ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

PERFORMANCE OF NURSES IN PRE-HOSPITAL CARE IN URGENCY AND EMERGENCY SITUATIONS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10038962


Leticia Kelly Costas Silva1
Thayane Jerônimo De Sousa2
Orientadora: Rosimeire Faria do Carmo3


Resumo: O enfermeiro em Atendimento Pré-Hospitalar (APH) necessita ter conhecimento suficiente para coordenar o atendimento da equipe assim como efetuar as suas funções assistenciais e de cuidado para com o cliente em estado delicado. Desse modo, a pesquisa presente foi estruturada a partir das seguintes questões: Como a falta de qualificação profissional da equipe poderá implicar de forma negativa na vida do cliente? Portanto, o presente estudo tem como objetivo evidenciar as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro na execução dos serviços de APH. Através de uma revisão de pesquisa exploratória-descritiva este estudo reuniu trabalhos publicados entre os anos de 2018 à 2023 com o intuito de explanar sobre a realidade do trabalho da enfermagem inserida nas equipes de APH e suas dificuldades. Há a necessidade de novos estudos sobre a temática, com intuito de elucidar melhor a problemática e trazer conhecimento científico para a população, oportunizando a capacitação dos profissionais de saúde para lidar com os APH. O estudo traz contribuição para a enfermagem, esclarecendo o cenário quanto ao objetivo proposto, permitindo a compreensão quanto a necessidade de ações, a elaboração de estratégias e atendimentos direcionados ao paciente crítico e em situação de emergência.

Palavras-chave: Atendimento Pré-Hospitalar. Urgências. Emergências.

Abstract: The nurse in pre-hospital care needs to have enough knowledge to coordinate the team’s care as well as carry out their assistance functions and care for the patient in a delicate state. Thus, the present research was structured from the following questions: How can the lack of professional qualification of the team have a negative impact on the client’s life? Therefore, the present study aims to highlight the difficulties faced by nurses in the performance of services. Through an exploratory- descriptive research review, this study gathered works published between the years 2018 to 2023 in order to explain the reality of nursing work inserted in pre-hospital care teams and their difficulties. There is a need for further studies on the subject, with the aim of better elucidating the problem and bringing scientific knowledge to the population, providing opportunities for the training of health professionals to deal with APH. The study makes a contribution to nursing, clarifying the scenario regarding the proposed objective, allowing the understanding of the need for actions, the elaboration of strategies and care directed at critical patients and in emergency situations.

Keywords: Pre-hospital care. Urgency. Emergency. Nursing.

1. INTRODUÇÃO

O serviço de atendimento de urgência e emergência tem como objetivo garantir o acesso ao serviço de saúde de forma rápida por meio telefônico, através da Regulação nas Centrais de Urgência do SAMU, que contam com profissionais capacitados para a classificação das vítimas e o encaminhamento da unidade móvel (OLIVEIRA et al., 2021). As equipes são classificadas em duas modalidades, sendo elas Suporte Básico à Vida (SBV) e o Suporte Avançado à Vida (SAV), prestando assistência fora do âmbito hospitalar ao cliente que necessita de um atendimento urgente (ANDRADE e SILVA, 2019).

O Atendimento Pré-Hospitalar (APH) pode ser definido como qualquer assistência prestada fora do ambiente hospitalar a indivíduos acometidos por quadros agudos de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica podendo ser direta ou indireta, dependendo da disponibilidade de recursos (MS, 2003). A atuação dos enfermeiros no APH abrange diversas áreas, se caracterizando na assistência, planejamento, classificação, organização, execução do serviço e transporte do cliente ao hospital. Exigindo alto nível de conhecimento técnico e humanização dos procedimentos realizados pelos profissionais (ANDRADE e SILVA, 2019).

O modelo de APH adotado no Brasil é de origem francesa, foi implantado no ano de 2003, passando a ser constituído por uma equipe multidisciplinar que contempla médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores, tendo como propósito prestar socorro às vítimas no local, minimizar os agravos e a incidência de óbitos (MATA et al., 2018).

Diante da proposta do APH no Brasil, o enfermeiro é o profissional capacitado, que trabalha na supervisão da equipe de enfermagem como forma de liderança, administrando às prescrições médicas, assistência a clintes graves, tomadas de decisões e no controle da qualidade do serviço. No serviço de urgência e emergência, em especial no APH, a liderança é um item essencial para a eficiência do trabalho da equipe de enfermagem, podendo interferir diretamente na efetividade do serviço entre os membros da equipe, refletindo na qualidade da assistência prestada ao cliente. O sucesso de um atendimento é decorrente da influência que os profissionais líderes podem exercer sobre sua equipe. (GRIVOL et al., 2020)

Devido ao alto conhecimento necessário para a atuação nessa área, o enfermeiro necessita de alguns aperfeiçoamentos e uma maior capacitação e especialização em urgência e emergência ou APH que por sua vez devem respeitar as diretrizes do Ministério da Educação e do Conselho Federal de Enfermagem.

