ANALYSIS OF THE CLINICAL PHARMACIST IN THE OPTIMIZATION OF PATIENT PHARMACOTHERAPY IN THE HOSPITAL SETTING: A NARRATIVE REVIEW
ANÁLISIS DEL FARMACÉUTICO CLÍNICO EN LA OPTIMIZACIÓN DE LA FARMACOTERAPIA DEL PACIENTE EN EL ÁMBITO HOSPITALARIO: UNA REVISIÓN NARRATIVA
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11431186
Héryca Karla da Silva Paulo¹;
Juliana Nunes Costa²;
Sílvia Nazário Roussenq³;
Orientador: Gustavo José Vasco Pereira4.
RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar a atuação do farmacêutico clínico na otimização da farmacoterapia dos pacientes em ambiente hospitalar, por meio de uma revisão narrativa da literatura. A pesquisa focou nas competências e responsabilidades do farmacêutico clínico, nas intervenções farmacêuticas típicas realizadas, na participação em equipes multidisciplinares, bem como nas ferramentas e estratégias de monitoramento terapêutico utilizadas. A metodologia adotada envolveu uma revisão bibliográfica de fontes acadêmicas relevantes, incluindo artigos científicos, dissertações e teses, selecionados com base em critérios de pertinência e qualidade. As fontes foram analisadas para identificar e sintetizar as práticas, desafios e impactos das intervenções farmacêuticas em hospitais. Os resultados da revisão indicam que a atuação do farmacêutico clínico é fundamental para a melhoria dos resultados clínicos e para a segurança dos pacientes. Intervenções farmacêuticas, como a revisão de prescrições, a prevenção de erros de medicação e a promoção da adesão ao tratamento, demonstraram impacto positivo na redução de eventos adversos e na otimização de custos hospitalares. A participação ativa dos farmacêuticos clínicos em equipes multidisciplinares também contribuiu significativamente para uma abordagem integrada e centrada no paciente. A conclusão do estudo reforça a importância do farmacêutico clínico na prática hospitalar, destacando seu papel essencial na promoção de um cuidado de qualidade, seguro e eficaz. Investimentos em educação continuada e a implementação de protocolos colaborativos são recomendados para potencializar o impacto positivo dessa atuação na otimização da farmacoterapia em hospitais.
Palavras-Chave: Farmacoterapia. Intervenção Farmacêutica. Cuidado Hospitalar.
ABSTRACT
The aim of this article is to analyze the role of the clinical pharmacist in optimizing the pharmacotherapy of patients in a hospital environment, through a narrative review of the literature. The research focused on the competencies and responsibilities of the clinical pharmacist, the typical pharmaceutical interventions carried out, participation in multidisciplinary teams, as well as the therapeutic monitoring tools and strategies used. The methodology adopted involved a bibliographic review of relevant academic sources, including scientific articles, dissertations and theses, selected on the basis of pertinence and quality criteria. The sources were analyzed to identify and synthesize the practices, challenges and impacts of pharmaceutical interventions in hospitals. The results of the review indicate that the role of the clinical pharmacist is fundamental to improving clinical outcomes and patient safety. Pharmaceutical interventions, such as reviewing prescriptions, preventing medication errors and promoting adherence to treatment, have had a positive impact on reducing adverse events and optimizing hospital costs. The active participation of clinical pharmacists in multidisciplinary teams has also contributed significantly to an integrated, patient-centered approach. The conclusion of the study reinforces the importance of clinical pharmacists in hospital practice, highlighting their essential role in promoting quality, safe and effective care. Investments in continuing education and the implementation of collaborative protocols are recommended to enhance the positive impact of this role in optimizing pharmacotherapy in hospitals.
Keywords: Pharmacotherapy. Pharmaceutical Intervention. Hospital Care.
RESUMEN
El objetivo de este artículo es analizar el papel del farmacéutico clínico en la optimización de la farmacoterapia de los pacientes en un entorno hospitalario, a través de una revisión narrativa de la literatura. La investigación se centró en las competencias y responsabilidades del farmacéutico clínico, las intervenciones farmacéuticas típicas llevadas a cabo, la participación en equipos multidisciplinares, así como las herramientas y estrategias de monitorización terapéutica utilizadas. La metodología adoptada consistió en una revisión bibliográfica de fuentes académicas relevantes, incluyendo artículos científicos, disertaciones y tesis, seleccionadas en función de criterios de pertinencia y calidad. Las fuentes fueron analizadas para identificar y resumir las prácticas, desafios e impactos de las intervenciones farmacéuticas en los hospitales. Los resultados de la revisión indican que el papel del farmacéutico clínico es fundamental para mejorar los resultados clínicos y la seguridad del paciente. Las intervenciones farmacéuticas, como la revisión de las prescripciones, la prevención de errores de medicación y la promoción de la adherencia al tratamiento, han tenido un impacto positivo en la reducción de los acontecimientos adversos y la optimización de los costes hospitalarios. La participación activa de los farmacéuticos clínicos en equipos multidisciplinares también ha contribuido significativamente a un enfoque integrado y centrado en el paciente. La conclusión del estudio refuerza la importancia de los farmacéuticos clínicos en la práctica hospitalaria, destacando su papel esencial en la promoción de una asistencia de calidad, segura y eficaz. Se recomiendan inversiones en formación continuada y la implantación de protocolos de colaboración para potenciar el impacto positivo de este papel en la optimización de la farmacoterapia en los hospitales.
