ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA CRIAÇÃO DE GUZERÁ LEITEIRO NA REGIÃO DE ITAPERUNA – RJ

ECONOMIC FEASIBILITY ANALYSIS OF DAIRY GUZERÁ FARMING IN THE ITAPERUNA REGION – RJ

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202502142048


Adriene Dias da Cruz Hosken1
Talia Rocha da Silva2
Orientador: Denis dos Santos Santiago Pereira3
Coorientadora: Elisângela Freitas da Silva4


Resumo

A pecuária leiteira desempenha um papel fundamental na economia agrícola do Brasil, representando fonte de renda e emprego em diferentes setores da cadeia produtiva, estando presente em todo o território nacional. Pode ser considerada a que mais tem sensibilizado governantes pelas políticas públicas nos últimos anos, devido ao leite ser um dos principais produtos da agropecuária brasileira, superando os tradicionais como o café beneficiado e o arroz. A raça Guzerá, importada da Índia no século XIX e inicialmente utilizada na pecuária de trabalho nos cafezais fluminenses, destaca-se por sua dupla aptidão para produção de leite e carne. O Guzerá tem se mostrado particularmente adaptável ao clima do nordeste brasileiro, o que pode ser vantajoso em regiões com características climáticas como o noroeste fluminense, além de sua boa habilidade materna, alta produção de leite, docilidade, eficiência alimentar, rusticidade, resistência a doenças e uma elevada taxa de fertilidade. Esses fatores contribuem para a viabilidade econômica e sustentabilidade do empreendimento. Nesse contexto, a presente pesquisa propõe analisar a viabilidade econômica da criação de gado da raça Guzerá Leiteiro em Itaperuna–RJ e seus arredores. Visa investigar dados produtivos de leite e seu beneficiamento; examinar as características produtivas; analisar os custos de produção, renda e rentabilidade da atividade leiteira em sistemas de produção bovina leiteira; e, por fim, analisar a viabilidade econômica para confirmar a potencialidade produtiva que o gado Zebu apresenta. Será realizado um levantamento bibliográfico sobre a pecuária leiteira no Brasil, com foco na raça Guzerá Leiteiro e sua adaptação em diferentes regiões do país e um estudo de caso na região de Itaperuna-RJ, com realização de uma entrevista com um produtor de leite que cria gado Guzerá Leiteiro, dentre outros aspectos relevantes para a análise da viabilidade econômica da atividade.

Palavras-chave: Gado Guzerá. Sistema de produção. Agronegócio. Pecuária. Custo de produção. Viabilidade Econômica.

1 INTRODUÇÃO

A pecuária leiteira desempenha um papel fundamental na economia agrícola do Brasil, representando fonte de renda e emprego em diferentes setores da cadeia produtiva, estando presente em todo o território nacional. O setor leiteiro brasileiro concentra-se, sobretudo, nas regiões Sudeste e Sul, sendo as duas principais produtoras (ROCHA; CARVALHO; RESENDE, 2016).

O leite é um dos seis principais produtos da agropecuária brasileira, superando os tradicionais como o café beneficiado e o arroz. Dentre as atividades agropecuárias exploradas no Brasil, a pecuária pode ser considerada a que mais tem sensibilizado governantes pelas políticas públicas nos últimos anos. No entanto, observa-se que ainda não atingiu todo o seu potencial, como as cadeias produtivas de grãos e carnes (ALVIM; LUCCHI, 2016), tornando-se necessário novas estratégias para o seu desenvolvimento.

Em 2019, o valor bruto da produção primária de leite atingiu quase R$ 35 bilhões, ficando em sétimo lugar entre os produtos agropecuários do país (BRASIL, 2020). Na indústria de alimentos, o faturamento líquido dos laticínios ultrapassou os R$ 70,9 bilhões, sendo o terceiro setor mais importante, atrás apenas dos derivados de carne e dos produtos beneficiados de café, chá e cereais (ABIA, 2019).

No ano de 2023, o setor apresentou um cenário preocupante com a saída de pequenos e médios produtores, além da redução do rebanho, um fator que vem crescendo no Brasil, (SILVA, 2023), o segundo país com o maior rebanho leiteiro do mundo, perdendo apenas para a Índia (COSTA; SILVA; MELO, 2023). Já em 2024, a produção nacional de leite deve permanecer estável, com cerca de 34,1 bilhões de litros (CNA, 2023), mas caminhando para se tornar uma tendência mundial, havendo a necessidade de escala para reduzir custos e ter maior rentabilidade (COSTA; SILVA; MELO, 2023).