Desse modo, a pesquisa presente foi estruturada a partir das seguintes questões: Como a falta de qualificação profissional da equipe poderá implicar de forma negativa na vida do cliente? Quais são as dificuldades que a equipe de enfermagem enfrentam no APH para a prestação de socorro às vítimas?

O presente estudo tem como objetivo evidenciar as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro na execução dos serviços.

Nesse contexto, o trabalho mostrará a importância do Atendimento Pré- Hospitalar que tem como finalidade salvar vidas e prevenir o agravo do quadro de saúde das vítimas de diversos acidentes, assim, o estudo é realizado com o intuito de evidenciar as dificuldades sofridas diariamente pelos profissionais de enfermagem no APH, com enfoque na qualidade da assistência prestado pelos profissionais.

O resultado da pesquisa poderá contribuir com a disseminação de um conhecimento amplo sobre a temática abordada, possibilitando um olhar crítico acerca do assunto e dos profissionais que por sua vez estão vulneráveis devido às condições de trabalho e falta de recursos. Portanto, traz aos leitores e profissionais de saúde o questionamento acerca de sua preparação e conhecimento nas situações de APH.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo trata de uma revisão de pesquisa exploratória-descritiva que permite por meio dessa abordagem conhecer melhor o determinado tema estudado e o aprofundamento. A pesquisa foi realizada por meio do levantamento de artigos e revistas cientificas que abordam a atuação dos enfermeiros no APH no período de julho de 2022 a junho de 2023.

Para a coleta de dados foram incluídos os seguintes critérios: artigos com conteúdo compatível com o objetivo deste estudo, artigos completos e publicados entre os anos de 2018 até 2023.

A coleta dos artigos foi realizada por meio da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Revista Mineira de Enfermagem (Reme), Revista COFEN, Revista Brasileira Interdisciplinar de saúde, Revista Brasileira de Desenvolvimento, Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas da FAIT, Revista Eletrônica Acervo Saúde e Periódicos UNB por meio dos descritores: atendimento pré-hospitalar, urgência e emergência e atuação de enfermeiro.

Os critérios de exclusão dos artigos foram: artigos com conteúdo não compatível com o estudo, artigos incompletos, sem tradução para o português e fora do período determinado de 2018 a 2023. Após a realização da busca nos bancos de dados citados, foram encontrados 107 artigos através dos descritores, tendo sido descartados 79 artigos por meio dos filtros de exclusão, por não serem totalmente compatíveis com o tema abordado, artigos repetidos e que não houvesse tradução para o português. Portanto foram selecionados 28artigos relevantes para a construção do estudo, os textos escolhidos foram analisados e interpretados.

3. RESULTADOS

Após a leitura e análise dos artigos encontrados, foram esses classificados pela sua similaridade (Quadro 1). Os resultados foram divididos em categorias escolhidas para serem abordadas: Atuação do enfermeiro no APH, Capacitação dos enfermeiros, Riscos e dificuldades encontradas pelos profissionais da enfermagem no APH.

