AULA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA NO CANTEIRO DE OBRAS: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR ENTRE A BIOLOGIA E O ENSINO MÉDIO INTEGRADO EM EDIFICAÇÕES.

Patrocínio: Projeto de Pesquisa: REDE SACI – Sustentabilidade Ambiental e Camponesa nos Institutos Federais: Construção da rede em prol de sociedades sustentáveis.
Edital 41/2023 – PROPES/RTR/IFMT – Apoio aos Grupos de Pesquisa

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11324504


Jucelino Gimenez
Orientadora: Profa. Ma. Tatianne Fernanda Lopes Hardoim


Resumo

Nas últimas décadas, as questões ambientais têm provocado importantes discussões em toda sociedade. Em busca de soluções para os dilemas sociais, ambientais, políticos e econômicos, este artigo entende a importância destas discussões serem trabalhadas em sala de aula pelo professor de biologia, e propõe envolver professores de diversas áreas para somar. Os sujeitos dessas pesquisas foram alunos do curso médio integrado em Edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – campus Várzea Grande, e para isso foi desenvolvido um guia didático que inclui uma coleta de dados envolvendo parte da sociedade discutido o Tema: A relação do meio com as construções urbanas. Em uma segunda etapa, de forma ativa e coletiva, junto com as propostas coletadas pelos alunos, sobre as possíveis soluções para a diminuição dos impactos causados por estas construções, este trabalho prevê uma discussão crítica com os alunos buscando possíveis soluções ou diminuições, do impacto causado no meio ambiente. É fundamental que os diálogos entre educadores e educando sejam abertos, e que o professor desenvolva uma aula de forma significativa, estimulando o lado cognitivo, sem deixar o afetivo, promovendo diferentes diálogos de forma interdisciplinar, a fim de proporcionar um ambiente de pensamentos críticos e de motivações aos diversos alunos.

Palavras-chave: Construção civil, guia didático, aprendizagens ativas.

ABSTRACT

In the last decades, environmental issues have provoked important discussions throughout society. In search of solutions for social, environmental, political and economic dilemmas, this work understands the importance of these discussions being worked on in the classroom by the biology teacher, and proposes to involve teachers from different areas to add up. The subjects of this research were students of the Integrated High School in Building of the Federal Institute of Education, Science and Technology of Mato Grosso – Várzea Grande campus, and for this a didactic guide was developed, which includes data collection, involving part of society, discussing the theme: The relationship between the environment and urban constructions. In a second stage, in an active and collective way, together with the proposals collected by the students, about possible solutions to reduce the impacts caused by these constructions, this work provides for a critical discussion with students seeking possible solutions or decreases in the impact caused on the environment. It is essential that the dialogues between educators and students are open, and that the teacher develops a class in a meaningful way, stimulating the cognitive side, without leaving the affective, promoting different dialogues in an interdisciplinary way, in order to provide an environment of critical thinking and motivation to the different students.

Keywords: Building construction, didactic guide, active learning.

Resumen

En las últimas décadas, los temas ambientales han provocado importantes discusiones en toda la sociedad. En busca de soluciones a dilemas sociales, ambientales, políticos y económicos, este artículo comprende la importancia de que estas discusiones sean trabajadas en el aula por el profesor de biología, y propone involucrar a docentes de diferentes áreas para sumar. Los sujetos de estas investigaciones fueron estudiantes de secundaria integrados en Edificios del Instituto Federal de Educación, Ciencia y Tecnología de Mato Grosso – campus Várzea Grande, y para eso fue desarrollada una guía didáctica que incluye una recolección de datos involucrando parte de la sociedad discutida el Tema : La relación entre el medio ambiente y las construcciones urbanas. En una segunda etapa, de forma activa y colectiva, junto a las propuestas recogidas por los estudiantes, sobre las posibles soluciones para la reducción de los impactos provocados por estas construcciones, este trabajo prevé una discusión crítica con los estudiantes buscando posibles soluciones o reducciones. , del impacto causado en el medio ambiente. Es fundamental que los diálogos entre educadores y estudiantes sean abiertos, y que el docente desarrolle una clase de manera significativa, estimulando el lado cognitivo, sin dejar el lado afectivo, fomentando diferentes diálogos de manera interdisciplinaria, con el fin de propiciar un ambiente de pensamientos críticos y motivaciones para diferentes estudiantes.