Os números expressivos refletem a importância de um setor que tem passado por grandes transformações nas últimas duas décadas, mas a preocupação com a qualidade do produto e a competitividade do setor continuam sendo desafios a serem enfrentados pelos produtores. Durante esse período, a produção de leite cresceu exponencialmente, mesmo com praticamente o mesmo número de vacas sendo ordenhadas, devido ao aumento da produtividade do rebanho.

Além disso, houve diversas mudanças na estrutura de produção, incluindo uma redução no número de produtores e uma intensificação dos sistemas de produção. A adoção de novas tecnologias permitiu um aumento significativo na produtividade dos animais, das terras e da mão de obra, e consequentemente, na escala de produção das fazendas. No entanto, o Brasil ainda possui um grande potencial a ser explorado, especialmente em termos de aumento da produtividade, para se tornar um dos principais atores do mercado global de leite e seus derivados.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, com mais de 34 bilhões de litros anuais, originados, em sua maioria, de propriedades de pequeno e médio porte que empregam aproximadamente 4 milhões de trabalhadores rurais. A raça Guzerá, importada da Índia no século XIX e inicialmente utilizada na pecuária de trabalho nos cafezais fluminenses, destaca-se por sua dupla aptidão para produção de leite e carne.

O Guzerá tem se mostrado particularmente adaptável ao clima do nordeste brasileiro, o que pode ser vantajoso em regiões com características climáticas semelhantes, como Itaperuna. Suas características notáveis incluem boa habilidade materna, alta produção de leite, docilidade, eficiência alimentar, rusticidade, resistência a doenças e uma elevada taxa de fertilidade. Esses fatores contribuem para a viabilidade econômica e sustentabilidade do empreendimento.

Nesse contexto, a presente pesquisa propõe analisar a viabilidade econômica da criação de gado da raça Guzerá Leiteiro em Itaperuna–RJ e seus arredores. Como objetivos específicos, esta pesquisa visa investigar dados produtivos de leite e seu beneficiamento; examinar as características produtivas; analisar os custos de produção, renda e rentabilidade da atividade leiteira em sistemas de produção bovina leiteira; e, por fim, analisar a viabilidade econômica para confirmar a potencialidade produtiva que o gado Zebu apresenta.

Este estudo se fundamenta na premissa da importância crescente da análise de viabilidade econômica para orientar decisões estratégicas no estabelecimento de novos empreendimentos agropecuários Assim, este estudo visa aprofundar  a compreensão sobre a viabilidade econômica da criação de Guzerá Leiteiro em Itaperuna, considerando não apenas pelos aspectos econômicos, mas também ambientais e sociais, visando contribuir para o desenvolvimento sustentável da região e do setor agropecuário como um todo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Produção leiteira no Brasil

A atividade leiteira no Brasil é realizada em diversas regiões, com variações de clima e solo, fazendo uso de tecnologias avançadas, conhecimento especializado e profissionalismo, levando a uma nova percepção da importância da gestão eficiente para garantir maior competitividade e lucratividade em toda a cadeia produtiva do leite (FERREIRA; FERREIRA; EZEQUIEL, 2004).

A produção leiteira no Brasil é uma atividade de grande relevância econômica e social, considerando que o país é o terceiro maior produtor mundial de leite, com uma produção anual superior a 34 bilhões de litros, presente em 98% dos municípios brasileiros, principalmente em pequenas e médias propriedades que geram emprego para cerca de 4 milhões de pessoas, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia, conforme dados do MAPA (s. d.) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, 2019).

Ao longo dos anos, o setor agroindustrial do leite no Brasil passou por significativas mudanças em suas cadeias produtivas. Com um grande impacto no progresso das unidades federativas, a produção de leite se destaca como uma atividade geradora de renda e empregos (GOMES; FERREIRA FILHO, 2007). Essa atividade é uma prática comum em estados que possuem produções agropecuárias avançadas e eficientes (MEDEIROS; BRUM, 2016).