Palabras clave: Farmacoterapia. Intervención farmacéutica. Atención hospitalaria.
1. INTRODUÇÃO
No contexto atual da prática farmacêutica, especialmente no âmbito hospitalar, a otimização da farmacoterapia tem se destacado como uma área de extrema importância. Com o aumento da complexidade dos regimes terapêuticos e a diversidade de pacientes atendidos, surge a necessidade de uma abordagem mais integrada e individualizada para garantir a eficácia e segurança dos tratamentos medicamentosos (Correr, Noblat e Castro, 2014).
Nesse contexto, o papel do farmacêutico clínico torna-se fundamental, uma vez que ele é o profissional capacitado para realizar intervenções diretas na terapia medicamentosa, contribuindo para a melhoria dos resultados clínicos e a redução de eventos adversos (Martins, 2017).
O problema estudado neste artigo reside na análise da atuação do farmacêutico clínico na otimização da farmacoterapia dos pacientes em ambiente hospitalar. Diante da crescente complexidade dos tratamentos e da diversidade de pacientes atendidos, surge a necessidade de compreender os desafios enfrentados por esses profissionais e as práticas adotadas para superá-los. Além disso, é essencial avaliar os impactos dessa atuação na qualidade do cuidado ao paciente, na redução de eventos adversos e na otimização de custos.
Assim, o objetivo deste artigo é realizar uma revisão narrativa que aborde os principais desafios e práticas da farmacoterapia em hospitais, com foco na atuação do farmacêutico clínico. Pretende-se analisar as competências e responsabilidades desse profissional, as intervenções farmacêuticas típicas realizadas, a participação na equipe multidisciplinar, as ferramentas e estratégias de monitoramento terapêutico utilizadas, bem como os benefícios dessa atuação, incluindo a redução de eventos adversos, a otimização de custos e o impacto na qualidade do cuidado ao paciente. Por meio dessa análise, busca-se fornecer subsídios para aprimorar a prática farmacêutica em ambiente hospitalar e promover uma abordagem mais integrada e centrada no paciente.
2. METODOLOGIA
Essa pesquisa foi baseada na metodologia de pesquisa bibliográfica, segundo Severino (2017) esse método ocorre a partir de registros já disponíveis, sejam eles em documentos impressos, livros, artigos, teses, monografias, etc., utilizando então de dados ou de categorias já trabalhados por outros autores como fonte.
Sendo assim, foram utilizados 27 documentos para embasamento teórico e visões sobre a atuação do farmacêutico clínico na otimização da farmacoterapia dos pacientes em âmbito hospitalar, assim tornando possível a compreensão sobre a temática para o desenvolvimento de novas pesquisas sobre o assunto, para isso foram utilizadas as palavras chave: farmacoterapia, farmacêutico clínico, intervenção farmacêutica, otimização de custos, monitoramento terapêutico, entre outros, utilizando como fontes o Google Acadêmico e SciELO, o período contemplado desta análise foi de 2014 até 2024, abrangendo artigos, teses, trabalhos de conclusão de curso, biografia e livros.
3. RESULTADOS
3.1 A Farmacoterapia
A farmacoterapia é uma disciplina fundamental dentro das ciências farmacêuticas, dedicada ao estudo do uso de medicamentos para a prevenção, tratamento e manejo de doenças. Este campo abrange uma ampla gama de atividades que incluem a seleção, administração e monitoramento dos medicamentos, com o objetivo de maximizar os benefícios terapêuticos e minimizar os riscos associados ao uso de fármacos. Segundo Correr, Noblat e Castro (2014), a farmacoterapia visa promover o uso racional de medicamentos, assegurando que os pacientes recebam tratamentos eficazes, seguros e apropriados às suas condições clínicas.
Os princípios da farmacoterapia baseiam-se em quatro pilares essenciais: eficácia, segurança, individualização e adesão ao tratamento. A eficácia refere-se à capacidade do medicamento em produzir o efeito desejado em condições ideais. A segurança envolve a minimização dos riscos e efeitos adversos associados ao uso de medicamentos. A individualização do tratamento é fundamental para ajustar as terapias às necessidades específicas de cada paciente, considerando fatores como idade, peso, função renal e hepática, e comorbidades. Martins (2017) destaca a importância da adesão ao tratamento, ressaltando que a colaboração do paciente e a sua compreensão sobre o uso correto dos medicamentos são cruciais para o sucesso terapêutico.
