AROMATERAPIA COMO PRÁTICA INTEGRATIVA E COMPLEMENTAR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER NO PERÍODO DA MENOPAUSA E CLIMATÉRIO: REVISÃO INTEGRATIVA.

AROMATHERAPY AS AN INTEGRATIVE AND COMPLEMENTARY PRACTICE IN PROMOTING WOMEN’S HEALTH DURING MENOPAUSE AND CLIMACTERIC: AN INTEGRATIVE REVIEW.

LA AROMATERAPIA COMO PRÁCTICA INTEGRADORA Y COMPLEMENTARIA ENLAPROMOCIÓN DE LASALUD DE LAMUJER DURANTE LAMENOPAUSIA Y ELCLIMATERIO: UNA REVISIÓN INTEGRADORA.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10081038


Rafaela Luz Costa
Joelma Alcântara Lima
Gleyce Thaís Tavares da Silva
Thiago Freitas Silva
Charliana Aragão Damasceno


RESUMO

A aromaterapia é uma terapia complementar de prática milenar que utiliza óleos essenciais através do extrato de plantas medicinais com fins de promover saúde, bem-estar e relaxamento. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura sobre as evidências científicas dos benefícios da aromaterapia como prática integrativa e complementar no alívio de sinais e sintomas da menopausa e climatério; sendo utilizadas para o levantamento das literaturas as bases de dados: BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), PUBMED (Biblioteca Nacional de Medicina), SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico. À avaliação dos estudos nesta revisão integrativa permitiu inferir que a aromaterapia como prática integrativa e complementar na promoção da saúde da mulher demonstra resultados significativos para as mulheres que procuram o alívio de sinais e sintomas nas fases de climatério e menopausa, a partir da escolha do óleo essencial, fundamentado nas abordagens metodológicas adotadas. É importante salientar que os ensaios clínicos não randomizados com ensaio controlado por placebo e ensaio clínico randomizado demonstraram que o uso dos óleos de lavanda (Lavandula angustifolia), erva doce (Foeniculum vulgare), gerânio rosa (Pelargonium roseum) e néroli (Citrus aurantium e Citrus aurantium L. var.amara) é abrangente no alívio de diferentes sintomas como: disfunção de sono, diminuição de libido, alterações psicológicas e físicas. Consequentemente, há melhoria na qualidade de vida das mulheres que passam pelo período da menopausa e climatério.

Palavras-chave: Aromaterapia; Menopausa; Práticas integrativas complementares; Climatério; Óleo essencial.

ABSTRACT

Aromatherapy is an ancient complementary therapy that uses essential oils through the extract of medicinal plants to promote health, well-being and relaxation. The objective of this study was to carry out an integrative review of the literature on the scientific evidence of the benefits of aromatherapy as an integrative and complementary practice in relieving signs and symptoms of menopause and menopause; The following databases were used to survey the literature: VHL (Virtual Health Library), PUBMED (National Library of Medicine), SCIELO (Scientific Electronic Library Online) and Google Scholar. The evaluation of the studies in this integrative review allowed us to infer that aromatherapy as an integrative and complementary practice in promoting women’s health demonstrates significant results for women seeking relief from signs and symptoms in the climacteric and menopause phases, based on the choice of oil. essential, based on the methodological approaches adopted. It is important to highlight that non-randomized clinical trials with a placebo-controlled trial and a randomized clinical trial demonstrated that the use of lavender (Lavandula angustifolia), fennel (Foeniculum vulgare), rose geranium (Pelargonium roseum) and neroli (Citrus aurantium and Citrus aurantium L. var.amara) is comprehensive in relieving different symptoms such as: sleep dysfunction, decreased libido, psychological and physical changes. Consequently, there is an improvement in the quality of life of women going through menopause and menopause.

Keywords: Aromatherapy; Menopause; Complementary integrative practices; Climacteric; Essential oil.