A produção de leite desempenha um papel fundamental na agricultura e na indústria de alimentos, sendo essencial para o abastecimento de laticínios, derivados do leite e produtos lácteos para consumo humano (COSTA; SILVA; MELO, 2023). O valor nutritivo do leite é crucial para algumas faixas da população, além de contribuir para a renda de centenas de produtores e ter impacto significativo nos índices de inflação devido à presença expressiva do leite e seus derivados na cesta básica (GOMES, 1999).

Quanto à produtividade do leite, é importante ressaltar que, para aumentar o potencial, são necessárias intervenções que incentivem os produtores a gerenciar suas propriedades rurais, priorizando a capacitação, profissionalismo e competência administrativa e gerencial. Isso inclui o conhecimento dos fluxos de mercado e de comercialização, com um forte compromisso com a qualidade (VEIGA et al., 2006).

É essencial que os produtores saibam como navegar nesses fluxos, identificando limitações e gargalos na atividade, avaliando preços de insumos, definindo preços competitivos, buscando novos mercados e parcerias, e utilizando resultados de pesquisa para competir no mercado (VEIGA et al., 2006). Além disso, fatores como o clima, a suplementação e as instalações utilizadas também influenciam nos resultados de produtividade e sanidade do rebanho (SILVA, 2018).

Presente em quase todos os municípios do país, a produção de leite envolve mais de um milhão de produtores rurais, além de gerar milhões de empregos em outros segmentos da cadeia. Em 2019, o valor bruto da produção primária de leite atingiu cerca de R$ 35 bilhões, posicionando-se como o sétimo maior entre os produtos agropecuários nacionais (ABIA, 2019). Esses números expressivos ressaltam a importância de um setor que passou por grandes transformações nas últimas décadas.

Nesse período, a produção de leite aumentou em torno de 80%, mantendo praticamente o mesmo número de vacas ordenhadas devido ao aumento da produtividade do rebanho. Diversas alterações na estrutura de produção ocorreram durante esse período, incluindo uma drástica redução no número de produtores e uma intensificação nos sistemas de produção (ROCHA, 2020; COSTA; SILVA; MELO, 2023).

Já no ano de 2024, o cenário tem sido desafiador para produtores e laticínios, pelo fraco desempenho das grandes economias globais, juros elevados e pressão das importações, principalmente devido à competitividade externa. A baixa rentabilidade dos produtores e a fraca demanda interna comprometem a cadeia láctea, levando à exclusão de produtores menos eficientes e pequenos laticínios (NEIVA, 2024).

O volume de leite produzido no Brasil está estagnado e as margens de lucro para os laticínios também foram ruins. Medidas do Governo Federal, como estímulos fiscais e financiamento para capital de giro, visam reduzir as importações e capitalizar o produtor, mas o desafio permanece em estimular a demanda e gerar renda para os produtores (NEIVA, 2024).

Diante desse cenário, a diversificação, a especialização e a inovação são apontadas como saídas para enfrentar um ano difícil na cadeia produtiva do leite (NEIVA, 2024). Com mais de 1 milhão de propriedades produtoras de leite no país, as perspectivas do agronegócio apontam que, até 2030, permanecerão em destaque aqueles produtores que adotarem tecnologias, melhorarem a gestão e aumentarem a eficiência técnica e econômica (MAPA, s. d.).

2.2 A inclusão do Guzerá no contexto de eficiência e qualidade de produção do setor pecuário

A raça Guzerá, originária da Índia e introduzida no Brasil no século XIX, (SANTOS; FONSECA, 2007), tem mostrado significativa versatilidade e adaptabilidade ao clima brasileiro (COBUCI et al., 2000). Trata-se de uma raça zebuína, cujos dados de desempenho em características leiteiras e de corte são aferidos há anos em diversos rebanhos colaboradores dos programas de melhoramento da raça (PEIXOTO, et al., 2020).

A inclusão da raça guzerá no setor pecuário brasileiro, especialmente na produção leiteira, destaca-se pela combinação de eficiência e qualidade, bem como por sua dupla aptidão: produzir carne e leite (PEIXOTO, et al., 2020). Por se tratar de uma raça de dupla aptidão, o gado Guzerá demanda uma atenção mais cautelosa, devido a possíveis correlações entre características antagônicas ou não (FONSECA, 2020).