Quadro 1. Estudos selecionados. Brasília, DF, Brasil, 2023

AutoriaAnoPeriódicosTítulo
CUNHA, V. P. et al.2019Scientific Eletronic Library Online (SciELO)
Atendimento a pacientes em situação de urgência: do serviço pré-hospitalar móvel ao serviço hospitalar de emergência.
SANTANA, L. F. et al.2021Revista Brasileira de DesenvolvimentoAtuação do enfermeiro na urgência e emergência: revisão integrativa da literatura.
NOVACK, B. C. et al.2017Periódicos UNBAs dificuldades vivenciadas pelos profissionais de enfermagem no atendimento pré-hospitalar.
MOURA, D. H. et al.2020Revista Brasileira de DesenvolvimentoAtuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar: dificuldades e riscos vivenciados na prática clínica.
TAVEIRA, R. P. C. et al.
2021
Revista mineira de enfermagem (Reme)Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar
de emergência.
NOGUEIRA, F. R.; CORAZZA, F. H.2021Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas da FAITAtuação do enfermeiro no atendimento pré-Hospitalar móvel.
ANDRADE, T. F.; SILVA, M. M. J.2019Revista COFENCaracterísticas dos enfermeiros no
Atendimento pré-hospitalar: concepções sobre a formação e exercício profissional.
SANTOS, A. P. et al.2020Revista Eletrônica Acervo SaúdeDificuldades encontradas pela equipe de enfermagem no atendimento pré-hospitalar.
MALVESTIO, M. A. A. et al.2019Biblioteca Virtual de Saúde (BVS)Enfermagem em práticas avançadas no atendimento pré-hospitalar: oportunidade de ampliação do acesso no Brasil.
MATA, K. S. S. et al.2018Biblioteca Virtual de Saúde (BVS)Entraves no atendimento pré-hospitalar do SAMU: percepção dos
Enfermeiros.
SOUSA, K. H. J. F. et al.2019Scientific Eletronic Library Online (SciELO)Humanização nos serviços de urgência e emergência: contribuições para o cuidado de enfermagem.
FERREIRA, B. S. S. et al.2021Revista Brasileira Interdisciplinar de SaúdeImportância da triagem no atendimento pré-hospitalar no incidente com múltiplas vítimas.
ALVES, T. E. A. et al.2019Biblioteca Virtual de Saúde (BVS)Diretrizes de enfermagem na assistência pré-hospitalar para urgências/emergências cardiovasculares.
SOUSA, B. P. S. et al.2020Revista MultidebatesAtuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar móvel: uma revista integrativa.
CARVALHO, A. E. L. et al.2020Revista Brasileira de EnfermagemEstresse dos profissionais de enfermagem atuantes no atendimento pré-hospitalar
SILVA, G. S. et al.2020Revista de Enfermagem da UFPIProfile of calls and drivers involved in motorcycle accidents by the mobile emergency service.
ALMEIDA, R. B.; ÁLVARES, A. C.2019Rev Inic ExtAssistência de enfermagem no serviço móvel de urgência SAMU: revisão de literatura.

Fonte: Autores, 2023.

4. Discussão

Emergência: Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo portanto, tratamento médico imediato. Urgência: Ocorrência imprevista de agravo a saúde com ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. (MS. 2014)

4.1 Atuação do enfermeiro no APH

Os profissionais da enfermagem compõem a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), desempenhando um papel fundamental no atendimento às vítimas de acidentes. É necessário que os enfermeiros possuam mais do que conhecimento técnico, sendo qualificados para lidarem com situações de alta complexidade, trabalhar sob extrema pressão e estresse, sabendo lidar com emoções e circunstâncias adversas que possam surgir ao longo do atendimento. A aplicação do processo de enfermagem contribui com o enfermeiro na realização a prestação de cuidados individualizados, centrada na pessoa e nas necessidades humanas básicas, e, além de ser aplicado à assistência, pode conduzir uma tomada de decisão efetiva em diversas situações vivenciadas pelo enfermeiro como gerenciador da equipe de APH. (MOURA et al., 2020).

A enfermagem é constituída por práticas sociais, éticas e políticas, que realizam serviços dentro da Urgência e Emergência (Tabela 1), com o objetivo de prestar socorro e estabilizar as vítimas, reduzindo a taxa de mortalidade. De acordo com Código de ética dos profissionais de enfermagem, nos princípios fundamentais, é atribuída ao enfermeiro a atuação na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. (SILVA e DONDA, 2022).

Tabela 1– Etapas de consulta/processo de enfermagem no APH.

COLETA DE DADOS DE ENFERMAGEMProcesso deliberado, sistemático e contínuo, através de métodos e técnicas variadas visando a obtenção de informações sobre pessoas, família, a respeito do processo de saúde e doença.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEMInterpretação e reunião de dados coletados para auxilio na tomada de decisões e seleção de ações ou intervenções necessárias à resolução de problemas.
PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEMDeterminação das metas e das ações ou intervenções da enfermagem a serem realizadas mediante as respostas anteriormente coletadas.
IMPLEMENTAÇÃOPrática das ações ou intervenções anteriormente planejadas.
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEMProcesso deliberado, sistemático e contínuo a fim de determinar se as ações executadas alcançaram o resultado esperado ou se existe a necessidade de mudanças ou adaptações das mesmas.
Fonte: Adaptado de Almeida e Álvares, 2019.

