AS ATITUDES DO PROFESSOR FACILITADOR SEGUNDO A ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA DE CARL R. ROGERS.

FACILITATING TEACHER`S ATTITUDES ACCORDING TO CARL R. ROGERS.

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202505280942


Cícero Isaac Pereira de Andrade¹
Luciana Raposo dos Santos Fernandes²


RESUMO

O presente trabalho se propõe a discutir os estudos idealizados pelo psicólogo norte americano Carl R. Rogers (1902-1987), que promovem o surgimento do professor facilitador no processo de ensino. É perceptível em várias de suas obras a preocupação inerente ao âmbito escolar e como poderia estabelecer a relação entre “professor/facilitador” e o aluno, no processo de formação humana, percebendo o quanto esta relação é crucial na construção da personalidade do indivíduo, indo de embate contra as práticas educativas vigentes no modelo tradicional de ensino, caracterizado pelo positivismo e comportamentalismo. Em contrapartida ao modelo de prática comportamental, Rogers defendeu a necessidade de implantação de uma educação mais livre e humanizada, cujo principal objetivo é o desenvolvimento interpessoal e o fortalecimento da relação facilitador/aluno. Esta revisão bibliográfica mostra que os trabalhos de base rogeriana que tem como tema a educação, abordam a existência de uma tendência ao crescimento que se manifesta em todos os indivíduos, sobretudo através das condições facilitadoras, como: a empatia, a autenticidade e aceitação incondicional. O criador da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) coloca o Professor facilitador como um agente acolhedor no processo educacional, evidenciando que este profissional irá promover conhecimento em parceria mútua com o aluno, mediante estímulos de livros, textos, uso de práticas lúdicas, criativas e espontâneas, oposto do que está presente numa aula tradicionalista, ou seja, a partir da prática da Liberdade para Aprender (1971). Por fim, o autor destaca a valorização dessa relação na busca da autonomia genuína de cada indivíduo, promovendo sujeitos no rico saber e não no adoecimento coletivo que é caracterizado no ensino tradicional desumanizador.

Palavras-chave: Professor Facilitador, Educação, Carl R. Rogers.

ABSTRACT

The present study proposes to discuss the studies conceived by the North American psychologist Carl Rogers (1902-1987) that promote the emergence of the facilitator teacher in the teaching process. The preoccupation inherent with the school context and how it could establish the relation between “teacher / facilitator” and the student in the process of human formation is perceived in several of his works, realizing how crucial this relation is in the construction of the personality of the individual, going of confrontation against the educational practices prevailing in the traditional model of education, characterized by positivism and behaviorism. In contrast to the model of behavioral practice, Rogers defended the need to implement a freer and more humanized education, whose main objective is interpersonal development and the strengthening of the facilitator / student relationship. This bibliographical review shows that the work of Carl Rogers that has as its theme education, addresses the existence of a tendency towards growth that manifests itself in all individuals, especially through facilitating conditions such as: empathy, authenticity and unconditional acceptance. The Creator of the Person-Centered Approach (ACP) places the facilitator Teacher as a welcoming agent in the educational process, evidencing that this professional will promote knowledge in mutual partnership with the student, through stimuli of books, texts, use of playful, creative and spontaneous, opposite of what is present in a traditionalist class, that is, from the practice of Freedom to Learn (1971). Finally, the author emphasizes the valorization of this relation in the search for the genuine autonomy of each individual, promoting subjects in the rich knowledge and not in the collective sickness that is characterized in traditional dehumanizing teaching.

Keywords: Teacher Facilitator; Education; Carl R. Rogers

INTRODUÇÃO

Perceber que o cenário educacional chama bastante atenção e que se torna recorrente como uma das pautas mais requisitadas no nosso convívio seja entre pessoas, sociedade e esferas políticas, visto a crise que assola quase todos os setores, merece um olhar mais apurado no que tange à escola, uma repaginação desse modelo de ensino que se encontra obsoleto e que não promove conhecimento digno para com os educandos. Tal estudo acaba demonstrando o quanto o ambiente escolar tem passado por inúmeras transformações, seja por meio de matérias impositivas, que não promovem a curiosidade e falta de autonomia na busca do saber sem limites e afastam o interesse do aluno, além de compreender que esse contexto produz um certo engessamento, seja pelas suas práticas robotizadas, pelos falsos mestres, que buscam enquadrar a mesma resposta em forma de aprendizado, que todos devem ter o mesmo ritmo de aprendizagem (ROGERS, 1971).

Esse modelo é historicamente reprogramado e conduzido pelo modelo de ensino tradicional, em que apenas o professor fala e o aluno é um depósito de ideias, conteúdos e competições estimuladas pelos personagens que deveriam promover acolhimento, busca da criatividade e espontaneidade que estão presente em cada indivíduo (FREIRE,2014).