Com sua dupla aptidão, a raça Guzerá tem conquistado cada vez mais produtores interessados em utilizar animais puros da raça ou seus cruzamentos para aumentar a lucratividade na produção de leite, carne e duplo propósito. A raça também tem chamado a atenção da Índia, sua terra natal, que busca parcerias e material genético no Brasil, sendo um reflexo do comprometimento e da resistência dos criadores e pesquisadores envolvidos com essa raça milenar que está presente no Brasil desde o século XIX (MARTINS, 2020).

A necessidade de especialização animal na produção de alimentos para atender à crescente demanda da população mundial levou ao desenvolvimento de ferramentas de melhoramento genético, permitindo a seleção de animais com alto valor genético para produção de carne ou leite, resultando em um rápido aumento no desempenho animal. Alguns criadores optaram por produzir tanto carne quanto leite, aproveitando o potencial de algumas raças para essa dupla aptidão. No entanto, a seleção de características de produção de carne e leite ao mesmo tempo, tem sido alvo de críticas, pois vai contra o modelo de especialização adotado por muitos países (PEIXOTO, et al., 2020).

A raça Guzerá se destaca como uma opção estratégica para a pecuária brasileira, seja na produção de leite ou de carne. Sua genética superior, comprovada em diversos sistemas de produção, proporciona maior produtividade, precocidade e adaptabilidade. A ampla utilização do Guzerá em cruzamentos híbridos resulta em animais mais vigorosos, férteis e com maior capacidade de ganho de peso. Além disso, o Guzerá leiteiro apresenta excelente conversão alimentar e qualidade do leite, tornando-o uma opção atrativa para os produtores de leite.

2.2.1 Características leiteiras

O Guzerá é conhecido por sua alta produção de leite, que é um dos principais atrativos para sua utilização na pecuária leiteira. Estudos indicam que a raça possui uma produção média significativa, com leite de alta qualidade, rico em sólidos totais, o que é desejável tanto para consumo direto quanto para a indústria de laticínios.

O leite produzido pelas linhagens leiteiras do Guzerá apresenta características superiores em relação a outras raças leiteiras. Com maior teor de gordura, proteína e sólidos totais, além de menor contagem de células somáticas, o leite do Guzerá se destaca pela sua qualidade e por exigir menores custos sanitário, pois são mais resistentes a mastite. Essa raça demonstra um excelente potencial para a produção de leite de alto valor agregado.

A raça Guzerá se destaca pela produção de leite com características nutricionais superiores. Pesquisadores da USP de São Carlos constataram que a quase totalidade dos animais dessa raça possui o alelo A2 da beta-caseína, responsável pela produção de leite A2. Esse tipo de leite, além de ser menos alergênico, apresenta maior teor de proteína, tornando-o uma opção mais nutritiva para o consumo humano.

A qualidade nutricional do leite é influenciada por diversos fatores, incluindo a composição de ácidos graxos. Estudos com a raça Guzerá visam desvendar os mecanismos genéticos que controlam o perfil lipídico do leite, tornando a produção de leite com características nutricionais mais adequadas às necessidades dos consumidores.

2.2.2 Características de conformação e manejo

Além de suas características leiteiras, o Guzerá é valorizado por sua conformação robusta e manejo simplificado. A raça possui uma boa habilidade materna, docilidade, e adaptabilidade a diferentes condições climáticas, o que facilita seu manejo em pequenas e médias propriedades rurais. Sua rusticidade e resistência a doenças reduzem os custos com veterinária e aumentam a longevidade dos animais, contribuindo para a sustentabilidade da produção.

2.2.3 Características de corte e reprodução

Além de suas aptidões leiteiras, o Guzerá também é valorizado por suas características de corte. A raça apresenta uma boa conversão alimentar e rendimento de carcaça, tornando-se uma opção dual eficiente para os produtores. Em termos de reprodução, o Guzerá possui uma taxa de fertilidade notável, o que facilita a manutenção e expansão dos rebanhos, garantindo um fluxo contínuo de produção.

O Guzerá é reconhecido por suas excepcionais características de crescimento. Com maior rendimento de carcaça, precocidade e ganho de peso, essa raça se destaca em provas de desempenho, tanto em sistemas de produção a pasto quanto em confinamento.

