REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11254134
Jhemee Pétalla de Jesus Sá,
Cristiane Tito de Sousa,
Daniela Santos da Silva,
Francinalva do Carmo Sousa,
Orientador: Fernanda Mayumi Lourenço Mutou
RESUMO
Objetivo: Verificar os efeitos fisiológicos da aplicação da bandagem elástica no tratamento de edema, criada por Kenzo Kase, usado por ortopedistas e terapeutas para melhorar o suporte muscular sem restringir os movimentos. Feita de algodão elástico, livre de látex e com adesivo acrílico termoativado, ela estimula a pele, ativando receptores mecânicos e contribuindo para a percepção da posição corporal e movimentos articulares. Foi realizada uma revisão de literatura, realizada através do levantamento nas bases de SciELO, LILACS e PubMed. A bandagem tem função de corrigir e estabilizar a biomecânica do tecido e articulação; comprimir uma lesão recente para reduzir edema; limitar movimentos indesejados; facilitar o processo de cicatrização, sem estressar as estruturas lesadas; bombardear o sistema nervoso central com aferências sensoriais dos proprioceptores musculares, reduzindo assim a aferência nociceptiva, isso traz benefícios terapêuticos e funcionais, sendo usada na prevenção e tratamento de disfunções musculoesqueléticas, articulares, neurais e miofasciais, tratamento de edemas e melhora a circulação linfática . A aplicação das bandagens elásticas é eficaz no tratamento de edemas, acelerando a recuperação tecidual, melhorando a circulação e diminuindo a dor, sendo um recurso cada vez mais utilizado na Fisioterapia.
Palavras-chave: Bandagem elástica. Edema, Fisioterapia, Linfonodos.
ABSTRACT
Objective: To verify the physiological effects of applying elastic bandages in the treatment of edema, created by Kenzo Kase, used by orthopedists and therapists to improve muscle support without restricting movements. Made of elastic, latex-free cotton and with heat-activated acrylic adhesive, it stimulates the skin, activating mechanical receptors and contributing to the perception of body position and joint movements. A literature review was carried out, carried out by searching the SciELO, LILACS and PubMed databases. The bandage has the function of correcting and stabilizing the biomechanics of the tissue and joint; compress a recent injury to reduce edema; limit unwanted movements; facilitate the healing process, without stressing the injured structures; Bombarding the central nervous system with sensory input from muscle proprioceptors, thus reducing nociceptive input, this brings therapeutic and functional benefits, being used in the prevention and treatment of musculoskeletal, joint, neural and myofascial dysfunctions, treatment of edema and improves lymphatic circulation. The application of elastic bandages is effective in treating edema, accelerating tissue recovery, improving circulation and reducing pain, being a resource increasingly used in Physiotherapy.
Keywords: Elastic bandage. Edema, Physiotherapy, Lymph nodes.
1.INTRODUÇÃO
Bandagem Elástica (BE) é uma técnica desenvolvida pelo osteopata Kenzo Kase como base para o método Kinesio Taping®, que se originou na década de 1970 e foi originalmente usado por ortopedistas e terapeutas para melhorar o suporte muscular sem criar restrição de movimento muscular. A partir do final da década de 1990, este método espalhou-se pela Europa, Ásia e América, sendo cada vez mais utilizado e estudado (Smykla et al, 2013).
A BE é confeccionada em algodão com elasticidade, sem látex e adesivo acrílico termoativado; o corpo e sua finalidade é estimular os órgãos internos ativando-os somatossensorial e da fáscia assim promove danos, muitas vezes formando uma barreira protetora contra lesões repetitivas e muitos ferimentos (ARTIOLI et al, 2014).
Facilita o tratamento por meio da estimulação mecânica contínua e prolongada da pele, a ação dos mecanorreceptores, gera arcos neurais e contribui para a percepção da posição corporal e dos movimentos articulares. Os mecanismos neurofisiológicos associados à estimulação de receptores somáticos com bandagem elástica e suas funcionalidades terapêuticas e benefícios terapêuticos do uso deste método (TORNATORE et al, 2020).
A aplicabilidade funcional é muito ampla e tem sido usada na prevenção e no tratamento de disfunções musculoesqueléticas, articulares, neurais e miofasciais, sendo mais reconhecida na área desportiva, porém, não é exclusiva e vem sendo cada vez mais usada (CORREA et al, 2021).