Palabras clave: Construcción civil, guía didáctica, aprendizaje activo.

1. INTRODUÇÃO

Nos primórdios da civilização, o homem se relacionava com a Natureza de forma harmoniosa. Todavia, a partir da Revolução Industrial e do advento do modelo de produção capitalista é que o homem passa a utilizar de maneira extremamente predatória os recursos naturais.

A espécie humana, assim, antes consciente de sua integração com o meio ambiente, relacionava-se com as demais espécies e com o ambiente no equilíbrio dinâmico da natureza. Hoje, contudo, os seres humanos “sentem-se” desintegrados e se distanciam da natureza em um modelo de sociedade que causa impactos ambientais catastróficos (GUIMARÃES, 2010).

A urbanização acelerada e o rápido adensamento das cidades de médio e grande porte refletiram diretamente na construção civil, sendo este um dos setores da economia com maior índice de crescimento nos últimos anos. Os incentivos para a aquisição da casa própria e o crédito imobiliário, facilitaram a realização deste sonho tão almejado pelo povo brasileiro.

No século XVIII, houve um avanço da indústria e desde então, o homem vem poluindo e destruindo a Natureza. A partir daí, se percebe uma preocupação constante pelo aumento da produtividade e na segunda metade do século XX, os desastres socioambientais se tornaram tão alarmantes, a ponto de chamarem a atenção da sociedade como um todo, inspirando as novas visões sobre um modelo de desenvolvimento sustentável.

Diante disso é necessário que cada vez mais, nos diversos espaços, possamos refletir e discutir sobre as crescentes construções urbanas e seus impactos, em uma visão ontológica. Ainda mais com o que temos vivenciado atualmente, pois com a pandemia, causada pelo vírus Sarscov-2 (Covid-19), ressaltou-se os estudos em busca de soluções para os dilemas sociais, ambientais, políticos e econômicos.

É importante que estas discussões possam ser investigadas na sala de aula em uma visão ampla, interdisciplinar, buscando desenvolver aulas, projetos, que trabalhe esta temática nas diversas disciplinas, proporcionando aos alunos compreensão sobre os impactos gerados pelas obras nos seus diversos pontos de vista.

Muitas vezes, a temática de meio ambiente e impacto ambiental é direcionado a alguns professores específicos, como professores de biologia, geografia, e às vezes alguns professores de outras áreas relacionam os seus conteúdos com esses assuntos, mesmo sendo um tema tão diverso, ainda é pouco explorado nas diversas áreas de conhecimento. É preciso que nós, enquanto formadores, entendamos que é impossível trabalhar o tema: meio ambiente, sem interligar a outras áreas.

MORIN (2007) traz que, a coisificação do objeto estudado, percebido como coisa em si, poderia ocasionar o esquecimento de que o objeto é oriundo de uma extração ou construção. Assim, as ligações e solidariedades deste objeto com outros objetos tratados por outras disciplinas passam a ser negligenciadas. Diante disso, esta pesquisa propõe envolver as diversas áreas de conhecimento para somar neste vasto espaço de ensino-aprendizagem.

Esta pesquisa tem como objetivo desenvolver um material educacional que o aluno seja protagonista no processo de ensino-aprendizagem, e o professor, mediador neste percurso, para que estes sujeitos desenvolvam uma investigação para o saber, a fim de somar para um ensino significativo, em um sentido científico e social.

Diante disso, o material educativo que este trabalho propõe, é um guia didático (imagem 1) interdisciplinar, que dê subsídios aos diversos docentes, a trabalhar a Educação Ambiental Crítica (EAC), por meio de reflexões e métodos ativos, sobre a relação do meio ambiente com as construções urbanas.

O guia didático propõe uma reflexão aos alunos do curso médio integrado em Edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – campus Várzea Grande, sobre o impacto ambiental gerado pelo desperdício de matéria-prima e insumos utilizados nos procedimentos de construções de projetos urbanos.

Considerando o pouco tempo de sala de aula que o professor tem com os seus alunos e a necessidade da valorização do conhecimento prévio, bem como todo o percorrer da ressignificação da aprendizagem do aluno, vimos a real necessidade de criarmos um guia didático para que professores possam estimular a aprendizagem de seus alunos. Assim, trabalharemos uma EAC de forma: ativa, significativa, interdisciplinar.

