caminhada de 6 minutos, teste de apoio unipodal.
Galvão (2005).Treinamento de resistência de alta intensidade de uma série ou três séries duas vezes por semana durante 20 semanas. Os indivíduos foram solicitados a ajustar o peso do treinamento para garantir a falha em 8-RM.  Subida cronometrada da cadeira, caminhada usual e rápida de 6 m, caminhada de 6 m para trás, caminhada de 400 m, subida do chão para ficar de pé e capacidade de subir escadas.
De Vreede et al. (2004).Ambas as intervenções de exercícios foram dadas 3 vezes por semana em sessões de 1 hora por 12 semanas, com sessões separadas por um dia de descanso. As sessões foram divididas em aquecimento/exercícios aeróbicos 10 minutos > exercícios básicos/resistidos 40 minutos > relaxamento/ flexibilidade 10 minutos.      Teste TUG
Filho et al. (2010).Três vezes por semana em dias alternados, duração de 60 a 70 minutos cada, durante 16 semanas, duas séries de 12 repetições com intensidade moderada. Cada sessão foi composta de cinco minutos de aquecimento, de forma lúdica, com atividades de baixa intensidade > 5 minutos de exercícios de alongamento passivo estático > 15 minutos de exercícios localizados resistidos com duas séries de 12 repetições com intensidade moderada > 25 minutos de exercícios aeróbicos, neste caso uma caminhada moderada.  O instrumento utilizado para a avaliação da autonomia funcional foi o protocolo proposto pelo Grupo Latino-americano de Desenvolvimento para a Maturidade  (GDLAM)
Alves et al. (2018).A familiarização consistiu na realização de duas sessões semanais separadas por 48 horas de intervalo. O treinamento de força foi realizado uma (quarta-feira) ou duas vezes por semana (quarta e sexta-feira), dependendo do grupo experimental, e teve duração de 12 semanas. O número de repetições foi de oito a 10.  Protocolo de Rikli & Jones (1999).
Barrett (2002). Aulas de uma hora duas vezes por semana durante 10 semanas. Aquecimento/alongamento e caminhada (5 minutos), oito a 10 exercícios resistidos para membros superiores e inferiores (45 minutos), seguido de alongamento (5 minutos).Tempo gasto para ficar de pé e se sentar cinco vezes, Functional Reach Test, Step Test, força isométrica do bíceps e do quadríceps.
Mynarski et al. (2014).35 sessões de treinamento, com duração de uma hora por sessão, duas vezes por semana (fase inicial, fase principal e fase final). Fase inicial foi composta por alongamentos e aquecimentos articulares, com duração total de 10 minutos. Na fase final, foram realizados exercícios de alongamentos, com duração de 5 minutos. A parte principal foi alternada por segmentos corporais, e a forma de prescrição foi através da falha concêntrica a partir da sensação subjetiva de esforço, seguindo os requisitos necessários para obtenção de ganhos de força.Para as medidas de autonomia funcional, foi seguido o protocolo desenvolvido pelo Grupo Latino-americano de Desenvolvimento para a Maturidade  (GDLAM).
Dib et al. (2020).Realizaram os exercícios nas seguintes ordens: multiarticular para uniarticular – ordem (MJ-SJ), ordem uniarticular para multiarticular (SJ-MJ) e alternando entre a ordem superior e inferior do corpo (ALT). A intervenção de treinamento específico teve duração de 12 semanas (3x/ semana) e foi composta por oito exercícios realizados em três séries de 15/10/5 repetições, com carga crescente ao longo das séries.A aptidão funcional foi determinada por meio de testes propostos pelos protocolos de avaliação da aptidão funcional do Grupo Latino-americano de Desenvolvimento para a Maturidade  (GDLAM).
Monteiro A et al. (2022).  Cada grupo participou de 3 sessões semanais da manhã (9:30 h – 11:00 h) do programa, com duração de 60 minutos cada. Grupo experimental A, a ordem dos exercícios no treinamento multicomponente foi aquecimento seguido de treinamento aeróbico, treinamento de força, alongamento e desaquecimento; no grupo experimental B, a ordem dos exercícios foi aquecimento seguido de treinamento de força, treinamento aeróbico e relaxamento.Teste back scratch (BS). Sentar e alcançar (SR) . Time up and go (TUG). Teste de sentar e levantar da cadeira (CS). O teste do degrau de dois minutos (2ST).
Silva et al. (2009).Na primeira fase de adaptação (neurogênica): durou quatro semanas, foram realizadas três séries de treze repetições, com intervalos de aproximadamente quarenta segundos, com o peso máximo de 50% de 1RM. A segunda fase específica do treinamento (miogênica): durou dezesseis semanas, foram realizadas três séries de seis repetições, com intervalos de um a dois minutos entre as séries e entre os exercícios, com cargas de 90 a 100% de 1RM.Os sujeitos foram submetidos a uma bateria composta por cinco testes adotados no protocolo de avaliação funcional GDLAM.
Bavaresco et al. (2020).  O protocolo de TR consistiu em exercícios multiarticulares e um exercício monoarticular. O TR foi realizado duas vezes por semana com um intervalo de descanso de 48 horas entre cada sessão por 10 semanas. Nas primeiras 2 semanas, os participantes realizaram 3 séries de 15 repetições (baixa intensidade), enquanto nas últimas 8 semanas realizaram 3 séries de 8 a 10 repetições máximas (intensidade moderada). Escala de Borg com variação entre 11 e 13; intensidade moderada.Foram utilizados os testes do protocolo de avaliação da autonomia funcional elaborado pelo Grupo Latino-americano de Desenvolvimento para a Maturidade  (GDLAM).
Gambassi et al. (2017).Exercícios resistidos com duração de 18 min, combinados com exercícios aeróbicos com duração de 26 min, realizados intercalados na mesma sessão por 8 semanas (3 vezes por semana) com 24 horas de descanso entre cada sessão. Foram realizadas 3 séries de 8 repetições máximas com intervalo de descanso de 1 minuto entre as séries.Foi utilizado alguns dos testes do protocolo de avaliação da autonomia funcional do Grupo Latino-Americano para o Desenvolvimento da Maturidade (GDLAM), caminhada de 10 m (10 mW), levantar-se da posição sentada (RSP) e levantar-se da posição de decúbito ventral (RVDP).
Vale et al. (2006).Inicialmente o grupo treinou os mesmos exercícios do teste de força máxima em 2dias/semana, com duas séries de 15 repetições e com aproximadamente 50% de 1RM, com o tipo de série alternada por segmento. Após essa fase, foram 12 semanas, com duas séries de 8 a 10 repetições, e intervalos de um a dois minutos entre as séries e entre os exercícios e com a carga entre 75 a 85% de 1RM.  A velocidade de execução foi de lenta a moderada. O controle da carga de treinamento foi feito através do recurso proposto por Baechle e Groves, denominado de “regra de 2 x 2”.Foi analisada por meio do teste de 1 RM, caminhada de 10 m (10 mW), levantar-se da posição sentada (RSP) e levantar-se da posição de decúbito ventral (RVDP), e o teste de flexibilidade pelo protocolo LABIFIE de goniometria.

