REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202409130017
Maria Luiza Gazolla Reis da Silva1
Orientador: Prof. Walmer Faroni.
RESUMO
Este estudo buscou investigar se o Programa de Educação Tutorial – PET, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), tem cumprido seu papel no sentido de influenciar o desenvolvimento acadêmico, pessoal e a inserção profissional dos seus egressos, contribuindo para uma formação que os prepara para o mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. Foi desenvolvida uma pesquisa do tipo descritiva, de natureza qualiquantitava, utilizando o questionário como instrumento de coleta, sendo realizada via Web. Para o tratamento dos dados qualitativos utilizou-se da análise de conteúdo, e para os quantitativos, da análise descritiva. Os resultados demonstraram que o PET, ao longo de sua história, vem se adequando aos novos paradigmas da Educação, acompanhando as demandas dessa nova sociedade. Conclui-se que as vivências metodológicas proporcionadas pelo trabalho tutorial, pela indissociabilidade da tríade ensino-pesquisa-extensão e pela perspectiva da pedagogia libertadora fizeram com que o Programa de Educação Tutorial, de fato, se tornasse um diferencial na formação dos participantes dessa pesquisa.
Palavras-chave: PET, Educação Tutorial, Pedagogia Libertadora
ABSTRACT
The research sought to investigate if PET has fulfilled its role to influence academic and personal development end the insertion professional of its graduates, contributing to an education that prepares them to the labor market increasingly demanding and competitive. The survey type developed was descriptive, with quali-quantitative nature, using questionnaire as a data collection instrument, and performed via internet. For the treatment of qualitative data was used content analysis, and for the quantitative data were used descriptive analysis. The results showed that PET, throughout its history, has been adapting to the new paradigms of Education, following the demands of this new society that arises as a result of changes occurring in the mode of production, labor, new information and communication technologies and the phenomenon of globalization. In conclusion, the methodological experiences offered by the tutorial work, by the integration of teaching-research-outreach triad and by the prospect of liberating pedagogy, the Tutorial Education Program, in fact, became a differential in the formation of the participants of this research.
Keywords: PET, Tutorial Education, Liberating Pedagogy
1. INTRODUÇÃO
Hoje, há uma tendência mundial na educação em promover a formação cidadã, buscando ultrapassar os limites da capacidade acadêmica e técnica, ao estimular o espírito crítico e reflexivo, ao vincular a educação à atuação profissional pautada pela ética, pelo comprometimento com as demandas sociais, e pela responsabilidade coletiva. Esses são elementos estruturantes de um processo formativo baseado na função social da educação superior, visto pelo prisma da pedagogia libertadora.
Nesse cenário, o Programa de Educação Tutorial – PET, criado em 1979, ainda hoje se insere no contexto atual, uma vez que seu objetivo geral é promover a formação ampla e de qualidade acadêmica dos estudantes de graduação envolvidos direta ou indiretamente com o mesmo, estimulando a fixação de valores que reforcem a cidadania e a consciência social de todos os participantes e a melhoria dos cursos de graduação, segundo o seu manual (Manual de Orientações Básicas – PET, 2006).
Conforme o referido manual, no médio e longo prazo, a Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC) espera fomentar a formação de profissionais de níveis superior, nas diversas áreas do conhecimento, dotados de elevados padrões científicos, éticos e com responsabilidade social que sejam capazes de uma atuação no sentido da transformação da realidade nacional, em especial como docentes e pesquisadores pós-graduados em áreas profissionais.
Nesse sentido, o objeto empírico explorado nesse estudo trata-se da análise da inserção profissional dos egressos do Programa de Educação Tutorial (PET/UFV), desenvolvido por grupos de estudantes, com tutoria de um docente, o qual consiste em um programa do Governo Federal Brasileiro, no âmbito das Instituições de Ensino Superior (IES), que visa promover a qualidade do ensino de graduação pelo princípio da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão.