RESUMEN

Este estudio fue realizar una revisión integrativa de la literatura sobre la evidencia científica de los beneficios de la aromaterapia como práctica integrativa y complementaria en el alivio de los signos y síntomas de la menopausia y la menopausia; Para el levantamiento de la literatura se utilizaron las siguientes bases de datos: BVS (Biblioteca Virtual en Salud), PUBMED (Biblioteca Nacional de Medicina), SCIELO (Biblioteca Electrónica Científica en Línea) y Google Scholar. La evaluación de los estudios en esta revisión integrativa nos permitió inferir que la aromaterapia como práctica integradora y complementaria en la promoción de la salud de la mujer demuestra resultados significativos para las mujeres que buscan alivio de los signos y síntomas en las fases climatérica y menopáusica, con base en la elección del aceite. esencial, a partir de los enfoques metodológicos adoptados. Es importante resaltar que ensayos clínicos no aleatorizados con un ensayo controlado con placebo y un ensayo clínico aleatorizado demostraron que el uso de lavanda (Lavandula angustifolia), hinojo (Foeniculum vulgare), rosa geranio (Pelargonium roseum) y neroli (Citrus aurantium y Citrus aurantium L. var.amara) es integral en el alivio de diferentes síntomas como: disfunción del sueño, disminución de la libido, cambios psicológicos y físicos. En consecuencia, se produce una mejora en la calidad de vida de las mujeres que atraviesan la menopausia y la menopausia.

Palabras clave: Aromaterapia; Menopausia; Prácticas integradoras complementarias; Climatérico; Aceite esencial.

1. INTRODUÇÃO

A aromaterapia é uma terapia complementar de prática milenar que utiliza óleos essenciais através do extrato de plantas medicinais com fins de promover saúde, bem-estar e relaxamento. Foi utilizada principalmente por Hipócrates, pois acreditava-se que ao utilizar óleos essenciais em banhos e massagens relaxantes promoviam saúde ao corpo. A partir de 1928, a palavra “aromaterapia” foi intitulada pelo químico francês René Maurice Gattefossé começa a investigar o caráter terapêutico dos óleos essenciais como: antibacteriano, analgésica e repositores hormonais (Busato et al., 2014).

Os óleos essenciais são compostos químicos extraídos de plantas medicinais a partir da produção do seu metabolismo secundário especificamente a classe dos terpenos (Gnatta et al,2016). Os terpenos, possuem alto caráter de volatilidade e maior classe química com ativos vegetais com propriedades terapêuticas como: analgesia, anti-inflamatória, bactericida, repositor hormonal e antioxidantes Além de suas propriedades terapêuticas, possuem como característica principal o aroma que destina a fragrância característica da planta e são largamente utilizadas no setor industrial de perfumaria, cosmética e farmacêutica (Paviani et al., 2019).

O climatério é denominado com a fase biológica da mulher e não um processo patológico, compreendendo a fase transicional entre o período reprodutivo na qual, passa pelo período de modificação no padrão menstrual e transita para o período não reprodutivo (Selbac et al,2018). O período da menopausa é caracterizado com a cessação total do período menstrual decorrente da redução da função ovariana (Selbac et al,2018). Decorrente de ambos os períodos fisiológicos que a mulher transita durante o período reprodutor para o não produtor, ocorrendo modificações decorrentes das transições hormonais, em decorrência disso, apresentam sinais e sintomas como: variação de humor, ondas de calor, insônia, queda capilar, disfunção sexual e ganho de peso (Filho et al,2015).

A medicalização utilizada com o uso de hormônios durante a fase de climatério e menopausa é uma prática terapêutica usual na medicina tradicional (Mehrnoush et al, 2021). No entanto, em decorrência de efeitos colaterais pelo uso da terapia hormonal, atualmente as mulheres procuram alternativas terapêuticas que tragam benefícios no alívio dos sinais e sintomas apresentados no climatério e menopausa. A aromaterapia surgiu com a proposta de oferecer tratamento completar aos usuários utilizando óleos essenciais extraídos a partir de plantas aromáticas. Os óleos essenciais com seus efeitos terapêuticos são empregados como alternativa para aqueles que buscam além do tratamento convencional (Sabóia et al,2021).