Mediante tal realidade o psicólogo norte americano Carl Rogers (1902-1987) desenvolveu em várias de suas obras e artigos o que seria um alerta sobre a real necessidade de efetuar mudanças significativas no sistema de ensino, modificando assim a forma de condução do ensino tradicional, visto que o professor é o emissor e tem na figura do aluno o seu receptáculo. Considera-se que para Rogers esse mesmo professor tem um papel totalmente inovador e deve promover um acolhimento mais humanizado dentro da sala de aula, que o mesmo seja criativo e espontâneo para com seus alunos, promovendo conhecimento e por assim dizer facilitando o processo de ensino como um todo, na busca do saber sem limites e que proporcionaria o fortalecimento da relação professor/facilitador e aluno, afastando assim as amarras características do método tradicional punitivo, avaliativo e matematizante (ROGERS, 1971).

Carl Rogers, em muitas de suas obras destaca um aprofundamento e fascínio na relação que se estabelece entre o educador e o educando no processo de formação humana, é perceptível que após promover seus estudos na esfera da psicologia clínica e dos grupos de encontro, o mesmo compreendeu que a atmosfera presente nesses locais poderia perpassar a psicoterapia e adentrar as escolas. A figura do terapeuta passa agora para o professor facilitador e o cliente é visto no papel do aluno; as mesmas condições facilitadoras antes produzidas no ambiente terapêutico tem enormes contribuições no ambiente escolar, em que as três condições essenciais para o funcionamento pleno da relação: a empatia, a autenticidade e aceitação incondicional tem consonância com o ensino e sua forma de aprendizado com ricos constructos (ROGERS,2001).

Nesse sentido, o presente trabalho se propõe através das obras bibliográficas de Carl Rogers promover a compreensão dos processos de formação humana no que tange ao papel do professor facilitador. Procura-se, também, descrever quais as principais características deste modelo pedagógico e como eles direcionam o professor facilitador na promoção do acolhimento e autonomia do educando através das condições facilitadoras segundo o criador da Abordagem Centrada na Pessoa. 

De acordo com Gil (2010) a revisão bibliográfica se constitui a partir de uma visitação perante um material já existente, sendo constituído em sua grande maioria por livros, artigos de periódicos e materiais que estejam disponibilizados na internet. 

Para Marconi e Lakatos (2010) a temática da abordagem qualitativa é composta de uma pesquisa cuja finalidade é analisar e interpretar aspectos no que tange às complexidades do ser humano, fornecendo uma análise investigativa mais apurada, tendo como base a ênfase nos significados e processos analisados.

Segundo Bardin (1977) a análise de conteúdo tem como finalidade propor construção teórico-metodológica que visa compreender, explicitar, sistematizar as expressões que são colhidas no conteúdo das mensagens, tendo como proposta principal a finalidade de trabalhar questões no âmbito das deduções lógicas e justificadas no que está inerente a essas mensagens, quem propôs a emissão, em que contexto e efeitos pretende-se por meio destas.

Diante dessa realidade, a educação merece maior destaque e os profissionais que compõe o ambiente educacional precisam estar cientes para promover mudanças e entender que no sistema atual o maior prejudicado é o aluno, que ao perceber a escola sem sentido para sua vida, sem promover estímulo, evade-se em massa, seja pela autoridade dos professores e gestores escolares, seja pelas matérias que não promovem insights nos educandos. É preciso compreender a necessidade de fomentar uma formação baseada na humanização, na dignidade e idealização na promoção do crescimento contínuo e eficaz no que condiz a aprendizagem (FREIRE,2015).

Vê-se assim, o quanto é importante pesquisar sobre o tema, o que despertou no autor deste estudo, o desejo de fazê-lo, além de se sentir motivado em função das obras voltadas na temática da Abordagem Centrada na Pessoa proposta por Rogers. O aprofundamento desta temática ocorreu mediante a conclusão do curso de Psicologia, e da disciplina Psicologia Escolar e Aconselhamento Psicológico, assim como os estágios em ênfases, que foram efetivados no contexto educacional.

Justifica-se a escolha desta temática mediante a necessidade de conhecer e aprofundar a contribuição de Rogers através da figura do professor facilitador e suas atitudes segundo na Abordagem Centrada na Pessoa, ampliar e difundir um saber livre e criativo, que esse profissional inovador pode trazer um feixe de luz para escuridão que se encontra o cenário atual de ensino que afeta a estrutura e personalidade do educando. 

