ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DO DELTA DO PARNAÍBA/PI: UM OLHAR SOBRE O ECOTURISMO E POTENCIALIDADES ECOLÓGICAS

ENVIRONMENTAL PROTECTION AREA (APA) OF THE PARNAÍBA DELTA/PI: A LOOK AT ECOTOURISM AND ECOLOGICAL POTENTIALITIES

ÁREA DE PROTECCIÓN AMBIENTAL (APA) DEL DELTA DEL PARNAÍBA/PI: UNA MIRADA AL ECOTURISMO Y A LAS POTENCIALIDADES ECOLÓGICAS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10248131338


Vinícius de Oliveira Cavalcante1
Adriana Oliveira Silva2
Kelly Pereira Rodrigues dos Santos3
Emigdio Nogueira Coutinho4
Hudson Mesquita de Sousa5
Willemes Ferreira Pinho6
Pollyanna Machado da Cruz7


RESUMO: O Delta do Parnaíba é uma área composta por uma paisagem exuberante e com características singulares. Este trabalho visa compreender como o ecoturismo pode contribuir para a valorização do Delta do Parnaíba, assim como as potencialidades que estão presentes dentro da APA do Delta. Desta forma, este estudo tem como objetivo geral analisar o potencial do ecoturismo na Área de Proteção Ambiental (APA) do Delta do Parnaíba e quais as suas potencialidades. De forma específica, pretende-se descrever as características da APA do Delta do Parnaíba, entender como o ecoturismo funciona e sua aplicação na APA do Delta do Parnaíba, e identificar as potencialidades que possam ser exploradas pelo ecoturismo na região analisada. Para alcançar estes objetivos os procedimentos e métodos utilizados foram a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, na qual se realizou observação direta e registro fotográfico. Assim, a pesquisa classifica-se como descritiva, exploratória e explicativa, adotando uma abordagem qualitativa. A necessidade de um ecoturismo forte na APA do Delta do Parnaíba foi constatada como um meio de melhoria social e como forma de preservação e sustentabilidade da paisagem e biodiversidade. A área de estudo apresenta muitas possibilidades de práticas voltadas ao ecoturismo, além das existentes no presente momento.

Palavras-chave: Paisagem; turismo; preservação.

ABSTRACT: The Parnaíba Delta is an area made up of an exuberant landscape with unique characteristics. This work aims to understand how ecotourism can contribute to the enhancement of the Parnaíba Delta, as well as the potential that is present within the Delta APA. The general aim of this study is to analyze the potential of ecotourism in the Parnaíba Delta Environmental Protection Area (APA) and its potential. Specifically, it aims to describe the characteristics of the Parnaíba Delta APA, understand how ecotourism works and its application in the Parnaíba Delta APA, and identify the potential that can be exploited by ecotourism in the region analyzed. To achieve these objectives, the procedures and methods used were bibliographical research and field research, in which direct observation and photographic recording were carried out. The research is thus classified as descriptive, exploratory and explanatory, adopting a qualitative approach. The need for strong ecotourism in the Parnaíba Delta APA was identified as a means of social improvement and as a way of preserving and sustaining the landscape and biodiversity. The study area offers many possibilities for ecotourism practices, in addition to those that currently exist.

Keywords: Landscape; tourism; preservation.

RESUMEN: El Delta del Parnaíba es un área constituida por un paisaje exuberante con características únicas. Este trabajo pretende entender cómo el ecoturismo puede contribuir a la valorización del Delta del Parnaíba, así como el potencial que está presente dentro del APA Delta. El objetivo general de este estudio es analizar el potencial del ecoturismo en el Área de Protección Ambiental (APA) del Delta del Parnaíba y su potencial. En concreto, se pretende describir las características del APA Delta del Parnaíba, comprender el funcionamiento del ecoturismo y su aplicación en el APA Delta del Parnaíba, e identificar el potencial que puede explotar el ecoturismo en la región analizada. Para alcanzar estos objetivos, los procedimientos y métodos utilizados fueron la investigación bibliográfica y la investigación de campo, en la que se llevó a cabo la observación directa y el registro fotográfico. Así, la investigación se clasifica como descriptiva, exploratoria y explicativa, adoptando un enfoque cualitativo. Se reconoció la necesidad de un fuerte ecoturismo en el APA del Delta del Parnaíba como medio de mejora social y como forma de preservar y sostener el paisaje y la biodiversidad. El área de estudio ofrece muchas posibilidades de prácticas ecoturísticas, además de las que existen actualmente.