A aromaterapia é uma categorizada como Prática Integrativa e Complementar no Sistema Único de Saúde (PICS) implantado através da Portaria GM/MS no 971 de 3 de maio de 2006 por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS, com o intuito de promover terapias alternativas utilizando recursos naturais, os óleos essenciais sendo um deles .Com a implementação das PICS, crescem o número de mulheres que buscam alternativas medicinais não invasivas ofertadas pelo SUS (Brasil,2018). Assim, este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura sobre as evidências científicas dos benefícios da aromaterapia como prática integrativa e complementar no alívio de sinais e sintomas da menopausa e climatério.

2. METODOLOGIA

2.1. TIPOS DE ESTUDOS E BASES DE DADOS

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através de levantamento de dados integrativos, nos quais buscam reunir e sintetizar as informações coletadas sobre a temática ou questão abordada de forma sistemática, organizada e abrangente a partir dos resultados de experiências comprovadas e vivenciadas por outros autores (HIGGINS et al, 2019).

Dessa forma, nesta revisão integrativa literária busca-se responder a seguinte pergunta norteadora: a aromaterapia como prática integrativa e complementar em saúde traz benefícios para a saúde da mulher na fase do climatério e menopausa, aliviando os principais sintomas?

Para obtenção dos artigos científicos, foram utilizados os seguintes bancos de dados: BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), PUBMED (Biblioteca Nacional de Medicina), SCIELO (ScientificElectronic Library Online) e Google Acadêmico, com finalidade de agrupar os eminentes artigos relacionados sobre a temática proposta. Para agrupar os artigos selecionados foram utilizados os seguintes descritores em Ciência da Saúde (DeCS) sendo todos em português, espanhol e inglês. A) português:“aromaterapia”, “práticas integrativas e complementares”, “menopausa”, “climatério”, “óleo essencial”; b) Espanhol“aromaterapia”, “prácticas integradoras y complementarias”, “menopausia”, “climatérico”, “aceite esencial” c)Inglês: “aromatherapy”, “integrativeandcomplementarypractices”, “menopause”, “climacteric”, “essentialoil”. Os descritores foram correlacionados nas bases de pesquisas por meio da aplicação dos boleanos “AND” e “OR” com finalidade de direcionar a pesquisa.

A pesquisa nas bases de dados foi realizada de 24 de maio a 5 de setembro de 2023. Sendo utilizado os seguintes critérios de inclusão: a) artigos publicados no período de 2014 a 2023; b) disponíveis em plataformas gratuitas; c) descritores disponíveis em títulos e resumos; d) publicados na língua portuguesa, espanhola e inglesa e) artigos de ensaios clínicos, sistemática, meta-análise e revisão integrativa. Os critérios de exclusão: a) publicações em idiomas diferentes da língua portuguesa, espanhola e inglesa; b) não respondam à pergunta norteadora desta pesquisa; c) publicados com mais de 9 anos de publicação;

2.2 ETAPAS DA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Após a formular a pergunta norteadora foi sucedido a pesquisa nas bases de dados utilizando os descritores. Dessa forma, foram encontrados 50 artigos que foram analisados por quatro revisores, na qual, foi efetuado a leitura do título e resumo. Com isso, ocorreu a seleção baseada nos critérios de inclusão e exclusão instituídos na pesquisa (Figura1), dessa forma, foram escolhidos sete artigos para leitura na integra a partir da extração de dados e descrição dos mesmos.

Figura 1. Fluxograma de seleção de artigos de revisão integrativa sobre aromaterapia como prática integrativa e complementar na promoção da saúde da mulher no período da menopausa e climatério: revisão integrativa.

Fonte: Autores.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os estudos selecionados foram organizados na Tabela 1 e apresentados segundo autor/ano, título, objetivo, metodologia, conclusão e periódico. Entre os sete artigos selecionados, 14,2% (1/7) correspondem a revisão da literatura do tipo integrativa; 57,1% (4/7) de revisão sistemática e meta-análise, 14,2% (1/7) de ensaio clínico não randomizado com ensaio controlado por placebo e 14,2% (1/7) de ensaio clínico randomizado.