Considerando que o aluno não pode mais ser visto como um sujeito passivo, é preciso criar métodos que valorize a participação ativa deste estudante no processo de ensino-aprendizagem, considerando que estes sujeitos são diversos, em que cada um tem o seu tempo, modo de refletir, discutir, analisar e aprender.

Diante disso,  este  trabalho  propõe  um  guia  didático  com  uma  aula denominada:, “construindo pensamentos críticos por meio de construções urbanas”. Para isso, trabalhamos em duas salas com 49 alunos do ensino médio integrando em Edificações, com 4 grupos de até 6 alunos por sala, em que cada grupo investigará a edificação urbana indicada pelo professor, por meio de diversos instrumentos (tabela 1).

Esta pesquisa também se preocupa em orientar como professores de biologia e de outras disciplinas podem debater sobre os resíduos dos canteiros de obras, relacionando com as diversas áreas, as práticas cotidianas dos estudantes de Edificações, e ao mesmo tempo, instigando os conhecimentos de conceitos na área, além de ações e práticas sociais acerca das concepções de Educação Ambiental Crítica (EAC).

Este guia didático propõe sanar barreiras, a qual temos muitos professores que ainda se deparam com a dificuldade de trabalhar alguns conteúdos específicos do livro didático, pois ainda nos deparamos muitas vezes com uma formação acadêmica e continuada falha. Então, é preciso refletir como fazer uma discussão que oportunize aos alunos uma visão integral, que nos envolve em meio às construções civis?

É notável e queremos destacar que, a construção civil tem a sua importância, pois está consolidada na economia do país, gerando também aspectos favoráveis ao meio ambiente e representando um consumidor potencial de vários tipos de resíduos sólidos nos diversos setores da economia. Além disso, a grande quantidade de matéria prima e a diversidade de materiais empregados na sua produção ampliam as opções de uso de resíduos com diferentes funções na edificação.

Para que a imagem negativa do setor seja minimizada é imprescindível a substituição dos modelos corretivos pelos preventivos, com perspectivas mais amplas, que tenham como princípios fundamentais, entre outros, a alteração de atitudes e culturas. Além disso, se não cogitamos ampliar uma compreensão que seja a-histórica, isto é, completamente descolado da realidade (inclusive da que queremos construir), não há como negar que a questão socioambiental ainda é uma preocupação central deste século XXI.

Perscrutando sobre o relatado acima, é importante fazer essas discussões, considerando os impactos negativos gerados e a reflexão sobre os alunos envolvendo a temática da Educação Ambiental Crítica (EAC).

2. REFERENCIAL TEÓRICO.

A cadeia produtiva da construção civil está associada a grandes consumos de matérias-primas e energia, além de ser uma das maiores geradoras dos impactos ambientais a nível global. Considerando as ideias de QUEBAUB & BUYLE-BODIN (1999). A conservação ambiental é um dos componentes fundamentais para alcançar o desenvolvimento sustentável, o qual pressupõem um meio ambiente equilibrado, equidade social e viabilidade econômica, entretanto no Brasil, sabe-se que a quantidade de entulho gerado pelo setor varia entre 50% a 70% do volume total dos resíduos sólidos em cidades de médio e grande porte.

É comum passarmos em frente a obras que estão em andamento e nos depararmos com o usual container de resíduos, porém é preciso refletirmos e trabalharmos em sala de aula sobre a forma que estes são depositados.

Por vezes o órgão municipal exige dos proprietários que destinem seus resíduos de construção e demolição (RCD) para outros lugares e outro fim. De acordo com os autores MARTINE et al. (2015). O destino destes resíduos, muitas vezes acaba sendo as encostas, cursos de água, terrenos baldios onde são depositados sem nenhum critério, causando irreparáveis danos ao meio ambiente.

Em suma, esse modelo de crescimento econômico se apoia em níveis insustentáveis de exploração dos recursos naturais, causando o esgotamento destes, a devastação de habitats, a erosão da diversidade biológica, dentre outros impactos envolvidos na crise ambiental global

É preciso fazer diferentes discussões com os alunos entre os prós e contras sobre as construções urbanas e seus impactos, pois cada vez mais nos deparamos com o seu aumento, acarretando também significativamente, o quanto o capitalismo vem explorando, em um processo de dualidade, entre a evolução e a exploração.