Entende-se a relevância social e acadêmica deste estudo, partindo do pressuposto que o mesmo possa contribuir no sentido de conhecer e divulgar a metodologia e as atividades, desenvolvidas pelos Grupos, que propiciam o desenvolvimento de habilidades importantes para a formação tanto profissional quanto pessoal. Ao dar visibilidade às significativas contribuições na vida dos egressos, em decorrência do modelo formativo desenvolvido nos Grupos pesquisados, o resultado desse estudo pode propor o incentivo institucional à formação de novos Grupos PET, e ainda propor ações educacionais que estimulem os demais cursos da UFV a adotarem práticas inovadoras semelhantes às desenvolvidas nos Grupos pesquisados.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A história da universidade brasileira está vinculada à luta permanente no campo político-educacional, onde se busca exercitar teorias e práticas transformadoras da sociedade e do Estado, visando uma universidade capaz de expressar multiplicidade de pensamentos, por vezes conflitantes. (FORPROEX, 2006).
Segundo Freire (1967), a educação é tida como prática da liberdade. O homem procura conhecer cada vez mais a realidade para poder transformá-la através de um processo de conscientização baseado no diálogo, tido como ato cognoscente, desvelador da realidade.
Em corroboração, a educação tutorial, enquanto metodologia de ensino, engloba a epistemologia, pedagogia, ética e sociedade. Ela se efetiva através de grupos de aprendizagem entre alunos e tutores. Através da relação informal aluno-tutor, é possibilitado ao primeiro assumir responsabilidades sobre sua própria aprendizagem e desenvolvimento pessoal (MARTINS, 2008).
Para Rays (2003, p. 73), a indissociabilidade caracteriza-se como “um processo multifacetado de relações e de correlações que busca a unidade da teoria e da prática”, pois se constitui princípio das atividades-meio da universidade. (TAUCHEN, 2009, P.93).
O princípio da indissociabilidade remete a algo que não existe sem a presença do outro, ou seja, o todo deixa de ser todo quando se dissocia. Alteram-se, portanto, os fundamentos do ensino, da pesquisa e da extensão, por isso trata-se de um princípio paradigmático e epistemologicamente complexo. (TAUCHEN, 2009).
Dessa forma, iniciativas vêm sendo fomentadas visando uma universidade pautada em novos paradigmas, que envolvam o respeito à ética, à diversidade cultural e à inclusão social.
Nesse contexto, este trabalho buscou dimensionar o PET sob três perspectivas que possibilitaram uma fundamentação teórica capaz de abarcar os princípios do Programa, que são: educação tutorial; indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão; e pedagogia libertadora.
2.1 Educação Tutorial
A tutoria, como método, nasceu no século XV na universidade, onde foi usada como orientação de caráter religioso aos estudantes, com o objetivo de infundir a fé e a conduta moral. Posteriormente, no século XX, o tutor assumiu o papel de orientador e acompanhante dos trabalhos acadêmicos (SÁ, 1998).
Na área educacional, a tutoria efetiva o acompanhamento e orientação sistemática de grupos de alunos, por pessoas experientes na área de formação dos estudantes. Tem-se, assim, que a tutoria é uma ação de mediação pedagógica que evoca o aluno como sujeito central da educação e que assume a formação pessoal e acadêmica do estudante como aspectos diretamente atrelados às funções da instituição escolar (MARTINS, 2008).
A educação tutorial se preocupa com o ensino científico com o objetivo de formar no indivíduo habilidades capazes de tornar a sua aprendizagem útil à sociedade. Na medida em que o modelo tutorial pressupõe o desenvolvimento de habilidades reflexivas e investigativas e promove a inovação, as práticas extensionistas vivenciadas no grupo se tornam fundamentais no processo formativo.
2.2 Indissociabilidade entre Ensino-Pesquisa-Extensão
O termo indissociabilidade remete à ideia da interligação existente entre o Ensino-Pesquisa-Extensão, refletindo “um conceito de qualidade do trabalho acadêmico que favorece a aproximação entre universidade e sociedade, a auto-reflexão crítica, a emancipação teórica e prática dos estudantes e o significado social do trabalho acadêmico” (ANDES, 2003, p.30).
