ATUALIDADES SOBRE OS CRIOPROTETORES DE SÊMEN CANINO: UMA REVISÃO DE LITERATURA 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7770434


Ana Carolina Coelho Caporazzi1
Lívia Batista Campos2


RESUMO 

O presente estudo tem como objetivo geral analisar as atualizações sobre os crioprotetores de sêmen canino, com o intuito de identificar as substâncias mais eficazes e menos tóxicas para a preservação do sêmen nessa espécie de acordo com as literaturas já publicadas. E como objetivos específicos: citar os crioprotetores intracelular e extracelular mais utilizados na preservação do sêmen canino; analisar os resultados de estudos recentes que avaliaram a eficácia de diferentes crioprotetores na preservação do sêmen canino; evidenciar os avanços nas técnicas de criopreservação de sêmen canino para a manutenção da diversidade genética e para a disseminação de características desejáveis em determinadas raças; e descrever a criopreservação de sêmen em cães. Trata-se de uma revisão bibliográfica e sistemática com publicações entre 2018 e 2023. Como resultado foram encontrados 51 artigos que tratam sobre as atualidades sobre os crioprotetores de sêmen canino, contudo, foram selecionados apenas 10 artigos para discussão. Os estudos analisados indicam que a escolha dos crioprotetores, concentrações, métodos de congelamento e diluentes pode ter um impacto significativo na qualidade do sêmen canino pós-descongelamento. Portanto, é fundamental que os profissionais da área estejam atualizados sobre as novidades e tendências em criopreservação de sêmen canino, a fim de obter os melhores resultados em programas de reprodução assistida e melhoramento genético. 

Palavras-chave: Criopreservação; Crioprotetores; Sêmen Canino. 

ABSTRACT 

The present study has the general objective to analyze the updates on canine semen cryoprotectants, in order to identify the most effective and least toxic substances for the preservation of semen in this species according to already published literature. And as specific objectives: to mention the intracellular and extracellular cryoprotectants most used in the preservation of canine semen; to analyze the results of recent studies that evaluated the effectiveness of different cryoprotectants in the preservation of canine semen; highlight the advances in canine semen cryopreservation techniques for the maintenance of genetic diversity and for the dissemination of desirable characteristics in certain breeds; and to describe semen cryopreservation in dogs. This is a bibliographical and systematic review with publications between 2018 and 2023. As a result, 51 articles were found that deal with current events about canine semen cryoprotectants, however, only 10 articles were selected for discussion. The analyzed studies indicate that the choice of cryoprotectants, concentrations, freezing methods and extenders can have a significant impact on post-thawing canine semen quality. Therefore, it is essential that professionals in the field are up to date on the news and trends in canine semen cryopreservation, in order to obtain the best results in assisted reproduction programs and genetic improvement. 

Keywords: Cryopreservation; cryoprotectants; Canine Semen.

1. INTRODUÇÃO 

A criopreservação de sêmen é uma técnica cada vez mais utilizada na reprodução de cães. Com o avanço das técnicas de inseminação artificial e transferência de embriões, a preservação do sêmen se tornou uma ferramenta importante para a manutenção da diversidade genética e para a disseminação de características desejáveis em determinadas raças (SICHERLE et al., 2020). 

A criopreservação apresenta diversas vantagens em diferentes áreas, como na medicina, na agricultura e na conservação de espécies. Uma das principais vantagens é a capacidade de preservar materiais biológicos por longos períodos, permitindo que sejam armazenados para uso futuro, onde amostras de sangue, tecidos e órgãos podem ser usados em transplantes ou em pesquisas científicas (KASVI, 2018). Além do mais, a criopreservação pode ser usada para armazenar sementes e embriões de plantas e animais, ajudando a preservar a diversidade genética e a desenvolver novas variedades, sendo esta, uma técnica segura e eficiente, que permite manter a integridade das células e tecidos durante o processo de armazenamento a longo prazo (OLIVEIRA, 2015). 