Tal forma de exploração, não se sustenta por tempo ilimitado, conforme analisa James O’CONNOR (2002), já que o capitalismo coloca em risco a si próprio, pois quanto mais explorador, maiores serão as dificuldades de obtenção de lucro. Isto ocorre, segundo o autor, pois a exploração da força de trabalho e da natureza aumentam os custos do processo produtivo e, consequentemente, coloca em risco a reprodução do próprio capital.

O autor ainda corrobora, defendendo expressões como “capitalismo sustentável” ou mesmo “desenvolvimento sustentável” são contraditórias. Além disso, MESZÁROS(2012) pontua que é ingênua a ideia de que em determinado momento serão descobertas “medidas remediadoras adequadas” contra os processos destrutivos do próprio sistema do capital.

O professor de biologia, precisa estimular essa visão crítica na sala de aula, para que os seus alunos sejam protagonistas e possam refletir onde as crises ambientais estão inseridas e que eles, enquanto sujeitos, fazem parte deste meio.

De acordo com MORAN (2018), as metodologias ativas dão ênfase ao papel protagonista do aluno, ao seu envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo, experimentando, desenhando, criando, com a orientação do professor.

Este trabalho aborda a interdisciplinaridade, envolvendo também o espaço de ensino, entendendo que para fomentar uma aprendizagem que aborda várias áreas de conhecimento, trabalhando uma temática em suas diversas vertentes, é necessário também explorar vários ambientes, ir além da sala de aula.

Conforme LEFF (2000), a interdisciplinaridade é um processo amplo, que transcende os campos de ensino e pesquisa, indo além das disciplinas científicas comuns, articulando-se entre os vários campos do saber. Ademais, tal processo também abriga as ações educativas em espaços não-formais, onde o contato direto com a natureza e com a comunidade fundamentam a interação entre os múltiplos saberes.

Vale ressaltar que, a interdisciplinaridade de acordo com MORIN (2011), desprende-se, portanto, da forma positivista de conhecimento e abre espaço para a construção de novos limites e territórios conceituais, quebrando paradigmas científicos de simplificação de saberes não só da área ambiental, mas também em todas as esferas.

Assim, as práticas interdisciplinares aportam-se também no pensamento complexo, contribuindo para compreender os estudos e reflexões das ciências em conjunto, não apenas como objetos dissociados de seu contexto, mas também entendendo a essência dos sujeitos.

Dessa forma, está pesquisa traz uma reflexão a ser trabalhada com os alunos que, a educação ambiental é interdisciplinar e sistêmica, abrangendo todas as áreas do saber e todos os segmentos da escola, inclusive a comunidade em que está inserida. Um de seus papeis é modificar hábitos, orientar e refletir sobre os problemas ambientais que afetam todo o mundo e consequentemente a humanidade.

A escola se torna um dos espaços mais importantes para desenvolver práticas de Educação Ambiental, pois é um espaço de socialização, ressignificação de conhecimento, envolvendo toda a comunidade escolar na ação ambiental, promovendo assim, o senso crítico do aluno e o tornando protagonista, a fim de investigar possíveis soluções para os problemas ambientais.

Diante disso, trazemos uma abordagem com métodos ativos, que envolvem um olhar crítico e social. ROSSO E TAGLIEBER (1992) Os métodos ativos supõem uma sólida formação teórica, psicológica e pedagógica para conhecer claramente a natureza do ato pedagógico, para compreendê-lo como uma prática social que demanda fundamentos científicos.

O guia didático traz uma visão abrangente da aula: Construindo pensamentos críticos por meio de construções urbanas, pois é preciso destacar que o professor não irá reproduzir um conteúdo, mas irá envolver temas como Meio ambiente, o qual devemos trabalhar de forma transversal.

De acordo com ROSSO E TAGLIEBER (1992) Para os métodos não-ativos o importante é o produto – ensino- desprezando-se o seu processo, o que explica o papel ativo do professor (falante), repassador de conteúdos e o papel passivo dos alunos que ouvem, anotam e devolvem nas provas.

É importante destacar, BRASIL (1997) Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, os conteúdos de Meio Ambiente foram integrados às áreas numa relação de transversalidade, de modo que impregne toda a prática educativa e, ao mesmo tempo, crie uma visão global e abrangente da questão ambiental, visualizando os aspectos físicos e histórico-sociais, assim como as articulações entre a escala local e planetária desses problemas.

Este trabalho traz o estudo de educação ambiental de forma que transcende a sala de aula, é necessário que o professor possa permitir que os alunos refletem de forma crítica, buscando soluções, percebendo o caráter científico e social que envolve esta temática.