Palabras clave: Paisaje; turismo; preservación.

INTRODUÇÃO

O estado do Piauí possui diversas riquezas naturais com grande beleza e potencial para diversas modalidades de turismo. No estado, encontra-se desde sítios arqueológicos únicos, que remontam à origem do homem americano, sítios geomorfológicos, praias, rios, lagos, grande biodiversidade, florestas de mangues e o maior delta das Américas.

O Delta do Parnaíba é o único delta em mar aberto do continente americano, está localizado entre os estados do Piauí e Maranhão, e possui uma rica diversidade biológica e paisagística. Com grande potencial turístico, o Delta do Parnaíba pode contribuir significativamente para o desenvolvimento do estado do Piauí, principalmente dos municípios que o compõem, através de atividades como, o ecoturismo (Guzzi, 2012; Mattos e Irving, 2003).

O presente estudo delimita-se em compreender como o ecoturismo pode contribuir para a valorização do Delta do Parnaíba e quais potencialidades estão presentes dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Delta que podem ser agregadas ao ecoturismo. Mesmo possuindo um turismo de praia em seu litoral, o estado do Piauí não possui destaque no ecoturismo ou turismo natural.

Diante disso, ressalta-se que a modalidade do ecoturismo valoriza a compreensão do meio natural/cultural e visa a conservação do patrimônio ecológico. Assim, este trabalho justifica-se em compreender como o ecoturismo pode contribuir no estado do Piauí para melhor compreensão de suas riquezas naturais, como a APA do Delta do Parnaíba, que por sua vez é composta de diversas potencialidades ecológicas, podendo ser favorecida pelas ações de um turismo que se volta a preservar o meio ambiente e ao mesmo tempo educa os turistas.

Para alcançar os objetivos propostos nesse trabalho, a pesquisa se desenvolveu a principio por meio de um levantamento bibliográfico sobre a temática, analisando artigos, dissertações, teses e livros. Em um segundo momento, realizou-se uma visita de campo na APA do Delta do Parnaíba em novembro de 2023, onde se observou os aspectos naturais e os aspectos antrópicos que indicam as potencialidades presentes na área de estudo.

Na visita de campo, visitaram-se algumas ilhas, igarapés, mangues, dunas e a faixa litorânea do delta, e a partir desse ponto foram coletados dados para o desenvolvimento desta pesquisa. Quanto à estrutura do trabalho, está organizado em introdução, referencial teórico, metodologia, resultados e discussões, considerações finais e as referências utilizadas para embasar o trabalho.

Assim, com base no que já foi apresentado, este trabalho tem por objetivo geral analisar o potencial do ecoturismo na APA do Delta do Parnaíba e quais as potencialidades ali presentes. De forma específica, pretende-se descrever as características da APA do Delta do Parnaíba/PI, entender como o ecoturismo funciona e sua aplicação na APA do Delta do Parnaíba/PI, e por fim identificar as potencialidades que possam ser exploradas pelo ecoturismo na região estudada.

REFERENCIAL TEÓRICO

O Delta do Parnaíba

O Delta do Parnaíba é uma área composta por uma paisagem que se origina a partir do fluxo do rio Parnaíba que se bifurca formando dois braços, o Santa Rosa e o Igaraçu. O resultado dessa bifurcação são os muitos igarapés, que contornam diversas ilhas. O delta termina no Oceano Atlântico através de cinco “bocas” que entremeiam as ilhas de Tutóia, Melancieira, Igaraçu, Ilha do Caju e Ilha das Canárias (Farias, 2015).

Segundo Guerra (1993), um Delta é compreendido como um depósito aluvial que se desenvolve em forma de leque rumo ao mar, e este ocorre na foz de alguns rios. Para ocorrer a formação de um delta é necessário a falta de correntes marítimas, o leito do rio deve ser raso e deve-se ter abundância de destino, entre outras condições. O nome delta provém da forma triangular da quarta letra do alfabeto grego, e também da forma da foz do rio Nilo, que é o maior delta do mundo.