Nesse sentido, Dias (2009) entende que o princípio da indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão é fundamental no fazer acadêmico. A relação entre o ensino, pesquisa e extensão, quando bem articulados, conduz a mudanças significativas nos processos de ensino e de aprendizagem, fundamentando didática e pedagogicamente a formação profissional, e estudantes e professores constituem-se, efetivamente, em sujeitos do ato de aprender, de ensinar e de formar profissionais e cidadãos.
Dessa forma, o processo de aprendizagem passa a basear-se e a depender de observações próprias, de atitudes reflexivas, questionadoras, que decorrem do diálogo e da interação com a realidade, para compreendê-la e transformá-la. Criam-se, dessa forma, condições para que a formação do estudante não fique restrita aos aspectos técnicos, formais, e passe a contemplar seus aspectos sociais e políticos, promovendo a conscientização crítica.
2.3 Pedagogia Libertadora ou Problematizadora
No final dos anos 70 e início dos 80, a abertura política no final do regime militar coincidiu com intensa mobilização de educadores para buscar uma educação crítica, a serviço das transformações sociais, econômicas e políticas, tendo em vista superar as desigualdades sociais. Ao lado das denominadas teorias críticas, firma-se, no meio educacional, a “pedagogia libertadora” e a “pedagogia crítico-social dos conteúdos”, defendidas por educadores de orientação marxista (MEC, 1997).
Este trabalho adotou a pedagogia libertadora ou problematizadora como fundamentação do PET, uma vez que o método de ensino proposto por esta teoria se aproxima em muito dos princípios da educação tutorial, haja visto que é realizado na forma de trabalho educativo, através dos grupos de discussão. O professor está ao mesmo nível de importância em relação aos alunos, visto que seu papel é animar a discussão. Dessa forma, o método de ensino se baseia na relação dialógica entre os atores da aprendizagem, tanto alunos quanto professor.
A educação libertadora só é possível pelo diálogo, onde encontram-se duas dimensões: ação e reflexão. Para haver transformação do mundo, uma não pode existir sem a outra.
Nesse sentido, a educação tutorial adota os princípios da pedagogia libertadora, pois se baseia em uma relação dialógica entre educador/educandos; veteranos/novatos; universidade/comunidade; buscando exatamente a ação e a reflexão, e, consequentemente, a práxis transformadora do mundo.
2.4 O Programa de Educação Tutorial – PET
2.4.1Contexto Histórico
Na década de 1970, o ensino superior no Brasil era pautado principalmente pela Lei nº 5.540/1968 (Reforma Universitária de 1968), a qual, entre outros aspectos, extinguiu a cátedra, instituía o vestibular classificatório, os cursos de pós-graduação lato e stricto sensu, aglutinava as faculdades em universidades e criava o sistema de créditos. A partir dessa época, houve um processo de privatização sem precedentes do ensino no Brasil, e esse posicionamento teve continuidade e reflexos na sua qualidade nas décadas seguintes (FIGUEIREDO, 2005).
Nesse contexto, foi criado o PET, pela CAPES/MEC em 1979, como o nome de Programa Especial de Treinamento. Assim, o Programa surgiu numa época em que o ensino Superior Brasileiro passava por uma expansão desordenada sendo criadas muitas universidades sem um padrão de qualidade satisfatório. Dentre as justificativas para a criação do PET, está a busca da melhoria do ensino de graduação e a qualidade dos cursos de pós-graduação, visando suprir, por meio da formação acadêmica, as necessidades nas diversas áreas do conhecimento científico e tecnológico do país.
2.4.2 Características do PET
Conforme estipula o artigo 2º da Portaria MEC nº 976, de 27 de julho de 2010, atualizada pela Portaria n° 343/2013, o PET constitui-se em programa de educação tutorial desenvolvido em grupos organizados a partir de cursos de graduação das IES do país, orientados pelo princípio da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão.
