ANÁLISES E REFLEXÕES DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR EM ESTUDANTES COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412191522


Zilda Alves Vieira1
José dos Santos Ferreira2
Raryanne Ferreira da Silva3
Cerlandia dos Santos Silva Sousa4


RESUMO

Este artigo analisa as possíveis alterações no desenvolvimento psicomotor dos estudantes com dificuldades de aprendizagem. É bastante comum crianças em idade escolar, apresentarem algumas das diversas dificuldades de aprendizagem. Porém, não se observam preocupações ou interesses por parte das famílias e de alguns professores, em estudar sobre os casos presentes nas salas de aula, assim como analisar as causas dessas interferências, que podem ser resultantes de um déficit psicomotor, na aprendizagem do educando. Um estudante na fase infantil, que apresenta dificuldades e comprometimentos com o desenvolvimento dos fatores psicomotores, poderá apresentar desinteresse pela aprendizagem, visto que, não quer deixar aparente para os colegas e professores, que não consegue realizar determinadas atividades. Sendo assim, através desse trabalho, pretende-se investigar, a partir de leituras e revisões bibliográficas de literaturas, quais as possíveis interferências que uma criança com alteração no desenvolvimento psicomotor, pode ter em sua aprendizagem. Este trabalho tem como base, os teóricos Wallon (1975), Fonseca (2008) e Le Boulch (1988), que ressaltam a importância do desenvolvimento dos fatores psicomotores para uma aprendizagem satisfatória. Dessa forma, diante das discussões realizadas, concluiu-se que a aprendizagem depende, em parte, de um bom desenvolvimento psicomotor do estudante.

Palavras-chave: Aprendizagem. Dificuldade de Aprendizagem. Fatores Psicomotores.

INTRODUÇÃO

Este artigo tem como temática refletir sobre possíveis alterações no desenvolvimento psicomotor de estudantes com dificuldades de aprendizagem. O estudo temático surgiu da necessidade de reconhecer as possíveis alterações que as crianças com dificuldades de aprendizagem, possam apresentar durante o desenvolvimento psicomotor.

De acordo com Fávero (2004, p. 108), “a organização motora é fundamental para o desenvolvimento das funções cognitivas, das percepções e dos esquemas sensório-motor da criança”. Baseado nessa concepção defende-se que esses esquemas sejam observados e avaliados para que possam ser corrigidos quando surgirem quaisquer distúrbios, pois, a criança vai organizando sua capacidade motora de acordo com a maturidade nervosa e com os estímulos do meio que a rodeia.

Negrine (1980, p. 56), afirma que “as aprendizagens escolares básicas devem ser os exercícios psicomotores, e sua evolução é determinante para a aprendizagem da escrita e da leitura.” Quando a criança é estimulada a desenvolver o seu potencial psicomotor, amplia-se as condições para a aquisição das diversas aprendizagens, essa estimulação precisa ocorrer desde a pré-escola para que haja um fortalecimento das funções psicomotoras fundamentais, para o êxito nas atividades visando um aprendizado satisfatório, pois quanto maior for o estímulo, melhor será o desempenho escolar dessas crianças.

Segundo Messias et al (2024), os transtornos de aprendizagem, incluindo dificuldades como a dislexia, discalculia, disgrafia e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), são condições que podem afetar o processamento da informação de forma distinta em cada indivíduo. Para os autores, essa diversidade faz com que a abordagem da metodologia de ensino, necessite ser igualmente diversificada e personalizada.

Ainda seguindo Messias et al (2024, p. 06),

As estratégias precisam ser dinâmicas, incorporando novas descobertas e adaptações conforme as necessidades individuais se revelem, reafirmando a complexidade de cada transtorno de aprendizagem e a diversidade existente entre os alunos que compartilham desses transtornos.

Nessa perspectiva, ver-se a necessidade de trabalhar o desenvolvimento dos fatores psicomotores, desde o primórdio da escolaridade. O trabalho conjunto entre a escola e o Psicomotricista proporciona um melhor resultado no desenvolvimento das aprendizagens escolares, visto que, uma criança com um perfil psicomotor comprometido poderá ser um aluno com baixo rendimento. Porém, se detectado o possível problema precocemente e houver uma sensibilização de forma a trabalhar atividades psicomotoras, visando o desenvolvimento na sua totalidade, o resultado desse processo poderá ser bem promissor.