Outros estudos usaram testes parecidos com os contendo nos protocolos descritos anteriormente como Time up and go (TUG), Sentar e alcançar (SR), teste back scratch (BS), teste de sentar e levantar da cadeira (CS), Functional Reach Test, tempo gasto para ficar de pé e sentar cinco vezes, caminhada de 6 minutos.

Os testes que se diferenciam dos usados nos protocolos citados anteriormente foram o teste do degrau de dois minutos (2ST), Step Test, força isométrica do bíceps e do quadríceps, caminhada de 6 m para trás, caminhada de 400 m, subida do chão para ficar de pé e capacidade de subir escadas, 1RM para extensão e flexão do joelho, teste de apoio unipodal, extensão simultânea de joelhos (EJ), marcha em velocidade de conforto (MVC) e marcha em velocidade máxima v(MVM).

DISCUSSÃO

O presente estudo revisou a literatura acerca da promoção da autonomia funcional de idosos através do treinamento resistido.

Todos os estudos incluídos na análise relataram melhora significativa na autonomia funcional dos idosos em comparação com os grupos controles de cada artigo. A frequência para os grupos experimentais foi de 2 a 3 vezes em dias não consecutivos na semana, com duração média de 60 minutos, 2 a 3 séries de 10 a 15 repetições com variados tipos de sobrecarga, como o peso do próprio corpo, bandas elásticas, halteres e máquinas de musculação, com aquecimento, treino principal e resfriamento (volta calma). Esse método apresentou melhorias na potência, agilidade, equilíbrio, marcha e na força muscular. Esses achados corroboram com as recomendações sugeridas por De Camargo (2020), da qual enfatiza que idosos com mais de 65 anos precisam praticar, de 2 a 3 dias da semana, atividades de fortalecimento, que envolvam os principais grupos musculares, para o desenvolvimento de força muscular e equilíbrio funcional.