Conforme Silva (2004, p. 30), o Delta do Parnaíba não se limita apenas ao estado do Piauí, sendo que:

O Delta do Rio Parnaíba se estende por uma área de 2.700 km², sendo 65% Maranhão e 35% Piauí, indo de Oeste/Leste, da Barra do Igaraçu/PI à Barra de Tutóia/MA, formando aproximadamente 80 ilhas cobertas de florestas tropicais férteis, praias desertas com areias monazíticas, labirintos e igarapés, serpenteando entre as imensas dunas modeladas pelos ventos e as florestas de mangues e carnaubais, que abrigam uma rica fauna.

As atividades que ocorrem na área do Delta são ligadas diretamente aos municípios de Tutóia e Araioses, no Maranhão e a Parnaíba e Luís Correia, no Piauí. Na área do Delta ocorre a reprodução de muitas espécies de crustáceos, sendo um estuário para o caranguejo-uçá, os guaiamus, o camarão branco e o siri, assim como espécies de aves, peixes e répteis que utilizam o local para refúgio e reprodução (Silva, 2004). Observa-se na figura 1 a localização do Delta do Parnaíba, demonstrando a delimitação da APA e da Reserva Extrativista Marinha do Delta.

Figura 1 –Mapa de localização do Delta do Parnaíba

Fonte: Santos (2022)

Para Schaeffer-Novelli (2018), o Delta do Parnaíba possui grande diversidade ecológica, sendo formado em sua grande parte por manguezais e também por vegetações do tipo halofítica gramíneo-herbácea e vegetação sub-perenifólia de dunas. A importância do Delta do Parnaíba se dá por suas caraterísticas ímpares junto à zona costeira do Brasil, é o único delta das Américas em mar aberto, e possui o rio Parnaíba como um divisor natural entre os estados do Maranhão e Piauí. Ao todo, o delta é formado por mais de setenta e cinco ilhas (Mattos; Irving, 2003; Melo; Monteiro; Brito, 2018).

Nesta mesma perspectiva, Guzzi (2012, p. 03) corrobora a importância do Delta do Parnaíba, informando que:

[…] o Delta do Rio Parnaíba é considerado o terceiro maior do mundo e o único encontrado no Continente Americano a desaguar diretamente no oceano, possui uma ampla área de cobertura com cerca de 2.750 Km², e é caracterizado como um complexo mosaico de ecossistemas entrecortados por baías e estuários. Situado entre os Estados do Piauí e Maranhão, caracteriza-se como uma região flúvio-marinha bastante dinâmica formada pela tensão ecológica entre as formações de Cerrado, Caatinga e Sistemas marinhos. Devido à sua alta produtividade primária é considerado como um santuário reprodutivo para inúmeras espécies migratórias.

Magalhães (2001), destaca que a EMBRATUR/IEB classifica a geomorfologia da área do Delta como dinâmica, sendo ainda caracterizada ecologicamente pela presença de grande biodiversidade e endemismos. Para o órgão, a região é considerada um ponto forte e prioritária para o desenvolvimento de medidas voltadas para o ecoturismo, uma vez que essa medida vai de encontro com o Projeto de polos de Ecoturismo no Brasil. Outro ponto que deve ser destacado, é que o Delta do Parnaíba chama a atenção por sua paisagem exuberante, para o geógrafo Aziz Ab’Saber (2001), a paisagem do Delta é:

Nesse setor, situado entre a costa nordeste do Maranhão e noroeste do Ceará, o rio Magu, no passado recente, e o Parnaíba, em atividade, respondem por um dédalo de canais entrelaçados constituído por ilhas e furos entre uma retroterra de tabuleiros rasos e antigas ilhas. Um cenário hoje mascarado pelo crescimento das planícies de marés com mangues e praias leste-oeste sincopadas de areia alvas. […] As restingas em processo de formação orientam-se de leste para oeste encarcerando o emaranhado fluvioestuarino dos manguezais interpostos entre a praia e a terra firme do raso tabuleiro (Ab’Sáber, 2001, p. 105).

Na paisagem ou paisagens do Delta do Parnaíba, além das águas se destacam também, as dunas formadas pela dinâmica dos ventos e dos fluxos do rio Parnaíba. Para Ubeid e Albatta (2014), as dunas são comuns em regiões mais áridas, contudo, elas podem estar presentes em outros tipos de ecossistemas. As dunas formadas na região podem ser do tipo fixas, que se estabelecem entres as dunas móveis e nelas aparecem determinado revestimento vegetal, e também, as dunas móveis que avançam em decorrência da ação eólica (muito forte no local) (Pfaltzgraff; Torres; Brandão, 2010; Oliveira et al., 2019).