A farmacoterapia tem objetivos claros e definidos, que incluem a prevenção de doenças, a cura ou controle das mesmas, a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e a redução da morbidade e mortalidade associadas a condições tratáveis. Correr, Noblat e Castro (2014) enfatizam que a farmacoterapia também busca otimizar o uso dos recursos de saúde, reduzindo os custos associados a tratamentos inadequados ou ineficazes. Para atingir esses objetivos, é fundamental a atuação de um farmacêutico clínico, que desempenha um papel central na gestão da terapia medicamentosa dos pacientes.
O farmacêutico clínico é responsável por várias atividades dentro do contexto hospitalar, incluindo a revisão e reconciliação de medicamentos, a monitorização de terapias farmacológicas, a identificação e resolução de problemas relacionados aos medicamentos e a educação dos pacientes e da equipe de saúde. Nicoletti e Ito (2017) discutem o empoderamento do farmacêutico clínico, ressaltando a importância de sua formação contínua e atualização profissional para enfrentar os desafios da prática clínica. A integração do farmacêutico na equipe multidisciplinar de saúde é crucial para garantir a segurança e a eficácia da farmacoterapia.
A segurança do paciente é uma preocupação central na prática da farmacoterapia. Martins (2017) afirma que a identificação precoce de reações adversas e a gestão adequada de interações medicamentosas são componentes vitais para a segurança do paciente. O farmacêutico clínico, ao monitorar constantemente a terapia medicamentosa, pode prevenir complicações e melhorar os resultados clínicos. Além disso, a revisão sistemática das prescrições médicas contribui para a minimização de erros e a promoção do uso racional dos medicamentos.
Outro princípio fundamental da farmacoterapia é a educação do paciente. A comunicação eficaz entre o farmacêutico e o paciente é essencial para garantir que este compreenda a importância do seguimento correto do regime terapêutico. Nicoletti e Ito (2017) ressaltam que a educação do paciente sobre os medicamentos, incluindo suas indicações, efeitos adversos potenciais e a importância da adesão ao tratamento, é crucial para o sucesso da terapia. A participação ativa do paciente no seu próprio tratamento melhora a adesão e, consequentemente, os resultados clínicos.
3.2 O Papel do Farmacêutico Clínico
A prática farmacêutica clínica tem evoluído significativamente ao longo dos anos, adaptando-se às demandas crescentes dos sistemas de saúde e às necessidades dos pacientes. Inicialmente, a farmácia era predominantemente uma prática voltada para a dispensação de medicamentos, com pouca ênfase nas interações diretas com pacientes ou em decisões clínicas. Com o tempo, a evolução do papel do farmacêutico passou a incluir funções mais complexas e integradas aos cuidados de saúde, especialmente em ambientes hospitalares. De Lima et al. (2017) destacam que o registro sistemático das atividades farmacêuticas clínicas em hospitais foi um dos primeiros passos para formalizar e reconhecer a importância dessa prática.
A transição para uma abordagem clínica começou a ganhar força na segunda metade do século XX, particularmente nos Estados Unidos e na Europa, onde a demanda por uma gestão mais eficiente e segura da terapia medicamentosa levou ao surgimento do conceito de farmácia clínica. Este conceito foi baseado na ideia de que farmacêuticos deveriam trabalhar diretamente com médicos e outros profissionais de saúde para otimizar a farmacoterapia, garantindo o uso seguro e eficaz dos medicamentos. Segundo Nicoletti e Ito (2017), essa mudança representou um ponto de inflexão na formação dos farmacêuticos, que passaram a ser treinados não apenas para dispensar medicamentos, mas também para atuar clinicamente.
A farmácia clínica se consolidou como uma prática essencial nos hospitais, com farmacêuticos clínicos participando ativamente de rondas multidisciplinares, colaborando na elaboração de planos terapêuticos e realizando monitoramento contínuo das terapias medicamentosas, essa evolução foi impulsionada pela necessidade de prevenir erros de medicação e melhorar os resultados terapêuticos. De Lima et al. (2017) apontam que o registro detalhado das intervenções farmacêuticas permitiu evidenciar a relevância das contribuições dos farmacêuticos clínicos para a segurança do paciente e a eficácia dos tratamentos.
No Brasil, a prática farmacêutica clínica começou a se desenvolver mais intensamente a partir da década de 1990, com a criação de programas de residência multiprofissional em saúde, que incluíam a farmácia clínica. A regulamentação da profissão e o reconhecimento das atribuições clínicas dos farmacêuticos foram passos fundamentais para a consolidação dessa prática no país. A formação dos farmacêuticos passou a incluir uma forte ênfase nas competências clínicas, preparando os profissionais para atuar em ambientes hospitalares e de atenção primária à saúde (Nicoletti e Ito, 2017).