Segundo Filho (2006), o treinamento resistido é uma forma efetiva de combater os efeitos deletérios que decorrem do envelhecimento. O mesmo estudo ainda sugere cargas de 80% de 1RM, para o combate da perda de potência e força muscular, e melhoria no nível de autonomia funcional dos idosos.

Assim como nos estudos que compararam o treinamento resistido com outras modalidades, foram vistos que o treinamento resistido foi superior nos resultados dos testes de autonomia funcional.

As revisões sistemáticas de Liu (2009) e Filho et al. (2016), complementam que idosos praticantes de exercício resistido, tem melhorias em sua força muscular e na transferência para o desempenho em atividades simples e diárias como se levantar de uma cadeira.

Ploner et al. (2008) mostra que ambos os sexos quando se encontram no envelhecimento, procuram o lazer, sendo para mulheres através da inserção em grupos formais e informais de terceira idade, e para homens a diminuição significativa de suas atividades, dá lugar ao lazer.

Foi observada grande diferença entre os sexos na amostra incluída no estudo.

A prevalência do sexo feminino foi nítida. O homem, segundo a literatura, pode dificultar a adoção de práticas de autocuidado, comparado ao sexo feminino que ao chegar na velhice, tem uma preocupação maior (GOMES; ARAÚJO & NASCIMENTO, 2007).

Como forma de compreender a autonomia funcional, os estudos optaram por protocolos validados. O mais utilizado foi o GDLAM, criado em 2004 para avaliar a autonomia funcional de idosos, através de quatro testes relacionados com a realização de atividades da vida diária. No final, é possível identificar se os idosos estão classificados como fraco, regular, bom ou muito bom.

O Protocolo GDLAM é uma ferramenta adequada para avaliar o nível de autonomia funcional de indivíduos, com 60 anos de idade ou mais, em suas AVDs, dando mais relevância às capacidades funcionais dos indivíduos, com ênfase em habilidades manuais, agilidade e equilíbrio. Esse enfoque é importante na prevenção de quedas em idosos. Dependendo do caso, pode indicar a necessidade de melhorar o condicionamento físico e guiar a prescrição do exercício apropriado (ANDRADE et al., 2015; RONCONI, 2011). Com isso, de acordo com os achados da presente revisão, foi analisado que através do protocolo GDLAM os idosos tiveram melhora na agilidade, equilíbrio, força e potência para caminhar, levantar-se da posição sentada, levantar-se da posição decúbito ventral e levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa.

O teste de Rikli & Jones (1999) ou também chamado de Senior Fitness Test – SFT, é um teste também muito utilizado para avaliar o nível de aptidão funcional de idosos. Foi analisado na presente revisão através do protocolo de testes de Rikli & Jones (1999), que os idosos obtiveram melhorias no levantar e se sentar na cadeira, flexão do braço, sentar e alcançar, andar 6 minutos, alcançar atrás das costas, levantar e caminhar; assim podendo perceber também progressos na agilidade, equilíbrio, força e potência com a utilização do treinamento resistido.

O estudo se limita ao número amostral baixo e a falta de estudos com alta qualidade com o público masculino. Outra limitação é o termo treinamento resistido que abrange qualquer exercício contra uma resistência. Entretanto, esses pontos são encarados como uma oportunidade para pesquisas futuras, com a intenção de melhorar a autonomia funcional dos idosos.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a autonomia funcional dos idosos melhorou por meio da prática regular do treinamento resistido. O método de 2 a 3 vezes na semana, com duração de 60 minutos, entre 2 a 3 séries de 10 a 15 repetições contribui para a melhora da potência, agilidade, equilíbrio, marcha e na força muscular. Além disso, foi observado que o GDLAM foi o protocolo mais utilizado pelos pesquisadores, como forma de analisar a autonomia funcional dos idosos.

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1Discente do Curso Superior de Educação Física da Sociedade Educacional Santa Catarina – UNISOCIESC  Campus Marquês de Olinda  e-mail: gabrielamorim3200@gmail.com

2Docente do Curso Superior de Educação Física da Sociedade Educacional Santa Catarina – UNISOCIESC Campus Marquês de Olinda. Mestre em Saúde e Meio Ambiente (PPGSMA/UNIVILLE). e-mail: ricardo.clemente@unisociesc.com.br