Entre os ensaios clínicos, Gürler; Kızılırmak; Baser, (2020) realizou estudo não randomizado controlado por placebo definido como quase experimental com controle do placebo pré-teste e /ou pós- teste, que avaliou os efeitos do óleo essencial de lavanda (Lavandula angustifolia) no sono e qualidade de vida de mulheres durante o período da menopausa utilizando. Foram investigadas 57 mulheres na menopausa, sendo 27 constituíram o grupo intervenção (sujeitadas à aromaterapia) e 30 ao placebo. As informações quanto a qualidade do sono foi quantificada com base no questionário de autorrelato denominado “Pittsburgh Sleep Quality Index” (PSQI), que avalia a qualidade de sono em escala variando de 0 a 5 ou superior. Já a qualidade de vida na menopausa foi verificada pelo questionário “Menopause-Specific Qualityof Life Questionnaire” (MENQOL), sendo analisado estatisticamente com (p) estimado a 99,9%, com α = 0.05 no estudo. Foram admitidas no estudo mulheres: em menopausa no período de 1 a 5 anos; com PSQI igual ou superior a 5; não ter submetido a tratamento de reposição hormonal e não ter alergia a produtos de aromaterapia. No grupo de intervenção e placebo, a idade mediana das mulheres foi de 53 anos e com duração média da menopausa de 3 anos. Ao final do estudo, Gürler; Kızılırmak; Baser, (2020) apresenta os escores do PSQI dos grupos de intervenção e placebo foram semelhantes antes da utilização da aromaterapia, indicando dessa forma, má qualidade do sono em ambos grupos estudados obtendo o p > 0,05. Após a administração, a qualidade de sono das mulheres do grupo de intervenção obteve resultados significados comparado ao grupo placebo (p <0,001). Somado a isso, a pontuação mediana total de PSQI das mulheres do grupo de intervenção obteve diminuição 4 pontos após a submissão da administração da aromaterapia. Com isso, a aromaterapia inalatória administrada com óleo essencial de lavanda apresentou diminuição significativamente a má qualidade de sono e consequentemente refletiu na qualidade de vida das mulheres durante o período de menopausa.

O ensaio clínico de Kazemzadeh et al. (2016), também analisou o uso do óleo essencial de lavanda, no entanto avaliou a aplicabilidade no rubor durante a menopausa. Neste estudo 100 mulheres foram estudadas no período da menopausa com faixa etária entre 45 e 55 anos, todas sendo encaminhadas para centros de saúde em Ardabil, Irã, em 2013 a 2014. A maioria das mulheres participantes apresentavam baixo nível de escolaridade e eram donas de casa. As amostras a serem estudadas foram selecionadas aleatoriamente e separadas em dois grupos compostos por 50 mulheres cada um, sendo: intervenção óleo de lavanda (Lavandula angustifolia) e controle (leite diluído). O procedimento de inalação com a lavanda foi realizado durante 20 minutos, duas vezes ao dia durante o período de 12 meses. A partir disso, os dados foram coletados através de questionário demográfico e ficha de registro de para ambos grupos estudados. Após a coleta de dados, foram analisados por tabela computorizada pela SPSS versão 16 (SPSS INC., Chicago IL, EUA) utilizando o teste QUI- quadrado e teste t. Para melhor análise de cada grupo, cada grupo foi comparada por meio da média do desvio padrão sendo estimado em 45%, no entanto, considerando a taxa de atrito de 10%, passa a ser 50%. A média de rubor antes da intervenção no grupo experimental foi 21,72 com média do desvio padrão sendo 12 e o grupo controle a média foi 20,72 com média do desvio padrão 9,94 ambos com p igual a 0,651. Comparado a isso, a média de rubor após intervenção foi 10,58, sendo a média do desvio padrão 7,34 e o grupo placebo com média 19,70 e média do desvio padrão com 13,40 e ambos com p< 0,001. Com isso, observa-se que o grupo de intervenção apresentou diminuição significativa no rubor facial após a utilização do óleo de lavanda comparado ao controle, cientificamente, essa redução está interligada ao declínio do hormônio do estresse e estímulos oriundos da secreção de beta-endorfina ao utilizar a aromaterapia como prática não invasiva para reduzir o sintoma do rubor na menopausa.