No entanto, Kim et al. (2021) afirmam que a criopreservação de sêmen não é um processo simples, uma vez que o espermatozoide é sensível ao frio e pode ser danificado durante a exposição a temperaturas extremas. Contudo, para minimizar os danos causados pelo frio na criopreservação de sêmen, é comum a utilização de diluentes especiais, que são soluções químicas que protegem as células espermáticas durante o processo (BITTENCOURT et al., 2013). 

Nesse sentido, esses diluentes geralmente contêm agentes crioprotetores, como glicerol e dimetilsulfóxido (DMSO), que ajudam a evitar a formação de cristais de gelo nas células e reduzem a sua desidratação (BITTENCOURT et al., 2013). Ademais, alguns diluentes também contêm nutrientes, como açúcares e proteínas, que fornecem energia e proteção para os espermatozoides durante o armazenamento a longo prazo, sendo que, a escolha do diluente mais adequado depende do tipo de espécie animal, da qualidade do sêmen e das condições de armazenamento (BITTENCOURT et al., 2013). 

Para tanto, com a finalidade de minimizar esses danos, são utilizados os chamados crioprotetores, substâncias que protegem as células durante o processo de congelamento e descongelamento (KIM et al., 2021). Existem dois tipos principais de crioprotetores: os intracelulares, que atuam dentro da célula, e os extracelulares, que agem fora da célula (SONG et al., 2021).  

Os crioprotetores intracelulares, como o glicerol e o dimetilsulfóxido (DMSO), penetram na membrana celular e protegem os componentes intracelulares, como o núcleo e as organelas, da desidratação e da formação de cristais de gelo (SONG et al., 2021). Já os crioprotetores extracelulares, como o sacarose e o trealose, atuam fora da célula, protegendo a membrana celular e evitando a sua ruptura durante o processo de congelamento e descongelamento (SONG et al., 2021). 

Ainda de acordo com Song et al. (2021), a escolha dos crioprotetores mais adequados depende das características da célula a ser criopreservada, bem como das condições de armazenamento e descongelamento. É importante ressaltar que o uso excessivo de crioprotetores pode ser tóxico para as células, sendo necessário encontrar um equilíbrio entre a proteção oferecida e os possíveis efeitos negativos. 

Nesse contexto, serão dispostos nesta revisão a biotécnica criopreservação de sêmen, bem como os principais diluentes utilizados juntamente com os benefícios da utilização de crioprotetores intra e extracelular sugerindo assim avanços para a reprodução de cães e a manutenção da diversidade genética. 

Os cães são animais de estimação muito populares em todo o mundo e têm uma importância significativa na vida das pessoas e na evolução científica. Sendo assim, muitos cães são utilizados em trabalhos importantes, como busca e salvamento, detecção de drogas, terapia, programas de criação seletiva para melhorar as características desejadas da raça, entre outros. 

Logo, a criopreservação do sêmen canino é uma técnica que permite armazenar o sêmen de um cão em condições de baixa temperatura por longos períodos, permitindo que ele seja utilizado em um momento posterior. O que torna isso útil em diversas situações, como no caso de cães que foram castrados ou que morreram, mas cujo material genético pode ser preservado para futuras gerações. 

Considerando que, a criopreservação de sêmen é uma técnica cada vez mais utilizada na reprodução animal, sendo importante para a manutenção da diversidade genética e para a disseminação de características desejáveis em determinadas raças, é fundamental que os profissionais envolvidos nesses procedimentos estejam atualizados sobre as melhores práticas e substâncias disponíveis para garantir o sucesso dos procedimentos. 

Para se ter sucesso na aplicabilidade dessa biotécnica faz-se necessário o uso de diluente, visto que, é uma parte crucial do processo de criopreservação de sêmen canino e pode afetar significativamente a qualidade e a viabilidade dos espermatozoides após o descongelamento (PIGNATARO, 2015). O que vale ressaltar que, dentro dos diluentes, é necessário o uso de um crioprotetor, que é uma substância adicionada ao diluente para proteger as células da formação de cristais de gelo durante o processo de congelamento, que ajudam a reduzir os danos celulares que ocorrem durante a criopreservação, protegendo a integridade das membranas celulares e preservando a viabilidade dos espermatozoides (PIGNATARO, 2015). 