Por fim, o estudo que ora se apresenta torna-se relevante tanto para os professores escolares, docentes do ensino superior, alunos e estudantes universitários, profissionais das mais variadas áreas, por compreender que esse parece ser um dos caminhos para o atendimento das necessidades desse grupo, a fim de fortalecer suas capacidades, auxiliando-o a decidir sobre o ensino de qualidade, sobretudo o aprender, sendo o professor agora um facilitador de um ensino humanizado e criativo.

Capítulo 1 – O PROFESSOR FACILITADOR SEGUNDO CARL ROGERS

É um enorme desafio para o professor compreender que não existe um modelo de ensino pronto, o que consiste em uma das grandes tarefas e lutas na formação continuada deste profissional. Deve-se entender que o mesmo deve estar em constante atualização no que corresponde ao saber, adentrando nas necessidades exigidas pelos educandos no que tange ao contexto educacional, estando aberto para as novas comunicações e interações que se apresentam como forma na idealização na aprendizagem significativa e prazerosa (ARAÚJO; YOSHIDA;2009).

Ao introduzir os estudos na temática da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) considerando que a mesma é refletida por inúmeras fases do pensamento de Carl Rogers, percebe-se a importância deste pensador no contexto educacional, a exemplo da proposta de humanização dentro da sala de aula, parceria mútua entre facilitador e aluno (MOREIRA, 2010).

É importante refletir sobre os estudos de Carl Rogers no que tange ao âmbito educacional; o mesmo explana em suas obras que o aluno tem como característica a autonomia e a busca do saber, o professor passa a não ser mais visto como detentor do saber, correspondendo agora, a um elemento de uma parceria em que não é o docente que ensina, mas sim o aluno que aprende, promovendo assim o estímulo para o surgimento de ricos constructos para o educando, provocando a sua curiosidade e desafiando na busca de novos conhecimentos (ROGERS, 1971).

Rogers (1987) explana que o lado subjetivo é um dos aspectos de maior relevância para o ser humano, esse que traz consigo um valor único e que é uma característica inerente da espécie humana, qualquer que seja o nome ou valor atribuído, antes de tudo existe a pessoa como centro, que é dotada de grandes potencialidades e constructos. O ser humano é marcado por inúmeras histórias que vão desde suas experiências afetivas e vivenciais e que acabam por estabelecer sentido e direção para o processo de vir a ser enquanto pessoa. 

Nesse contexto, o ser humano instruído é capaz de se adaptar a todo tipo de mudanças que acontecem durante todo o processo de sua vida. Compreendendo que para o contexto educacional, este deveria ser um processo de mudança plena para o facilitador e aluno, Rogers explana que o único homem educado é aquele que aprendeu a aprender, que todos sabem alguma coisa e todos partilham na busca de uma aprendizagem significativa (ROGERS,1971).

Mizukami (1986) em sua obra “Ensino: as abordagens do processo”, destina um capítulo do seu livro aos aspectos segundo a corrente humanista e apresenta o contexto educacional com a finalidade ímpar para o desenvolvimento de condições que visam facilitar o ensino para que seja possível o surgimento do campo emocional como intelectual. Condições que permitem aos educandos tornarem-se pessoas mais criativas, espontâneas, disciplinadas no saber, e com condições de discernir acerca de obstáculos que surgem no ambiente escolar.

Diante disso, Rogers promove um dos seus postulados fundamentais ao descrever que o ser humano cresce e se atualiza constantemente, e mesmo que os fatores sociais, econômicos e familiares surjam com a intenção de bloquear esse crescimento, o ser humano em si ainda consegue convergir em direção ao seu crescimento pessoal, indo em busca da sua própria satisfação (ROGERS, 1970).

Percebe-se a necessidade que o próprio Rogers tinha a respeito de promover condições que viabilizavam o processo para o surgimento no que seria referente à temática de “autorregulação” de si mesmo e dos outros, conforme o autor:

(…) entendo por esta expressão uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida. (ROGERS, 1961, p. 45).

Mediante os conceitos de ensinar e aprender, Carl Rogers compreendia que a verdadeira  aprendizagem deve permitir que o indivíduo aprenda sem limites; que o professor/facilitador não seja o detentor do conhecimento, o processo em si deve ser autogerido pelo educando, através  da sua visão de mundo, experiências diárias, suas realidades presente; o caminho deve ser de  igualdade e não somente para aqueles que aprendem e dominam o conteúdo rapidamente, propor interação e compreensão para o verdadeiro liberdade para aprender (ROGERS, 1971).

Sabe-se que estudar as teorias de Carl Rogers promove um maior aprofundamento no que tange ao relacionamento interpessoal e ao introduzir noções e saberes na busca pelo verdadeiro facilitador, a educação é repaginada. A escola passa a transmitir respeito, conquista e autonomia, propiciando o encorajamento de mudanças no seu próprio comportamento, assim como do aluno. (ROGERS, 1971).