Tabela 1 – Apresentação dos estudos selecionados, distribuídos segundo autores/ano, título, objetivo, metodologia, conclusão e periódico.

Autor(es) TítuloObjetivoMetodologia ConclusãoPeriódico
Kazemzadeh et al. (2016)Efeito da aromaterapia de lavanda no rubor da menopausa: um cruzamentoensaio clínicorandomizado.Determinar o efeito da aromaterapia com lavanda no rubor da menopausa.



Ensaio clínico randomizadoEste estudo indicou que o uso da aromaterapia com lavanda reduziu o rubor da menopausa. Dado o impacto do estresse e os efeitos indesejáveis ​​dos sintomas da menopausa na qualidade de vida, parece que este método simples, não invasivo, seguro e eficaz pode ser usado por mulheres na menopausa com benefícios visíveis.Journal of the Chinese Medical Association
Khadivzadeh et al. (2018)Aromaterapia para problemas sexuais na menopausa mulheres: uma revisão sistemática e meta-análise.O objetivo da presente revisão sistemática e meta-análise é a exploração da evidencia do potencial da eficácia dos produtos de aromaterapia na função de mulheres na menopausa.Revisão sistêmica e meta-análiseAromaterapia com óleo de néroli e óleos essenciais de lavanda, erva-doce, gerânio rosa apresentou melhoras na função sexual em mulheres na menopausa.Journal of Menopausal Medicine

Roozbeh et al. (2019)Efeito da Lavanda no Sono, Desejo Sexual, Vasomotor, Sintoma psicológico e físico na menopausa e Idosas: Uma Revisão Sistemática.A presente revisão sistemática foi realizada para comparar o efeito da lavanda na qualidade do sono, desejo sexual e sintomas vasomotores, psicológicos e físicos em mulheres na menopausa e idosas.Revisão sistemáticaOs resultados sugeriram a eficácia do uso de lavanda em forma de cápsula ou aromaterapia na melhora qualidade do sono, depressão, ansiedade, desejo sexual e sintomas psicológicos e físicos.Journal of Menopausal Medicine

Gürler; Kızılırmak; Baser, (2020)O efeito da aromaterapia no sono e qualidade de vida em mulheres na menopausa com problemas de sono: um estudo não randomizado, Ensaio controlado por placebo.Investigar efeitos dos óleos de lavanda no sono e na qualidade de vida de mulheres na menopausa por meio da inalação de vapor.Ensaio clínico não randomizadoVerificou-se que a aromaterapia envolvendo inalação de vapor com aroma de lavanda aumentou a qualidade e a qualidade do sono. de vida em mulheres com problemas de privação de sono durante a menopausa.Complementary Medicine Research
 Lee et al. (2021)Aromaterapia para controlar os sintomas da menopausa: uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios randomizados controlados por placebo.Esta revisão teve como objetivo avaliar criticamente as evidências clínicas da eficácia da aromaterapia no manejo dos sintomas da menopausa.Revisão sistemática
Os resultados obtidos foram possíveis comprovar o benefício da aromaterapia (lavanda ou dose baixa de néroli), em relação aos sintomas da menopausa, bem mais eficaz do que um placebo.The jornal of alternative and complementary medicine
Baltokoshi et al. (2022)Efeitos da aromaterapia nos sintomas da menopausa: uma revisão integrativa da literaturaRevisar a literatura sobre o efeito da aromaterapia nos sintomas indesejados da menopausaRevisão integrativa da literaturaA aromaterapia pode ser eficaz em diminuir os sintomas da menopausa e, portanto, pode melhorar a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida das mulheres menopausa.Brazilian Journal of Development
Nogueira et al. (2023)Evidências científicas sobre os benefícios do uso de PICS para a qualidade de vida de mulheres climatéricas: revisão de escopoO objetivo do estudo foi realizar uma revisão de escopo para analisar e resumir sistematicamente as evidências científicas sobre os benefícios promovidos pelo PICS como tratamento para redução dos sintomas do climatério e melhoria da qualidade de vida.Revisão sistemáticaDentre as práticas integrativas observadas, o óleo essencial de lavanda foi utilizado em todos os estudos que investigaram a aromaterapia como benefícios para mulheres climatéricas, foi um resultado positivo.Revista contribuciones a las ciências sociales