2.3 Custo de produção

Analisar os custos de produção é essencial para a viabilidade econômica de qualquer empreendimento agropecuário. No caso da criação de Guzerá Leiteiro, esses custos envolvem a alimentação, cuidados veterinários, manejo, infraestrutura, e mão de obra. A eficiência da raça em termos de alimentação e resistência a doenças pode contribuir para a redução desses custos.

2.4 Análise de Viabilidade Econômica

A análise de viabilidade econômica da criação de Guzerá Leiteiro envolve a avaliação dos custos de produção em relação aos benefícios econômicos obtidos da venda de leite e carne. Essa análise considera fatores como o retorno sobre o investimento, o tempo de recuperação do capital investido e a sustentabilidade financeira a longo prazo.

2.5 Geografia física: clima e relevo de Itaperuna e região

O município de Itaperuna possui uma área territorial banhada por dois principais rios, o Muriaé e o Carangola, estando situado na bacia do Rio Muriaé, que inclui 28 microbacias em seu território (RIO DE JANEIRO, 2015). Situado na Mesorregião Noroeste do estado do Rio de Janeiro, localiza-se a 313 km da capital, a cidade do Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022), o município cobre uma área de 1.106,694 km², e está inserido na Região Noroeste Fluminense, que inclui outros municípios, como Aperibé, Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José do Ubá e Varre-Sai (PREFEITURA DE ITAPERUNA, 2021).

O clima é um dos mais importantes componentes do ambiente natural, impactando a formação dos solos e o desenvolvimento das plantas. Ressalta-se que todos os organismos, incluindo os seres humanos, são afetados pelas variáveis climáticas. Os principais elementos do clima incluem a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica, enquanto os fatores que contribuem para a formação climática são latitude, continentalidade, vegetação, altitude, maritimidade e atividades humanas. Assim, a compreensão do clima de um local exige a consideração de múltiplos fatores (TOMINAGA; SANTORO; AMARAL, 2009).

Itaperuna possui um clima classificado como tropical (Aw na classificação de Köppen-Geiger), característico dos planaltos e serras do Sudeste brasileiro. Esse tipo de clima apresenta características típicas do clima tropical chuvoso com um inverno seco, sendo que no trimestre de menor precipitação, as médias de chuvas ficam abaixo de 60 mm (Köeppen, 1948).

Devido à sua localização entre vales, a região é caracterizada por um clima mais quente em comparação com os municípios vizinhos e até mesmo com outras cidades do estado do Rio de Janeiro, tendo alcançado uma temperatura máxima de 43º, conforme dados do Instituto Brasileiro de Climatologia (IBC) (RIO DE JANEIRO, 2015).

A geologia do município é composta predominantemente por rochas como Quartzito (Quartzito Micaxisto), Granito (Granodiorito), Quartzo Diorito, Paragnaisse e Cascalho (IBGE, 2023; ANA, 2012, 2020; CPRM, 2004). As variações de altitude influenciam os atributos físicos (clima, hidrografia) e bióticos (vegetação, flora e fauna) da região, gerando uma diversidade de paisagens e ecossistemas. No entanto, as áreas de vegetação nativa são escassas, principalmente em encostas e áreas rurais, uma vez que grande parte do território foi desmatada para a agricultura e pecuária (RIO DE JANEIRO, 2015). Os remanescentes florestais são frequentemente fragmentados, desconectados e dispersos (BERGALLO, 2009).

Itaperuna está inserida no domínio morfoclimático dos Mares de Morros, caracterizado por áreas mamelonares, tropicais-atlânticas, originalmente florestadas, com topografia variando de 10 a 1300 metros na Região Sudeste (AB’SÁBER, 2003). De acordo com o IBGE (2006), o município integra o domínio morfoestrutural dos Cinturões Móveis Neoproterozóicos, que englobam planaltos, alinhamentos serranos e depressões.