De acordo com Gomes (1987, p. 18),

A Psicomotricidade tem como objetivo desenvolver o aspecto comunicativo do corpo, o que equivale a dar ao indivíduo a possibilidade de dominar seu corpo, de economizar sua energia, de pensar seus gestos a fim de aumentar- lhes a eficácia e a estética, de completar e aperfeiçoar seu equilíbrio.

Dessa forma, se a criança não tiver estímulo para desenvolver esse domínio sobre o seu próprio corpo, conseguintemente será uma criança propicia a um desencadeamento de alguma dificuldade de aprendizagem.

Com esse estudo objetiva-se averiguar o desenvolvimento psicomotor das crianças com dificuldades de aprendizagem, pois se entende que o desenvolvimento psicomotor é fundamental para a aprendizagem. Pretende-se também, despertar os educadores para essa problemática e, através da observação, eles analisem o perfil de seus alunos com dificuldades de aprendizagem e venham a buscar através de atividades psicomotoras, o desenvolvimento dos fatores psicomotores dessas crianças e assim melhorar o seu desempenho nas aprendizagens.

Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como recurso metodológico a pesquisa bibliográfica, a qual foi realizada a partir da análise de materiais já publicados na literatura e complementada com análises de artigos científicos divulgados no meio eletrônico em revistas científicas.

DESENVOLVIMENTO

Wallon apud Fonseca (2008, p. 98), começou a relacionar a motricidade com a emoção nomeada por ele de “diálogo corporal”. Com essa teoria, chega o fim do dualismo cartesiano, que separava o corpo do intelecto e emocional do indivíduo. Para Wallon (1925, p. 45) “o movimento é antes de tudo, a única expressão e o primeiro instrumento do psiquismo”.

Assim, ainda de acordo com Wallon (1925), o desenvolvimento da personalidade não pode ocorrer separadamente das emoções e o tônus é o princípio de todo ato motor e relaciona-se diretamente com as emoções. Através do tônus há uma estabilidade dos gestos e equilíbrio do corpo, a função tônica mantém uma relação muito próxima da motricidade cinética.

As variações tônicas facilitam ou de certa forma, permitem que a mente compreenda e aceite melhor o problema, para que haja uma resolução ou aceitação do mesmo. Constantemente, podem-se perceber pessoas e principalmente crianças, expressando suas emoções através de gestos e imitações (Wallon, 1925).

Uma criança toma consciência das realidades externas, através de movimentos, da imitação. É comum vê meninas movimentando-se com uma boneca, como se estivesse ninando um bebê, gesticula representando um banho, conversa com objetos, entre outras atividades. Para Wallon apud Galvão (2003, p. 72) “A imitação é uma forma de atividade que revela, de maneira incontestável, as origens motoras do ato mental. Pode-se revelar pensamento através das expressões faciais, posturas, gestos e imitações”

O estudo da relação entre corpo e a mente permeia por vários séculos. Porém, impulsionados pelas conquistas nos estudos dessa área, muitos estudiosos buscam explicar a relação corpo x mente e gradativamente, a psicomotricidade vem se consagrando como uma ciência. Fonseca (2008, p. 9) define a psicomotricidade como “o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistêmicas entre o psiquismo e a motricidade”.

Há uma relação muito acentuada entre a motricidade e o psiquismo, semelhante a Wallon, Fonseca (1988) concorda que, os movimentos acompanham e dão suporte para o pensamento, estando os dois em constante interrelação.

Conforme Fonseca (1988, p. 5):

A identidade da psicomotricidade e a validade dos conceitos que empregam para se legitimar revelam uma síntese inquestionável entre o afetivo e o cognitivo, que se encontram no motor. É a lógica do funcionamento do sistema nervoso, em cuja integração maturativa emerge uma mente que transporta imagens e representações e que resulta de uma aprendizagem mediatizada dentro de um contexto sociocultural e sócio-histórico.

