ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

ANALYSIS AND REFLECTION ON THE ORGANIZATION OF PEDAGOGICAL WORK IN BASIC EDUCATION

ANÁLISIS Y REFLEXIÓN SOBRE LA ORGANIZACIÓN DEL TRABAJO PEDAGÓGICO EN LA EDUCACIÓN BÁSICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411122154


Ana Rozicleide Gomes de Oliveira1


RESUMO

Este texto apresenta as questões relevantes da Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica e suas práticas pedagógicas, tendo uma proeminência em seus conhecimentos e suas reflexões para remodelá-la e inová-la sempre que necessário, de modo que não fique arcaica. As mudanças no trabalho pedagógico devem ocorrer constantemente para acompanhar as transformações cotidianas e assim despertar o interesse dos alunos. Organizar o Trabalho pedagógicos da Educação Básica de acordo com os Marcos Legais e o que foi observado, elaborado pela comunidade escolar: gestão, professores, alunos e pais de alunos, para que haja uma aprendizagem significativa levando em consideração o meio em que a criança está inserida, propiciando condições aos professores para colocar em prática o que foi planejado no PPP.

PALAVRAS-CHAVE: Organização do Trabalho Pedagógico, Educação Básica, Projeto Político Pedagógico, Práticas Pedagógicas. Trabalho Docente.

ABSTRACT

This text presents the relevant themes of the Organization of pedagogical work in Basic Education and its pedagogical practices, taking a leading role in its knowledge and reflections to remodel and innovate it when necessary, so that it does not become archaic. Changes in pedagogical work must occur constantly to maintain daily changes and awaken the interests of students. Organize the pedagogical work of Basic Education in accordance with the Legal and Observed Frameworks, developed by the school community: management, teachers, students and family priests of the students, so that there is significant learning taking place in the environment. that the baby is found. inserted, providing conditions for teachers to put into practice the plans in the PPP.

KEYWORDS: Organization of Pedagogical Work, Basic Education, Pedagogical Political Project, Pedagogical Practices. Teaching Work.

RESUMEN

Este texto presenta los temas relevantes de la Organización del trabajo pedagógico en la Educación Básica y sus prácticas pedagógicas, teniendo un protagonismo en sus conocimientos y reflexiones para remodelarlo e innovarlo cuando sea necesario, para que no se vuelva arcaico. Los cambios en el trabajo pedagógico deben ocurrir constantemente para mantenerse al día con los cambios cotidianos y así despertar el interés de los estudiantes. Organizar el trabajo pedagógico de la Educación Básica de acuerdo con los Marcos Legales y lo observado, elaborado por la comunidad escolar: dirección, docentes, alumnos y padres de familia de los alumnos, para que exista un aprendizaje significativo teniendo en cuenta el entorno en el que se encuentra el niño. insertado, brindando condiciones para que los docentes pongan en práctica lo planeado en el PPP.

PALABRAS CLAVE:  Organización del Trabajo Pedagógico, Educación Básica, Proyecto Político Pedagógico, Prácticas Pedagógicas. Trabajo Docente.

1 INTRODUÇÃO

Com a intenção de analisar algumas questões pertencentes à organização do trabalho pedagógico e trazer maior reflexão em relação entre teoria e prática e compreender sua dimensão foi realizada esse texto. A organização do trabalho pedagógico é entendida como uma articulação presumível entre essas instâncias, de modo que que se tenta abalizar a técnica da prática. 

Em razão disso, faz-se imprescindível um planejamento adequado que possa permitir aos professores ampliarem a sua compreensão da situação educativa e assim transmitir através da sua prática o conteúdo aos alunos. Nesse sentido, a Organização do Trabalho pedagógico deve ser visto como fundamental no processo de ensino aprendizagem. 

Nesse aspecto a Organização do Trabalho Pedagógico na Escola Básica permite que essa prática seja transmitida e dá suporte ao fazer pedagógico. Uma instituição organizada contribui para o desenvolvimento do ensino de forma clara e dinâmica. 

A gestão pedagógica segue os trâmites legais de sua secretária, tendo o Projeto Político Pedagógico (PPP) um aliado em favor da prática de ensino, para tanto, todos os envolvidos no ambiente escolar (gestores, professores, funcionários, alunos e pais de alunos) devem colaborar com a reflexão, desenvolvimento e prática do PPP. Quando a escola tem a participação de toda comunidade escolar e zela pelo cumprimento de sua proposta, passa a ser efetivamente uma gestão democrática em benefício de seus educandos.

