APRENDIZAGEM AUTOGERIDA E DESIGN INSTRUCIONAL: IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10096354


Andreia Silva Rodrigues1
Patrícia Correa Cezar Godoi2
Evaristo F. de Almeida3
Lilian Christianine4
Geraldo Filho5
Leila de Souza Lima 6
Ferdinando Sampaio Rios7
Monique Bolonha das Neves Meroto8
Kleyssy Mirelle Dias9
Jusele Cristina Ferreira da Silva10


RESUMO

É perceptível as mudanças ocorridas no processo de ensino-aprendizagem em razão dos avanços tecnológicos. Com essa transformação houve a necessidade de adaptação do ambiente escolar para acompanhar as novas exigências do mundo digital. Nessa perspectiva, surgem novas estratégias para o desenvolvimento e engajamento dos alunos no seu processo de aprendizado, o tornando protagonista da sua obtenção de conhecimento. A atividade autogerida se refere à capacidade de gerenciar sua própria aprendizagem, de modo a identificar suas próprias necessidades de aprendizagem e escolher as atividades e recursos que melhor atendem a essas necessidades. Nesse sentido, podemos inferir que design instrucional se concentra em criar estratégias e materiais de aprendizagem que atendam às necessidades dos alunos, visando tornar o processo de aprendizagem mais eficaz e eficiente.

Palavras-chave: Aprendizagem Autogerida. Design Instrucional. Ensino-Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Com o advento da tecnologia, surgiram novas técnicas de aprendizagem assim como novas ferramentas e estratégias para serem inseridas no contexto educacional, promovendo ao longo do período diversas mudanças nesse ambiente. O processo de ensino-aprendizagem tornou-se cada vez mais colaborativo tornando a busca pelo conhecimento e desenvolvimento de habilidade e competência um caminho mais favorável atrativo para o discente.

Nesse sentido, nota-se que os atores no processo pedagógico passaram a desenvolver um novo papel dentro da sala de aula, onde agora o professor deixa de exercer o seu papel como promotor da educação bancária, passando agora a ser um facilitador de meios para a obtenção do conhecimento.

O aluno, por sua vez, também teve que adaptar-se à nova realidade desempenhando o papel de protagonista do seu processo de ensino-aprendizagem.

Dentro dessa perspectiva surge a aprendizagem autogerida que traz uma nova abordagem no contexto educacional que tem como característica a busca pelo conhecimento com mais autonomia e independência do aluno e que interligado ao Design Instrucional tem o papel de buscar meios mais eficazes para o processo de ensino-aprendizagem.

O presente artigo utilizou como metodologia a análise bibliográfica de diversos autores que tratam dessa temática, bem como os assuntos abordados na disciplina “Princípios de Design Instrucional” e conteúdos disponíveis na Internet.

1. APRENDIZAGEM AUTOGERIDA

  • CONCEITO

A aprendizagem autogerida se refere à capacidade de uma pessoa gerenciar sua própria aprendizagem, tomando a iniciativa de identificar suas próprias necessidades de aprendizagem e escolher as atividades e recursos que melhor atendem a essas necessidades.

Segundo Candy (1991), a aprendizagem autodirigida pode ser conceituada não apenas como um processo, mas, em uma segunda abordagem, como uma manifestação contínua das características dos atributos pessoais dos aprendizes.

Pode-se inferir que essa abordagem de aprendizagem traz um processo em que o indivíduo é responsável pela busca do conhecimento, assumindo o controle da sua própria educação. Dessa forma, não depende de um professor ou instrutor como o seu guia, esse aprendiz desenvolve a sua autonomia na busca de recursos e ferramentas para atingir os seus objetivos de aprendizagem.

2. IMPORTÂNCIA

Com a crescente disponibilidade de ferramentas digitais, tornou-se cada a aprendizagem autogerida vem se tornando cada vez mais acessível, uma vez que a Internet vem a propiciar e facilitar o desenvolvimento dessa habilidade pela gama de recursos e tecnologias de comunicação encontrados no ambiente virtual.