Portanto, a inteligência, as emoções e o movimento integram-se, e um é dependente do outro, através da maturação desses aspectos, ocorre à aprendizagem que pode ser adquirida por intermédio da imitação e modela-se de acordo com o meio em que vive o indivíduo. Visto isso, Fonseca (1996, p.78) afirma que a “Psicomotricidade é a evolução das relações recíprocas incessantes e permanentes dos fatores neurofisiológicos, psicológicos e sociais que intervêm na integração, elaboração e realização do movimento humano”.

A psicomotricidade é uma ciência que visa o desenvolvimento global do indivíduo e a integração dos fatores que favorecem o movimento. A psicomotricidade articula-se com outros campos científicos como a neurologia, pedagogia e psicologia buscando responder melhor às questões relacionadas ao homem e seu corpo, pois a mesma não está preocupada só com aspectos psicomotores, mais também com aspectos cognitivos e socioafetivos que constituem o indivíduo, Fonseca (1996).

Dessa forma, psicomotricidade pode ser entendida como o estudo do corpo em movimento e este corpo é o instrumento mais poderoso que o ser humano tem para expressar suas emoções, ideias, conhecimentos etc. E é também através deste corpo que ocorrem as relações com seu mundo interno e externo. O francês Jean Le Boulch foi um dos primeiros estudiosos a se preocupar com a Educação Psicomotora. Em 1966, em seu livro “A Educação pelo Movimento”, o autor visa sensibilizar os docentes de que, a Educação Psicomotora poderia ajudar às crianças inadaptadas a desenvolver suas habilidades e a desenvolver o conhecimento de si mesmo e do meio que a cerca, através de suas ações.

Le Boulch (1987, p. 14) define psicomotricidade como sendo

Uma ciência que estuda as condutas motoras por expressão do amadurecimento e desenvolvimento da totalidade psicofísica do homem, procurando fazer com que os indivíduos descubram o seu corpo através de uma relação do mundo interno com o externo e a sua capacidade de movimento e ação. E dessa forma, permitir tanto ao adulto como à criança expressar as suas ações e movimentos de forma harmoniosa, utilizando o seu corpo.

Uma psicomotricidade, que desenvolve a capacidade de relacionar mente e corpo de forma harmoniosa e equilibrada, possibilitando ao sujeito expressar seus pensamentos através do movimento. Para Le Boulch, através da educação psicomotora, o sujeito desenvolve o esquema e a imagem corporal, necessários para a organização das sensações relativas ao seu próprio corpo.

Em relação com os dados do mundo exterior e a partir da imagem corporal, fica mais fácil a compreensão e o acompanhamento do desenvolvimento psicomotor, durante as diversas etapas que envolvem esse processo, pois quando a criança dispõe de uma imagem mental do corpo em movimento, permite uma verdadeira representação mental de uma sucessão motora.

Portanto, Le Boulch, (1985, p. 13) diz:

A educação Psicomotora concerne uma formação de base indispensável a toda criança que seja normal ou com problema. Responde a uma dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional tendo em conta a possibilidade da criança e ajudar sua afetividade a expandir-se e equilibrar- se através do intercâmbio com o ambiente humano.

Sendo assim, percebe-se que a educação psicomotora é indispensável a toda criança, pois o movimento contribui para que o indivíduo adquira conhecimento do mundo exterior através do seu corpo, de suas percepções e sensações. Através desse conhecimento há a possibilidade da livre expressão de seu ser e assumir-se como realidade corporal, como também facilitará o processo de aprendizagem.

Fonseca (1984) sugere que as crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar várias problemáticas: problemas psicomotores (apresentando um perfil psicomotor dispráxico, com movimentos exagerados, rígidos e descontrolados); problemas emocionais (sinais de instabilidade emocional e insegurança, fraca intolerância à frustração).