2 PRÁTICA PEDAGÓGICA 

Consiste num conjunto de práticas que vai desde o planejamento e a dinamização de processos de ensino aprendizagem, levando em consideração o planejamento, ensino de atividades, conteúdo e o PPP, os quais são considerados importante para aquela faixa etária na qual está sendo propiciada o ensino. Não podemos esquecer que a prática pedagógica também deve levar em consideração os conhecimentos prévios dos alunos e o meio onde estão inseridos.

Segundo Vygotsky “[…] todo o processo de aprendizagem é uma fonte de desenvolvimento que ativa numerosos processos, que não poderiam desenvolver-se por si mesmos sem a aprendizagem” (VIGOTSKY, 2010, p. 115). 

A aprendizagem é concebida por meio da mediação. A zona de desenvolvimento proximal é classificada como a diferença entre dois níveis de desenvolvimento: o nível de desenvolvimento real, que são as atividades que a criança realiza sem auxílio de outra pessoa, e o nível de desenvolvimento potencial, que são as ações que a criança realiza com a ajuda do outro. Assim, a zona de desenvolvimento proximal é a diferença entre esses dois níveis, constituindo-se o momento em que a aprendizagem acontece. 

Vygotsky (2007, p. 98) afirma que “a zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadureceram, mas que estão presentemente em estado embrionário

3 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO FUNDAMENTAL PARA UM TRABALHO PEDAGÓGICO ORGANIZADO

A organização do Trabalho pedagógico na escola de educação básica tem como norte os marcos legais e a construção, elaboração e prática do seu PPP, que deve ser construído de maneira democrática e com os representantes dos segmentos escolares, para que seja pensado e principalmente objetivado na aprendizagem significativa dos alunos.

Cabe assim aos dirigentes escolares, professores, pais e comunidade assumir a construção da escola por meio do projeto político-pedagógico (PPP), para o que se fazem necessárias a articulação entre os diversos segmentos que a compõem e a criação de espaços e meios (mecanismos) de participação, de modo que a gestão democrática esteja em função de objetivos educacionais. (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2012. p. 251)

A apropriação dos saberes e o que será propiciado depende do foco da educação que a escola está inserindo, envolvendo o fazer e a prática pedagógica dos professores, dando-lhes recursos para que o PPP seja inserido no desenvolvimento dos seus planos de aula de acordo com Libâneo, Oliveira e Toschi 2012 a escola de qualidade define sua qualidade social:

Por sua vez, a escola com qualidade social é a que define como sua finalidade social a formação cultural e científica dos educandos mediante a apropriação dos saberes historicamente produzidos pelo conjunto da sociedade. Nesse processo de apropriação, que envolve o trabalho dos professores e os meios e recursos pedagógicos necessários, os alunos desenvolvem os conhecimentos, habilidades, atitudes e valores imprescindíveis para a vida produtiva e cidadã, considerando as transformações em curso na sociedade contemporânea. (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2012. p. 251)

A aprendizagem do aluno não é especificamente de responsabilidade do professor, todos que estão envolvidos nesse cotidiano escolar tem coparticipação nesse processo.

O PPP é proposto com o objetivo de descentralizar e democratizar a tomada de decisões pedagógicas, jurídicas e organizacionais na escola, buscando maior participação dos agentes escolares. Previsto pela LDB/1996 (art. 12 e 13) como proposta pedagógica ou como projeto pedagógico, o PPP pode significar uma forma de toda a equipe escolar tornar-se corresponsável pela aprendizagem efetiva do aluno e por sua inserção na cidadania crítica. (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2012. p. 256)

4 BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM UM DOCUMENTO NORMATIVO PARA EDUCAÇÃO BÁSICA. 

A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) é um documento normativo que trouxe um conjunto organizado para definir as aprendizagens essenciais em cada etapa da educação básica, dessa forma traz um norte para o trabalho pedagógico, delimitando o que e como deve ser aprendizagem, para qualificar e equilibrar o ensino do país, respeitando suas peculiaridades. 

Na educação infantil a BNCC está estruturada da seguinte forma: 

A organização curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. (BRASIL, 2018, p.40)

Os cinco campos são: O eu, o outro e o nós, Corpos, gestos e movimentos, Traços, sons, cores e formas, Escuta, fala, pensamento e imaginação e Espaço, tempos, quantidades, relações e transformações. Esses campos foram pensados e elaborados para que entendam cada fase e como consolidar a aprendizagem direcionando atividades para cada faixa etária no momento adequado em que a criança está vivendo. 