Fonte: Autores (2023)

Somado a isso, o autor Baltokoshi et al. (2022), evidência em seu estudo resultados que comprovam a redução dos sintomas indesejáveis da menopausa como: fenômenos vasomotores incluindo ondas de calor e rubor, psicossomáticos como ansiedade e depressão e disfunção sexual ao utilizar a aromaterapia e o comprimindo Ginkgo biloba. Ao final do estudo, é relatado que as mulheres apresentadas no estudo buscaram posteriormente a aromaterapia como terapia complementar, buscando evitar os efeitos colaterais e contraindicações do método tradicional da terapia hormonal.

Entre as revisões sistemáticas e meta-análise, Lee et al. (2021) analisou estudos nos quais as mulheres com menopausa, apresentavam sintomas como calafrios, ondas de calor, palpitações, distúrbios do sono e fadiga. Em seu estudo, é relatado melhoras dos sintomas da menopausa ao utilizar os óleos essenciais de lavanda (Lavandula angustifolia) e néroli (Citrus aurantium) em comparação ao placebo (leite diluído). A melhoraria dos sinais e sintomas apresentados pelas mulheres em período de menopausa, é devido ao envolvimento do sistema nervoso autônomo, parassimpático que através do hipotálamo ao inalar os óleos essenciais, estimulam os neurotransmissores a produzirem hormônios como endorfina, serotonina e dopamina, proporcionando dessa forma sensações de alivio de sintomas em mulheres com menopausa. Dessa forma, com a inalação da aromaterapia observou os efeitos superiores na redução da pontuação total dos sintomas da menopausa em comparação com o placebo.

Roozbeh et al. (2019), explica em relação aos demais sintomas da menopausa como qualidade do sono, desejo sexual, vasomotor, sintomas psicológicos e físicos, foi analisado quatro estudos. No sintoma acerca da qualidade de sono, foi observado em três ensaios. Entre eles, o estudo de Kamalifard et al. (2018), foi observado o grupo amostral de 104 mulheres na menopausa, sendo divididos em dois grupos, um grupo utilizou cápsula de lavanda (Lavandula angustifolia) de 500 mg (n = 52) e cápsula de placebo de 500 mg (n = 52), o resultado apresentou que a cápsula de lavanda foi eficaz em comparação ao placebo, de acordo com os relatos das pacientes estudadas. O outro ensaio foi apresentado por Gholamalian et al. (2015), avaliou mulheres na menopausa ao utilizar óleo de lavanda (Lavandula angustifolia), os resultados também foram positivos comparado ao grupo placebo. Em relação, aos sintomas de disfunção sexual e sintomas psicológicos, Nikjou et al. (2018), estudou o total 100 mulheres na menopausa que se relatam como principal queixa a variação de ondas de calor, foram divididos dois grupos de forma igualitária: óleo de lavanda (Lavandula angustifolia) n=50 e placebo n=50. Ao comparar os grupos, o grupo que utilizou o óleo de lavanda alcançou melhoras significativas comparada ao grupo que utilizou placebo. Sobre o ensaio clínico dos sintomas psicológicos, foram apresentados dois grupos, um grupo recebeu aromaterapia com óleo de lavanda (Lavandula angustifolia) (n=50) e o outro leite diluído (n=50), como controle, os sintomas de ansiedade e depressão demostraram eficácia no grupo de lavanda compara ao grupo placebo. As mulheres que apresentaram sintomas de vasomotor, foram divididas também com a utilização de óleo de lavanda (Lavandula angustifolia) n=50 e placebo (leite diluído) n= 50 a qual os resultados dos ensaios também foram positivos para o uso de óleo de lavanda comparado ao grupo de placebo. O autor , também afirma a melhoria na qualidade do sono, com o uso da aromaterapia através da inalação, ou seja, a lavanda é eficaz para a melhora desse sintoma, sendo utilizada em cápsula ou através da inalação, a lavanda apresenta efeitos diretos e indiretos na qualidade do sono. Os efeitos indiretos podem estar relacionados a outras propriedades da lavanda, pesquisas anteriores mostraram os benefícios da lavanda, para fins de melhoria sexual, ondas de calor e psicológico. Assim, as mulheres relatam que apresentaram melhoria no período da menopausa utilizando aromaterapia em comparação ao grupo que utilizou o placebo.