A ação antrópica também altera o comportamento e a dinâmica das dunas na região do Delta, assim modificando a paisagem. Segundo Ferreira (2010):

O Delta: Antes o Delta era enorme e não muito frequentado por turistas e embarcações grandes, as dunas eram bem afastadas do rio, também cobertas de árvores que as impediam de chegar até o rio. Hoje devido o homem derrubar as árvores de cima das dunas, elas estão tomando de conta do rio viram croas que impedem a passagem das grandes embarcações […] (Ferreira, 2010, p. 73).

Sobre essa ação das dunas na região do Delta do Parnaíba, Macambira, Sousa e Silva (2019, p. 93) levantam um estudo sobre o impacto da dinâmica das dunas na Ilha Grande e destacam que “A problemática do avanço das dunas em Ilha Grande ainda é pouco pesquisada pelo mundo acadêmico”.

A dinamicidade das dunas na paisagem do Delta também é responsável pelo transporte de sedimentos por meio dos muitos corpos d’água, assim há um equilíbrio por todo o litoral que recebe a ação do balanço sedimentar (Araújo et al., 2017; Lisboa; Campos; Souza, 2011; Oliveira et al., 2019; Pinheiro et al., 2013; Ubeid; Albatta, 2014). Diante desse contexto, sabe-se que a natureza é dinâmica e está em constante mudança, mas, como enfatizado, as ações antrópicas são capazes de gerar influências nesses ambientes e “acelerar” alguns processos.

Área de Proteção Ambiental: APA do Delta do Parnaíba

Segundo Costa (2002), ocorre já no final do século XIX uma medida de proteção voltada para áreas de ambientes naturais por todo o mundo, conhecidas por Unidades de Conservação (UCs) com o objetivo de promover a preservação e conservação de locais com relevância voltadas à biodiversidade e às questões da paisagem como meios de propagação turística.

No Brasil, as Unidades de Conservação passam a ter maior visibilidade com a Lei Federal N° 9.985/2000 que promulga o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Brasil, 2000). Assim passa-se a ter no país uma regulamentação para o uso de áreas com grande potencial turístico e repleta de biodiversidade, visando assim, a conservação dessas áreas. As Unidades de Conservação (UCs) acabaram favorecendo o turismo no Brasil, sendo que foi evidenciada a grande importância da conservação do meio ambiente, uma qualidade de vida melhor e a relação do homem com o meio ambiente através de atividades que envolvam elementos da natureza (Dias, 2003; Melo; Monteiro; Brito, 2018).

A Área de Proteção Ambiental (APA) do Delta do Parnaíba foi criada sob a influência da conservação ambiental, que vinha como uma forte tendência por todo do mundo. Antes de sua criação, a região do Delta já era observada como uma área de grande potencial a ser conservada e protegida, possuindo um grande interesse ecológico não apenas para os estados do Piauí e Maranhão, mas para todo o Brasil (Mattos; Irving, 2003). Na figura 2 apresenta-se um mapa de localização e delimitação da APA do Delta do Parnaíba e seus sistemas ambientais.

Figura 2 –Localização da Área de Proteção Ambiental (APA) do Delta do Parnaíba e suas características ambientais

Fonte: Silva (2020)

De acordo com Melo, Monteiro e Brito (2018) e conforme o ICMBio (2012), a APA do Delta do Parnaíba foi instituída pelo decreto s/n de 28 de agosto de 1996, como uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável. Segundo os mesmos autores a APA do Delta do Parnaíba se estende através dos municípios de Chaval, no Maranhão, Barroquinha, no Ceará, Ilha Grande, Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia, no Piauí. Segundo Melo, Monteiro e Brito (2018, p. 341-342), a Unidade de Conservação da APA do Delta do Parnaíba possui:

[…] uma área de aproximadamente 307.590 ha, com a finalidade de proteger os deltas dos rios Parnaíba, Timonha e Ubatuba, a fauna, a flora e o complexo dunar; remanescentes de mata aluvial; recursos hídricos; melhorar a qualidade de vida das populações residentes, mediante orientação e disciplina de atividades econômicas locais; fomentar o turismo ecológico e a educação ambiental; e preservar as culturas e as tradições locais.