REIGOTA (2017) corrobora com nossa pesquisa, trazendo que a EA deve estar orientada para a comunidade – de modo que esta possa definir critérios, problemas e alternativas – auxiliando a participar da resolução de problemas e da busca por alternativas para realidades específicas.

A vertente crítica da EA, neste contexto, se opõe às abordagens conteudistas, “sensibilizadoras para a natureza”, determinadoras de comportamentos ecologicamente corretos, baseadas em ideais ilusórios de que, por exemplo, a reciclagem irá resolver os problemas ambientais do planeta. É importante destacar aos alunos que a EA crítica defende, assim, dentre outros pontos, a reflexão sobre a sociedade do consumo, o modo de produção capitalista e os aspectos políticos e econômicos que influenciam a questão ambiental. CIAVATTA; RAMOS  (2011) Logo, a educação profissional também tem importante papel neste debate, quando esta se dispõe a promover a formação humana mediante a oferta de educação unitária, integral e omnilateral.

Como diz MARX (2013), é o trabalho que media a relação ser humano- natureza e, ao modificar a natureza, o ser humano modifica a si próprio. Portanto, o sujeito desta pesquisa foi fundamental, para que possamos desenvolver além da área de atuação profissional, no caso, alunos técnicos em edificações, também propor o debate ambiental como uma EA transformadora.

É preciso também uma auto reflexão do professor, em se permitir pensar: se para os alunos de hoje, a escola faz sentido? Como trabalhar uma aula que motive e os torne ativo diante da facilidade ao acesso às informações, participação em redes com pessoas com as quais possam partilhar interesses, práticas, conhecimentos e valores, sem limitações espaciais, temporais e institucionais, bem como diante da possibilidade de trocar ideias e desenvolver pesquisas colaborativas com especialistas de todas as partes do mundo?

Por isso, é preciso levar em conta os diversos Métodos Ativos para abordar o tema Educação ambiental crítica – EAC, pois a necessidade transformar aulas que ainda seguem “presas” nos livros didáticos, sem interligar nas diferentes áreas, proporcionando aos estudantes experiências de aprendizagens mais vivas e significativas.

Os estudantes que estão, hoje, inseridos nos sistemas de educação formal requerem de seus professores habilidades, competências didáticas e metodológicas diversas para as quais eles não foram e muitos não se sentem competentes para exercer tal função. Assim, é que o professor, mesmo com as dificuldades, busque sempre conhecimento, formando um aluno crítico em um ambiente de aprendizagem significativa nos contextos de incertezas.

3. METODOLOGIA

Vale ressaltar que o referencial metodológico foi experienciado no Instituto Federal de Mato Grosso IFMT – campus Várzea Grande e do Plano de Unidade Didática (PUD) da disciplina Gestão Ambiental (GA). Nos dois primeiros documentos, buscou-se observar os objetivos do curso, o perfil profissional que estes defendem e se o Meio Ambiente é abordado e como isso ocorre. Já no PUD, analisaram-se seus elementos constituintes (ementa, objetivo, programa/conteúdos, metodologia, avaliação e bibliografia básica) com o intuito de reconhecer a proposta desse componente curricular.

Identificamos na presente pesquisa que diversas são as dificuldades para a adequação e inserção da EAC no curso médio integrado em Edificações do IFMT- campus Várzea Grande, tais dificuldades, reveladas pela análise realizadas estão relacionadas entre outros fatores, aos pontos elencados abaixo:

–        A deficiência na formação inicial e continuada de professores, o que torna difícil o trabalho com temas ligados à questão ambiental;

–        A Matriz Curricular é fechada, organizada por uma estrutura disciplinar, atrelando os professores a conteúdos e prazos determinados, dificultando o trabalho entre as disciplinas.

–        A Educação Ambiental é fragmentada, acontece de maneira isolada do currículo escolar, não havendo a devida ligação entre os saberes sistematizados pela escola e outros saberes que decerto podem complementar o seu entendimento.

Diante disso essa aula consiste em como podemos fazer uma discussão que envolva os problemas socioambientais, garantindo-lhes uma visão integral que nos envolvendo as construções civis.

A metodologia utilizada trata-se de uma abordagem quali-quantitativa de natureza aplicada com objetivos exploratório descritiva, cujos procedimentos serão do tipo pesquisa documental e pesquisa participante com os professores por meio de aplicação de um questionário com questões abertas semi estruturada aos alunos do ensino médio integrado do Instituto Federal de Mato Grosso- IFMT – campus Várzea Grande.