De acordo com seu manual de orientações, o PET destina-se a apoiar grupos de alunos que demonstrem potencial, interesse e habilidades destacadas em cursos de graduação nas IES. O apoio pode ser concebido ao aluno bolsista até a conclusão da sua graduação e ao professor tutor por um período de, no máximo, seis anos, desde que obedecidas às normas do Programa (Portal MEC, 2014).
No âmbito do Programa, a avaliação deve ser encarada como um processo pedagógico que visa o desenvolvimento da crítica, da autocrítica, do autoconhecimento do bolsista, do tutor, dos grupos e da própria instituição, procurando identificar as potencialidades e limitações de cada um na consecução dos objetivos do Programa. A avaliação do PET deve ser estabelecida no marco da qualidade do ensino, da autonomia acadêmica dos grupos e do Programa e da formação de indivíduos cidadãos, com consciência do seu papel na sociedade (Manual de Orientações Básicas-PET, 2006).
3. METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa
Para a consecução deste trabalho foi desenvolvida uma pesquisa do tipo descritiva, utilizando uma abordagem qualiquantitativa.
As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial à descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 1999).
Para Gunther (2006), aquele que busca a construção do conhecimento, através da pesquisa, precisa utilizar formas complementares, e não isoladas, de utilização da pesquisa quantitativa e qualitativa, sem se prender a um ou outro método, adequando-os para solução do seu problema de pesquisa.
Assim, como essa investigação tem como objeto de estudo o ser humano, adotou-se uma abordagem qualiquantitativa, objetivando compreender melhor as significações construídas pelos participantes e as relações entre as variáveis.
Dessa forma, procurou-se de forma qualitativa interpretar os relatos dos participantes tendo como base teórico-metodológica a análise de conteúdo. E, através da análise quantitativa buscou traduzir em números o perfil do ex-petiano.
Quanto aos meios foram utilizadas pesquisas bibliográfica e documental. Assim, utilizou-se da coleta de dados tanto primários quanto secundários. No caso específico desse estudo, os dados primários foram extraídos das respostas contidas no questionário enviado aos participantes. Já os dados secundários foram levantados junto aos arquivos dos Grupos PET em questão, do banco de dados da Associação de Ex-alunos (AEA) da UFV e da Pró-Reitoria de Ensino da UFV.
Ressalta-se que, por se tratar de pesquisa sobre egressos os quais estão espalhados pelas diversas regiões do Brasil e até mesmo do exterior, optou-se pela pesquisa via Web1, dessa forma, os questionários foram enviados pela internet, por e-mail.
3.2 Participantes
Foram identificados 322 ex-petianos nos arquivos dos grupos PET em estudo, dentro do recorte temporal que começa com os primeiros ex-petianos a partir da criação dos grupos e se estende até aos egressos dos referidos Grupos que se formaram em 2013, sendo que deste total, 184 egressos responderam ao questionário.
Vale ressaltar que foram considerados participantes desse estudo, todos os ex-petianos dos Grupos pesquisados, tanto os bolsistas como os voluntários, uma vez que estes estão sujeitos aos mesmos requisitos de ingresso e permanência e aos mesmos deveres exigidos para o estudante bolsista, inclusive quanto à participação no processo de seleção, conforme disposto na Portaria nº 976 de 27/07/2010.
3.3 Elaboração do Questionário
O questionário desse estudo foi elaborado em consonância com o problema levantado por essa investigação, dessa forma, as dimensões estabelecidas no questionário visam responder a seguinte questão: os grupos PET da UFV têm cumprido o objetivo geral do Programa que é promover a formação ampla e de qualidade acadêmica dos alunos de graduação envolvidos direta ou indiretamente com o mesmo, estimulando a fixação de valores que reforcem a cidadania e a consciência social de todos os participantes e a melhoria dos cursos de graduação?
Nesse sentido, o referido questionário foi dividido em 6 fases: I) Apresentação; II) Informações pessoais; III) Informações profissionais; IV) Informações acadêmicas; V) Sua experiência no PET; VI) Conclusão.