Tabela 2– Atuação do Enfermeiro na APH.

a) Prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a pacientes graves e com risco de morte, que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas, conforme protocolos assistenciais do serviço;
b) Cumprir prescrição oriunda do Médico regulador da Central de Regulação das Urgências fornecida por meio de rádio, telefones fixos e/ou móveis (a distância), ou conforme protocolos assistenciais estabelecidos e reconhecidos do serviço, observando a legislação vigente;
c) Executar práticas de abordagem ventilatória e circulatória, inclusive com a utilização de dispositivos extraglóticos, dispositivos intravasculares periféricos ou intraósseos, entre outras tecnologias, desde que capacitado, conforme legislação vigente;
d) Prestar a assistência de enfermagem à gestante, a parturiente e ao recém nato e realizar partos sem distocia;
e) Executar ações de salvamento terrestre, em altura e aquático, desde que esteja capacitado e portando os equipamentos de proteção individual e coletivos específicos para cada ação;
f) Participar nos programas de capacitação de pessoal de saúde em urgências, particularmente nos programas de educação permanente;
g) Realizar o processo de enfermagem, conforme legislação vigente;
h) Supervisionar, orientar e acompanhar os profissionais de enfermagem;
i) Executar atividades organizacionais concernentes à gestão do cuidado na rotina do serviço.

Fonte: Adaptado Resolução do COFEN n° 713/2022

Em razão do exorbitante aumento no número de atendimentos de urgência, ocasionados pela constante violência urbana e acidentes de trânsito, a necessidade de um atendimento rápido e efetivo surge. Neste contexto, destaca-se a atuação do SAMU e de toda equipe que o compõe, cada profissional desempenha um papel fundamental, com o principal objetivo de diminuir a mortalidade, sequelas posteriores e possíveis agravos (OLIVEIRA et al. 2018)

O enfermeiro possui inúmeras atividades no atendimento de urgência e emergência, como: gerenciamento do atendimento, supervisão e avaliação das ações da equipe de enfermagem, assistência e resolução de problemas. Dentro do APH o enfermeiro desenvolve o papel de coordenador de equipe, tornando-se imprescindível uma preparação teórica, prática e científica para o cuidado das vítimas (ROSA et al., 2020).

A avaliação da vítima é o primeiro “passo” realizado, através da análise é possível realizar a classificação da vítima pelos danos sofridos. Conforme é mencionado na Legislação do Exercício Profissional a classificação é uma atribuição exclusiva do enfermeiro, fazendo também parte de suas competências a administração de medicamentos, curativos complexos, entre várias outras funções assistenciais (SANTANA et al., 2021).

A atuação dos profissionais de enfermagem na área de APH é recente, ocorrida em meados da década de 90, por isso pode ser considerada como uma nova prática para esta categoria. Foi iniciada através da participação dos enfermeiros no Suporte Avançado de Vida (SAV) onde a partir deste momento esta nova atribuição foi incluída para estes profissionais. Atualmente a enfermagem atua em conjunto com as equipes multidisciplinares em unidades de suporte avançado prestando assistência emergencial (SANTANA et al., 2021).

O SAMU configura como um dos componentes da rede de assistência à urgências e emergências e sua atividade teve inicio em território nacional há duas décadas e desde aquela época segue em franca expansão por todo o país. Nesta rede atuam diversos profissionais da área de saúde além dos condutores e dentre estes profissionais está o enfermeiro, que atua como peça fundamental do trabalho em saúde, onde este tipo de serviço só pode ocorrer com a presença deste profissional (SOUSA et al., 2020).

O enfermeiro trabalha de maneira conjunta com o médico e o socorrista com o objetivo de prestar assistência realizando reanimação e estabilização do cliente no local da ocorrência e durante todo o trajeto até o hospital. Esse atendimento envolve técnicas complexas, além de procedimentos invasivos, por isso existe a necessidade primordial da presença de um médico e um enfermeiro na ambulância de maneira a priorizar a segurança e manutenção dos sinais vitais do cliente(CARVALHO, 2020).

A presença do profissional de enfermagem no APH é importante, pois o mesmo é capacitado para executar a supervisão do trabalho da equipe, prestando assistência aos pacientes em estado grave, além de exercer o controle da qualidade dos serviços prestados, tomando decisões nos momentos cabíveis. O enfermeiro possui a principal atribuição conduzir o trabalho de gerenciamento, de cuidado e educação, assim como atuar nos sistemas de articulação, integralidade, ensino e assistência, dessa maneira assumindo seu principal papel dentro do serviço de saúde (SILVA et al., 2020).

Na rotina de trabalho do SAMU observa-se que os profissionais de enfermagem exercem o seu papel assistencialista ao mesmo tempo em que coordena as ações da equipe como um todo em acordo com os regimentos que regulam a atuação do SAMU (Figura 1). Dessa maneira o enfermeiro compõe o atendimento direto ao paciente e também coordena a equipe de enfermagem das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que por sua vez é responsável pelo regimento do serviço (ALMEIDA; ÁLVARES, 2019).

Figura 1. Qualidades necessárias para a atuação do profissional de enfermagem no APH.