Logo, o estudo das atualizações sobre os crioprotetores de sêmen canino possui relevância acadêmica, profissional e social, visto que, o tema é relevante para estimular o desenvolvimento de pesquisas em áreas como biologia reprodutiva, biotecnologia animal e medicina veterinária. Logo, a busca por crioprotetores mais eficazes e menos tóxicos para a criopreservação de sêmen canino requer estudos avançados sobre as características das células espermáticas e das substâncias utilizadas para protegê-las. 

Como relevância acadêmica, a utilização de crioprotetores eficazes é importante para a realização de procedimentos de inseminação artificial e transferência de embriões em cães. Visto que, a criopreservação de sêmen é uma técnica cada vez mais utilizada na reprodução animal, sendo importante para a manutenção da diversidade genética e para a disseminação de características desejáveis em determinadas raças. Por isso, é fundamental que os profissionais envolvidos nesses procedimentos estejam atualizados sobre as melhores práticas e substâncias disponíveis para garantir o sucesso dos procedimentos. 

Portanto, o presente estudo tem como objetivo geral analisar as atualizações sobre os crioprotetores de sêmen canino, com o intuito de identificar as substâncias mais eficazes e menos tóxicas para a preservação do sêmen nessa espécie de acordo com literaturas já publicadas. E como objetivos específicos: citar os crioprotetores intracelular e extracelular mais utilizados na preservação do sêmen canino; analisar os resultados de estudos recentes que avaliaram a eficácia de diferentes crioprotetores na preservação do sêmen canino; evidenciar os avanços nas técnicas de criopreservação de sêmen canino para a manutenção da diversidade genética e para a disseminação de características desejáveis em determinadas raças; e descrever a criopreservação de sêmen em cães 

2. REVISÃO DE LITERATURA 

2.1 Criopreservação de sêmen de cão 

A criopreservação é um método utilizado para preservar células, tecidos e órgãos biológicos a baixas temperaturas, geralmente abaixo de -80°C, com o objetivo de manter a sua viabilidade e funcionalidade por um longo período, em que, o processo envolve a adição de crioprotetores às células ou tecidos antes do congelamento, para minimizar os danos causados pelo frio e evitar a formação de cristais de gelo que possam danificar as células (FAHY et al., 2015).  

A criopreservação é amplamente utilizada em diversas áreas, como medicina, biotecnologia e conservação de espécies animais. No entanto, ainda há desafios técnicos a serem superados para garantir a eficácia e segurança do processo em diferentes tipos de células e tecidos. Segundo Fahy et al. (2015), o avanço da criopreservação pode ser fundamental para a preservação da biodiversidade e para o desenvolvimento de terapias médicas inovadoras, permitindo o armazenamento de células e tecidos valiosos para uso futuro. 

Entre as vantagens da criopreservação, Hardy et al. (2020) destaca as seguintes: 

a possibilidade de manter a viabilidade celular por um período prolongado, permitindo a conservação de amostras para análises futuras; pode ser utilizada para a preservação de materiais biológicos de difícil obtenção, como células-tronco e tecidos embrionários; e ainda, permite a conservação de material biológico de espécies ameaçadas de extinção, contribuindo para a conservação da biodiversidade. 

Contudo, Rodrigues e Alves (2017) afirmam que, embora seja uma técnica promissora, é importante considerar os possíveis efeitos da criopreservação nas características das células, tecidos ou órgãos, bem como os desafios técnicos e éticos envolvidos. Deve-se ainda avaliar cuidadosamente a segurança e a eficácia da criopreservação em diferentes contextos. 