Desta maneira, sobre a APA do Delta do Parnaíba Melo, Monteiro e Brito (2018, p. 342), enfatizam ainda que “[…] Em função desse panorama, registra-se que a diversidade paisagística da UC desperta nos visitantes o interesse em conhecer a fauna e a flora, e em desenvolver atividades de recreação e lazer em contato com a natureza”. Dentre essas atividades, no atual contexto podem ser citados além dos passeios diurnos pelos mangues, igarapés, dunas, pontos de pesca, há os passeios oferecidos pelas equipes de hospedagem das comunidades, tanto os diurnos para conhecer as ilhas e sua excepcional natureza, como também passeios noturnos para observação da biodiversidade.

Com relação à sua economia, em épocas passadas, a região do Delta voltava-se aos ciclos econômicos, como o ciclo da carne-seca e a exploração da carnaúba (ZEE do Baixo Rio Parnaíba, 2002). Quanto à economia local, Mattos e Irving (2003), destacam que ocorreu e ainda ocorre, nas comunidades ou povoados presentes nas ilhas (Morro do Meio, Torto, Caiçara, Passarinho e Canárias), atividades voltadas “à extração de recursos marinhos (pesca, cata do caranguejo, da ostra, do sururu etc.), de maneira tradicional e a agricultura para o próprio consumo ou em pequena escala (cultivo de arroz)” (Mattos; Irving, 2003, p. 24).

Nas condições apresentadas por Mattos e Irving (2003), a Unidade de Conservação ou Área de Preservação Ambiental do Delta do Parnaíba, também foi caracterizada como uma Reserva Extrativista Marinha. Tendo assim, por objetivo garantir a exploração autossustentável e a conservação dos recursos naturais renováveis tradicionalmente utilizados pela população extrativista da área (Brasil, 2000).

2.2.1 O ecoturismo e as potencialidades da APA do Delta do Parnaíba

Em virtude de todas as características naturais presentes na Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba é destacável que o turismo na região seja uma das formas de desenvolvimento econômico e um meio para o conhecimento e conscientização da conservação do meio natural, pois, o ambiente natural é um recurso importantíssimo para o desenvolvimento do turismo em todo o mundo.

O ser humano é atraído para o meio natural em suas viagens de lazer, uma vez que grande parte das pessoas residem em zonas urbanas onde a poluição visual e sonora, a violência e o estresse acarretam desgastes psicológicos e físicos. Assim, os ambientes naturais são procurados em grande parte para excursões, passeios e lazer como um local de contraste ao meio urbano (Ruschmann, 2004). Sobre a importância do turismo, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) destaca que:

[…] o turismo, ao mesmo tempo em que fortalece a apropriação das Unidades de Conservação pela sociedade, incrementa a economia e promove a geração de emprego e renda para as populações locais. Por outro lado, o desafio consiste em fazer com que o turismo seja desenvolvido de maneira harmônica e integrada para que a atividade não prejudique a manutenção dos processos ecológicos, diversidade sócio cultural e conhecimentos tradicionais e a conservação da biodiversidade (Brasil, 2006, p. 7).

Diante deste cenário, Melo, Monteiro e Brito (2018, p. 338), explicam que o MMA desenvolveu um documento denominado de “Diretrizes para Visitação em Unidades de Conservação” que estabelece os princípios e normativas “[…] para que as atividades de visitação sejam realizadas de maneira adequada e compatível com um dos principais objetivos dessas Unidades, que é o de conservar a biodiversidade”.

Dentro desse contexto observa-se a necessidade de um turismo na região do Delta do Parnaíba voltado para a conservação e educação ambiental. Para Mattos e Irving (2003, p. 24), o Ecoturismo “[…] é entendido como a melhor opção para que a região retome o seu ciclo de desenvolvimento”. Contudo, o que é o ecoturismo? De acordo com Pires (1998, p. 75), “Ecoturismo enquanto termo designativo de um tipo de turismo inserido no conjunto de alternativas turísticas ganha aqui um espaço privilegiado para uma abordagem mais ampla e uma análise mais detida”.