Fonte: Silva e colaboradores, 2020.

4.2 Falta de qualificação dos profissionais de enfermagem

A falta de conhecimento a acerca dos protocolos ainda causa dúvidas, demonstrando a necessidade de aprofundar conhecimentos teóricos e práticos, para realizar a classificação com segurança e reduzir os riscos de uma tomada de decisão equivocada (CELESTE et al., 2021). O ensino de APH na enfermagem ainda é baseado em um treinamento básico e superficial, com poucas experiências práticas que realmente preparem os profissionais para atender situações mais críticas e graves comportando múltiplas vítimas. O aprimoramento das técnicas dos profissionais da enfermagem é gerado progressivamente ao longo de atendimentos e situações de trabalho (TAVEIRA et al., 2021).

A ausência de educação nas áreas de atendimento a múltiplas vítimas é algo preocupante, as instituições não têm promovido matérias qualificantes com enfoque para este tipo de atuação. Estudos mostram que o pouco conhecimento que possuem é devido ao método START, porém só é efetivo em 50% dos casos, pois o conhecimento do método ainda é raso. É necessário que as instituições de ensino ampliem os conhecimentos sobre o método e que promovam situações de simulação para a aplicabilidade do mesmo (ARAUJO et al., 2019).

A Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma estratégia fundamental para enriquecer e ampliar a prática profissional, com o avanço de tecnologias e novas práticas de cuidados. Sua aprendizagem se dá pela problematização da realidade, desenvolvendo propostas visando modificar as práticas de trabalho, de acordo com a atividade profissional. Portanto, a EPS visa mudanças nas estratégias organizacionais para qualificar as novas demandas no processo de trabalho da enfermagem (SADE, 2019).

4.3 Riscos e dificuldades enfrentadas no APH

O atendimento de urgência e emergência tem um número crescente de chamados solicitados, sendo o serviço público mais buscado ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS), esses atendimentos requerem um serviço rápido e especializado em prestar os primeiros socorros. Dentre as principais dificuldades encontradas no APH podemos salientar o emocional dos socorristas, pois sofrem de estresse ocupacional causado pela precariedade de materiais e recursos necessários, jornada longa de trabalho, desvalorização salarial e desconhecimento da população, essas condições de trabalhos que os enfermeiros são submetidos causam desgastes físicos e psíquicos (SOUSA et al., 2019).

Outro fator causador de dificuldades é a exposição desnecessária sofrida pelos profissionais de enfermagem em relação aos atendimentos e chamados que recebem durante o trabalho. O nível elevado de exposição proporciona situações que comprometem a integridade do enfermeiro. Os profissionais que atuam no APH estão mais passíveis ao estresse devido à instabilidade das situações, gravidade dos pacientes, sobrecarga no trabalho, aglomeração de pessoas e locais de difícil acesso.(SANTOS et al., 2020). Em um estudo e pesquisa realizada foi possível constatar que as enfermeiras e profissionais do APH estão mais suscetíveis a sofrerem violências ao exercerem seu trabalho, isso ocorre muitas vezes pela exposição que os profissionais sofrem em ambientes que não os proporcionam segurança (NOVACK et al., 2017).

Pela ausência de gerenciamento dos sistemas de saúde, ocorre a superlotação do serviço de urgência e emergência e chamados desnecessários, por passarem informações erradas sobre local e gravidade, o que prejudica e afeta diretamente a qualidade do atendimento prestado aos clientes, gerando estresse das vítimas, familiares e socorristas (SAMPAIO et al., 2022).

A falta de equipamentos está inclusa nos problemas sofridos e relatados por enfermeiros, a carência de insumos é encontrada pelos profissionais, prejudicando de maneira direta as vítimas que necessitam do material, que por sua vez pode estar em escassez no momento do atendimento, a situação costuma sempre ser contornada, para que não prejudique o paciente. Esses aspectos influenciam na qualidade de assistência exercida, podendo comprometer o exercício de sua função (MOURA et al., 2020).

No Brasil, o método de triagem mais utilizado no acidente de múltiplas é o protocolo START (Simple Triage And Rapid Treatment), porém em alguns estados existe a adaptação do protocolo para otimizar o atendimento. O protocolo START, na tradução para o português Triagem Simples e Tratamento Rápido, tem por objetivo classificar a gravidade das vítimas, de forma rápida, por cores (preto, vermelho, amarelo e verde) levando em consideração a respiração, nível de consciência e perfusão (Mendes et al., 2019).