Dessa forma, foram elaboradas perguntas discursivas e de múltipla escolha. No caso específico do estudo em questão, as perguntas discursivas se restringem em “comentários” em relação às questões de múltipla escolha. Assim, os participantes que sentirem necessidade de comentar as questões de múltipla escolha, há um espaço aberto para esses comentários. Assim, após as questões que necessitam de uma discursão maior ou de uma contextualização, há a questão “Comente se necessário”.
3.4 Análise e Tratamento dos Dados
Através da abordagem quantitativa, buscou-se relacionar as diversas variáveis à participação no PET. Foram utilizadas técnicas quantitativas (frequência e proporção) com o objetivo de mensurar os resultados, ou seja, após a coleta e o conhecimento dos dados, os mesmos foram analisados por meio de análise estatística descritiva, a fim de confirmar ou refutar a hipótese.
Em relação à análise qualitativa, a técnica proposta para analisar os relatos dos participantes da pesquisa foi a análise de conteúdo, que conforme Bardin (1979, p. 38) é “um conjunto de técnicas de análise das comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens”.
Assim, identificou-se as categorias, subcategorias e o processo de sintonia fina que subsidiaram a pesquisa.
As categorias segundo Bardin (1979, p. 117) são “rubricas ou classes, as quais reúnem um grupo de elementos sob um título genérico, agrupamento esse feito em razão dos caracteres comuns destes elementos”.
De acordo com Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (1998, p. 170) à medida que os dados vão sendo coletados, o pesquisador vai procurando tentativamente identificar temas e relações, construindo interpretações e gerando novas questões e/ou aperfeiçoando as anteriores, o que, por sua vez, o leva a buscar novos dados, complementares ou mais específicos, que testem suas interpretações, num processo de “sintonia fina” que vai até a análise final.
Dessa forma, foi desenvolvido um quadro que possibilitou o direcionamento e a condução da análise dos dados na busca pelo cumprimento do objetivo geral da pesquisa. Para tanto, foram desenvolvidas quatro categorias ou dimensões de análises, sendo elas a Pessoal, Profissional, Acadêmica, e Experiências no PET. Para compreender essas dimensões de forma mais detalhada foram criadas subcategorias (dimensões menores) e o detalhamento do “processo de sintonia fina”, conforme demonstrado na Figura 1:
Figura 1 – Categorias, Subcategorias e o Processo de Sintonia Fina
Fonte: Adaptado a partir de Bardin (1979) e Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (1998)
Esse detalhamento possibilitou a realização da interpretação referencial que é a fase de análise propriamente dita. A reflexão, a intuição, com embasamento em materiais empíricos, estabelecem relações com a realidade aprofundando as conexões das ideias.
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
As categorias identificadas no questionário e que compõem o cerne desta pesquisa referem-se à dimensão pessoal, profissional, acadêmica, e experiência no PET. Estas categorias permitiram analisar criteriosamente a situação estudada visando à consecução do objetivo traçado.
4.1 Categorias de Análise
4.1.1 Pessoal
Nessa categoria pretendeu-se identificar os participantes, sua localização e sua situação. Analisando a subcategoria “localização”, verifica-se que os participantes da pesquisa estão distribuídos nas diversas regiões do país e alguns no exterior (01 na Alemanha e 04 nos EUA). A maioria está atuando no Estado de Minas Gerais (58,2%), seguido por São Paulo (14,2%), Espírito Santo (6,5%) e Rio de Janeiro (5,4%), e (15,9%) nas demais regiões.
Em relação à subcategoria “situação”, os resultados demonstram que os egressos do PET estão atuando ativamente no mercado de trabalho, socializando o conhecimento adquirido no PET, discriminado na Tabela 1 (%):
Tabela 1
Situação do entrevistado (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Não trabalha e nem estuda | – | 3,1 | – | 2,4 | 1,1 |
Somente estuda | 31,0 | 9,4 | 7,5 | 26,8 | 19,5 |
Somente trabalha | 53,5 | 68,7 | 60,4 | 48,8 | 57,1 |
Trabalha e estuda | 15,5 | 18,8 | 32,1 | 22,0 | 22,3 |
Outra | – | – | – | – | – |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
4.1.2 Profissional
No que tange à categoria “profissional”, procurou-se identificar de que forma o PET influenciou a inserção e a atuação profissional dos participantes da pesquisa. Assim, buscou-se conhecer a área de atuação; o tempo para o ingresso no primeiro emprego; a remuneração; o tipo de empresa onde trabalha; o tempo de serviço no emprego atual; a área de atuação da empresa onde trabalha; a satisfação profissional. Assim, procurou-se identificar de que forma o PET influenciou a inserção e a atuação profissional dos participantes da pesquisa.