A aprendizagem autodirigida vem se tornando cada vez mais essencial para o bom desenvolvimento do processo do ensino-aprendizagem, principalmente nesse novo contexto de crescimento da educação a distância, tornando-se necessário que o aprendiz exerça controle e planejamento do seu aprendizado.

Para Filatro (2020) a aprendizagem é autogerida, ou seja, o próprio aluno é o responsável pelo seu processo de aprendizagem desenvolvendo meios para planejamento e controle das suas atividades, além de adotar estratégias que mais se identifique para a obtenção do conhecimento.

3. DESIGN INSTRUCIONAL

O design instrucional deve levar em consideração a atividade autogerida do aluno, oferecendo opções de aprendizagem que devem aos alunos escolher as atividades que atendem melhoram às suas necessidades. Isso pode incluir a disponibilização de recursos de aprendizagem diversos, como textos, vídeos, exercícios e estimativas.

Ao projetar atividades autogeridas, o design instrucional deve considerar aspectos como a clareza dos objetivos de aprendizagem, a fidelidade dos materiais e recursos de aprendizagem, e a criação de atividades que facilitam o feedback imediato ao aluno. Também é importante considerar a motivação do aluno oferecer atividades motivadoras e interessantes que possam manter o aluno engajado e motivado ao longo do processo de aprendizagem.

A aprendizagem autogerida e o design instrucional são conceitos que estão interligados na criação de ambientes de aprendizagem eficazes. Ao fornecer atividades autogeridas que estejam em consonância com os objetivos do design instrucional, é possível criar um ambiente de aprendizagem que atenda às necessidades do aluno e promova a aquisição de conhecimento e habilidades de forma mais eficaz e eficiente.

4. APLICABILIDADE DA APRENDIZAGEM AUTOGERIDA

Dados os conceitos anteriormente apresentados neste trabalho, temos agora uma maior conceção do que aborda essa estratégia de aprendizagem autodirigida. No contexto educacional, os responsáveis institucionais buscam cada vez mais adaptar o planejamento pedagógico de forma a propiciar aos alunos um processo de ensino-aprendizagem cada vez mais eficaz, promovendo melhores resultados.

Nesse sentido tem-se como exemplo de aplicabilidade da aprendizagem autogerida uma Instituição de Ensino Público que durante a pandemia, sem ter outras alternativas ou estratégias, adotou o modelo de ensino a distância.

Com isso, os alunos foram incentivados a serem os protagonistas da aprendizagem em sala de aula, visto que houve a necessidade de implantação de ensino na modalidade EAD como forma de prevenção à doença uma vez que naquele momento era impossível a realização de atividades escolares dentro da sala de aula. A partir da coordenação dos seus professores, essa Instituição de ensino adotou ferramentas de ambientes de aprendizagem virtuais além de outros recursos inovadores para aquele contexto na Instituição como por exemplo criação de fóruns virtuais para discussão dos assuntos abordados e interação com os demais estudantes e com o professor, além do uso das redes sociais como meio para troca do conhecimento. No contexto, foram identificados que os alunos agora teriam uma autonomia que até então não era empregada na busca do conhecimento, pois os recursos tecnológicos disponíveis exigiam que o discente tivesse total controle no seu processo de busca do conhecimento.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Essa pesquisa apresentou uma análise sobre Aprendizagem Autogerida e Design Instrucional, como a importância no processo de ensino-aprendizagem trazendo estratégias para o novo modelo de ensino a fim de propiciar aos alunos uma melhor aprendizagem dentro e fora da sala de aula. Além disso, o trabalho discorreu ainda sobre o profissional de Design Instrucional que por sua vez exerce importante papel no planejamento e pedagógico bem como em todo o processo de ensino-aprendizagem.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO AUTOGERIDO E DIÁLOGICO PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM PROFUNDA: O CASO PILOTO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES -Sanna Ruhalahti, Helena Aarnio Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/11386/7257