O relevo da região é diversificado, apresentando planícies, terraços fluviais, colinas e rampas de alúvio-colúvio, vertentes recobertas por depósitos de encostas (colúvios e tálus), morros baixos, morros altos, serras e escarpas. De acordo com um estudo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM, 2012), as unidades de relevo incluem:

Degraus e/ou serras elevadas e/ou escarpadas: serras residuais, localizadas a sudoeste e na porção norte. Ocorre, ainda, como unidade isolada na porção centro leste do município. Degraus de transição e/ou serras reafeiçoadas: correspondem a compartimentos de relevos rebaixados, geralmente adjacentes às serras mais elevadas ou em setores individuais, com altitudes entre 550 e 380 metros. A área de mais expressão está na porção norte. Morros isolados e vales encaixados: ocorrem em todo o território entre altitudes de 280 e 160 m, geralmente se destacam, entre o relevo de colinas rebaixadas por apresentarem vertentes rochosas que mostram o condicionamento do litotipo adjacente. A área de maior expressão está a nordeste. Colinas: relevo de colinas suaves com grande entulhamento de vales e reentrâncias de cabeceiras de drenagem e colinas de encostas íngremes com vales e reentrâncias entulhados, porém estreitos. Ocorrem sobretudo na porção central da área. Planícies fluviais: marcadas por diferentes níveis de terraços escalonados e embutidos, desenvolvidas com maior expressão ao longo dos vales dos rios Muriaé e Itabapoana (CPRM, 2012 apud PREFEITURA DE ITAPERUNA. 2023, grifos nossos).

O território de Itaperuna é, portanto, marcado por um relevo ondulado, com vales que se aprofundam continuamente, mas sem a presença de escarpas íngremes. A declividade predominante é baixa, resultando em áreas planas significativas, enquanto vertentes mais íngremes são raras, com inclinações que podem chegar a mais de 45 graus (RIO DE JANEIRO, 2015). Além disso, as declividades determinam os divisores de águas que formam as microbacias municipais ou até intermunicipais (PREFEITURA DE ITAPERUNA, 2023).

Em termos de altitude, o ponto mais alto de Itaperuna atinge 841 metros, enquanto as áreas mais baixas se situam a 45 metros acima do nível do mar. Está localizada em uma região com planícies e terraços fluviais que acompanham o leito do rio Muriaé, rodeado por morros altos e baixos (PREFEITURA DE ITAPERUNA, 2023).

Quanto à composição do solo, os principais tipos presentes em Itaperuna são os Argissolos e Argissolos vermelho-amarelos, que predominam na maior parte do município, seguidos por áreas menores de Latossolos vermelho-amarelos, localizados na porção Noroeste, e pequenas áreas de Gleissolos Háplicos, encontrados nas proximidades da região central, entre a sede municipal e o distrito de Nossa Senhora da Penha (IBGE, 2018, 2023; ANA, 2012, 2020).

2.6 Bioclimatologia animal

Os elementos que compõem a parte natural da geografia física do Noroeste Fluminense influencia significativamente diversos aspectos da vida local, tais como a agricultura, a economia, o clima e a ocupação do solo, incluindo a criação animal, como o Guzerá Leiteiro.

A importação de raças de leite especializadas, geralmente adaptadas a climas temperados, é um dos principais fatores contribuindo para a aclimatação inadequada, especialmente em razão do manejo insatisfatório dos rebanhos. Isso se deve às particularidades das condições climáticas, topográficas e ecológicas das regiões tropicais do Brasil (Souza et al., 1996).

O funcionamento fisiológico de um organismo é extremamente elaborado e depende de diversos processos para manter a temperatura interna estável, tanto em ambientes frios quanto quentes (Müller, 1982). O estresse térmico, que limita o crescimento dos animais, é um estado fisiológico que resulta da combinação de fatores ambientais que influenciam a temperatura real, afetando a variação da zona de conforto térmico do animal (Martorano et al., 2023).

As variáveis meteorológicas que mais impactam o conforto térmico dos animais, incluem temperatura, umidade relativa do ar, radiação solar e velocidade do vento. As interações entre esses elementos podem ser benéficas ou prejudiciais, dependendo das condições ecofisiológicas específicas de cada animal (Barbosa; Silva, 1995).

Diversos índices são utilizados para avaliar o conforto térmico, geralmente levando em conta a temperatura e a umidade do ar. O Índice de Temperatura-Umidade (THI) é um dos mais reconhecidos, amplamente aplicado em estudos relacionados a bovinos. Os valores críticos desse índice para a produção de leite costumam variar entre 72 e 75 (Cargill; Stewart, 1966; Johnson et al., 1963; Barbosa, 1994).