O autor Khadivzadeh et al. (2018), relata sobre os problemas sexuais na menopausa, de 2.345 estudos no artigo, somente três artigos foram para analisados os resultados depois do critério de exclusão do autor, utilizando diferentes óleos, o qual foi distribuído: Óleo de néroli (Citrus aurantium L. var.amara) = 1 (Choi et al. 2014); óleo de lavanda (Lavandula angustifolia) =1 (Nikjou et al. 2017); erva-doce (Foeniculum vulgare) = 1; óleo de gerânio rosa (Pelargonium roseum)=1 (Malakouti et al. 2017). No ensaio de Khadivzadeh são citados os ensaios dos autores: Nikjou et al. (2018) e Malakouti et al. (2017). O autor Nikjou et al. (2018) , observou o efeito da aromaterapia do óleo de lavanda (Lavandula angustifólia) em relação ao desejo sexual em mulheres na menopausa, dividindo-se em dois grupos, grupo da aromaterapia com óleo de lavanda (n=50) e o grupo placebo (n=50), a utilização ocorreu de forma inalatória, as mulheres foram orientadas a inalar por 20 minutos a lavanda ou placebo, duas vezes ao dia no período de duas semanas, após o intervalo de quatro semanas foram trocados os pacientes entre si, com extensão de utilização por mais duas semanas, o resultado do grupo que utilizou aromaterapia de lavanda foi significante em relação ao grupo que utilizou somente placebo. Somado a isso, Khadivzadeh et al. (2018), também utiliza o ensaio de Malakouti et al. (2017), como forma de salientar a utilização prorrogada da aromaterapia após a menopausa. O estudo correlaciona os efeitos da utilização do medicamento Ginkgo biloba com a inalação de oléos essenciais: lavanda (Lavandula angustifolia), erva-doce (Foeniculum vulgare) e gerânio rosa (Pelargonium roseum), com grupo amostral de 180 mulheres pós menopausa e foram randomizadas em três grupos. O primeiro grupo I recebeu 40 mg de Ginkgo biloba comprimido e 2 a 3 gotas do placebo. O grupo II utilizou 2 a 3 gotas dos óleos de lavanda, erva-doce e gerânio rosa e 40 mg de comprimidos placebo. O grupo III consumiu comprimidos de placebo e óleo placebo (leite diluído). Todos os tratamentos foram realizados durante seis semanas, sendo administrado três vezes ao dia. A análise dos resultados foi que 72,8% de satisfação no grupo que utilizou aromaterapia. Choi et al. (2014) observou os resultados ao utilizar o óleo de néroli (Citrus aurantium) na concentração de 0,1% e 0,5%, totalizando a amostra c 81 mulheres, o primeiro grupo utilizou dose baixas do óleo de néroli a 0,1%, o segundo grupo recebeu dose alta a 0.5% do óleo de néroli e o terceiro grupo que era o grupo placebo recebe óleo de amêndoas. Os níveis séricos de estrogênio nos três grupos não obterão diferença, porém em comparação aos intergrupos utilizando como análise de variância unilateral (ANOVA), os grupos I e II obtiveram eficácia em comparação ao grupo de placebo. Além disso, a inalação do óleo de néroli apresentou melhora em dimensões da função sexual, como aumento do líbido.