O autor ainda cita os problemas de atenção (dificuldade em focar e fixar a atenção e na seleção de estímulos, com alterações e flutuações na atenção seletiva e na sua duração e extensão); problemas cognitivos; problemas perceptivos (dificuldade de identificar, discriminar e interpretar os estímulos auditivos e visuais, o que irá interferir nas aprendizagens simbólicas); problemas na memória e no comportamento. Todos esses fatores podem gerar em um profissional despreparado, uma má interpretação e assim confundir essas características com cansaço, desordem, preguiça, dentre outros.

Diante dessa problemática, o primeiro passo em busca de soluções para esses transtornos é a identificação e esta é feita primeiramente pelos professores. Por esse motivo é necessário que estes profissionais tenham o conhecimento necessário para realizar essa identificação e desenvolver metodologias adequadas capazes de atenuar esses problemas, pois uma vez detectados, será mais fácil realizar trabalhos com intervenções pedagógicas próprias, para que essas crianças tenham um desempenho escolar mais significativo.

Para Ajuriaguerra (1988, p. 290), “certas habilidades motoras como a coordenação motora fina, o esquema corporal, a lateralização, a discriminação auditiva e visual e a organização espaço-temporal são essenciais para a aprendizagem da escrita”. A psicomotricidade facilita a execução de um movimento consciente, visto que ela desenvolve as funções motoras e sua relação com as funções mentais.

Para Ajuriaguerra (1988, p. 32),

[…] o desenvolvimento motor é um fator essencial, durante toda a duração da escolaridade primária, do desenvolvimento da escrita; este desenvolvimento reflete a organização progressiva de uma atividade motora extremamente complexa e diferenciada, e também frágil.

Le Boulch (1988, p. 17) considera “a educação psicomotora essencial para o aprendizado escolar”, pois através dela o ser humano consegue desenvolver-se por completo, não só suas funções motoras, mais nas relações desta com as funções mentais. Portanto a psicomotricidade auxilia no desenvolvimento integral da criança e a prepara para uma aprendizagem satisfatória.

Dessa forma, a psicomotricidade pode prevenir problemas na aprendizagem, que possam ocorrer devido a um mau desenvolvimento dos fatores psicomotores e que poderão dificultar a aprendizagem de algumas habilidades, e esta, sendo aplicada nos primeiros anos de escolaridade, poderá corrigir esses possíveis problemas e facilitar o desenvolvimento das funções mentais e a aquisição de uma aprendizagem desejável.

Le Boulch (1985, p. 221) observa que “75% do desenvolvimento psicomotor ocorrem na fase pré-escolar e o bom funcionamento dessa área, facilitará o processo de aprendizagem futura”. Logo, o número de crianças com dificuldades de aprendizagem é cada vez maior. Portanto, a parcela da população escolar que apresenta alguma dificuldade de aprendizagem é muito grande. Sendo assim, a escola deve oferecer um ambiente pedagógico propício à aprendizagem dessas crianças e que ao mesmo tempo, seja acolhedor e a criança venha a sentir-se bem e vivencie o seu processo de aprendizagem naturalmente.

Dessa forma, os profissionais precisam conhecer as crianças que estão recebendo  nas unidades de  ensino,                   identifiquem quais  as   dificuldades de aprendizagem que apresentam, analisem os fatores psicomotores que precisam ser desenvolvidos e busquem uma prática educativa centrada no desenvolvimento completo do ser, ou seja, o desenvolvimento cognitivo, emocional, intelectual e motor.

Le Boulch apud Almeida (2007, p. 27) esclarece que “a educação psicomotora é formadora de uma base indispensável a toda criança, pois objetiva assegurar o desenvolvimento funcional”. A educação psicomotora defendida por Le Boulch, evidencia a prevenção das dificuldades de aprendizagem, oportunizando uma educação do corpo, visando o desenvolvimento total da pessoa e a sua preparação para a vida.

Para isso, os educadores precisam compreender a importância da psicomotricidade no processo de aprendizagem, pois, muitas das dificuldades de aprendizagem escolar, são derivadas de alterações motores como: transtornos do equilíbrio, da coordenação, da estruturação do esquema corporal etc. Porém, se o professor não tiver o conhecimento desses fatores, ou não der a devida importância ao bom desenvolvimento dos mesmos ficará difícil realizar intervenções que possibilitem o desenvolvimento de seus alunos.