Buffington et al. (1981) introduziram o Índice do Globo Negro-Umidade (BGHI), que leva em consideração os efeitos da radiação solar e da velocidade do vento, demonstrando maior precisão em comparação ao THI quando os animais estão expostos ao sol (Hahn, 1985). Durante episódios de estresse, um animal sob a radiação solar experimenta uma carga de calor radiante superior à sua produção de calor metabólico (Bond et al., 1967).

A eficácia da produção pecuária fundamentalmente depende da adequada gestão das pastagens. Uma das decisões cruciais nesse aspecto diz respeito à escolha apropriada da espécie forrageira, a qual é influenciada por diversos fatores ambientais, especialmente as condições climáticas (Martorano et al., 2023).

3 METODOLOGIA

Para fundamentar a pesquisa, será realizado um levantamento bibliográfico exploratório sobre a pecuária leiteira no Brasil, com foco na raça Guzerá Leiteiro e sua adaptação em diferentes regiões do país. Serão consultados livros, artigos científicos, teses, dissertações, relatórios técnicos, sites de instituições de pesquisa e órgãos governamentais.

Por fim, será realizado um estudo de caso na região de Itaperuna-RJ, com coleta de dados primários por meio de entrevista com um produtor de leite que cria gado Guzerá Leiteiro, a fim de investigar os dados produtivos, os custos de produção, as receitas e os investimentos, dentre outros aspectos relevantes para a análise da viabilidade econômica da atividade.

Os dados coletados serão analisados quantitativamente por meio da análise de conteúdo, com base em procedimentos de sistematização, codificação e categorização dos dados (BARDIN, 1977), com o auxílio de planilhas eletrônicas para calcular indicadores de desempenho econômico, como custo de produção por litro de leite, margem de lucro, rentabilidade, entre outros. Além disso, ferramentas podem ser aplicadas com o auxílio de softwares estatísticos, como R, SPSS, SAS ou Python, que facilitam a análise e a visualização dos dados, permitindo uma compreensão mais aprofundada dos fatores que influenciam a produção de leite na região. Essa análise não apenas contribuirá para a avaliação da viabilidade econômica da atividade, mas também fornecerá insights valiosos para a melhoria das práticas de manejo e adaptação do gado Guzerá Leiteiro às condições climáticas locais, promovendo uma produção mais eficiente e sustentável.

O local onde a pesquisa foi realizada, fica no município de Itaperuna – Rio de Janeiro. A propriedade possui uma área de aproximadamente 150 hectares, onde possui capineira, canavial e pasto formado de braquiária. O criador anteriormente criava outra raça, vendeu tudo e investiu na compra de animais Guzerá Leiteiro Puro de Origem (P.O.), registrados na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A análise foi feita durante um período de 36 meses.

Os tipos de regimes de criação são, o a pasto e o de semiconfinamento para animais em produção leiteira. Todo o rebanho recebe mineralização de acordo com sua faixa etária, os animais em produção leiteira recebem volumoso, concentrado (ração) e mais silagem de milho de milho na seca e os animais jovens, filhos das vacas em lactação recebem volumoso e concentrado no curral.

Foram adquiridas 40 vacas e 1 touro, totalizando um investimento de R$ 630.000,00, com um custo médio de R$ 15.000,00 por vaca e R$ 30.000,00 pelo touro. Serão apresentados os custos anuais, as receitas anuais, o fluxo de caixa anual e o VPL (Valor Presente Líquido), que serve como indicador de viabilidade econômica.

A variação nos custos e nas receitas dessa propriedade está diretamente relacionada às estações do ano. Durante a estação chuvosa, a alimentação é abundante e mais barata, resultando em maior produção de leite e, consequentemente, receitas elevadas. Por outro lado, na estação seca, a demanda por nutrientes aumenta devido à escassez de volumoso, tornando a alimentação mais cara. Isso implica na necessidade de adquirir silagem de milho, gerando variações financeiras sazonais.

Os embriões produzidos e vendidos são resultado de uma parceria com um laboratório, onde o criador fornece a genética das matrizes e o laboratório assume todas as despesas. Os produtos dessa colaboração são vendidos, e os valores obtidos são divididos igualmente entre os parceiros.