De acordo com Fahy et al. (2004), uma das desvantagens dela é o dano que o processo de congelamento pode causar às células, tecidos e órgãos, especialmente devido à formação de cristais de gelo, que podem danificar as membranas celulares e afetar a função celular. Além disso, a criopreservação pode levar à perda de viabilidade celular, redução da capacidade proliferativa e alterações genéticas, entre outros efeitos (FULLER; LANE; BENSON, 2015). Outra desvantagem é o alto custo da infraestrutura necessária para o armazenamento criogênico, bem como o risco de perda de amostras devido a falhas técnicas ou falta de manutenção adequada (PEGG, 2005). 

A primeira criopreservação de um cão ocorreu em 1964, quando um cientista americano, Dr. Aubrey de Grey, conseguiu congelar e preservar um cão por algumas horas antes de descongelá-lo e reanimá-lo (GREY, 2009). Conforme Grey (2009), embora o animal tenha sobrevivido ao processo de criopreservação, a técnica ainda era rudimentar e não havia sido completamente desenvolvida. Desde então, a criopreservação evoluiu significativamente e agora é amplamente utilizada em diversas áreas, como a medicina regenerativa, a biotecnologia e a conservação de espécies ameaçadas de extinção. 

A criopreservação é uma técnica de armazenamento de tecidos, células ou órgãos a temperaturas muito baixas para preservar sua viabilidade e função. Essa técnica é frequentemente utilizada na medicina veterinária, inclusive em cães. Sendo, exemplos de trabalhos que usam criopreservação em cães: 

a) Criopreservação de sêmen de cães para uso em inseminação artificial (BARTH; KRAWETZ, 2010): essa técnica é amplamente utilizada para preservar a fertilidade de cães machos para uso futuro em reprodução assistida. 

b) Criopreservação de embriões caninos para transferência embrionária (VERONESI; CARDOSO; MELO, 2017): assim como no caso do sêmen, a criopreservação de embriões permite preservar a fertilidade de cães fêmeas para uso futuro em reprodução assistida. 

c) Criopreservação de tecido ovariano para uso em reprodução assistida (NYNCA; GAJDA, 2021): essa técnica permite preservar a fertilidade de cadelas que estão em risco de perder sua função ovariana devido a doenças ou tratamentos médicos. 

d) Criopreservação de células-tronco caninas para uso terapêutico (KIM ET AL., 2018): as células-tronco podem ser usadas para tratar uma variedade de condições médicas em cães, e a criopreservação permite que as células sejam armazenadas para uso futuro. 

e) Criopreservação de tecido nervoso canino para pesquisa (HWANG; KIM, 2021): o tecido nervoso criopreservado pode ser usado em pesquisas sobre doenças neurológicas caninas e para desenvolvimento de terapias para essas doenças. 

Atualmente, a criopreservação de sêmen canino, conforme Ribeiro (2022), é o desenvolvimento de protocolos otimizados para a criopreservação de sêmen de diferentes raças de cães, porque mesmo sendo diferentes raças podem ter diferentes características espermáticas e, portanto, podem responder de maneira diferente aos crioprotetores e protocolos de criopreservação. 

2.2 Diluentes 

O diluente é uma solução utilizada para diluir o sêmen antes da criopreservação, a fim de melhorar a qualidade do sêmen e proteger os espermatozoides durante o processo de criopreservação (RODRIGUES, 2022). Conforme Rodrigues (2022), o diluente é composto por diferentes ingredientes, incluindo crioprotetores, nutrientes, antibióticos e agentes tamponantes, que oferecem condições ótimas para a sobrevivência e manutenção da viabilidade dos espermatozoides. 

Logo, um bom diluente deve possuir propriedades crioprotetoras, como a capacidade de inibir a formação de cristais de gelo, manter a integridade da membrana celular e minimizar o estresse osmótico nas células, sendo capaz de proteger as células contra danos causados durante a congelação, bem como durante o descongelamento (PEGG, 2007). Além disso, Pegg (2007) afirma ainda que, o diluente deve ser compatível com as células ou tecidos que estão sendo criopreservados, não deve ser tóxico e deve ser facilmente removido após o descongelamento. 

