AUTISM IN ADULTS AND ITS PARTICULARITIES
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11521174
Gabriel Nobre de Oliveira1
Israel José de Sousa1
Orientadora: Prof: Rosimeire Faria do Carmo2
Resumo: O principal propósito desta pesquisa foi examinar as barreiras e potenciais do processo de inserção de adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sociedade, que por vezes interferem na interação social e na comunicação, assim como em suas oportunidades de desenvolvimento, que muitas vezes são tratadas de forma infantilizada, negada ou rejeitada. Método: Realizado com base em levantamento bibliográfico, o estudo visa destacar a importância da inclusão desses indivíduos, um tema cada vez mais presente nas discussões educacionais, o que representa garantir a igualdade de chances. Resultados e Discussões: A análise do Transtorno do Espectro Autista é um assunto complexo e em constante desenvolvimento, com grande foco na detecção precoce durante a infância. Nota-se claramente a escassez de pesquisas sobre o diagnóstico em adultos, negligenciando uma parcela considerável de indivíduos com TEA que enfrentam obstáculos ao longo de sua jornada. Isso acarreta desafios para lidar com as relações sociais e suas obrigações na idade adulta. Conclusão: Torna-se evidente a importância de direcionar diagnósticos precoces para esclarecer as dúvidas e expectativas dos familiares em relação ao conhecimento sobre o TEA e ao progresso pessoal dos pacientes.
Palavras-chave: Autismo em adultos, TEA, Interação social, Autismo.
Abstract: The main objective of this research was to analyze the barriers and potentialities of the process of inserting adults with Autism Spectrum Disorder (ASD) into society, which sometimes interfere with social interaction and communication, as well as their development opportunities, which are often treated in a childish way, denied or rejected. Method: Based on a bibliographic survey, the study aims to highlight the importance of including these individuals, a topic that is increasingly being discussed in education, which represents guaranteeing equal opportunities. Results and Discussions: The analysis of Autism Spectrum Disorder is a complex and constantly developing subject, with a strong focus on early detection during childhood. There is a clear lack of research into diagnosis in adults, with a specific portion of individuals with ASD facing obstacles throughout their journey. This leads to challenges in dealing with relationships and social obligations in adulthood. Conclusion: The importance of early direct diagnosis is evident, in order to clarify family members’ doubts and expectations regarding knowledge of ASD and the patient’s personal development.
Keywords: Autism in adults, ASD, Social interaction, Autism.
1. INTRODUÇÃO
Com as dificuldades de socializar até comportamentos e interesses específicos, o autismo é identificado como um transtorno do neurodesenvolvimento que deixa prejuízo no seu desenvolvimento e pode se manifestar nas 3 fases da vida que são a infância, adolescência e na vida adulta. Na sua adolescência e sua fase adulta, cujas peculiaridades nesta fase da vida requerem atenção e empatia, um aspecto notável é a diversidade de sintomas e níveis de funcionamento. (SILVA, C.C; MORAIS, D.V.L; OLIVEIRA, L.V.S, 2020)
Costuma-se ser testemunhado o Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre doze e vinte e quatro meses de vida, no entanto, ao decorrer da vida e que não foi diagnosticado precocemente na infância pode virar um ponto complexo que requer uma compreensão sensível e empática, além disso, adultos autistas enfrentam desafios únicos e específicos ao longo da vida, uma vez que não recebeu nada terapêutico em sua infância. (RIBEIRO, et al, 2023)
A dificuldade de demonstrar sentimentos é um problema recorrente entre adultos autistas. Eles podem encontrar obstáculos na interpretação de sinais comuns, nas expressões emocionais e no controle de conversas fluidas. Isso pode resultar em uma má compreensão e isolamento social, contribuindo para problemas de saúde mental como ansiedade e depressão. (MENEZES, 2020)
É ponderoso distinguir que o autismo em adultos não é sempre igual, mas muda com as fases. Coisas como a nossa experiência de vida e o apoio que temos podem influenciar muito bem como nos comportamos. No entanto, não é diferente para os autistas, pois se eles encontram auxílio personalizado, como terapias comportamentais ou suporte emocional, podem se desenvolver melhor e ter uma vida mais satisfatória. (SILVA, C.C; MORAIS, D.V.L; OLIVEIRA, L.V.S, 2020)
É importante que as pessoas se familiarizem mais com o autismo e que a inclusão seja uma realidade em todos os ambientes. Isso implica em garantir oportunidades de empregos, locais públicos acessíveis a todos e sistemas educacionais que reconheçam e apoiem as necessidades específicas de cada indivíduo. Ao compreender e valorizar as particularidades do autismo na idade adulta, podemos colaborar para a construção de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todos. (SILVA, C.C; MORAIS, D.V.L; OLIVEIRA, L.V.S, 2020)
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Esta análise consiste em uma revisão bibliográfica sobre o conhecimento científico produzido acerca do TEA. Essa revisão se baseia em uma investigação detalhada da literatura, permitindo discussões sobre o tema específico e reflexões para orientar estudos futuros.