MAPAS DE APRENDIZAGEM: TUTORIAIS INTELIGENTES COMO POSSIBILIDADE DE APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA – Rita de Cássia dos Santos Nunes Lisboa. Aline Teixeira Gomes. Márcia Maria Pereira Rendeiro Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/07/906234/ anais_cbis_2016_artigos_completos-181- 186.pdf

O design instrucional no desenvolvimento do curso online sobre Suporte Básico de Vida – Lucia Tobase e outros Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/Px7YXPPjgZS5WYz JWKXHB8m/abstract/?lang=pt

Manual para trabalhos acadêmicos da MUST University, 2023, 5ª edição, disponível em: https://mustuniversity.s3.sa-east-1.amazonaws.com/WEBQUEST_ARQUIVOS/

MANUAL_WEBQUEST_2023_ALUNOS_V5.pdf Manual completo das Normas APA, disponível em: https://mustuniversity.s3-sa-east-1.amazonaws.com/DISCIPLINAS/MANUAL_WEBQUEST/MATERIAIS/MANUAL_DE_PUBLICACAO_DA_APA_6_EDICACAO_2012.pdf


1 Graduação em Matemática e Pedagogia. Especialização em EJA e Educação Especial. Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. andreiaprofmat@outlook.com

2 Graduação em Administração, Matemática e Pedagogia. Especialização em Educação Especial e Inclusiva, Libras, Gestão Escolar, Educação Especial com ênfase em Deficiência Intelectual, Letramento. Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. patriciacgodoi@yahoo.com.br

3 Universidade São Marcos Graduação em Letras (2008) Faculdade SumaréLicenciatura em Pedagogia (2015)Universidade Metropolitana de Santos Graduação em História (2016)Faculdade de Tecnologia de São PauloTecnologia em Gestão Pública (2020)Universidade PaulistaPós-Graduação em Língua Portuguesa e Literatura (2011)Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must Universityevaristo41@hotmail.com

4 Graduada em Matemática (2000), com especialização em Formação de Professores em Ciências e Matemática (2001), ambos pela Pontífice Universidade Católica de Goiás (PUC/GO), e especialização em Educação, Matemática, suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho (2023), pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University.

5 Graduado em bacharelado engenharia civil (UFPI)Especialização em engenharia de segurança do trabalho (Cesvale)Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University – Flórida. Email: geraldofilhok@hotmail.com

6 Mestranda em Tecnologia Emergentes em Educação, pela Must University, Graduanda do Curso de Administração pela Universidade Estácio de Sá, Especializada em Língua Portuguesa e Oratória, pela Universidade Cidade de São Paulo (2013). Graduada em Gestão Pública pela Universidade Estácio de Sá (2021) e Bacharel em Secretariado Executivo pela Universidade Católica do Salvador (2001).E-mail: leila.clever2@gmail.com

7 Licenciatura plena em Educação Física pela UFC, com pós-graduação em gestão escolar integrada e práticas pedagógicas pela Universidade Cândido Mendes, e Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: ferdinandorios@yahoo.com.br

8 Graduada em Pedagogia. Graduada em Artes Visuais. Graduanda em Educação Física. Graduanda em Educação Especial Inclusiva. Especialização em Supervisão Escolar. Especialização em Psicopedagogia e Gestão Escolar. Especialização em Educação Especial Inclusiva. Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University – Flórida. E-mail: moniquebolonha@gmail.com

9Graduação em Ciência da Computação – Faculdades Objetivo (1999) Graduação em Matemática – Universidade Estadual Vale do Acaraú (2009) Especialização em docência em Ensino Superior – FABECMestranda em Tecnologia Emergentes em Educação – Must University. E-mail: kleyssy@gmail.com

10 Licenciada em Pedagogia pós Graduada em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Supervisão e Inspeção Escolar e Docência Superior. E-mail: jusele2019@gmail.com