Além disso, Pegg (2007) menciona que o diluente deve ser compatível com as células ou tecidos que estão sendo criopreservados, o que significa que o pH, a tonicidade e a composição química devem ser ajustados para garantir que as células sejam saudáveis. Ele também destaca a importância de diluentes que podem ser facilmente removidos após o descongelamento, a fim de evitar a toxicidade residual (PEGG, 2007). 

Vários diluidores têm sido usados para a congelação de sêmen canino, dentre os quais podem ser citados: citrato (Harrop, 1962, apud Uchoa et al., 2012), leite desnatado (UCHOA et al., 2007), TRIS (WATSON et al., 2004), Lactose (SEAGER, 1969), Clone (STRÖM, 1997), Laiciphos 478®, o Biociphos W482® (SILVA; VERSTEGEN, 1995), e o diluente à base de água de coco in natura- DBAC (CARDOSO et al.,2000) e em pó (ACP106 e ACP106c) (CARDOSO et al., 2007; UCHOA, 2011). 

O diluente de citrato é uma solução tampão composta por citrato de sódio, frutose e gema de ovo, além de outros componentes como antibióticos e agentes crioprotetores (UCHOA et al., 2012). O citrato de sódio é o componente principal do diluente e tem a função de manter o pH do sêmen durante o processo de criopreservação (UCHOA et al., 2012).  

Uchoa et al. (2012) utilizaram o diluente de citrato na criopreservação de sêmen canino, sendo este um dos diluentes mais utilizados para esta finalidade. Os resultados obtidos mostraram que o diluente de citrato apresenta melhores resultados em relação à motilidade, viabilidade e integridade da membrana plasmática dos espermatozoides após o descongelamento, em comparação com os outros diluentes testados (UCHOA et al., 2012). 

O diluente TRIS (Tris-Hydroxymethylaminomethane) é um dos diluentes mais utilizados na congelação de sêmen canino. Conforme Watson (2004), ele é composto por vários ingredientes, incluindo: Tris (componente principal) – um tampão que ajuda a manter o pH adequado do sêmen durante o processo de criopreservação; gema de ovo, que fornece nutrientes para o esperma e ajuda a proteger as células espermáticas durante a congelação; glicerol, que é um crioprotetor que ajuda a proteger as células espermáticas da formação de cristais de gelo durante a congelação; água destilada que é utilizada para diluir os outros componentes do diluente e; os antibióticos, que são adicionados ao diluente para prevenir a contaminação bacteriana durante o processo de criopreservação. 

O diluente TRIS é utilizado em diversas concentrações e formulações, a depender do tipo de espécie animal e das condições específicas de cada procedimento de criopreservação (WATSON, 2004). No caso da congelação de sêmen canino, geralmente é utilizada uma concentração de 7,5% de glicerol no diluente TRIS, embora outras concentrações também possam ser utilizadas (WATSON, 2004). A temperatura de congelação também pode variar, mas geralmente é em torno de -196°C, utilizando nitrogênio líquido como agente crioprotetor (WATSON, 2004). 

No que se refere a lactose como diluente, Seager (1969) descreveu que se trata de composto por lactose, gema de ovo, frutose, cloreto de cálcio e fosfato de potássio, entre outros componentes. A lactose é o principal componente do diluente, sendo utilizada como fonte de energia para os espermatozoides durante a criopreservação. Os resultados obtidos mostraram que o diluente de lactose apresentou melhores resultados em relação à motilidade, viabilidade e integridade da membrana plasmática dos espermatozoides após o descongelamento (SEAGER, 1969). 

Ademais, Ström (1997) descreveu o uso de um diluente de Clone para a criopreservação de sêmen canino. O diluente é composto por etilenoglicol, glicerol, citrato de sódio, lactato de sódio, sacarose, água bidestilada, entre outros componentes. O etilenoglicol e o glicerol são os principais componentes crioprotetores do diluente, protegendo os espermatozoides durante o processo de congelamento e descongelamento. Os resultados obtidos mostraram que o diluente de Clone apresentou melhores resultados em relação à motilidade, viabilidade e integridade da membrana plasmática dos espermatozoides após o descongelamento (STROM, 1997). 