Cervo & Bervian (1983) consideram que a pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de processos científicos. Conforme Longaray et al. (2002), pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias são as que utilizam, fundamentalmente, de contribuições já publicadas sobre o tema estudado: como por exemplo: teses, dissertações, monografias, artigos de anais, artigos eletrônicos, publicações avulsas, livros, revistas e jornais.

Nossa metodologia foi pensada a todo momento em uma proposta a fim de fomentar uma aula a qual o aluno seja motivado a aprender, ao mesmo tempo propiciar ao professor, que muitas vezes tem dificuldades em propor materiais significativos interdisciplinares.

Como defende Minayo (1996), as pesquisas qualitativas trabalham com: significados, motivações, valores e crenças e estes não podem ser simplesmente reduzidos às questões quantitativas, pois que, respondem a noções muito particulares. Entretanto, os dados quantitativos e os qualitativos acabam se complementando dentro de uma pesquisa.

Como reforça Gil (2019, p. 20), trata-se de uma abordagem quali-quantitativa de natureza aplicada com objetivos exploratório descritiva, cujos procedimentos serão do tipo pesquisa documental e pesquisa participante com os professores e alunos do ensino médio integrado do Instituto Federal de Mato Grosso- IFMT – campus Várzea Grande.

Moreira e Masini (2006) também ressaltam que, para que a aprendizagem seja significativa, o material deve ser potencialmente significativo; é fazer sentido para o estudante e estabelecer uma relação do que já se sabe com o novo conhecimento. Este material educativo, foi pensado principalmente no aluno, a fim de proporcionar aos estudantes métodos ativos para uma aula que busque reflexões críticas sobre o meio ambiente e a sua relação com as questões sociais.

A presente pesquisa desenvolveu-se no IFMT, campus Várzea Grande, no curso de Ensino Médio em edificações, em duas salas de 49 alunos. Vale destacar que, nestas turmas não temos nenhum aluno/a que se identifica com alguma síndrome, transtorno ou algum tipo de deficiência. Assim o nosso material educativo, o guia didático, foi elaborado pensando na sala de aula que tem como principal característica alunos(as) tímidos(as) e alunos(as) ativos.

Esta pesquisa foi desenvolvida em 3 principais etapas, em que cada momento consistiu em uma aula, com materiais para coleta de dados ( tabela 1), aula de forma interdisciplinar e com proposta extra – classe.

Durante todo o percurso deste guia, o objetivo deste produto foi desenvolver métodos e uma didática que notei e professores, no sentido de desenvolver alunos ativos e reflexivos em uma aula de EA. Para isso, elaboramos uma aula denominada:

Construindo pensamentos críticos por meio das construções urbanas.

4.    O GUIA DIDÁTICO.

Imagem 1: O guia didático

Arte: Canva design

4.1           Investigação 1: (aula 1) Foi elaborada uma aula de 50 minutos com slides (de forma a conter vídeos e imagens), com diferentes indagações sobre os resíduos de obras das construções urbanas e seus possíveis impactos ambientais e sociais.

Finalizando a aula foi explicado como seria as etapas para as investigações desta pesquisa e foi indicado autores que poderiam ser lidos no momento extra – classe, a fim de corroborar com a aprendizagem.

4.2           Investigação 2: (aula 2), foi proposto aos alunos uma investigação aos arredores da instituição, a fim de refletir, o quanto discutimos assuntos acadêmicos que estão muito à nossa realidade.

Diante disso, foi orientado que os alunos levassem alguns materiais para coleta de dados tabela (1), como: celular (registro de foto, falas e vídeos), cadernos ou papéis, para anotação da entrevista semi – estruturada (tabela 3), além de outras coletas pertinentes.

Nessa aula, é importante que os professores ficam atentos em algumas orientações:

*Solicite a autorização para saída da instituição;

* Oriente os seus alunos que os registros fotográficos devem ser evitados a utilização da imagem da pessoa. Indicação para o uso do app ObscuraCam – Android ou Signal Android e IOS.

Por motivo da pandemia do coronavírus, este trabalho teve uma metodologia que realizamos o questionário com os alunos e após a situação melhorar temos a mesma proposta para ser trabalhada com a comunidade.