Para Ceballos-Lascurain (1987 apud Pires, 1998), o Ecoturismo é uma realização em forma de viagem que aborda áreas naturais com o intuito de serem estudadas, contempladas e desfrutadas por meio de suas paisagens que são compostas pela fauna e flora silvestres. O Ecoturismo também é tido como um meio de desenvolvimento para o meio ambiente, sendo que esse tipo de turismo ajuda nas questões econômicas e socias dos povos que desfrutam de determinado ambiente, e ainda ocorre a possibilidade de conservação da cultura e heranças naturais (Ceballos-Lascurain, 1991).

Conforme Ziffer (1989), o Ecoturismo é uma prática voltada para preservação da vida selvagem e de todos os recursos naturais presentes na área observada. Esse tipo de turismo é apoiado na história natural e na cultura do local visitado, sendo que o ecoturista é um indivíduo que participa do meio que visita por meio da apreciação e conservação. Para Silva (2004, p. 13) é entendido que o ecoturismo:

[…] tornou-se instrumento de preservação dos recursos naturais e uma via para o desenvolvimento econômico e social de áreas carentes contribuindo para a gestão de regiões ecologicamente sensíveis, também promovendo a melhoria de nível de vida das comunidades que escolhem essa atividade e permitindo a utilização dos recursos naturais e culturais de uma forma controlada.

Dessa forma é possível compreender a dimensão da importância do Ecoturismo para a APA do Delta do Parnaíba, e diante disso, Mattos e Irving (2003, p. 24), destacam que:

Esforços e iniciativas de várias origens podem ser registrados no sentido de fortalecimento do Delta como destino ecoturístico, entre eles: a campanha lançada pela PIENTUR – Empresa de Turismo do Piauí “Piauí, quanto mais se conhece mais se gosta”; o Programa Melhores Práticas para o Ecoturismo – MPE/FUNBIO, que incidiu na região; a implantação do Conselho Gestor local do Programa Pólos de Ecoturismo; planejamento turístico no Município de Araióses (MA), entre outros.

Coutinho (2000), corrobora a aplicação do ecoturismo em Unidades de Conservação, sendo que essa aplicação funciona como uma ferramenta sustentável, e também uma forma de envolver as comunidades nativas na proposta de sustento econômico aliado a conservação ambiental.

Entende-se que a aplicação do ecoturismo na APA do Delta do Parnaíba pode muito favorecer a conservação de áreas frágeis ou que eram usadas para a agricultura dos povos tradicionais como, por exemplo, muitas áreas de terras às margens do rio Parnaíba eram desmatadas para o plantio de arroz e outras culturas em décadas passadas. Uma vez que esses povos passam a ter seu sustento por meio do Ecoturismo, ocorre a conservação dessas áreas (muitas delas, manguezais), pois já não há a necessidade de desmatamento para subsistência.

Como uma ferramenta aliada aos povos tradicionais da APA do Delta do Parnaíba, o ecoturismo na região favorece o extrativismo natural marítimo, onde ocorre a cata do caranguejo, do sururu, do camarão, ostra e a pesca de peixes diversos como meio de sustento econômico para tais moradores. O ecoturista também é um consumidor desses produtos, o que favorece toda uma cadeia econômica local.

Além desses pontos já observados, Mattos e Irving (2003, p. 25), informam que o ecoturismo apresenta outra importância para as comunidades de uma unidade de conservação, sendo considerado que:

Transversalmente, a compreensão da interface do ecoturismo com as comunidades em unidades de conservação, perpassa a questão do amplo debate sobre participação das mesmas no processo de tomada de decisões, uma vez que estas nem sempre recebem os benefícios almejados e tampouco estão presentes na gestão dos espaços protegidos. Este aspecto está intimamente ligado ao fortalecimento dos movimentos sócio-ambientais e também se vincula a uma revisão crítica e pró-ativa da academia, com base na reflexão sobre sustentabilidade ecológica e eqüidade social e objetiva influenciar uma revisão das práticas políticas no Brasil.

De acordo com Silva (2004), desde a década de 90, o Delta do Parnaíba já se destacava na modalidade do Ecoturismo para o estado do Piauí, e dentre as muitas ilhas que formam a APA do Delta, “[…] A Ilha do Caju que é totalmente voltada para o Ecoturismo, possui uma pousada e uma grande área preservada em sua fauna e flora” (Silva, 2004, p. 26). Deste modo, ressalta-se que para os tempos atuais há diversas potencialidades a serem exploradas pelo ecoturismo, pois a APA do Delta do Parnaíba abriga grandes recursos naturais.