Segundo Vayer (1986 p. 35), “a escola precisa desenvolver atividades psicomotoras como parte das ações educativas” e estas devem apresentar diversas atividades que seguem etapas sucessivas possibilitando a integração da criança com o grupo. O professor, ao interagir com a criança, deverá criar as condições e o meio favorável ao estágio de desenvolvimento da criança.

Nesse sentido, um princípio fundamental a ser considerado, segundo Wallon (1975, p. 211), é “que em todos os períodos por que passa a criança é preciso saber preparar o período seguinte”. Sendo assim, é fundamental que o professor, em sua prática, ofereça condições para que a criança confie mais em si mesma. Nesse sentido, um grande começo é aceitar e demonstrar carinho pela criança, oferecer atividade que desenvolva a coordenação motora global, que envolve aspectos como exploração do ambiente, atividades lúdicas, necessidades de movimento, de investigação e de expressão da criança.

Deve-se esclarecer que a necessidade apontada de formação do professor no campo dos jogos e brincadeiras, é essencial para o emprego desses recursos. No entanto, o professor que não tenha essa formação, necessita ter conhecimento sobre as contribuições que estas atividades podem oferecer ao desenvolvimento das crianças, podendo criar e desenvolver essas atividades vinculadas com a sua prática pedagógica docente.

CONSIDERAÇÕES

As dificuldades de aprendizagem geram desconfortos em todos os envolvidos e quando esta ocorre em conjunto com déficit no desenvolvimento psicomotor, a situação das crianças torna-se ainda mais difícil. Pois estas ficam desmotivadas com o fracasso escolar, os pais sofrem sem saber como ajudar e os professores sentem- se frustrados, pois muitos deles, não conhecem as causas das dificuldades e dessa forma, também não sabem como agir diante da realidade encontrada.

Diante dessa situação, a escola como agente responsável pela integração da criança na sociedade, deve ser capaz de agir, buscando métodos eficientes que conduzam a criança ao desenvolvimento de suas competências, fortalecendo assim, as suas emoções e proporcionando-lhe o sentimento de ser capaz de interagir socialmente. Assim, o educador fica intimado a buscar conhecimento sobre a temática e desenvolver ações focadas na necessidade do estudante, respeitando a individualidade e o ritmo de cada um.

Nesse enfoque, não quer dizer que o professor é o único responsável em buscar uma solução. Percebe-se através desse estudo que, quando se detecta uma criança que além da dificuldade de aprendizagem, apresenta também problemas nos fatores psicomotores, essa criança precisará da ajuda de um profissional psicomotricista, que possa desenvolver atividades que possibilitem o desenvolvimento. Além desse, em alguns casos, pode ser necessário outros profissionais capacitados para lhe dar com cada caso específico.

Nesse contexto, a educação psicomotora deve ser desenvolvida de forma contextualizada, visando uma prática escolar voltada para o movimento, com atividades de jogos e brincadeiras que estimulem o desenvolvimento completo da criança, melhorando o desempenho de suas habilidades perceptivas, emocionais e intelectuais, considerando sempre a faixa etária da criança, para que os objetivos propostos sejam atingidos.

Dessa forma, percebeu-se que as práticas educativas que viabilizam o desenvolvimento da lateralidade, esquema corporal, noção de corpo, entre outros, podem favorecer uma melhoria no desempenho escolar, propiciando uma melhor assimilação das atividades propostas, refletindo assim, em uma aprendizagem satisfatória, garantindo o bem-estar desses aprendizes.

REFERÊNCIAS

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WALLON, Henri. A criança turbulenta. Paris: Ed. Alcan, 1925.


1 Graduada em Letras. Mestra em Ciências da Educação pela Universidade Politécnica Del Paraguai – UPAP.

2 Graduado em Química. Doutorando em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade de Passo Fundo – UPF.

3 Graduada em Pedagogia. Especialista em Gestão Escolar pela Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI.

4 Graduada em Biologia. Especialista em Metodologia do Ensino Fundamental pela Universidade Vale do Acaraú – UVA