Contemporâneo de Rogers, o pensador e patrono da educação brasileira, Paulo Freire, contribuiu bastante através das suas obras voltadas para o contexto educacional do ensino brasileiro, o que pode ser ressaltado em “Pedagogia da Autonomia” em que o autor descreve que o professor deve compreender o ensinar não somente como passar conhecimento, mas que está ligado ao crescimento e potencialidades para sua própria construção enquanto docente. Para Freire:

(…) É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindose como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. (FREIRE, 2015, P. 25).

Rogers (1971), na sua obra “Liberdade para aprender, ” afirma que para se ter uma boa didática, manejo dentro da sala de aula, o facilitador encarregado deve promover condições para um ambiente criativo, acolhedor, seja por meio de práticas lúdicas e inovadoras, afastando a postura compreendida pelo modelo tradicional do qual o professor era visto como centralizador e impositivo, para o autor:

(…) se não teme aceitar intenções contraditórias e metas em conflito, se se capacita a permitir que os indivíduos, com senso de liberdade, afirmarem estar dispostos a fazer, ajudará a criar um clima para a aprendizagem. (ROGERS,1971, p.159)

Ponto fundamental compreendido no processo de educação é que pode ser entendido sobre sua aplicabilidade, segundo seu principal pensador, os instrumentos para harmonizar as contestações e disparidades interpessoais, surgem para auxiliar as pessoas a entender melhor seus posicionamentos e os dos outros (ROGERS, 1977).

É neste embasamento da Abordagem Centrada no Aluno, que os professores, ao estabelecerem a sua nova formação, e interação no contexto educacional segundo viés rogeriano, passam a se perceber como pessoas, e não mais como autoridades do saber, a ter dimensão do seu contexto dentro e fora da sala, afastando a figura de detentor do conhecimento e sim facilitador, para Rogers (1970):

(…) volto a treinar os professores no que respeita às capacidades interpessoais a usar no estabelecimento de relações mais empáticas e de apoio com os alunos (ROGERS,1970, p.171)

Uma característica fundamental e de grande importância da Abordagem Centrada no Aluno é exatamente a liberdade e o poder de escolha que compõem o indivíduo, é o que o diferencia para este. Mesmo nas condições consideradas mais adversas possíveis o homem tem a possibilidade de escolher, trilhar seus próprios caminhos e assim desenvolver sua autonomia e sua empatia. O objetivo não é diferente quando se trata de grupos, e nos mais variados âmbitos, a linha de raciocínio permanece na busca de tornar-se único (ROGERS,2001).

Rogers (1971) elucida que o aluno deve se sentir livre para trilhar seus próprios caminhos de forma satisfatória, com maior autonomia, que o facilitador deve propiciar os caminhos para que o seu aluno tenha maior segurança na aprendizagem, só assim poderá entender o significado do seu ensino e como este aprende, deve-se ter a percepção desta realidade visto que para Rogers, o processo de aprendizagem no viés educacional, o professor trabalha mutualmente com o educando.

Para Rogers, ao se criar uma atmosfera na busca do aprender, promoção de liberdade no ensino sem as amarras impostas pelo modelo tradicional e que abarca profissionais opressores do ensino, propondo ao aluno o saber sem limites, capacitandoo ao processo autodirigido e disciplinado pelo próprio educando, para o autor:

(…) a educação se torna o que deveria ser, uma procura excitante, uma busca, não mera acumulação de fatos logo superados e esquecidos. Os alunos transformaram-se em pessoas a agirem, capazes de viverem uma vida em mudança. (ROGERS,1971, p.218)

A Abordagem Centrada na Pessoa se baseia em algumas condições que visam facilitar o processo do professor que utiliza desse contexto dentro da sala de aula de forma plena e satisfatória, isto ocorre através da compreensão empática, congruência e consideração positiva incondicional ou aceitação incondicional (MOREIRA,2010).

Sobre o processo de aceitação do eu, segundo Patterson e Eisenberg (2003) se inicia por meio da etapa vital para mudança no sujeito, passando a aceitar a compreender a si mesmo. Rogers traz que quanto mais próximo estivermos da congruência, mais fácil será admitir que é de tal maneira, agora negar parte de si não fará esforço algum para promoção de crescimento e mudança do ser no mundo.

Por meio da aprendizagem, Rogers (1985), defende a ideia de alteração centralizada no cliente onde consegue provocar modificações tanto em suas atitudes quanto na sua própria personalidade. Ensinar é transmitir conhecimento, despertar a curiosidade, estimular o seu próprio desejo, desafiar o ser humano a confiar em si próprio e procurar descobrir sempre coisas novas. 