Destacam-se como potencialidades para o Ecoturismo na APA do Delta do Parnaíba suas dezenas de ilhas que se ramificam em cinco braços, suas praias limpas, as muitas dunas que podem chegar a uma altura de mais de 40 metros, a vegetação de mangues, sendo facilmente visíveis três tipos de mangues, a contemplação da biodiversidade como, por exemplo, a revoada dos guarás nos finais de tarde, entre outros eventos naturais (Silva, 2004).

MATERIAIS E MÉDODOS

O presente estudo adota uma abordagem qualitativa, pois, trata-se de uma pesquisa que não utiliza métodos e/ou técnicas estatísticas. A pesquisa qualitativa é descritiva, e na concepção de Prodanov e Freitas (2013), o ambiente é a fonte direta dos dados, retratando assim o maior número de elementos na realidade estudada, e o pesquisador mantém um contato direto com o objeto de estudo.

Assim, considerando os objetivos esta pesquisa classifica-se como descritiva, exploratória e explicativa. A pesquisa descritiva para Prodanov e Freitas (2013, p.52) “[…] observa, registra, analisa e ordena dados sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua natureza, suas causas, suas características, relações com outros fatos”. Nesse tipo de pesquisa, uma das formas que se destaca para a coleta de dados é a observação.

Quanto à pesquisa exploratória, permite o estudo de um tema sob diversos ângulos e aspectos, envolve levantamento bibliográfico, entrevistas, análise de exemplos que estimule a compreensão, tendo assim a finalidade de proporcionar mais informações sobre o objeto de estudo (Gil, 2008; Prodanov; Freitas, 2013). Já a pesquisa explicativa, de acordo com Gil (2008, p. 28) “[…] são aquelas pesquisas que têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos”. Neste tipo de pesquisa busca-se através de registros, análises e interpretações, explicar as causas do fenômeno estudado, e mais se aprofunda quanto ao conhecimento da realidade, sendo então, um tipo de pesquisa complexa (Gil, 2008).

Quanto aos procedimentos, ressalta-se que estes devem estar alinhados e sistematizados de acordo com a tipologia da pesquisa, objetivando assim obter os conhecimentos e resultados esperados. Assim, para o estudo da temática abordada os procedimentos realizados foram: pesquisa bibliográfica, a partir de levantamento e leitura de trabalhos científicos sobre a temática e/ou relacionados, e pesquisa de campo, na qual realizou-se observação e registro fotográfico.

A pesquisa bibliográfica é fundamental para a realização de todo trabalho científico, através desta se tem uma melhor compreensão sobre o objeto de estudo a partir de estudos pretéritos. Entretanto, também é importante verificar a veracidade dos dados obtidos, observando possíveis contradições e incoerências (Prodanov; Freitas, 2013). Para a fundamentação deste trabalho alguns autores utilizados foram: Guerra (1993), Ab’ Saber (2001), Silva (2004), Ferreira (2010), Farias (2015), Ceballos-Lascurain (1991), Guzzy (2012), Magalhães (2001), Mattos e Irving (2003), Pinheiro et al., (2013), Ubeid e Albatta (2014), Ziffer (2002) entre outros.

A pesquisa foi realizada de forma direta, permitindo a aproximação do pesquisador com a realidade do problema, e a partir da interação se constroem importantes conhecimentos (Minayo, 2009). Segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 59), a pesquisa de campo “[…] consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que presumimos relevantes, para analisá-los”. Diante disso, Fontana (2018) enfatiza que para realizar uma pesquisa de campo é necessário fazer um planejamento, e somado isto, a seleção das técnicas que serão empregadas para o registro e análise das informações coletadas como, observação e registro fotográfico.

Na presente pesquisa, a visita ao campo ocorreu no dia 24 de novembro de 2024, tendo início pela manhã e término no final do dia. Na concepção de Marconi e Lakatos (2017, p. 127), “A observação ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas a respeito de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento”. Deste modo, a observação realizada de forma eficaz possibilita o alcance dos objetivos da pesquisa. Em relação ao registro fotográfico, constitui-se como uma técnica auxiliar importante na realização de uma pesquisa, no momento da análise das evidências, identificação e até mesmo detalhes que passam despercebidos in loco.