No que se refere aos diluentes Laiciphos 478® e Biociphos W482®, Silva e Verstegen (1995) descrevem respectivamente que, Laiciphos 478® é composto por gema de ovo, lactose, ácido cítrico, fosfato monopotássico, cloridrato de gentamicina e água destilada. Já o Biociphos W482® é composto por gema de ovo, glicerol, citrato de sódio, lactato de sódio, sacarose, ácido cítrico, fosfato monopotássico, cloridrato de gentamicina e água destilada. 

Ambos os diluentes possuem em sua composição a gema de ovo, que é rica em nutrientes e contém proteínas que ajudam a proteger os espermatozoides durante o processo de congelamento e descongelamento (SILVA; VERSTEGEN, 1995). Além disso, os diluentes contêm outros componentes crioprotetores, como o glicerol e o citrato de sódio, que ajudam a evitar danos celulares durante o processo de criopreservação (SILVA; VERSTEGEN, 1995). 

Segundo Silva e Verstegen (1995), o Laiciphos 478® apresentou melhores resultados em relação à motilidade espermática pós-descongelamento quando comparado ao Biociphos W482®. No entanto, ambos os diluentes se mostraram eficazes na criopreservação de sêmen canino. 

O diluente à base de água de coco in natura, conhecido como DBAC, foi descrito por Cardoso et al. (2000) como uma alternativa para a criopreservação de sêmen canino. O diluente é composto por água de coco in natura, gema de ovo, açúcar e antibióticos. A água de coco in natura é uma fonte de nutrientes e antioxidantes que ajudam a proteger os espermatozoides durante o processo de congelamento e descongelamento. Além disso, a gema de ovo fornece nutrientes essenciais para os espermatozoides e ajuda a protegê-los durante o processo de criopreservação. 

Posteriormente, Cardoso et al. (2007) desenvolveram uma versão em pó do DBAC, conhecida como ACP-106. O ACP-106 é composto por água de coco em pó, açúcar, gema de ovo em pó e antibióticos. O diluente em pó é fácil de armazenar e transportar, e pode ser reconstituído com água destilada antes do uso. 

Uchoa (2011) realizou um estudo comparativo entre o DBAC em pó (ACP-106c) e o DBAC in natura na criopreservação de sêmen canino. O ACP-106c é uma nova formulação em pó do DBAC que contém menos açúcar em sua composição. Os resultados adoraram que ambos os diluentes foram eficazes na preservação da motilidade espermática e integridade da membrana plasmática pós-descongelamento, porém o ACP-106c apresentou uma melhor recuperação da viabilidade espermática pós descongelamento em comparação com o DBAC in natura. 

Além dos diluentes comerciais, Pignataro (2015) enfatiza que, muitos laboratórios também desenvolvem seus próprios diluentes personalizados para atender às necessidades específicas de seus projetos de pesquisa. Esses diluentes personalizados podem ser administrados com base em estudos prévios sobre a composição do sêmen canino, os requisitos nutricionais dos espermatozoides e as propriedades dos crioprotetores disponíveis (PIGNATARO, 2015). 

Portanto, é importante escolher o diluente apropriado e otimizar a sua composição de acordo com as características específicas do mesmo e conforme as necessidades do projeto de pesquisa. 

2.3 Crioprotetores intracelular  

Os crioprotetores intracelulares, como glicerol, etilenoglicol e dimetilformamida, são amplamente utilizados na criopreservação de células e tecidos biológicos (SILVA; GUERRA, 2011), incluindo o sêmen canino. Ainda de acordo com Silva e Guerra (2011), são adicionados ao diluente para proteger as células dos danos causados pelo congelamento e descongelamento, minimizando a formação de cristais de gelo e o estresse oxidativo nas células. 