No ensino fundamental temos o desafio de alfabetizar, propiciar autonomia e o pleno desenvolvimento para cidadania, contribuir para o delineamento do projeto de vida dos estudantes, preencher as rupturas causadas com as transformações da educação infantil para o ensino fundamental e prepará-los para a etapa seguinte da educação básica.

O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Como já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010)28, essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais. (BRASIL, 2018, p.57)

Segundo (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2012.) “Os defensores de posições neoconservadoras alegam que países mais pobres, como o Brasil, devem dar primazia à educação básica (leia-se ensino fundamental), o que significa menor aporte de recursos para a educação infantil e para o ensino médio e superior”, essa afirmação se fosse observada e praticada mudaria os rumos da educação brasileira, porque consolidando uma base forte no ensino fundamental o Brasil teria com certeza jovens preparados para o Ensino médio e consequentemente para  ensino superior, além de jovens plenamente preparado para o trabalho.

Na educação básica surge o desafio de preparar o jovem tanto para o mercado de trabalho como para o nível superior, que se tivessem sido preparados com um ensino forte na etapa anterior, passaria para o próximo nível com mais conhecimento e adquirindo segurança e habilidades para escolher a carreira que seguirá no ensino superior 

O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica, direito público subjetivo de todo cidadão brasileiro. Todavia, a realidade educacional do País tem mostrado que essa etapa representa um gargalo na garantia do direito à educação. Para além da necessidade de universalizar o atendimento, tem-se mostrado crucial garantir a permanência e as aprendizagens dos estudantes, respondendo às suas demandas e aspirações presentes e futuras. (BRASIL, 2018, p.461)

De acordo com (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2012.) “O atraso técnico-científico e cultural brasileiro impede sua inserção no novo reordenamento mundial. A escolaridade básica e a qualidade do ensino são necessidades da produção flexível, e a educação básica falha constitui fator que tolhe a competitividade internacional do Brasil. ”

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a intenção de analisar algumas questões pertinentes à Organização do Trabalho Pedagógico na Escola de Educação Básica e trazer maior reflexão a partir do tema pesquisado, o presente trabalho cumpriu seu dever, de maneira satisfatória as aspirações de sua autora. A Organização do Trabalho Pedagógico deve ser repensada e constantemente reformulada para atender a velocidade com que o conhecimento se multiplica, a tecnologia mundial faz que tudo em nossa volta mude rapidamente, devendo estar em constante renovação.  

Nessa perspectiva, o ensino é concebido como prática social; é visto como uma atividade que se desenvolve na essência de contextos sócios-históricos, os quais são carregados de interesses, valores e ideologias. Assim, as investigações sobre a Organização do Trabalho Pedagógico não podem se reduzir à análise das técnicas e das destrezas utilizadas pelos professores, com base na sua perspectiva em face do fidedigno, deve levar em consideração tanto os aspectos objetivos como subjetivos presentes na educação, além de também enfatizar as especificações sociais e históricas em que se desenvolve a prática educativa mediante os documentos correlatos da educação e que foi definido pelo grupo escolar no PPP. 

A falta de direcionamento das Políticas Públicas e o ensino pobre na etapa do ensino fundamental faz com que nossa educação não avance como deveria, mantendo o nível do nosso país muito aquém dos países desenvolvidos. Quando essas políticas forem pensadas e praticadas para consolidar um ensino fundamental forte, teremos uma educação efetivamente de qualidade. 

REFERÊNCIAS 

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. BRASIL

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

LIBÂNEO. José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira e TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10ª. Ed., São Paulo: Cortez, 2012.

 VIGOTSKY, Lev Semenovich; LURIA, Alexander Romanovich; LEONTIEV, Alex.  Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 11. ed. São Paulo: Ícone, 2010. 

SAVANI, Demerval. Neo-liberalismo ou pós-liberalismo? Educação Pública, crise do Estado e democracia na América Latina. Campinas: Papirus, 1992.

SAVANI, Demerval. POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA: LIMITES E PERSPECTIVAS. Revista de Educação PUC-Campinas, Campinas, n. 24, p. 7-16, junho, 2008


1 Mestranda em Educação na Enber Christian University