Neste âmbito, Gil (2008), ressalta que em muitas situações tomar notas em cadernos e diários no local da pesquisa é inconveniente, pois, muitos elementos podem ser perdidos ou não registrados pelo pesquisador. Desta maneira, o registro fotográfico é um recurso que melhora o desempenho de uma pesquisa. Mediante a realização destas etapas, a seguir apresentam-se os resultados e discussões, espera-se que a realização deste estudo venha contribuir para a compreensão das potencialidades ecoturísticas da APA do Delta do Parnaíba, assim como o desenvolvimento de novos olhares e possibilidades para o fortalecimento destas e de novas atividades.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Através da pesquisa de campo pôde-se conhecer e observar durante todo o percurso, a grande riqueza que é o Delta do Rio Parnaíba, sendo possível perceber a interação entre os elementos da Natureza e do Homem com a natureza e seus recursos. Visando apresentar os registros e observações realizadas em campo, elaborou-se um mosaico com o intuito de elencar as principais informações.

Figura 3 – Observações de campo no Delta do Parnaíba

Fonte: Autores (2023)

Como bem ressaltado, a APA do Delta do Parnaíba possui paisagens de belezas cênicas que proporciona aos seus visitantes uma experiência única, neste contexto, é sabido que o Ecoturismo é uma atividade que vem atraindo cada vez mais adeptos e contribuindo para o desenvolvimento econômico e sustentável, e também para uma educação ambiental. Pois, esse tipo de turismo distrai os turistas e preserva a natureza ao mesmo tempo, segundo o Ministério do Meio Ambiente “O Ecoturismo assenta-se no tripé: interpretação, conservação e sustentabilidade” (Brasil, 2010, p. 19).

Desta forma, através do estudo realizado pôde-se constatar o grande potencial da APA do Delta do Parnaíba ante as atividades ecoturísticas, tanto na perspectiva para o entendimento da importância desse meio ambiente e sua proteção, quanto para o desenvolvimento econômico da região. Pois, para a realização do ecoturismo é necessário toda uma logística e planejamento dos trabalhadores que oferecem seus serviços para atender os diversos públicos.

No quadro 1 apresenta-se uma síntese de algumas destas potencialidades e/ou atividades que já são desenvolvidas e outras que podem ser e/ou melhoradas.

Quadro 1 – Síntese de potencialidades ecoturísticas do Delta do Parnaíba

Fonte: Elaborado pelos autores (2024)

CONCLUSÕES

Este estudo abordou as potencialidades ecoturísticas da Área de Proteção Ambiental (APA) do Delta do Parnaíba, e como essas potencialidades podem contribuir para a preservação ambiental e sustento humano. De acordo com o que já foi exposto, é notória a importância da APA para o turismo local, para o desenvolvimento daquela região e para a preservação do ecossistema ali presente.

O Delta do Parnaíba é um patrimônio ambiental de riquíssima biodiversidade e forte apelo paisagístico que atraem turistas e estudiosos de diversas partes do mundo. Com características singulares, destacando-se como o terceiro maior delta do mundo. Com potencialidades já exploradas e outras ainda por serem descobertas como forma de melhorar o desenvolvimento social e econômico das pessoas que habitam a região como, também, promover o turismo ecológico e sustentável por meio de ações educativas e sociais.

A área do Delta do Parnaíba possui grande potencial para um ecoturismo mais forte. Contudo, é necessário ações de divulgação e de melhor infraestrutura nas cidades que fazem parte da área do Delta, pois é a partir dessas cidades que o turista tem acesso a APA do Delta do Parnaíba. Por meio do ecoturismo, é possível uma melhor conscientização dos turistas que são direcionados à temática da preservação ambiental, sustentabilidade e educação ambiental. O ecoturismo também concede possibilidades de melhor sustento financeiro aos moradores das ilhas e das proximidades do delta, que são favorecidas por meio do ecoturismo, pois, estas oferecem serviços e bens relacionados ao delta.

Dessa forma, espera-se que este estudo coopere para uma melhor reflexão sobre o potencial turístico do estado do Piauí e de toda a região da APA do Delta do Parnaíba, e assim contribuir para a existência de um ecoturismo voltado para o meio ambiente e para o desenvolvimento social dos moradores locais. Portanto, conhecer essas potencialidades ecoturísticas é o primeiro passo, após, segue-se mais estudos/pesquisas e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da região.

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