Primeiramente, a pele é preparada e o local da aplicação é limpo com algodão e álcool, com a pele limpa e a área é retirada os pelos se necessário. A sua instalação inicia-se com a fixação de três tiras, conhecidas como âncoras, causando uma pressão na pele, aproximadamente dois centímetros acima do local da aplicação, sabendo-se que o objetivo é criar um ponto de fixação, para a fixação de outros ligamentos (KASE, 2013).
Este tipo de pressão negativa, criada pela bandagem puxando as fibras de suporte de acordo com o movimento diário da pessoa, reduz ou elimina as restrições circulatórias através de um efeito de drenagem linfática de 24 horas. É projetado especificamente para êxtase venoso porque o relaxamento do tecido conjuntivo que causa a bandagem na área terapêutica estimula os linfonodos a levarem os líquidos para as linfas, assim reduz a dor e o trazendo bem estar para o paciente (WITTLINGER, 2013).
Os objetivos principais da aplicação são corrigir e estabilizar a biomecânica do tecido e articulação; comprimir uma lesão recente para reduzir edema; limitar movimentos indesejados; facilitar o processo de cicatrização, sem estressar as estruturas lesadas; bombardear o sistema nervoso central (SNC) com aferências sensoriais dos proprioceptores musculares, reduzindo assim a aferência nociceptiva e, portanto, a dor; proteger ou dar suporte as estruturas lesadas; o que torna uma técnica que pode ser aplicada em diferentes regiões do corpo e em estágios distintos da reabilitação após uma lesão tecidual (TOMAS et al, 2018).
A drenagem começa estimulando os gânglios linfáticos do corpo e depois realizando exercícios de drenagem. Esses movimentos são realizados com leve pressão, comprimindo apenas os tecidos superficiais sem atingir os músculos fazendo devagar pelo menos oito repetições de cada movimento (SOUSA et al, 2018).
Ao contrário do sangue, que é impulsionado pela força do coração, o linfonodo não é um sistema fechado e não possui bomba central. O estômago permite que os músculos intestinais se contraiam e relaxem, e a drenagem linfática do estômago depende apenas de fatores externos para circular, pois a linfa se move lentamente e com baixa pressão, principalmente devido à compressão dos movimentos musculares. os músculos esqueléticos empurram o fluido através dele (PINHEIROS et al, 2015).
É um recurso utilizada pelos fisioterapeutas no tratamento de edemas, quando colocadas as bandagens elástica neurofuncionais, ela aumenta a circulação dos vasos linfáticos, possibilitando assim a abertura de novos vasos linfáticos, melhora a remoção do acúmulo de líquidos, promovendo sua auto drenagem melhorando significativamente a estrutura da pele, reduz o inchaço, alivia a dor, a adesão de cicatrizes, promove rápida recuperação em áreas com hipoestesia e também reduz possíveis complicações para que o paciente possa retornar rapidamente às atividades diárias (GONÇALVES, 2015).
2.OBJETIVOS
Verificar os efeitos fisiológicos do uso da bandagem elástica na diminuição de edemas.
3.MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma revisão de literatura, com registro do protocolo com buscas nas fontes de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed. Foram selecionados assim artigos de pesquisa que atenderam aos seguintes critérios: estudos clínicos ou intervencionistas sobre a aplicação do taping e efeito fisiológico usado como meio terapêutico, publicados em português e inglês. Foram excluídos das fontes dos estudos os artigos que não estavam disponíveis na íntegra, os estudos que não apresentavam resultados sobre os benefícios ou malefícios do taping e os artigos publicados em bases de dados. As pesquisas foram feitas entre os meses de agosto e outubro de 2023.
Foram utilizados como critérios de inclusão, artigos que atingem aos objetivos do trabalho, publicados no período compreendido entre 2013 – 2023 nos idiomas português e inglês. Como critérios de exclusão, resumos, resenhas e meta-análise, artigos não disponíveis na forma Free full text, e que não se referiam ao efeito compressivo no pós-operatório e no uso de bandagem elástica. Inicialmente, foi realizada a leitura dos títulos, em seguida, a leitura dos resumos e conclusão (abstracts) dos artigos selecionados. Os estudos que contemplaram os critérios de seleção foram elegidos para leitura na íntegra e, posteriormente, sumarizados em uma tabela para melhor visualização dos resultados.
Figura 1: Número de artigos selecionados e excluídos.
Tabela 1: Artigos científicos selecionados.
Tabela 2: Ano de publicação e quantidade de artigos científicos encontrados para realização da pesquisa.