Serão apresentadas tabelas com cálculos das entradas e saídas financeiras, além da tabela do VPL. O criador(a) anteriormente possuía outra raça de gado, mas decidiu vender tudo e investir na aquisição de animais Guzerá Leiteiro Puro de Origem (P.O.), registrados na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

Os animais são criados em um sistema de semiconfinamento, onde apenas as vacas em lactação recebem volumoso (capim/silagem) e ração. De forma geral, todos os animais têm acesso a sal mineral enquanto estão a pasto.

Os custos iniciais decorrem da compra do gado, enquanto os custos anuais incluem alimentação, medicamentos, cuidados sanitários da propriedade, energia elétrica e mão de obra. Como se tratam de animais registrados, há ainda despesas relacionadas à visita técnica do controlador leiteiro, ao técnico de registro e aos exames laboratoriais de DNA para validar a genealogia dos animais. Também existem taxas associativas à ABCZ.

Além da venda de leite, a propriedade gera receitas com a comercialização de embriões e animais a preços diferenciados. Os animais registrados na ABCZ passam por um rigoroso processo de melhoramento genético que é validado por avaliações zootécnicas, registros genealógicos e índices de desempenho produtivo e reprodutivo. Esse aprimoramento agrega valor aos animais, aumentando sua valorização no mercado e atraindo criadores em busca de genética superior.

O processo de produção dos embriões ocorre em parceria: o criador(a) fornece a genética enquanto o parceiro cobre todas as despesas. Após a venda dos animais resultantes dessa parceria, os lucros são divididos igualmente entre ambos.

Os dados utilizados no trabalho estão na tabela a seguir:

Tabela 1

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta pesquisa, os custos e recebimentos são apresentados em bases mensais, considerando um período total de 36 meses, com uma taxa de juros de 15%.

O VPL é uma ferramenta essencial na gestão financeira, utilizada para avaliar a viabilidade de um investimento. Seu cálculo leva em conta o valor do dinheiro no tempo, considerando o custo de oportunidade e garantindo uma análise mais precisa da rentabilidade do projeto.

Um projeto deve ser aceito se o VPL for positivo, pois isso indica que ele é financeiramente viável e que seu retorno será superior ao custo de capital.

O criador realizou um investimento inicial de R$ 630.000,00, a receita foi R$ 1.489.440,00, a despesa foi R$ 1.010.190,00, O Valor Presente Líquido (VPL) calculado foi de R$ 468.535,04. Por tanto temos um VPL positivo e com base nesse resultado para a propriedade em questão, podemos afirmar que o projeto é viável para essa região, uma vez que oferece um retorno que supera o custo de capital, tornando-se assim uma alternativa financeiramente atrativa.

Na tabela a seguir serão apresentados os valores das entradas, saídas, o saldo e o indicador de viabilidade econômica para essa propriedade.

Tabela 2 – VPL

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise financeira do projeto de produção leiteira, representada por um Valor Presente Líquido (VPL) positivo, indica que o investimento de R$ 630.000,00 na aquisição de 40 vacas e 1 touro é viável e rentável. As flutuações sazonais nos custos e receitas, com uma diminuição dos gastos durante a estação das chuvas devido à abundância de nutrientes e um aumento nas despesas na seca com a necessidade de volumoso adicional, destacam a importância da otimização na alimentação dos animais.

Além disso, a parceria estabelecida com um laboratório para a produção e comercialização de embriões, com a divisão equitativa dos lucros, não só diversifica as fontes de receita, mas também contribui para a mitigação de riscos financeiros. Assim, o projeto apresenta um sólido potencial econômico, corroborado pela análise do VPL, que reafirma a eficiência no uso do capital investido.

A análise da tabela VPL indica que o projeto apresenta opções financeiras robustas, evidenciadas pela capacidade de gerar um retorno superior ao investimento inicial. O saldo final positivo demonstra que as receitas superam as despesas operacionais, sinalizando um fluxo de caixa saudável. Esses resultados reforçam a eficácia das estratégias de manejo adotadas, indicando que o empreendimento na produção leiteira.

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1 Discente do curso superior de Administração da Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Carangola. E-mail: adriene.1216198@discente.uemg.br
2 Discente do curso superior de Administração da Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Carangola. E-mail: talia.1216197@discente.uemg.br
3 Docente do curso superior de Administração da Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Carangola. E-mail:denis.pereira@uemg.br
4 Docente do curso superior de Administração da Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Carangola. E-mail:elisangela.silva@uemg.br