Na maioria das vezes, a equipe que está prestando atendimento não possui conhecimento suficiente acerca do protocolo. O que dificulta a implementação do mesmo, pois, para que a triagem seja bem sucedida se faz necessário recursos, planejamento, organização e qualificação profissional. Objetivando salvar a maior quantidade de pessoas possível. (Lima et al., 2019).

Em paralelo ao protocolo START, é aplicado o protocolo XABCDE do trauma que é um mnemônico que define a conduta a ser tomada diante um politraumatizado. O protocolo sistematiza o atendimento ao trauma de forma que se diminua a mortalidade e minimize os danos à vítima, visando a rápida identificação de traumas que podem levar ao óbito. (Campos et al.,2022). Avalia-se a presença de hemorragias, nível de consciência, aporte sanguíneo e respiração. Havendo algum distúrbio funcional, deve ser tratado por ordem de gravidade com base nos danos que podem ser causados à vítima (Vilela et al., 2021).

A atuação da equipe de enfermagem é primordial para o atendimento das vítimas, sendo eles responsáveis por prestar os socorros e cuidados que os clientes necessitam, vivenciando diversos desafios ao longo do trabalho. No Brasil a intensa busca por atendimento do SAMU demanda aos profissionais e instituições cuidados rápidos, eficientes e complexos (CUNHA et al., 2019)

Para o progresso positivo dos serviços de APH se faz necessários profissionais qualificados e preparados para diferentes situações que podem enfrentar ao longo da jornada de trabalho, visando a proteção, prevenção e recuperação à saúde da vítima. A liderança por meio do enfermeiro deve ser uma constante na sua atuação, pois é imprescindível o gerenciamento de conflitos durante os atendimentos e orientação da equipe (MATA et al., 2018).

Em campo, o enfermeiro desenvolve atividades invasivas e técnicas complexas, o que evidencia a responsabilidade do profissional durante a assistência. O profissional, juntamente a equipe age de forma eficaz, ágil e com qualidade frente aos atendimentos. O profissional é peça fundamental para um atendimento de qualidade, mas as ações complexas vêm causando estresse, desgaste mental e físico, o que deve ser investigado com intuito de amenizar esses danos e potencializar ainda mais esse atendimento de qualidade (MOURA et al., 2020).

Referente à triagem no APH no acidente com múltiplas vítimas, percebe-se que a triagem assume papel fundamental e de extrema importância na classificação e priorização as vítimas. Há diversos métodos utilizados no mundo, mas em grande maioria, todos possuem o mesmo intuito que é o de prestar atendimento ao maior número de pessoas, com o menor prejuízo possível. Em território nacional, utiliza-se o método START, pois se trata de uma avaliação rápida e efetiva. A triagem em si no atendimento pré-hospitalar deve ser realizada por um profissional capacitado e previamente treinado. A equipe deve ser ágil, competente e ciente de todos os atos (FERREIRA et al., 2021).

O enfermeiro atuante do APH precisa de formação específica para que assim possa atuar na área, no entanto, a formação não garante que o profissional se livre das dificuldades durante o desenvolvimento de suas atividades. As dificuldades evocam a necessidade de sempre se aperfeiçoar e se qualificar através de especializações, cursos e capacitações na área antes, depois e durante o ingresso no trabalho, pretendendo a qualificação do conhecimento o que posteriormente agrega e promove um atendimento de alta qualidade ao cliente (DE ANDRADE; SILVA, 2019).

Destaca-se a importância da articulação dos serviços prestadores ao atendimento de urgência e emergência, como a prontidão desses profissionais, o acionamento do serviço de urgência e emergência, o deslocamento para o local do ocorrido, os primeiros atendimentos previamente no local da ocorrência, posteriormente o transporte desse cliente crítico e por fim, o acolhimento de toda a equipe ao paciente já em ambiente hospitalar. Se atentando a continuidade do atendimento e à assistência antes iniciada (CUNHA et al., 2019).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho mostra a importância do Atendimento Pré-Hospitalar que tem como finalidade salvar vidas e prevenir o agravo do quadro de saúde das vítimas de diversos acidentes, assim, o estudo é realizado com o intuito de evidenciar as dificuldades sofridas diariamente pelos profissionais de enfermagem no APH, com enfoque na qualidade da assistência prestado pelos profissionais.

O resultado da pesquisa pode contribuir com a disseminação de um conhecimento amplo sobre a temática abordada, possibilitando um olhar crítico acerca do assunto e dos profissionais que por sua vez estão vulneráveis devido às condições de trabalho e falta de recursos. Portanto, traz aos leitores e profissionais de saúde o questionamento acerca de sua preparação e conhecimento nas situações de APH.

