ATENÇÃO À SAÚDE DO ADULTO E IDOSO (HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA DO IDOSO)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11406919


Eliane Cristina da Silva Lopes; Evelyn Mariana de Souza Mariano Cortes; Felipe Alves Vargas; Jaqueline Cristine Barbosa Aires de Freitas Rocha; Leticia Mayumi Ueda Nogueira; Maria Eduarda dos Santos Silva; Renata Sousa Leite; Prof.ª: Ana Paula de Oliveira Fernandes Macedo


Resumo

O texto aborda a Hipertensão Arterial Sistêmica, uma condição crônica que afeta milhões de brasileiros e é prevalente em idosos. A Hipertensão em idosos é uma condição complexa, pois o envelhecimento leva a alterações em diferentes órgãos que sofrem de pressão arterial, e pode estar associada a outras condições como diabetes, dislipidemia e obesidade. A terapia da Hipertensão envolve mudanças nos hábitos de vida e uso de medicamentos anti-hipertensivos. Nesse contexto, o enfermeiro exerce um papel fundamental no controle da Hipertensão, como educador em saúde para orientar o paciente sobre fatores de risco e oferecer estratégias de promoção da saúde e prevenção de agravos. O artigo destaca que a educação em saúde realizada por profissionais de saúde, especifica quais condutas devem ser tomadas pelo paciente, orientados pelo enfermeiro da unidade de saúde.

Introdução

A hipertensão sistêmica é uma condição crônica que atinge cerca de 36 milhões de brasileiros, e em mais de 60% prevalente em idosos. Cerca de 50% das mortes por doenças cardiovasculares no país têm a HAS como um fator presente direta ou indiretamente. A pressão arterial elevada é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, além de outras complicações de saúde, que impactam diretamente a qualidade de vida dos idosos.

A hipertensão sistêmica do idoso é uma condição complexa, pois o processo de envelhecimento leva a alterações estruturais e funcionais em diferentes órgãos que podem afetar a pressão arterial. Além disso, a hipertensão sistêmica em idosos pode estar associada a outras condições, como diabetes, dislipidemia e obesidade, o que aumenta ainda mais o risco de complicações de saúde. Na primeira, a terapia é feita com uso de medicamentos anti-hipertensivos e na segunda busca-se melhorar os hábitos de vida no que se refere ao padrão alimentar, principalmente no que diz respeito à diminuição do uso de sal, diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas, aumento da prática regular de atividade física, diminuição do peso, em casos de obesidade e sobrepeso, redução da circunferência abdominal e da exposição a ambientes que possam gerar estresse (FALCÃO, et al., 2018).

No caso dos idosos, o enfermeiro exerce um papel ainda mais importante. Isso porque, com o avanço da idade, os pacientes podem apresentar maior desconforto e dificuldade em seguir o tratamento prescrito. O enfermeiro, portanto, deve fornecer informações claras e eficazes ao paciente e seus familiares sobre como controlar a HAS.

O enfermeiro inserido na APS atua como o principal educador em saúde no controle da hipertensão arterial, de modo que atua informando o paciente sobre fatores de risco para a hipertensão sistêmica, como tabagismo, consumo de álcool, inatividade física e histórico familiar de doenças cardiovasculares.

Com o foco nas medidas não farmacológicas, a educação em saúde realizada pelos profissionais de saúde, dentre eles o enfermeiro, voltada para promoção em saúde e prevenção de agravos, deve ser considerada uma estratégia importante para alcançar a conscientização da população. Nesse contexto, o enfermeiro é o protagonista na realização das atividades educativas, sendo responsável por articular e elaborar as práticas de acordo com a necessidade do público-alvo que pretende alcançar (BARRETO, et al., 2019).

Objetivo

O trabalho tem como objetivo analisar o controle da pressão arterial de idosos hipertensos e a importância do enfermeiro no cuidado. Acompanhados no PSF- Unidade Nova Caçapava do Município de Caçapava/SP, apresentando como principais atividades desenvolvidas por este profissional no acompanhamento do paciente hipertenso e enfatizando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para um tratamento eficiente e prevenção de complicações à doença.

Metodologia

Trata-se de um estudo transversal realizado no PSF Unidade Nova Caçapava do Município de Caçapava/SP no mês de fevereiro de 2023. A população do estudo foi constituída por idosos hipertensos referenciados nessa unidade. Foram considerados hipertensos os indivíduos com pressão arterial sustentada em valores pressóricos ≥ 140mmHg para pressão arterial sistólica (PAS) e ≥ 90mmHg para pressão arterial diastólica (PAD). Por fim, foi observado que ouve compreensão sobre a importância do papel do enfermeiro como educador/orientador nos cuidados da HAS em idosos, bem como a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento da doença.

Questionário 

1- Você sabe como se trata a pressão arterial?
( ) sim  ( ) não 
2- Você foi orientado sobre o uso correto de seus medicamentos?
( ) sim  ( ) não 
3- Você acha que o tratamento de PA é permanente, para o resto da vida?
( ) sim  ( ) não 
4- O fato da PA não ter sintomas não obriga aferir todos os dias? 
( ) sim  ( ) não 
5- Você prática atividades físicas? 
( ) sim  ( ) não

Resultados/ Discussão

Discussão

 Através dos questionários aplicados, podemos perceber que grande parte dos entrevistados tem ciência de como tratar a hipertensão arterial. Dos 100%, 57% afirmam que acha que o tratamento de PA é sim para resto da vida, 76% concordam que mesmo a PA não apresentando sintomas é importante aferir constantemente e grande parte dos entrevistados não praticam atividade física. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial. Representa fator de risco (FR) independente, linear e contínuo de mortalidade cardiovascular para doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e insuficiência renal crônica. É uma doença altamente prevalente, atingindo cerca de 36 milhões de brasileiros, e em mais de 60% da população >60 anos. Cerca de 50% das mortes por doença cardiovascular no País tem a HAS como um fator presente direta ou indiretamente. O impacto das doenças cardiovasculares na saúde das populações é crescente em todo o mundo, sobretudo nos países de baixa renda (BRANDÃO, et al, 2018).

 Conclusão

 Com isso concluímos que, grande parte das pessoas atualmente sabem como tratar a pressão arterial, quais os sintomas que ela apresenta e que é uma doença que precisa de acompanhamento constante, mesmo ela não apresentando sintomas evidentes. Porém grande maioria, mesmo sabendo dos riscos e complicações que a doença pode causar, não tomam todos os cuidados necessários, como por exemplo não praticam atividades físicas, acabam esquecendo de tomar o medicamento corretamente, não fazem o controle constantemente da PA, tudo isso acaba interferindo negativamente no tratamento.

Referências

ZAITUNE, Maria Paula do Amaral et al. Hipertensão arterial em idosos: prevalência, fatores associados e práticas de controle no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 22, p. 285-294, 2006.

BRANDRÃO,Andréa Araujo, et al. Manual de Hipertensão Arterial, Sociedade De Cardiologia Do Estado Do Rio De Janeiro,2018