Para uso de pesquisas e desenvolvimento desse projeto foram utilizados 17 artigos que serviram de base para a construção do estudo, respeitando as devidas regras de não obter plágio e apenas enriquecendo-se dos conhecimentos técnicos-científicos para dar elegância ao projeto.
Foram decorridos os consecutivos descritores de saúde (DECS): Autismo, Relacionamento Emocional, Inclusão social. No entanto com a intenção de conduzir este estudo, foram sustentados nas referências do Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Librany Online (SciELO) e MediLine.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os tópicos a seguir foram organizados em ordem cronológica para atender os objetivos propostos nesta pesquisa, providos de estudos científicos estruturados em três itens, sendo eles: Habilidades cognitivas em áreas específicas; Dificuldade das relações sociais e emocionais; Déficit do tratamento precoce e seus problemas. Por assim, enriquecer o conhecimento sobre o transtorno do espectro autista no adulto e suas peculiaridades.
3.1 Habilidades cognitivas em áreas especificas.
Conviver com as dificuldades das interações sociais e emocionais de pessoas com espectro autista podem ser uma missão que requer sensibilidade, paciência e compreensão. As vezes pode parecer desconcertante ou assustador, no entanto, é fundamental ter em mente que cada pessoa apresenta uma forma individual de ser, mostrando suas próprias necessidades, pontos de vista e maneiras de se expressar. (VALLE E MAIA ,2010)
Alguns indivíduos autistas têm uma capacidade excepcional de raciocínio analítico e lógico, essas habilidades são frequentemente encontradas em áreas nas ciências, matemática e programação de computadores. Eles também podem perceber sutilezas que outras pessoas podem ignorar e ter uma sensibilidade sensorial aguçada. (LAURENT MOTTRON)
As habilidades cognitivas dos indivíduos autistas são diversas e merecem ser reconhecidas e valorizadas. Ao entender e apoiar essas habilidades, podemos promover um ambiente mais incluso e oferecer oportunidades de trabalho para que os autistas desenvolvam todo o seu potencial, contribuindo de maneira significativa para a sociedade. (VALLE E MAIA, 2010)
3.2 Dificuldade das relações sociais e emocionais.
Uma característica essencial do espectro autista seja na vida adulta ou na infância, é a dificuldade das interações sociais e de se comunicar, o que pode levar a mal-entendidos e frustrações para partes envolvidas. Para pessoas não familiarizadas com as condições que evidenciam o espectro autista, compreender por que alguém autista pode parecer ser distante, ter problemas com contato visual e poder mostrar suas emoções de forma livre sem pode ser algo desafiador. (SILVA, 2012).
Entretanto, é de suma importância compreender que tais disparidades não implicam na falta de interesse ou empatia. Pessoas autistas podem ter conexões emocionais profundas, mesmo que optem por expressá-las de forma não convencional. Estar disposto para decifrar as particularidades de cada pessoa autista é de grande importância, independente de sua manifestação por meio da fala, gestos ou apoios específicos. (DAVIS, 1980) (BLAIR, 2005)
É imprescindível honrar os limites e necessidades de cada autista. Enquanto alguns desejam interações sociais organizadas e previsíveis, outros podem sentir-se mais à vontade e livres em ambientes menos estruturados. (BLAIR, 2005)
Acima de tudo, a empatia e a aceitação são essenciais ao interagir com pessoas autistas. Reconhecer e respeitar suas experiências, desafios e conquistas pode criar um ambiente onde todos se sintam valorizados e incluídos. Ao trabalhar juntos para promover a compreensão e a aceitação mútuas, podemos construir relacionamentos significativos e enriquecedores com pessoas autistas em nossas vidas. (CARNEIRO, 2012) (DAVIS, 1980) (BLAIR, 2005)