Com o passar dos anos os enfermeiros foram ganhando espaço dentro e fora dos hospitais, a eles passaram a ser atribuídas competências privativas, porém, isso salientou diversas dificuldades na execução desses serviços. A falta de qualificação por parte dos enfermeiros foi uma das adversidades observadas. A classificação incorreta e o atendimento precário têm sido fortes evidências da falta de qualificação profissional, às condutas incorretas tomadas pelos enfermeiros nas situações de APH causam prejuízos, muitas vezes irreversíveis.

É notório a falta de conhecimento dos profissionais acerca dos protocolos estabelecidos na instituição de saúde, o que influencia diretamente a realização e classificação do indivíduo, afetando a segurança e a redução de riscos e agravos do cliente.

Conclui-se que o enfermeiro, em específico o que atua em situação de urgência e emergência no APH é um dos principais membros que prestam esses serviços. A enfermagem vem se destacando e com o decorrer dos anos se tornou indispensável na área de urgência e emergência. É notório que existem diversas barreiras e dificuldades vivenciadas pelo profissional e a equipe, sendo essa categoria uma das mais afetadas fisicamente (acidentes ergonômicos) e emocionalmente devido às condições de trabalho que precisam ser melhoradas.

Se faz necessária a educação continuada para que os profissionais possam aprimorar seus conhecimentos acerca dos protocolos…

6. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, R. B.; ÁLVARES, A. C. Assistência de enfermagem no serviço móvel de urgência SAMU: revisão de literatura. Rev Inic Ext. v.2, n.4, p.196-207, 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.048, de 5 de novembro de 2002. Brasília, 2002.

CARVALHO, A. E. L. et al. Estresse dos profissionais de enfermagem atuantes no atendimento pré-hospitalar. Revista Brasileira de Enfermagem. v.73, n.2, p.1-6, 2020.

CELESTE, L. E. M. et al Capacitação dos profissionais de enfermagem frente às situações de urgência e emergência na atenção primária a saúde: revisão integrativa. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento v. 10 n. 12, 2021

CUNHA, V. P. et al. Atendimento a pacientes em situação de urgência: do serviço pré-hospitalar móvel ao serviço hospitalar de emergência. Enfermería Actual de Costa Rica, n. 37, p. 1-15, 2019.

DE ANDRADE, T. F.; SILVA, M. M. J. Características dos enfermeiros no atendimento pré-hospitalar: concepções sobre a formação e exercício profissional. Enfermagem Foco. v.10, n.1, p.81-86, 2019.

DE ARAÚJO ALVES, T. E. et al. Diretrizes de enfermagem na assistência pré- hospitalar para urgências/emergências cardiovasculares. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 5, 2019.

DORNELLES, C. et al. As dificuldades vivenciadas pelos profissionais de enfermagem no atendimento pré-hospitalar. Revista Gestão & Saúde, v. 8, n. 3, p. 453-467, 2017.

DOS SANTOS, A. P. et al. Dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem no atendimento pré-hospitalar. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 51, p. e3598-e3598, 2020.

FERREIRA, B. S. S. et al. Importância da triagem no atendimento pré-hospitalar em incidentes com múltiplas vítimas. 2021.

LEGISLAÇAO COMENTADA. Lei do exercício profissional e código de ética. Organização: Helga Regina Bresciani et al. Florianopólis: Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina: Letra Editorial, 2016.

MALVESTIO, M. A. A. et al. Enfermagem em práticas avançadas no atendimento pré-hospitalar: oportunidade de ampliação do acesso no Brasil. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 6, 2019.

MATA, K. S. S. et al. Entraves no atendimento pré-hospitalar do SAMU: percepção dos enfermeiros. Rev. enferm. UFPE on line, p. 2137-2145, 2018.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASIL. Portaria nº 1864 GM/MS. Institui o componente pré-hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões de todo o território brasileiro: SAMU-192. Brasília, DF, 2003. Disponível em:<http://bvms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2003/prt1864_29_09_2003.html>. Acesso em: 30 mai 2023.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASIL. Portaria n° 354 GM/MS. Publica a proposta de Projeto de Resolução “Boas Práticas para Organização e Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência”. Brasília, DF, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0354_10_03_2014.html

MOURA, D. H. et al. Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar: dificuldades e riscos vivenciados na prática clínica. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research–BJSCR, v. 31, n. 1, p. 81-89, 2020.

NOGUEIRA, F. R.; CORAZZA, F. H. Atuação do enfermeiro no atendimento pré- hospitalar móvel. Rev. Cient. Elet. de Ciên. Apli. da Fait, n. 1, p. 1-12, 2021.