Segundo Nogueira et al, (2023), as PICS apresentam com prática alternativa e complementar utilizadas por mulheres que sofrem com os sinais e sintomas indesejáveis do climatério e da menopausa, dentre esses sintomas estão fogachos, suores noturnos, irritabilidade, depressão e ressecamento vaginal. É importante ressaltar, que as mulheres presentes no estudo apresentaram sintomas e sinais distintos, no entanto, todas utilizando a aromaterapia como tratamento complementar a terapia convencional hormonal. Todos nos estudo presentes na pesquisa analisados por Nogueira et al, obtendo resultados positivos nos sintomas por elas relatados. A essência do óleo de lavanda (Lavandula angustifolia) foi utilizada em forma de massagem terapia e foi considerado o método totalmente seguro, eficaz e não invasivo para o tratamento dos sintomas e sinais da menopausa e climatério, com resultados positivos como diminuição dos efeitos colaterais do método tradicional da terapia hormonal. Com isso, ao final do estudo conclui que a aromaterapia diminuiu os sintomas e sinais da menopausa e climatério obtiveram melhoria na saúde da mulher como o bem-estar e qualidade de vida.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação dos estudos nesta revisão integrativa permitiu inferir que a aromaterapia como prática integrativa e complementar na promoção da saúde da mulher demonstra resultados significativos para as mulheres que procuram o alívio de sinais e sintomas nas fases de climatério e menopausa, independe do óleo utilizado, fundamentado nas abordagens metodológicas adotadas. É importante salientar que os ensaios clínicos não randomizados com ensaio controlado por placebo e ensaio clínico randomizado demonstraram que o uso do óleo de lavanda (Lavandula angustifolia) é benéfico para diferentes sintomas como: disfunção de sono, rubor e principalmente a melhoria na qualidade de vida das mulheres que passam pelo período da menopausa. Dessa forma, os estudos de revisões da literatura do tipo integrativa, sistemática e meta-análise ratificam que óleo de lavanda (Lavandula angustifolia), óleo de néroli (Citrus aurantium L. var.amara), erva-doce (Foeniculum vulgare) e gerânio rosa (Pelargonium roseum) são eficazes para melhoras dos sintomas e sinais da menopausa e climatério com poucas reações adversas, a maior parte dos ensaios foi à utilização por meio de inalação isolada ou combinada e os resultados foram significantes em relação ao placebo.

Baseado nos resultados apresentados no presente estudo, há necessidade de futuras pesquisas sejam desenvolvidas afim de salientar a eficácia da aromaterapia no alivio dos sinais e sintomas apresentadas pelas mulheres no período de menopausa e climatério, pois trata-se de uma terapia integrativa e complementar utilizado por mulheres que procuram tratamento alternativo a terapia hormonal tradicional.

REFERÊNCIAS

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Rafaela Luz Costa
ORCID: https://orcid.org/0009-0003-4885-0194
Faculdade Cosmopolita, Brasil
E-mail: luzrafaela1@gmail.com

Joelma Alcântara Lima
ORCID: https://orcid.org/00009-0008-0491-0673
Faculdade Cosmopolita, Brasil
E-mail:joelmalima17@hotmail.com

Gleyce Thaís Tavares da Silva
ORCID: https://orcid.org/0009-0001-7492-499x
Faculdade Cosmopolita, Brasil
E-mail: gleycethais77@gmail.com

Charliana Aragão Damasceno
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7333-5691
Faculdade Cosmopolita, Brasil
E-mail: charliana.aragao@faculdadecosmopolita.edu.br

Thiago Freitas Silva
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1536-3747
Faculdade Cosmopolita, Brasil
E-mail: tfsilvafarma@gmail.com