Um marco importante na evolução da prática farmacêutica clínica no Brasil foi a aprovação da Lei nº 13.021/2014, que reconheceu oficialmente as atribuições clínicas dos farmacêuticos, permitindo-lhes prescrever medicamentos em determinados contextos. Esta lei foi um avanço significativo, pois formalizou o papel do farmacêutico como um profissional de saúde diretamente envolvido no cuidado do paciente. Freitas et al. (2022) destacam que a prescrição farmacêutica representa uma nova perspectiva no manejo clínico, ampliando as possibilidades de intervenção do farmacêutico e reforçando sua responsabilidade na gestão da terapia medicamentosa.
A prática clínica também evoluiu através da implementação de serviços de farmácia clínica em hospitais, que se tornaram mais estruturados e integrados às equipes de saúde. Esses serviços incluem atividades como a reconciliação de medicamentos, avaliação da terapêutica, educação de pacientes e profissionais de saúde, e monitoramento de reações adversas. De Lima et al. (2017) enfatizam a importância do registro dessas atividades para demonstrar o impacto positivo da farmácia clínica na melhoria dos resultados de saúde dos pacientes.
A evolução da prática farmacêutica clínica também está intimamente ligada aos avanços tecnológicos e ao desenvolvimento de novas ferramentas de gestão e monitoramento de terapias medicamentosas. Sistemas informatizados de prescrição e dispensação, bem como softwares de apoio à decisão clínica, têm permitido aos farmacêuticos clínicos atuar de forma mais eficiente e segura. Nicoletti e Ito (2017) sublinham que essas tecnologias facilitam a integração das atividades clínicas dos farmacêuticos com os demais membros da equipe de saúde, promovendo uma abordagem mais colaborativa e centrada no paciente.
A prática do farmacêutico clínico é caracterizada por um conjunto abrangente de competências e responsabilidades, que são essenciais para garantir a segurança e eficácia dos tratamentos medicamentosos, esse profissional atua de maneira integrada com a equipe de saúde, desempenhando funções que vão desde a avaliação terapêutica até a educação de pacientes e profissionais. Souza et al. (2016) destacam que na oncologia, por exemplo, o farmacêutico clínico é fundamental para a personalização das terapias, monitorando efeitos adversos e ajustando doses conforme necessário.
Uma das principais competências do farmacêutico clínico é a capacidade de realizar uma análise crítica das prescrições médicas. Essa análise inclui a verificação da adequação das doses, a identificação de possíveis interações medicamentosas e a avaliação da compatibilidade dos medicamentos com as condições clínicas dos pacientes. Souza et al. (2023) ressaltam que a formação dos farmacêuticos deve enfatizar o desenvolvimento dessas habilidades analíticas, preparando-os para intervir de maneira eficaz na prevenção de erros de medicação e na otimização das terapias.
De acordo com Oliveira (2022) além da análise de prescrições, o farmacêutico clínico também é responsável pelo acompanhamento contínuo dos pacientes, monitorando a resposta terapêutica e identificando precocemente quaisquer reações adversas. Esse monitoramento é particularmente crucial em áreas como a oncologia e a terapia intensiva, onde os pacientes frequentemente recebem medicamentos com um estreito índice terapêutico.
A comunicação eficaz é outra competência essencial do farmacêutico clínico. Este profissional deve ser capaz de dialogar tanto com os pacientes quanto com os demais membros da equipe de saúde, explicando as recomendações terapêuticas e esclarecendo dúvidas sobre os tratamentos. Souza et al. (2016) apontam que na oncologia, a comunicação clara e precisa é vital para garantir que os pacientes compreendam o regime terapêutico e sigam as orientações de forma adequada, minimizando riscos e melhorando a adesão ao tratamento.
A atuação do farmacêutico clínico também inclui a reconciliação medicamentosa, um processo que envolve a comparação minuciosa das prescrições médicas com as medicações que o paciente já está tomando. Esse procedimento é crucial para evitar duplicações, omissões e interações prejudiciais entre medicamentos. Oliveira (2022) relata que durante a pandemia de COVID-19, a reconciliação medicamentosa foi especialmente importante para garantir a segurança dos pacientes, dado o aumento na complexidade das terapias e a introdução de novos protocolos de tratamento.
O farmacêutico clínico deve estar envolvido na pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos e protocolos terapêuticos. A contribuição para a pesquisa clínica e a participação em estudos de farmacovigilância são componentes importantes de sua atuação, ajudando a ampliar o conhecimento sobre a eficácia e a segurança dos medicamentos. Na oncologia, a pesquisa farmacêutica é essencial para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e menos tóxicas, beneficiando diretamente os pacientes (Souza et al., 2016).
3.3 Atuação do Farmacêutico Clínico no Ambiente Hospitalar
As intervenções farmacêuticas constituem um componente essencial da prática clínica do farmacêutico, sendo fundamentais para garantir a segurança e a eficácia da terapia medicamentosa dos pacientes. Essas intervenções envolvem uma série de ações que visam identificar, prevenir e resolver problemas relacionados aos medicamentos, assegurando que os tratamentos sejam apropriados e otimizados para cada paciente. Almeida et al. (2018) destacam que, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), as intervenções farmacêuticas são particularmente cruciais devido à complexidade das condições clínicas dos pacientes e ao uso intensivo de medicamentos.