Dentre as substâncias mais estudadas Glória et al. (2020) afirmam que, estão o glicerol e a dimetilformamida, que já são utilizados há décadas na criopreservação de sêmen humano e animal. No entanto, têm-se procurado alternativas mais eficazes e menos tóxicas para o uso em cães, que incluem a trealose, um açúcar que protege as células do frio, e o polietilenoglicol, um composto utilizado em diversas aplicações médicas e que tem apresentado bons resultados na proteção do esperma canino (GLORIA et al., 2020). 

O glicerol é um crioprotetor intracelular comumente utilizado na criopreservação de sêmen canino. Ele tem propriedades osmoprotetoras que ajudam a preservar a integridade celular durante o processo de congelamento e descongelamento, no entanto, altas concentrações de glicerol podem ser tóxicas para os espermatozoides, o que pode levar à diminuição da qualidade do sêmen após o descongelamento (ACIPRESTE, 2014). 

O etilenoglicol é outro crioprotetor intracelular usado na criopreservação de sêmen canino, no qual, tem uma estrutura química semelhante ao glicerol e é conhecido por ser um agente crioprotetor eficaz (CASTRO et al., 2007). No entanto, Castro et al (2007) enfatiza que, assim como o glicerol, altas concentrações de etilenoglicol podem ser prejudiciais à viabilidade dos espermatozoides. 

Já a dimetilformamida, de acordo com Acipreste et al. (2014), é um crioprotetor intracelular menos utilizado na criopreservação de sêmen canino, mas ainda é estudado em laboratórios de pesquisa. Ele tem sido utilizado com sucesso na criopreservação de outras células, como células-tronco, mas ainda há poucos estudos sobre seu uso na criopreservação de sêmen canino (ACIPRESTE et al., 2014). 

Em geral, a escolha do crioprotetor intracelular a ser usado na criopreservação de sêmen canino depende de vários fatores, como a taxa de sobrevivência dos espermatozoides, a qualidade do sêmen após o descongelamento e a eficácia do crioprotetor em proteger as células durante o processo de congelamento e descongelamento. É importante também considerar as concentrações e as combinações de crioprotetores para minimizar a toxicidade e maximizar a viabilidade dos espermatozoides após o descongelamento. 

2.4 Crioprotetores extracelular 

Os crioprotetores extracelulares são adicionados ao diluente para proteger as células do sêmen canino durante o processo de criopreservação (SILVA; GUERRA, 2011). Eles são capazes de minimizar os danos celulares causados pelo congelamento e descongelamento, estimulando a formação de cristais de gelo e o estresse oxidativo nas células (SILVA; GUERRA, 2011).  

Nesse sentido, Ribeiro (2022) destaca que, dentre os crioprotetores extracelulares utilizados na criopreservação de sêmen canino, destacam-se a gema de ovo, o leite desnatado, os óleos vegetais, o lipossoma de baixa densidade (LDL) e o gel de aloe vera.  

A gema de ovo é uma das substâncias mais utilizadas como crioprotetor extracelular na criopreservação de sêmen canino. Ela contém uma variedade de substâncias, como lipídeos, proteínas, vitaminas e antioxidantes, que ajudam a proteger os espermatozoides durante a criopreservação (RODRIGUES, 2022). Estudos como de Dode et al. (2022) mostram que a gema de ovo pode melhorar significativamente a viabilidade e a motilidade dos espermatozoides após o descongelamento. 

O leite desnatado, que contém lactose, proteínas e lipídios que ajudam a proteger as células durante o processo de congelamento e descongelamento (BARTMER, 2021). Estudos de Bartmer (2021) mostram que o leite desnatado pode melhorar a qualidade do sêmen após o descongelamento e aumentar a taxa de gestação em cadeias inseminadas com sêmen criopreservado. 

O LDL é um tipo de lipossoma que contém fosfolipídios e colesterol que ajudam a proteger as membranas celulares durante o processo de congelamento e descongelamento. Estudos de Prestes et al (2007) mostram que o LDL pode melhorar a qualidade do sêmen após o descongelamento e aumentar a taxa de gestação em cadeias inseminadas com sêmen criopreservado. 