Em relação à subcategoria “atuação na área de formação”, entre os 146 egressos que declaram trabalhar, 90,6% atuam na sua área de formação, conforme Tabela 2 (%):
Tabela 2
Atuação na área de formação (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 95,0 | 64,3 | 98,0 | 96,6 | 90,6 |
Não | 5,0 | 35,7 | 2,0 | 3,4 | 9,4 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Quanto à subcategoria “tempo para o ingresso no primeiro emprego”, os dados demonstram que, em geral, os egressos petianos têm uma rápida inserção no mercado de trabalho, o que comprova sua elevada qualificação profissional, comprovado pela Tabela 3 (%).
Quanto aos que levaram acima de 37 meses para inserção no mercado, observou-se que essa aparente demora está diretamente relacionada com a opção pela realização da pós-graduação.
Tabela 3
Tempo levado para ingressar no primeiro emprego, após a graduação (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Menos de 6 meses | 34,9 | 60,7 | 69,4 | 58,7 | 55,5 |
De 7 a 12 meses | 2,3 | 7,1 | 14,3 | 6,9 | 8,2 |
De 13 a 24 meses | 9,3 | 10,7 | 14,3 | 6,9 | 10,9 |
De 25 a 36 meses | 9,3 | 3,6 | 2,0 | 10,3 | 6,2 |
Acima de 37 meses | 44,2 | 17,9 | – | 17,2 | 19,2 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Ao analisar a subcategoria “remuneração”, percebe-se que o sucesso profissional dos egressos do PET reflete em sua remuneração. Considerando os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2010, na sociedade brasileira a classe B tem renda mensal de 10 a 20 salários mínimos e a classe A acima de 20 salários mínimos. De acordo com esta classificação, 39,6 % dos egressos do PET estão classificados nas classes A e B. Ressalta-se que esta classificação vale para o ano de 2014, com salário mínimo de R$ 725,00, como especificado na Tabela 4 (%):
Tabela 4
Remuneração dos entrevistados em número de salários mínimos (%):
Salário Mínimo | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Até 2 salários | 5,0 | 14,3 | 2,0 | 3,4 | 5,5 |
3 a 6 salários | 15,0 | 46,4 | 20,4 | 44,8 | 28,8 |
7 a 10 salários | 10,0 | 25,0 | 40,8 | 24,2 | 26,0 |
11 a 14 salários | 35,0 | 10,7 | 14,3 | 24,2 | 21,2 |
15 a 18 salários | 25,0 | 3,6 | 12,2 | 3,4 | 12,4 |
19 a 22 salários | 5,0 | – | 4,2 | – | 2,7 |
Acima de 23 salários | 5,0 | – | 6,1 | – | 3,4 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Já em relação à subcategoria “tipo de empresa”, 54,1% dos participantes estão atuando em empresas públicas. A alta taxa de incidência dos egressos do PET no setor público, evidencia que o Programa, conforme idealizado pela SESu/MEC, a médio e longo prazo, promove a formação de profissionais e docentes de elevada qualificação acadêmica, científica, tecnológica e cultural, uma vez que para ser admitido no serviço público é necessário aprovação em concursos públicos, que na maioria das vezes são muito disputados.