Uma das intervenções farmacêuticas mais comuns é a revisão e análise das prescrições médicas. Esta atividade envolve a avaliação detalhada das prescrições para identificar possíveis erros, interações medicamentosas e doses inadequadas. O farmacêutico clínico revisa a lista de medicamentos de cada paciente e verifica a compatibilidade entre eles, a adequação das doses e a necessidade de ajustes conforme a função renal e hepática do paciente. Rolinho (2016) destaca que a revisão das prescrições é essencial para prevenir eventos adversos, especialmente em populações vulneráveis, como idosos, que são mais suscetíveis a quedas devido ao uso de certos medicamentos.
Outro tipo de intervenção farmacêutica é a reconciliação medicamentosa, que envolve a comparação das medicações que o paciente estava tomando antes da admissão hospitalar com as prescrições realizadas durante a internação e após a alta. Este processo é fundamental para evitar duplicações, omissões e interações medicamentosas. Almeida et al. (2018) relatam que a reconciliação medicamentosa na UTI é vital para garantir a continuidade e a segurança da terapia medicamentosa, prevenindo complicações que podem surgir devido a mudanças abruptas nos regimes de medicamentos.
A intervenção farmacêutica também envolve o monitoramento terapêutico de medicamentos (MTM), que é o processo de acompanhar os níveis de determinados medicamentos no sangue para assegurar que estão dentro da faixa terapêutica adequada. Este monitoramento é especialmente importante para medicamentos com um estreito índice terapêutico, onde pequenas variações nas concentrações podem resultar em ineficácia ou toxicidade. Rolinho (2016) aponta que o MTM é uma prática indispensável na prevenção de eventos adversos e na garantia de que os pacientes recebam o máximo benefício terapêutico de seus medicamentos.
O farmacêutico clínico participa ativamente na gestão de interações medicamentosas. Ele identifica e avalia possíveis interações entre os medicamentos prescritos e propõe alternativas ou ajustes nas doses para minimizar os riscos. Almeida et al. (2018) descrevem que na UTI, onde os pacientes frequentemente recebem múltiplos medicamentos simultaneamente, a gestão de interações é uma tarefa complexa e crítica para a segurança do paciente.
Outra área de intervenção farmacêutica é a prevenção de eventos adversos através da vigilância contínua e da implementação de estratégias de prevenção. Isso inclui a criação de protocolos de administração segura de medicamentos, a promoção do uso de tecnologias como sistemas informatizados de prescrição e dispensação, e a realização de auditorias regulares para identificar e corrigir práticas inadequadas. Em pacientes com doenças autoimunes, a prevenção de eventos adversos é essencial para evitar exacerbações da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes (Canha, 2019).
A participação do farmacêutico clínico em equipes multidisciplinares é fundamental para a prestação de cuidados de saúde integrados e centrados no paciente. A colaboração entre diferentes profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas, permite uma abordagem mais holística e eficaz na gestão das condições de saúde dos pacientes. Segundo Milani et al. (2022), a educação permanente centrada no paciente, especialmente em condições crônicas como o diabetes mellitus, destaca a importância da equipe multiprofissional para alcançar melhores desfechos clínicos.
Uma das principais contribuições do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar é o seu conhecimento especializado sobre medicamentos. Este profissional pode identificar e corrigir problemas relacionados à terapia medicamentosa, como interações medicamentosas, doses inadequadas e efeitos adversos. Em um estudo sobre a implementação do monitoramento clínico em serviços especializados para pessoas vivendo com HIV/AIDS, Loch et al. (2020) demonstraram que a participação ativa dos farmacêuticos contribuiu significativamente para a otimização dos regimes terapêuticos e para a melhoria da adesão ao tratamento.
A presença do farmacêutico clínico em rounds multidisciplinares, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI), é essencial para a tomada de decisões terapêuticas rápidas e informadas. Barbosa et al. (2020) enfatizam que os rounds multidisciplinares na UTI promovem uma discussão mais abrangente sobre o estado clínico dos pacientes, permitindo a identificação precoce de problemas e a implementação de intervenções oportunas. A participação do farmacêutico nesses rounds é crucial para garantir a segurança e a eficácia da terapia medicamentosa, reduzindo a incidência de eventos adversos e melhorando os resultados clínicos.