CAPÍTULO 2. AS CONDIÇÕES FACILITADORAS PROPOSTAS POR CARL ROGERS

As primeiras obras de Carl R. Rogers, ditas primeiras fases deste pensador, vinham acompanhadas de leituras com base na psicanálise e com raízes fincadas não na Europa, mais sim nos Estados Unidos, o que é bastante nítido em muito de suas práxis iniciais, a exemplo da forma de condução nos atendimentos trazida na Obra “O tratamento Clínico da Criança Problema” (1939), e das obras de Otto Rank e Karen Horney, que constituiriam os primeiros esboços do que seriam as condições facilitadoras com base no viés rogeriano (BRANCO, VIEIRA et al., 2016).

Com o passar dos anos Carl Rogers foi se aperfeiçoando, trazendo como seu postulado fundamental, a tendência à auto atualização, esta que se define como sendo um impulso representativo ao propiciar nos indivíduos um crescimento atualizado e saudável, tendência esta que permite ao ser humano uma constante movimentação na busca da atualização rica e primorosa. Vale ressaltar que Carl Rogers afirmava que esta tendência pode ser percebida em todas as coisas que há na vida, que bastam observações minuciosas e que o olhar não seja negativo nem preconceituoso (FADIMAN & FRAGER, 2002). 

Percebe-se que na década de 50 Carl Rogers após várias publicações de artigos e obras destinadas ao melhor aperfeiçoamento da psicoterapia, introduz uma fase com maior poder de reflexão, dando início ao que viria a ser conhecida como uma filosofia de vida, que pudesse melhor abarcar as percepções e manejo dos terapeutas, para melhor promover o acolhimento e ganhos referente a aspectos construtivos dos seus clientes, permitindo crescer como pessoa, dando a oportunidade e capacidade de direção em busca da autonomia autodirigida, assim Rogers explana na sua obra de maior relevância neste período que é Terapia Centrada no cliente(1992), segundo o mesmo:

(…) para muitos terapeutas que atuam a partir de uma orientação centrada no cliente, a meta sincera de “entrar” nas atitudes do cliente, penetrar a estrutura de referência interna dele, é a mais completa implementação até hoje formulada para a hipótese central de respeito e confiança na capacidade da pessoa (ROGERS,1992, p.46)

Belém (2000) descreve que o pensamento de Carl Rogers voltado para o contexto educacional, tinha como princípios base acreditar na confiança e na capacidade de autogerir-se, característica que é presente em cada indivíduo, o que Rogers, enquanto professor, compreendia como postulado máximo, que o ensino em si não poderia ser ensinado, que nada impositivamente e diretivamente promove conhecimento fidedigno, entedia por aprendizagem significativa aquela que ocorria por meio da facilitação. Em sua obra “Grupos de Encontro” (1970) descreve:

(…) escuto cada indivíduo que fala de si tão cuidadosa, exata e sensivelmente quanto sou capaz. Quer a expressão seja superficial ou significativa, eu escuto. Para mim, o indivíduo que fala é importante, merece compreensão (ROGERS,1970, p.55)

Entende-se como preocupação enquanto construção para o que veria a ser chamado de Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), que a mesma segundo Rogers fosse vista como uma filosofia de vida, na construção das relações interpessoais, ricas em potencialidades e autonomia do indivíduo, das quais todo ser humano pode estabelecer comunicação consigo mesmo e aos outros, através do surgimento da aceitação incondicional, congruência e empatia (ROGER; KINGET, 1977).

As condições ou atitudes facilitadoras promovem um dos postulados máximos da Abordagem Centrada na Pessoa, conhecida como Tendência Atualizante, que está presente em todos os indivíduos, sendo responsável para que todos consigam desenvolver as suas potencialidades, direcionamento e autonomia. Uma dessas condições facilitadoras é a congruência, que pode ser definida com o propósito de estar aberto autenticamente na relação que surge, promovendo integridade do indivíduo em seu próprio entendimento e sua forma de liberdade, assim como na consideração positiva incondicional, aceitar a pessoa como ela é, se apresenta na relação, afastando os pressupostos e julgamentos que é característica de todo ser humano, ter uma experiência de aceitação e acolhimento para com o cliente, e por último e mais difícil das condições proposta por Rogers é a empatia, perceber o outro, aceitando-o de forma construtiva e plena para o surgimento do processo de vir a ser como pessoa (ROGER; KINGET, 1977).