4.RESULTADO E DISCUSSÃO
De acordo com ARTIOLI e colaboradores, (2014) a bandagem elástica produz efeitos hipoanalgésicos, sua utilização como técnica analgésica primária não é clinicamente justificado, porém eleva a qualidade metodológica mostrando que o efeito sobre a dor e o edema é maior a curto prazo, 24h após a utilização os resultados são amplamente descritos como benéficos e a aplicabilidade funcional é muito ampla sendo usada em muitos tratamentos estéticos e fisioterapêuticos como uma nova técnica. SMYKLA e colaboradores, (2013); BALTACI e colaboradores, (2020) afirmam que embora a BE tenha demonstrado ser eficaz para analgesia de curto prazo a drenagem linfática feita através do uso da BE e muita mais eficaz, sendo uma nova opção no campo fisioterapêutico como alternativa de tratamento mostrando resultados significativos na diminuição dos edemas trazendo uma recuperação mais rápida ao paciente.
De acordo com Kostanoğlu e colaboradores, (2019) o linfedema é uma condição crônica e progressiva. COUTINHO e colaboradores, (2016) ressaltam sobre a importância da fisioterapia no tratamento de edemas, sem tratamento adequado, o linfedema pode resultar na proliferação de tecido fibroso e aumento do risco de feridas e infecções e quadro álgicos,
SOUZA e colaboradores, (2020); ressaltou que a bandagem usada como auxiliar no tratamento para combater a retenção de acúmulo de líquido através do método de drenagem linfática previne o inchaço e melhora a circulação, GONÇALVES, (2015) cita que remove as toxinas sendo feito de acordo com um dos princípios metodológicos de Leduc começando na porção proximal e progride distalmente com um movimento proximal para distal do membro. Seguindo esse método, se indica a colocação da bandagem elástica no segmento dos mesmos trajetos das linfas sendo aplicados com o método de âncora.
A relação dos estudos acima, mostra a eficiência da BE no tratamento de edemas, comprovando ser um recurso eficaz na área da fisioterapia; como o uso da BE pode promover o transporte de líquido pelas linfas melhorando a circulação e os edemas, proporcionando a melhora na qualidade de vida e facilidade na realização das atividades de vida diária, deixando a recuperação mais rápida.
Segundo Kenzo Kase o criador afirma que a bandagem traz como benefícios a correção da função muscular fortalecendo o músculo, estímulo cutâneo que facilita ou limita movimento, as técnicas auxílio na redução de edema levando os fluidos para as linfas, correção do posicionamento articular, redução da dor por vias neurais.
Para CORREA e colaboradores, (2021) o uso da BE é positivo trazendo melhoras nos quadros álgicos, diminuindo risco de fibrose, linfedemas estimulando uma recuperação mais rápida e eficaz ajudando na cicatrização mais rápida e aspecto da pele.
Tendo em vista a utilização da BE no tratamento de edemas os artigos acima mostram um impacto positivo na melhora do quadro do paciente e pode ser um adjuvante indispensável para o tratamento de edemas, proporcionando um efeito benéfico na fibrose, no edema, na pele e na dor, promovendo uma recuperação a curto prazo.
O método de colocação segundo KASE et al; (2014) fala que deve se limpar antes o local de aplicação para uma melhor aderência da fita sua instalação tem a fixação com três tiras chamada de âncoras, provocando uma pressão na pele com objetivo de criar um ponto de fixação para transportar os líquidos. TORNATORE e colaboradores, (2020) destaca que após a colocação da BE os Mecanismos neurofisiológicos são ativados, relacionados à estimulação de receptores somáticos com as leves compressões na pele proporcionando esvaziamento das linfas diminuindo e edema em até 24 horas e trazendo um efeito terapêuticos.
Os estudos acima mostram a eficaz no uso da BE associada a fisioterapia, desempenha um papel importante na prevenção de complicações após cirurgia e traumas na pele, eles enfatizam a importância do tratamento pós-operatório para evitar desequilíbrios no transporte de fluido intersticial dentro da linfa e proporcionar uma recuperação mais rápida ao paciente trazendo a eficácia da fisioterapia com o uso da técnica da bandagem como auxiliar no tratamento de edemas.
5. CONCLUSÃO
Salienta se que a aplicação das bandagens elásticas no tratamento de edemas e é uma técnica eficaz, prevenindo intercorrências, acelerando a recuperação tecidual, melhorando a circulação e promovendo o esvaziamento das linfas, permitindo maior autonomia ao paciente e uma recuperação mais rápida, apresentando resultados visíveis, melhorando o edema e diminuindo a dor, sendo cada vez mais usada na Fisioterapia como um novo recurso coadjuvante no tratamento edema.
6. REFERÊNCIAS
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