OLIVEIRA, A et.al. Vivências da deliberação moral de enfermeiras no atendimento pré-hospitalar móvel. Rev. Baiana. Enfermagem. V.35, 2021.

RESOLUÇÃO DO COFEN N° 713/2022. Atualiza a norma de atuação dos profissionais de enfermagem no Atendimento Pré-hospitalar (APH) móvel Terrestre e Aquaviário, quer seja na assistência direta, no gerenciamento e/ou na Central de Regulação das Urgências (CRU), em serviços públicos e privados, civis. Disponível: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-713-2022_104087.html

ROSA, P.H. et al. Percepções de enfermeiros acerca da atuação profissional no contexto do atendimento pré-hospitalar móvel. Revista COFEN. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/3275

SANTANA, L. F. et al. Atuação do enfermeiro na urgência e emergência: revisão integrativa da literatura. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4, p. 35994-36006, 2021.

SILVA, G. S. Profile of calls and drivers involved in motorcycle accidents by the mobile emergency service. Revista de Enfermagem da UFPI. v.9, n.1, p.9560, 2020.

SILVA, A. J.; DONDA, A. C. Atuação do Enfermeiro no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) Móvel de Urgência. Revista Saúde dos Vales. v.2 n.2, 2022.

SOUSA, B. P. S. Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar móvel: uma revista integrativa. Revista Multidebates. v.4, n.6, p.243-255, 2020.

SOUSA, K. H. J. F. et al. Humanização nos serviços de urgência e emergência: contribuições para o cuidado de enfermagem. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 40, 2019.

TAVEIRA, R. P. C. et al. Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar de emergência. Global Academic Nursing Journal, v. 2, n. 3, p. e156-e156, 2021.

VARNDELL, W. et al. Emergency nursing workload and patient dependency in the ambulance bay: A prospective study. Australas Emerg Nurs J. v.19, n.4, p.210, 2016.

ROSA, A. K. et al. Assistência do SAMU a pessoas sob efeito de substâncias psicoativas. Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e60791110024, 2020 Disponivel em: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/10024-Article-140908-1- 10-20201128%20(2).pdf

SOARES, Z. B. C. et al. Protocolo de triagem Manchester: A relevância de implementação nos atendimentos de urgência e emergência. JNT- Facit Business and Technology Journal. QUALIS B1. Ed. 26. V. 1. 2021. Disponivel em: http://revistas.faculdadefacit.edu.br/index.php/JNT/article/view/1013/686

DEGASPERI, A. et al. O uso de protocolos nas unidades de urgência e emergência: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e64691110140, 2020. Disponivel em: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/10140-Article-141190-1-10- 20201129%20(1).pdf

MORAES, I. M. F. et al. O papel do enfermeiro frente a implantação protocolo Manchester nos serviços de urgência e emergência. Revista da Faculdade União Goyazes v.12, n.1, jan./jun. 2018. Disponivel em: https://fug.edu.br/revistas/index.php/VitaetSanitas/article/view/158

PEREIRA, K. C. et al. Classificação de risco no atendimento de urgência e emergência: contribuição do enfermeiro. Revista jurídica Uniandrade N. 31 V. 1 2020. Disponivel em:https://revista.uniandrade.br/index.php/juridica/article/view/1737

SOUSA, B. V. N. et al. Perfil, dificuldades e particularidades no trabalho de profissionais dos serviços de atendimento pré-hospitalar móvel: revisão integrativa. Revista Eletrônica Enfermaría Actual En Costa Rica v0i38.36082 2019. Disponivel em: https://www.scielo.sa.cr/pdf/enfermeria/n38/1409-4568-enfermeria-38-245.pdf

SOUZA, K. H. J. F. Et al. Humanização nos serviços de urgência e emergência: contribuições para o cuidado de enfermagem. Rev Gaúcha Enferm. 2019;40:e20180263 . Disponivel em: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/PX7vJwFyrRTsVm3jgMk8rRN/?format=pdf&lang=pt

TAVARES, T. Y. Et al. O cotidiano dos enfermeiros que atuam no serviço de atendimento móvel de urgência. Recom.v7i0.1466. Disponivel em: http://www.seer.ufsj.edu.br/recom/article/view/1466/1577

ZUCATTI, P. B. et al. Características do atendimento prestado pelo serviço de atendimento móvel de urgência em diferentes regiões Brasileiras. Rpcfo.v13.8818. Disponivel em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1223438

SANTOS, J. C. et al. Processo de trabalho de enfermeiros no atendimento pré-hospitalar móvel. Cadernos ESP, Ceará. 2021. Disponivel em: https://cadernos.esp.ce.gov.br/index.php/cadernos/article/view/487/257