Conforme apresentado no livro “Quando fala o coração” Carl Rogers (2004) no capítulo V intitulado “ABORDAGEM CENTRADA NO CLIENTE OU ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA” explana sobre as condições facilitadoras, descrito como sendo um dos melhores textos para se abordar esta temática, Segundo Rogers a congruência ocorre da seguinte forma:

(…) quanto mais o terapeuta é ele mesmo na relação, sem colocar nenhuma capa profissional ou fachada pessoal, maior será a probabilidade que o cliente tem para crescer e mudar de uma maneira construtiva (ROGERS,2004, p.86)

No que se refere à segunda atitude, conhecida como aceitação incondicional pode ser descrita da seguinte forma:

(…) significa que quando o terapeuta é vivenciado como uma pessoa positiva, não crítica e com uma atitude de aceitação com relação a qualquer coisa que o cliente “é” naquele momento, haverá mais condições de ocorrer movimento ou mudança na terapia (ROGERS,2004, p.86)

Por fim vem a última e mais difícil condição, assim compreendida como empatia:

(…) o terapeuta sente que precisamente os seus sentimentos e os significados pessoais que estão sendo vivenciados pelo cliente e comunica essa atitude de aceitação e entendimento ao mesmo. (ROGERS,2004, p.87)

Marshall B. Rosenberg (2006) grande estudioso, contemporâneo e aluno do próprio Rogers, em sua obra “Comunicação não-violenta” utiliza das condições facilitadoras propostas pelo criador da ACP, por compreender que tais condições são úteis no nosso dia a dia, compreendidas como ricas ferramentas para desarmar situações que emergem ou propiciam o surgimento da violência em si, nos seus mais variados campos que se possa imaginar, tais condições promovem uma relação de maior harmonia e de escuta empática, entender que quando promovemos essa escuta personalizada através da empatia, passamos a compreender as nossas necessidades mais profundas, ter uma atenção maior nos nossos sentimentos, ver a humanidade no outro. De acordo com o autor:

(…) Nossa capacidade de oferecer empatia pode nos permitir continuar vulneráveis, desarmar situações de violência em potencial, ajudar a ouvir a palavra não sem tomá-la como rejeição (…) e até a escutar os sentimentos e necessidades expressos através do silêncio (ROSENBERG,2006, p.177)

Nesse contexto referente às condições facilitadoras Roger e Kinget (1977) afirmam que o indivíduo que produz receptividade, acolhimento personalizado, mediante às reações do próximo, sejam essas positivas ou negativas, e que tem apreço às relações interpessoais mais profundas e significativas, conseguem permitir e promover o crescimento do poder empático, assim como um entendimento emocional com ricos constructos, compreensão de si e do mundo ao seu redor.

No que tange às condições facilitadoras é perceptível uma certa atenção de Carl Rogers (1987) referente ao facilitador, o mesmo compreendia o extremo valor atribuído a figura desse professor, por entender que por meio de tais atitudes e do clima psicológico criado, influenciava em grandes constructos para o discente, ao considerar o aluno com um valor inestimável, aceitando o aluno como ele é integralmente, com suas qualidades e aprendizados, promovendo-o como ser autônomo, o mesmo explana que:

(…) este aluno está descobrindo o que significa ser autônomo, o que significa ser criador, o que significa fazer esforço disciplinado para atingir os objetivos, o que significa ser uma pessoa livre e responsável e, o que é mais importante, está avaliando as satisfações que provem dessas vivências (ROGERS,1987, p.73)

Seguindo a linha de motivação e constructos idealizadores, o real poder sem limites para educando, Tony Robbins (2017) grande estrategista, escritor e palestrante motivacional, explana sobre o poder do conhecimento, indo ao encontro com obra Liberdade para Aprender de Carl Rogers (1971), conforme o mesmo, tem surgido uma nova classe que não é baseada no financeiro ou nos bens da terra, mas fomentados no poder ilimitado de conhecimento, segundo aquele:

(…) vê-se, agora, a estrutura de uma nova classe dividida entre aqueles que tem informação e os que devem atuar na ignorância. Esta nova classe não tem seu poder no dinheiro, ou na terra, mas no conhecimento (ROBBINS,2017, p.22)

Conforme Belém (2000) afirma que Rogers compreendeu as condições facilitadoras sendo um pouco simplistas, mas que ao mesmo tempo eram extremamente exigentes, por cobrar que o terapeuta afastasse os seus julgamentos, valores e crenças para adentrar ao mundo do seu cliente, as três condições funcionam como meio para facilitar o processo, reforçar a aliança terapêutica e fortalecer o binômio Terapeuta/Cliente assim como Facilitador/Aluno, exigindo uma sensibilidade que não é característica de outras correntes e modelos de ensino tradicionalistas, que muitas vezes se amparam em vieses tecnicista e opressores.