No contexto do monitoramento terapêutico, diversas ferramentas e estratégias são utilizadas pelo farmacêutico clínico para assegurar que os pacientes recebam a dose correta do medicamento no momento adequado. Entre essas ferramentas, destaca-se o uso de sistemas informatizados de prescrição e dispensação, que ajudam a minimizar erros de medicação. Além disso, o monitoramento dos níveis plasmáticos de medicamentos com estreito índice terapêutico é uma prática comum para evitar toxicidade e garantir a eficácia do tratamento. Loch et al. (2020) mostram que a implementação de monitoramento clínico rigoroso é vital para a gestão adequada das terapias em pacientes com condições crônicas complexas.
Outra estratégia importante é a realização de revisões sistemáticas das terapias medicamentosas dos pacientes, especialmente durante transições de cuidado, como admissões e altas hospitalares. Milani et al. (2022) apontam que a educação contínua dos profissionais de saúde sobre a importância dessas revisões e sobre as melhores práticas em farmacoterapia é crucial para a manutenção de um cuidado seguro e eficaz. Essas revisões permitem identificar discrepâncias nas prescrições e assegurar a continuidade da terapia, prevenindo complicações e readmissões hospitalares.
A comunicação eficaz entre os membros da equipe de saúde é um pilar central para o sucesso das intervenções farmacêuticas e do monitoramento terapêutico. O farmacêutico clínico deve ser capaz de transmitir informações de maneira clara e concisa, tanto para os pacientes quanto para os outros profissionais de saúde. Barbosa et al. (2020) destacam que a comunicação interprofissional eficaz durante os rounds multidisciplinares facilita a tomada de decisões rápidas e bem-informadas, melhorando a coordenação do cuidado e os desfechos dos pacientes.
3.4 Benefícios da Atuação do Farmacêutico Clínico
A atuação do farmacêutico clínico nos hospitais representa um avanço significativo na qualidade do cuidado ao paciente, com impacto direto na segurança, eficácia e eficiência dos tratamentos. Esse profissional exerce um papel crucial na equipe de saúde, contribuindo de maneira substancial para a otimização da farmacoterapia e para a melhoria dos desfechos clínicos dos pacientes. Oliveira et al. (2024) destacam que a presença do farmacêutico clínico melhora a experiência do paciente ao assegurar que os medicamentos sejam utilizados de forma adequada, minimizando riscos e promovendo resultados terapêuticos positivos.
Segundo Carvalho (2016), um dos principais benefícios da atuação do farmacêutico clínico é a redução de erros de medicação, esses profissionais realizam revisões detalhadas das prescrições médicas, identificando e corrigindo potenciais problemas antes que os medicamentos sejam administrados aos pacientes. Em pacientes oncológicos, onde a complexidade dos regimes terapêuticos é alta, as intervenções farmacêuticas são essenciais para prevenir eventos adversos graves, garantindo que as doses e combinações de medicamentos sejam seguras e eficazes.
Além da prevenção de erros, o farmacêutico clínico contribui para a personalização da terapia medicamentosa. Esse profissional avalia as condições clínicas dos pacientes, suas comorbidades e outras medicações em uso, ajustando os tratamentos conforme necessário. Oliveira et al. (2024) apontam que essa abordagem personalizada é crucial para pacientes com condições crônicas, como diabetes e hipertensão, onde o ajuste fino dos medicamentos pode significar a diferença entre um controle adequado da doença e complicações severas.
Outro benefício significativo é a melhoria na adesão dos pacientes aos tratamentos prescritos. Primo (2015) enfatiza que a atuação do farmacêutico clínico no manejo de pacientes com HIV/AIDS mostrou um aumento substancial na adesão à terapia antirretroviral (TARV).
A intervenção do farmacêutico clínico também resulta em um uso mais racional e econômico dos recursos de saúde. Ao prevenir complicações e hospitalizações desnecessárias, esses profissionais ajudam a reduzir os custos associados aos cuidados de saúde. Carvalho (2016) ressalta que, em ambientes oncológicos, a otimização das terapias medicamentosas e a redução de eventos adversos não apenas melhoram a qualidade de vida dos pacientes, mas também representam economias significativas para o sistema de saúde.
A presença do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar promove uma abordagem colaborativa e integrada do cuidado ao paciente. Oliveira et al. (2024) descrevem como a comunicação constante entre médicos, enfermeiros e farmacêuticos facilita a tomada de decisões clínicas mais informadas e rápidas, melhorando a coordenação do cuidado e aumentando a satisfação dos pacientes. Essa sinergia é particularmente importante em ambientes de alta complexidade, como unidades de terapia intensiva (UTI), onde as condições dos pacientes podem mudar rapidamente e exigem uma resposta imediata e bem coordenada.
A atuação do farmacêutico clínico em ambiente hospitalar traz uma série de benefícios significativos, incluindo a redução de eventos adversos relacionados a medicamentos e a otimização de custos associados à terapia medicamentosa. De Souza et al. (2018) ressaltam a importância do farmacêutico clínico no uso seguro e racional de medicamentos, destacando sua contribuição para minimizar os riscos de erros de medicação e para garantir que os tratamentos sejam eficazes e adequados às necessidades individuais de cada paciente.