Tabela 1: Instrumentos para a pesquisa.

Arte: Canva design.

4.3  Investigação 3: (aula3)

A aula 3 está em desenvolvimento, esta, consistirá em uma avaliação sobre o processo que o aluno vai relatar seu desenvolvimento de descoberta individual e pelo grupo, envolvendo a comunidade, seus colegas e o professor, apresentando um seminário de 15 minutos com os resultados da pesquisa.

Após a finalização das apresentações faremos uma roda de conversa com cada grupo apresentará uma sugestão para a redução/possíveis soluções no que tange a redução do impacto ambiental das construções urbanas.

O intuito é convidar professores da área de : Biologia, Geografia, Química, Física, Filosofia… afim de trabalhar esta temática em uma abordagem interdisciplina tabela(2).

4.4 SUGESTÕES DE PROPOSTAS INTERDISCIPLINARES

Além do Guia didático desenvolvemos também, um conjunto de temas que podemos trabalhar em diversas disciplinas nas escolas envolvendo a aula de EAC no canteiro de obras. É importante destacar que, os temas foram inseridos por disciplinas, a fim de deixar mais claro visualmente, destacando como cada professor pode trabalhar o seu conteúdo nesta abordagem.

As propostas mencionadas abaixo (Tabela 2), não devem ser ressignificadas apenas nestas disciplinas, por se tratar de temas transversais, é possível e interessante que um mesmo tema, seja envolvido nas diferentes áreas de ensino.

Tabela 2: Propostas de temas a serem trabalhados.

4.5 O QUESTIONÁRIO.

O questionário foi elaborado com o objetivo de ser algo prático e objetivo, para que as pessoas as comunidade local pudesse responder de forma significativa.

Para isso, desenvolvemos 3 questionamentos e que duas contêm espaço para a justificativa, a fim de investigar o conhecimento prévio e crítico do sujeito que está sendo entrevistado.

O questionário foi realizado inicialmente com os alunos das duas salas e após a situação da Covid -19 melhorar, e para que não colocamos nenhum estudante em risco, temos a mesma proposta para ser trabalhada com a comunidade que está aos redores da escola.

Tabela 3: Questionário com questões abertas e semiestruturadas.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (BRASIL, 2016), o profissional técnico em edificações deverá apresentar um “perfil profissional de conclusão” que envolva desenvolver e executar projetos de edificações, planejar a execução e a elaboração de orçamento de obras, desenvolver projetos e pesquisas tecnológicas na área de edificações e coordenar a execução de serviços de manutenção de equipamentos e de instalações em edificações. Tal descrição demonstra o direcionamento do curso para uma formação tecnicista, voltada para a aprendizagem de técnicas e de conhecimentos tecnológicos. Ressalta-se que a descrição do curso nesse documento não faz menção ao meio ambiente ou a termos correlatos.

Já o Projeto Pedagógico do Curso propõe, ao traçar o perfil que o profissional técnico de nível médio em Edificações deverá demonstrar ao final de sua formação, torna o papel do curso mais amplo, indo além dos aspectos técnicos:

–      Conhecer e utilizar as formas contemporâneas de linguagem, com vistas ao exercício da cidadania e à preparação para o trabalho, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

–      Compreender a sociedade, sua gênese e transformação e os múltiplos fatores que nela intervêm, como produtos da ação humana e do seu papel como agente social;

–      Ler, articular e interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e representações, estabelecendo estratégias de solução e articulando os conhecimentos das várias ciências e outros campos do saber;

–      Compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática nas diversas áreas do saber; (…)

A relação do meio com as construções urbanas: Da escola para a sociedade.

A bibliografia proposta para a disciplina contém três livros, sendo dois deles integrantes do acervo da biblioteca do IFMT – campus Várzea Grande (um sobre Sistema de Gestão Ambiental e outro sobre os Impactos Ambientais- Conceitos e Métodos, que aborda conteúdos fundamentais para a formação ambiental crítica.

Investigação 1: (aula 1) O resultado desta etapa, mencionado no gráfico abaixo, foi aplicado o questionário com perguntas abertas e semiestruturadas (Tabela 3) de forma presencial, em duas salas de aulas, com a participação de 49 alunos(as) , foto em anexo.