Vale destacar o empenho deste profissional que se instrumentaliza com suas práxis, fazendo uso da experiência e vivência como mola propulsora, baseando-se em reflexões que irão gerar ricos feedbacks para com a demanda que surge no âmbito educacional, assim como o real interesse do aluno pelas suas buscas, motivações e satisfações atendidas, propiciando melhorias eficazes no contexto educacional como um todo, fortalecendo os constructos com base na confiança e autogestão, que são percebidos e promovidos já nos primeiros contatos dessa relação (ROGERS, 1971).

CAPÍTULO 3. EDUCAÇÃO HUMANIZADA PARA CARL ROGERS

A educação para o psicólogo Carl Rogers desde muito cedo foi uma temática que o despertava pela relação que era estabelecida e construída entre o educador e o educando no processo de formação humana, o pensador sempre ressaltava o poder que confluía dessa relação para construção de uma personalidade mais autônoma e com grandes constructos no modo de ser e estar no mundo do indivíduo, posicionando-se contra as práticas educativas impostas pelo modelo tradicionalista de ensino, este que é marcado pela influência do positivismo e comportamentalismo(ROGERS,1961).

Rogers (1961) tinha vários postulados sobre como o processo educacional deveria ocorrer, através das suas vivências e apoio dos seus colaboradores de pesquisas, que podiam compreender a subjetividade das observações comportamentais das pessoas, tanto na vida profissional quanto na social, revelando que todos sempre irão à busca por mudanças e autonomias significativas.

Na sua obra Liberdade para aprender (1971) Rogers destaca que o próprio aluno deve ser o dono da sua própria história, trilhando os caminhos que vão propiciar sua busca por conhecimentos e vivências motivadoras e enriquecedoras. O mesmo entendia que o professor não é o centro das atenções, mas que teria uma postura de grande relevância como mediador e facilitador dessa aprendizagem que seria pautada nas condições facilitadoras conhecidas como congruência, aceitação incondicional e empatia.

Rogers (1971) entendia que o papel do professor/facilitador deveria  ser o de promover um acolhimento personalizado, aceitando as opiniões e clarificando muitas vezes as dúvidas que emergiam de seus alunos, confiando nas suas potencialidades e criatividades, para que os mesmos se sentissem responsáveis pelo processo educativo que está surgindo, promovendo assim o respeito e singularidade que é característica de cada  aluno, deixando-o livre para escolher seus próprios caminhos, para que o indivíduo se realize espontaneamente como um todo, segundo o autor:

(…) entendo por esta expressão uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida (ROGERS,1961, p.46)  

Rosenberg (2006) descreve que muitas vezes ao invés de promover acolhida é estabelecido desarmonia, tais como: julgamentos, análises, determinações de erros e comportamentos que passam por todas as gerações, promovendo uma cultura de grande incongruência, seja pela falta de capacidade de reconhecer que nossas necessidades não estão sendo atendidas e que terminamos repassando para os demais, característica presente no ensino controlador e impositivo, conforme o autor: 

(…) o que há de errado com nós mesmos para não compreendermos ou reagirmos de modo que gostaríamos. Nossa atenção se concentra em classificar, analisar e determinar níveis de erro, em vez de fazê-lo no que nós e os outros necessitamos e não estamos obtendo (ROSENBERG,2006, p.38)

É perceptível que Rogers sugeria mudanças radicais e de difícil aceitação pelos professores do modelo tradicional de ensino, o mesmo reconhecia a ferramenta do “Grupo de Encontro” como sendo um meio de aproximação entre professores e alunos, os docentes serão capazes de ouvir estudantes, especialmente os seus sentimentos mais profundos, sem julgamentos ou punições, eliminando assim as dificuldades interpessoais entre ambos (MILHOLLAN; FORISHA,1978). Tendo como intuito o poder para liberar a capacidade de participantes de se tornarem líderes educacionais no viés humanista, segundo Carl Rogers:

(…) penso que todas elas se faziam no sentido de uma maior participação e inciativa dos estudantes, maior responsabilidade, autodisciplina e colaboração mais profunda entre professores e alunos (ROGERS,1970, p.168)  

O facilitador no seu campo de atuação deve ser real e autêntico, para que o processo grupal tenha como base o respeito incondicional, empatia por todos os participantes que estejam presentes, foco no bem-estar, promoção de um clima harmonioso e seguro, afastando os antigos julgamentos e falhas nas comunicações, na busca por condições que visem autonomia e expressividade natural das pessoas que compõem esse grupo (ROGERS,1970).

A ideia de Carl Rogers (1970) sobre a necessidade dos grupos na transformação das pessoas e como estas se percebem, sendo moldadas, surge nova forma de pensamento e trocas de experiências, o sentir-se verdadeiramente aceito no grupo, no meio que este inserido, de acordo com Rogers:

(…) os grupos de encontro conduzem a uma maior independência pessoal, a menos sentimentos escondidos, maior interesse em inovar, maior oposição a rigidez institucional (…) por isso, todos os que se opõem a mudança serão tenaz e até violentamente contrários à experiência intensiva de grupo (ROGERS, 1970, p. 15).