Um dos principais benefícios da atuação do farmacêutico clínico é a redução da incidência de eventos adversos relacionados a medicamentos. Esses profissionais realizam revisões minuciosas das prescrições médicas, identificando potenciais problemas como interações medicamentosas, doses inadequadas e alergias a medicamentos. Cavalcante et al. (2022) destacam que a presença do farmacêutico clínico em unidades de terapia intensiva (UTI) é particularmente crucial devido à complexidade dos casos e à alta frequência de medicamentos de alto risco, onde a prevenção de eventos adversos pode salvar vidas.
Além de identificar e prevenir eventos adversos, o farmacêutico clínico também contribui para a otimização de custos associados à terapia medicamentosa. Barros e Araújo (2021) relatam que as intervenções farmacêuticas em UTIs podem resultar em uma redução significativa nos custos hospitalares, principalmente devido à redução de complicações e readmissões relacionadas a medicamentos. Ao otimizar os regimes terapêuticos, ajustando doses, substituindo medicamentos mais caros por alternativas mais acessíveis e evitando tratamentos desnecessários, os farmacêuticos clínicos ajudam a maximizar o uso eficiente dos recursos de saúde.
Outro aspecto importante é a redução do tempo de internação hospitalar, que pode ser alcançada através da intervenção do farmacêutico clínico. Ao garantir que os tratamentos sejam eficazes desde o início e ao prevenir complicações relacionadas a medicamentos, esses profissionais contribuem para uma recuperação mais rápida dos pacientes e uma alta hospitalar mais precoce. Essa redução no tempo de internação não apenas beneficia os pacientes, ao minimizar o risco de infecções hospitalares e complicações associadas à imobilidade, mas também reduz os custos hospitalares, liberando recursos para outros pacientes necessitados.
Além disso, a atuação do farmacêutico clínico promove uma abordagem mais centrada no paciente, focada em suas necessidades individuais e preferências. De Souza et al. (2018) destacam como esses profissionais estão bem posicionados para fornecer suporte e aconselhamento personalizado aos pacientes, esclarecendo dúvidas sobre seus medicamentos, educando sobre o uso adequado e os possíveis efeitos colaterais, e incentivando a adesão ao tratamento. Essa abordagem centrada no paciente não apenas melhora a experiência do paciente, mas também contribui para melhores resultados clínicos e uma maior satisfação com o cuidado recebido.
4. DISCUSSÃO
4.1 Panorama Geral da Farmacoterapia em Hospitais
A farmacoterapia em hospitais enfrenta uma série de desafios e requer práticas específicas para garantir a eficácia e segurança dos tratamentos. Muneretto, Santos e Bueno (2022) discutem os desafios de acessibilidade aos medicamentos prescritos como terapia auxiliar ao tratamento oncológico pediátrico, evidenciando uma das áreas sensíveis da farmacoterapia hospitalar. Nesse contexto, é crucial compreender os principais desafios enfrentados e as práticas adotadas para superá-los.
Um dos principais desafios é a gestão adequada do estoque de medicamentos. Em hospitais, a variedade e quantidade de medicamentos utilizados são significativas, o que torna essencial um sistema eficiente de controle de estoque para evitar faltas ou excessos. Almeida Rodrigues (2015) destaca a importância de um gerenciamento criterioso dos medicamentos, especialmente em unidades de tratamento intensivo, onde a disponibilidade imediata dos medicamentos é crucial para o manejo de emergências e situações críticas.
Além disso, a segurança do paciente é uma preocupação central na farmacoterapia hospitalar. Erros de medicação podem ter consequências graves, incluindo danos ao paciente e aumento dos custos hospitalares. Maniero (2016) destaca a necessidade de implementar práticas de segurança, como a dupla verificação de prescrições, o uso de sistemas informatizados de prescrição e dispensação de medicamentos, e a educação contínua da equipe de saúde sobre o uso seguro e racional de medicamentos.
Outro desafio importante é a individualização dos tratamentos, levando em consideração as características específicas de cada paciente, como idade, comorbidades, peso e função renal. Muneretto, Santos e Bueno (2022) mencionam os desafios de acessibilidade enfrentados pelos pacientes pediátricos em tratamento oncológico, enfatizando a importância de adaptações nas doses e formulações dos medicamentos para atender às necessidades desses pacientes.
Além dos desafios operacionais, a farmacoterapia hospitalar também enfrenta desafios relacionados à resistência antimicrobiana, ao surgimento de novas drogas e à complexidade dos regimes terapêuticos. É essencial que os farmacêuticos clínicos estejam atualizados sobre as últimas evidências e guidelines para garantir a prescrição e administração adequadas dos medicamentos. Almeida Rodrigues (2015) destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos, enfermeiros e farmacêuticos, para enfrentar esses desafios de forma eficaz.