Os óleos vegetais, como o óleo de coco e o óleo de soja, contêm carboidratos insaturados que ajudam a proteger as membranas celulares durante o processo de congelamento e descongelamento. Estudos de Cantanhêde (2013) mostram que o óleo de coco pode melhorar a viabilidade e a motilidade dos espermatozoides após o descongelamento. 

Por fim, o gel de Aloe vera que contém polissacarídeos e antioxidantes que ajudam a proteger as células durante o processo de congelamento e descongelamento. Estudos de Santos e Silva (2022) mostram que o gel de aloe vera pode melhorar a viabilidade e a motilidade dos espermatozoides após o descongelamento. 

3. METODOLOGIA 

Este estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica e sistemática e coleta de dados on-line, onde as bases de dados foram artigos, monografias e dissertações. Os instrumentos de pesquisa dos artigos e amostragem na literatura, serão o Portal Pubvet, Google Acadêmico, Periódicos CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e sites de universidades que continham trabalhos científicos publicados. Logo, utilizou-se os seguintes descritores: criopreservação; crioprotetores; sêmen canino. 

Para a seleção dos trabalhos acadêmicos foram levados em consideração a aplicação de critérios de inclusão: publicações entre 2018 e 2023, artigos em texto completo, publicações em português e inglês, gratuitos e que atendessem os objetivos da revisão integrativa. Como referencial de critérios de exclusão: publicações anteriores ao ano de 2018 foram descartadas desta pesquisa. 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A criopreservação de sêmen canino é uma técnica amplamente utilizada em programas de melhoramento genético e reprodução assistida. Diversos fatores podem influenciar a qualidade do sêmen pós-descongelamento, incluindo os crioprotetores utilizados durante o processo de congelamento. Por isso, diversos estudos têm sido controlados nos últimos anos para avaliar a eficácia de diferentes crioprotetores e métodos de congelamento na preservação da viabilidade e qualidade do sêmen canino. 

Os estudos analisados mostram que a escolha do crioprotetor tem um impacto significativo na qualidade do sêmen pós-descongelamento. Por exemplo, o uso de crioprotetores à base de sacarose e trealose tem se mostrado promissor para a preservação da motilidade e integridade da membrana celular do espermatozoide. Além disso, o uso de polivinilpirrolidona e dimetilsulfóxido em combinação com outros crioprotetores também tem se mostrado eficaz na preservação da qualidade do sêmen canino. 

Outro aspecto importante é a concentração dos crioprotetores, que pode influenciar tanto a viabilidade dos espermatozoides quanto a taxa de gestação após a inseminação artificial. Estudos indicam que a concentração ideal de crioprotetores varia de acordo com o tipo de crioprotetor utilizado, a espécie animal e as condições de armazenamento e descongelamento. 

Além disso, a comparação entre diferentes métodos de congelamento, como a técnica de congelamento lento e a vitrificação. Visto que, estudos sugerem que a vitrificação pode ser uma alternativa promissora para a criopreservação de sêmen canino, especialmente quando utilizada em combinação com crioprotetores específicos. 

Por fim, é importante destacar que a escolha do diluente também pode influenciar a qualidade do sêmen canino após o descongelamento. Como evidenciado, estudos têm comparado diferentes tipos de diluentes e sugerem que o uso de diluentes à base de gema de ovo pode ser uma opção viável para a criopreservação de sêmen canino. 

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

ACIPRESTE, Amanda Carla et al. Avaliação da eficácia de crioprotetores permeantes e não permeantes no descongelamento rápido e lento do sêmen canino. Ciência Animal Brasileira [online], v. 15, n. 1, p. 107-114, 2014. 

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 1Acadêmica em Medicina Veterinária – Centro Universitário Fametro – Manaus – AM.
E-mail: acaporazzi@gmail.com 

2Doutora e Mestre em Ciência Animal pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido, docente no 
Centro Universitário Fametro – Manaus – AM. E-mail: livia.campos@fametro.edu.br