O “por quê” da questão foi respondida de forma unânime e notou-se que há uma percepção por parte da maioria dos estudantes de que as construções urbanas podem trazer um prejuízo para o meio em que está inserido. Porém, há também aqueles que acreditam que elas não trazem prejuízo nenhum ao meio em que vivem. Trazemos abaixo a fala de aluno “A” e aluna “B” com pontos de vista diferente para ilustrar o resultado do gráfico acima.

Aluno “A”:

“Sim, um exemplo é o desmatamento que precisa ser feito na área da construção, isso afetará certamente no clima. O descarte incorreto dos resíduos pode afetar a circulação no local. Por essas e outros motivos é que acredito que a construção urbana pode nos prejudicar.” Aluna “B”:

“Não, acredito que com responsabilidade as construções não prejudicam a sociedade.”

Figura 2 – Gráfico dos resultados colhidos na questão 2

Figura 3 – Gráfico dos resultados colhidos na questão 3

No “por que” da questão acima foi respondida por todos os discentes e analisamos que nas aulas com as rodas de conversa e os slides sobre educação ambiental crítica no canteiro de obras, ajudou muito na percepção sobre o setor da construção civil e sobre os resíduos que eles produzem.

Conforme a ilustração da figura (3) a maioria dos discentes acreditam que a construção civil é o setor da economia que mais gera resíduos. Porém, há os que não acreditam nesse argumento. Trazemos abaixo a resposta da aluna “C” e do aluno “D” para ilustrar o resultado do gráfico acima.

Aluna “C”: “Acredito, pois apesar da indústria têxtil produzir milhões de toneladas de resíduos por ano, ela não está presente em todos os lugares, mas a construção civil está presente em todo lugar do mundo, então por isso a construção civil acaba sendo o setor que mais gera resíduos e menos de 10% é descartado corretamente, 90% está em locais impróprios.”

Aluno “D”: “Não acredito, pois fabricantes em geral geram mais resíduos.” Investigação 2: O resultado desta etapa (aula 2), foi proposto aos alunos uma investigação aos arredores da instituição, a fim de refletir, o quanto discutimos assuntos acadêmicos que estão muito à nossa realidade. Por motivo da pandemia do coronavírus, este trabalho ainda será realizado posteriormente.

Investigação 3:

O resultado da etapa: Aula 3 ainda está em andamento.

Para que possamos seguir a tabela (2), o referido trabalho passou para análise e contribuições de uma professora de Biologia e um professor de Geografia. Ambos relataram que gostaram e ficaram entusiasmados em contribuir, além de destacarem o quanto o trabalho é interessante para envolvermos interdisciplinarmente os professores na Instituição Federal e trabalhar essa temática.

Outro resultado que tivemos de forma positiva, foram as discussões dentro da sala de aula com os alunos, envolvendo a roda de conversa, em que os estudantes mostraram suas opiniões divergentes, reflexivas e críticas, corroborando com a proposta esperada.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, consideramos que a EAC poderia estar mais integrada ao currículo do curso de Edificações e relacionada aos conteúdos da área de ciências, especialmente, à Biologia. A sugestão é que haja mais inclusão de outros conteúdos a serem trabalhados com um olhar mais amplo, como: Meio ambiente, Educação ambiental, Desenvolvimento humano, o trabalho, em um sentido ontológico.

Diante dos dados expostos pela pesquisa realizada, podemos apontar que a possibilidade de desenvolvimento de um guia didático foi uma maneira interessante e viável de se trabalhar com a EAC dentro do IFMT- campus Várzea Grande, mas é fundamental e necessário ir além e possibilitar que a EAC, de fato, conquiste seu espaço e esteja conectada com a proposta político-pedagógica da escola.

Entretanto, os canais de diálogos precisam ser abertos e institucionalizados, reaproximando educadores de educando, escola da comunidade, saberes sistematizados de saberes populares, cognitivo do afetivo, cultura de natureza e “Inter – reflexões” no sentido de promover reflexões entre vários olhares. Envolvendo também, diferentes diálogos interdisciplinares acerca do ambiente onde se desenvolve a vida humana e das diversas inter-relações e manifestações de vida compreendendo o espaço da vida numa perspectiva planetária. manter um equilíbrio eterno e sistêmico que permita a continuidade da vida nesse planeta.

REFERÊNCIAS

BACICH L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora : uma abordagem teórico-prática. Ed. Penso. SP, 2018.

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ANEXO

Imagem2: Alunos respondendo o questionário.

Efeito de distorção de imagem aplicado por: App – ObscuraCam.