Para lidar com esses desafios, várias práticas são adotadas em hospitais, incluindo a implementação de protocolos de uso racional de medicamentos, a realização de revisões sistemáticas das prescrições médicas, a participação ativa em comitês de farmácia e terapêutica, e o desenvolvimento de programas de educação continuada para a equipe de saúde. Maniero (2016) destaca a importância dos serviços farmacêuticos clínicos em hospitais, onde os farmacêuticos desempenham um papel fundamental na seleção, monitoramento e otimização da terapia medicamentosa.
4.2 Intervenções Farmacêuticas e seus Impactos
As intervenções farmacêuticas desempenham um papel crucial na otimização da terapia medicamentosa e na promoção de resultados clínicos favoráveis para os pacientes. Nogueira et al. (2020) conduziram uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados, focando especificamente nas intervenções farmacêuticas no diabetes mellitus tipo 2, evidenciando a importância dessas intervenções na gestão dessa condição crônica. Essas intervenções abrangem uma ampla gama de atividades, desde a revisão de prescrições até o aconselhamento sobre o uso adequado de medicamentos, e têm impactos significativos na prática clínica.
Uma das principais áreas de atuação das intervenções farmacêuticas é a prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos. Lima et al. (2021) discutem a aplicação do mnemônico FASTHUG-MAIDENS em unidades de cuidados intensivos, destacando como essa ferramenta pode ajudar os farmacêuticos a identificar precocemente potenciais problemas relacionados à terapia medicamentosa e intervir de maneira proativa para evitar complicações, pois, essas intervenções incluem ajustes de dose, monitoramento de efeitos colaterais e orientação aos pacientes e equipe de saúde.
Além da prevenção de eventos adversos, as intervenções farmacêuticas também contribuem para a melhoria da adesão ao tratamento e para a promoção de resultados clínicos positivos. Por exemplo, intervenções educacionais podem ajudar os pacientes a entender melhor seus medicamentos, a importância da adesão ao tratamento e a manejar possíveis efeitos colaterais, o que pode resultar em uma melhor resposta terapêutica e na redução de complicações. Schuindt (2015) avaliou o impacto farmacoeconômico das intervenções farmacêuticas clínicas, destacando como essas intervenções podem levar a uma redução nos custos associados ao tratamento, tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde como um todo.
As intervenções farmacêuticas também desempenham um papel importante na promoção da segurança do paciente e na prevenção de erros de medicação. Os farmacêuticos clínicos estão bem posicionados para identificar e corrigir problemas relacionados à prescrição, dispensação e administração de medicamentos, garantindo que os pacientes recebam tratamentos seguros e eficazes. Isso pode incluir a reconciliação de medicamentos durante transições de cuidados, a revisão de prescrições para evitar interações medicamentosas e a educação da equipe de saúde sobre práticas seguras de prescrição e administração de medicamentos (Schuindt, 2015).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise realizada revelou a importância crucial desse profissional na promoção de resultados clínicos favoráveis e na redução de eventos adversos. Ao longo da revisão narrativa, foram abordados diversos aspectos relacionados às competências, responsabilidades e práticas desse profissional, bem como os benefícios de sua atuação na equipe multidisciplinar.
Ficou evidente que o farmacêutico clínico desempenha um papel multifacetado, que vai desde a revisão de prescrições até a realização de intervenções diretas na terapia medicamentosa, visando sempre a individualização do tratamento e a segurança do paciente. A participação ativa desse profissional na equipe multidisciplinar, aliada ao uso de ferramentas e estratégias de monitoramento terapêutico, contribui para uma abordagem mais integrada e centrada no paciente.
As intervenções farmacêuticas realizadas pelo farmacêutico clínico demonstraram impactos significativos na qualidade do cuidado ao paciente, na redução de eventos adversos e na otimização de custos. A identificação precoce de problemas relacionados à terapia medicamentosa, a prevenção de erros de medicação e a promoção da adesão ao tratamento foram aspectos chave que destacaram a importância desse profissional na equipe de saúde.
Diante disso, é fundamental reconhecer o valor do farmacêutico clínico como um membro essencial da equipe de saúde, capaz de contribuir de maneira significativa para a melhoria dos resultados clínicos e para a segurança dos pacientes. Investimentos em educação continuada, desenvolvimento de protocolos e integração entre os diferentes profissionais de saúde são essenciais para potencializar ainda mais o impacto positivo dessa atuação na prática hospitalar.
Portanto, com base nas evidências apresentadas, reforça-se a importância de valorizar e fortalecer o papel do farmacêutico clínico na otimização da farmacoterapia em hospitais, visando sempre proporcionar um cuidado de qualidade, seguro e centrado no paciente.
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E-mail: herycaunisul@gmail.com
²ORCID: https://orcid.org/0009-0002-7332-6274
Universidade do Sul de Santa Catarina, Brasil
E-mail: jununes_costa@hotmail.com
³ORCID: https://orcid.org/0009-0006-5947-5811
Universidade do Sul de Santa Catarina, Brasil
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4ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9811-7220
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