3.3 Déficit do tratamento precoce e seus problemas.
A gravidade do tratamento precoce no desenvolvimento de indivíduos com TEA não pode ser desprezada. A ausência desse cuidado pode provocar uma série de desafios e complicações tanto para os autistas quanto para seus familiares. Essa situação pode resultar em problemas comportamentais, como agressão, autolesão e crises de ansiedade, que representam desafios tanto para a criança quanto para sua família. (PASSOS, B.C; KISHIMOTO, M.S., 2022)
Um dos principais problemas decorrentes da falta de tratamento precoce é a retardação no desenvolvimento de habilidades básicas de cuidado, como lavar as mãos, vestir a própria roupa ou até escovar os dentes. Sem um acesso adequado a tais mediações, essas crianças podem enfrentar grandes dificuldades ao se relacionar com os outros, expressar suas necessidades e regular suas emoções. (DOUBRAWA, D; MENEZES, K.A.S., 2023)
Outro impacto do déficit de tratamento precoce é retratado negativamente no desenvolvimento acadêmico, pois as crianças autistas que não recebem intervenções adequadas no ambiente escolar podem acabar afetando assim sua autoestima e nível de motivação. Além disso, essas crianças podem se deparar com dificuldades para fazer amizades e se envolver em atividades sociais, o que pode resultar em isolamento e exclusão. (REIS, S. T.; LENZA, N., 2019)
Em última análise, a escassez de tratamento precoce para autistas não só deixa de atender às suas necessidades individuais, mas também impede que contribuam plenamente para a sociedade e alcancem seu potencial especial. Investir em intervenções abrangentes desde cedo é essencial para assegurar que todos os autistas possam realizar seus sonhos e viver vidas satisfatórias desde a infância à vida adulta. (DOUBRAWA, D; MENEZES, K.A.S, 2023)
3.4 Assistência ao paciente com TEA.
A assistência de Enfermagem é de extrema importância na prestação do cuidado, auxiliando na promoção do desenvolvimento da criança, facilitando o acesso às informações sobre o TEA e auxiliando promoção de ações que proporcionam o bem-estar do paciente e de seus familiares direcionando-os para os serviços de saúde primordiais. Contudo, o objetivo é deixar claro as ações do enfermeiro, que podem auxiliar no acompanhamento e reabilitação. (LORENZINI, E. M; SILVA, E.F., 2020)
Na equipe multiprofissional o enfermeiro tem um papel como agente terapêutico, aplica intervenções no sofrimento de pessoas com diagnóstico de TEA, realiza atendimentos para familiares, trabalha e entende a necessidade e aceitação do diagnóstico, que faz uma grande mudança na qualidade de vida na família em geral. (CLEIDE, 2021)
O enfermeiro além colaborar de forma positiva com diagnóstico e manter um acompanhamento junto a pessoa com TEA, ele tem um papel fundamental nas observações comportamentais de crianças, analisando o crescimento e o desenvolvimento, como também prestar apoios quanto aos desafios na vida da pessoa com TEA. (SENA te al, 2015).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo em questão constatou que as particularidades da revisão dos artigos utilizados demonstraram alternativas que possibilitam o auxílio na busca do objetivo proposto, contando que é de suma importância o diagnóstico precoce para qualidade de vida do adulto portador do TEA, assim considerando todos os comportamentos a partir da infância, a vivência na adolescência, as condições comportamentais até o período da vida adulta, baseando-se nas experiências científicas, utilizando uma metodologia dinâmica para compreender o desenvolvimento e suas particularidades do espectro autista no adulto.
Comportamentos emocionais, sociais, de sexualidade e de aprendizagem, sejam de compreensão social e raciocínio lógico, se ligam ao perfil cognitivo do indivíduo com espectro autista. Portanto, as particularidades nas condições em que se encontram o indivíduo com espectro autista na vida adulta, apresentam -se de forma bem mais despercebida dependendo da gravidade, estudos indicam ou sugerem meios de conhecimentos propostos a levar a compreensão de todo o processo do espectro autista no adulto.
Ao decorrer da grandeza desse estudo, podemos observar que a cada dia a sociedade vem abrindo as portas e tentando ajudar as pessoas com autismo. O governo do Distrito Federal junto com o departamento de trânsito se solidifica para buscar uma melhor qualidade de vida a essas pessoas, fazendo credenciamentos de trânsito e carteirinhas de vagas especiais como estão nas imagens abaixo, isso só aumenta o valor dessas pessoas na sociedade.
Fotografia 1 – Vaga especial.
Fonte: Detran – DF.
Fotografia 2 – Credencial de Autista.
Fonte: Detran – DF.
REFERÊNCIAS
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