Sobre o aspecto da educação humanizada, Carl Rogers na sua obra O poder Pessoal (2001)reconhece o poder que o sistema educacional tem ao gerar uma influência na formação das pessoas muitas vezes maior do que ao invés da base familiar, igreja, política ou  governo, mas faz um alerta ao questionar qual política é experimentada pelos jovens no modelo de ensino tradicional, compreendido como um método engessado e que muitas vezes embota os sentimentos do educando, atrapalhando o processo de ensino e a formação dos mesmos. É através dessa obra que Rogers ver grandes semelhanças com os trabalhos do educador brasileiro Paulo Freire e sua pedagogia humanizante.

Assim Carl Rogers (1971) compreende a importância do processo de aprendizagem significativa entre o aprendiz e o professor, ao mudar a nomenclatura de professor para facilitador, o mesmo entendia que esse profissional deveria promover uma aprendizagem que trouxesse sentido para o educando, estar seguro com as suas ideias e o seu interior, assim como as relações que são estabelecida de pessoa para pessoa, confiar na capacidade do pensamento do seu aluno, oportunizando para que o mesmo tome as decisões sobre o que deve aprender, como deve planejar seus currículos, propiciando uma responsabilidade compartilhada e  fortalecimento do binômio desta relação.

Segundo os autores Milhollan e Forisha (1978), Carl Rogers entendia como ponto chave, para uma real mudança no sistema educacional, a promoção da acolhida, tendo como base o desenvolvimento natural e abertura para o surgimento do insight nos educandos, que os mesmos fossem plenamente atuantes e criativos conforme o seu vir a ser. Reconhecendo  a relação estabelecida entre o facilitador e o aprendiz, pautados na  confiança e aceitação, uma preocupação otimista e humana desse professor facilitador, sendo o oposto ao modelo tradicional caracterizado como possessivo ou controlador do saber, entendendo que esse processo educacional deve promover atividades voltadas para investigação, descobertas sem limites, tornando assim os estudantes verdadeiros pesquisadores autodirigidos, criativos e espontâneos no seu aprender. 

É perceptível que no campo educacional Rogers exerceu importante tarefa através da sua pedagogia de base humanista, por reconhecer na figura do professor/facilitador o poder de criar um clima mais humano e acolhedor dentro da sala de aula, pautado nas condições facilitadoras propostas pelo mesmo, que visa o amadurecimento do indivíduo, em busca do seu crescimento interior e da sua liberdade para aprender (ROGERS 1971).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante compreender o quanto as referências bibliográficas e os estudos idealizados por Carl Rogers são de grande valia no que tange ao melhor manejo no âmbito educacional, evidenciando e propondo uma relação mais transparente e com ricos constructos tanto para a figura do professor facilitador, quanto para o educando através das condições facilitadoras segundo a Abordagem Centrada no Aluno. 

Tais estudos nos colocam diante da tarefa de pensar e agir de forma congruente com a própria natureza dessa relação, a saber, de forma empática e facilitadora do crescimento mútuo. Sendo necessário maior difusão dos mesmos, tanto para os futuros educadores, professores e profissionais das mais diversas áreas do saber, visto que a escola brasileira ainda tem muitos desafios a serem implementados, propor acolhimento mais humanizado para com os educandos que não são compreendidos no método de ensino tradicional, que embota muitos sentimentos, criatividade e espontaneidade desse ser no mundo. 

Nessa perspectiva o professor deve tomar uma postura de acolhimento sem limites, acreditando no discente enquanto um ser possuidor de diversas experiências e vivências na busca da promoção da autonomia, valorização do ser e que somente por meio desta relação possa dar sentido a cada encontro em que se estabelece o binômio aluno/professor.

Este trabalho também é um convite aos leitores, amigos de profissão, professores em formação continuada, destacando a contribuição do professor facilitador na relação que surge continuamente na aprendizagem, percebendo ser necessário que se implementem ações que visem facilitar o acesso deste profissional com essa visão de mundo, no sentido de gerar uma utilização deste perfil, um senso de responsabilidade e fluidez na sua forma de atuação, proporcionando maior efetividade ao serviço educacional.

A base de um bom aluno está no complemento de um excelente professor, na tentativa de ajudar esse sistema atual, propondo as transformações dignas da real e mais profunda liberdade para aprender.

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¹Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário Doutor Leão Sampaio Juazeiro do Norte/CE em 2016.
²Orientadora Prof.ª Ma. Luciana Raposo dos Santos Fernandes, Brasília/DF, abril de 2018.