Tabela 5
Tipo de empresa em que os entrevistados trabalham (%):
Tipo de Empresa | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Mista | 2,5 | 10,7 | 8,2 | – | 5,5 |
Privada | 5,0 | 28,5 | 44,9 | 13,8 | 24,6 |
Pública | 77,5 | 42,9 | 32,6 | 69,0 | 54,1 |
Outra | 15,0 | 17,9 | 14,3 | 17,2 | 15,8 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Com base na subcategoria “tempo de serviço na empresa ou órgão atual”, observa-se que a diversidade dos resultados está provavelmente relacionada com a época em que os participantes da pesquisa se formaram, tendo em vista que este estudo analisa egressos de 1985 a 2013, como demonstrado na Tabela 6 (%):
Tabela
Tempo de serviço na empresa/órgão atual (%):
Tempo de serviço | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Menos de 1 ano | 17,5 | 21,4 | 24,5 | 34,5 | 23,9 |
1 a 3 anos | 17,5 | 39,3 | 32,7 | 27,6 | 28,8 |
4 a 6 anos | 22,5 | 14,3 | 12,2 | 31,0 | 19,2 |
7 a 9 anos | 15,0 | 14,3 | 10,2 | – | 10,3 |
Acima de 10 anos | 27,5 | 10,7 | 20,4 | 6,9 | 17,8 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Na subcategoria “principal área de atuação da empresa” a maioria dos egressos pesquisados (52,7%) está atuando em empresas da área educacional. Esses dados demonstram que há um grande interesse pela área acadêmica por parte dos egressos, conforme retratado na Tabela 7 (%):
Tabela 7
Principal área de atuação da empresa onde os participantes trabalham (%):
Área | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Comercial | – | 10,7 | 6,1 | – | 4,1 |
Educacional | 62,8 | 28,6 | 46,9 | 72,4 | 52,7 |
Filantrópica | – | 7,1 | – | – | 1,4 |
Industrial | – | – | 14,3 | – | 4,8 |
Prestação de serviço | 7,0 | 28,6 | 24,5 | 10,3 | 17,8 |
Outra | 30,2 | 25,0 | 8,2 | 17,3 | 19,2 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Quanto à subcategoria “cargo ou função”, dentre os 146 participantes que trabalham, 63 se declararam professores; 48 são técnicos; 04 participantes são gestores; 09 atuam como consultores/coordenadores; 10 são autônomos; 06 participantes se declaram pesquisadores; 03 são trainee/sênior; e 03 participantes são bolsistas.
Esses dados evidenciam que as diversas atividades vivenciadas no PET possibilitam que os estudantes desenvolvam uma gama de habilidades que os permitem traçarem diferentes caminhos, o que resulta nessa diversidade de atuações conforme demonstra o resultado desse estudo. Dessa forma, constatou-se que o PET tem propiciado uma formação ampla e diversificada, preparando-os para atuarem no mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo.
Quanto à subcategoria “satisfação profissional”, 70,7% dos participantes estão entre “muito satisfeitos” (48,4%); a “totalmente satisfeitos” (22,3%), como ilustrado na Tabela 8 (%). Pode-se inferir com esses dados que o PET tem formado profissionais aptos a desempenharem suas funções atendendo às novas demandas do mercado de trabalho.
Por outro lado, a maior parte dos casos de insatisfação com a situação profissional está relacionada aos baixos salários, a desvalorização do profissional e carga horária excessiva.
Tabela
Satisfação quanto à situação profissional (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Nada satisfeito | 1,7 | – | – | – | 0,5 |
Pouco satisfeito | – | – | 1,9 | 4,9 | 1,6 |
Moderadamente satisfeito | 20,7 | 37,5 | 20,8 | 36,6 | 27,2 |
Muito satisfeito | 46,6 | 50,0 | 56,5 | 39,0 | 48,4 |
Totalmente satisfeito | 31,0 | 12,5 | 20,8 | 19,5 | 22,3 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
4.1.3 Acadêmica
No que concerne à categoria “acadêmica” buscou-se conhecer o perfil acadêmico dos participantes da pesquisa, analisando o seu nível de envolvimento e interesse com o curso, e seu caráter de inquietação e busca pelo conhecimento. Nesse sentido, foram levantadas questões relativas à participação dos ex-petianos, durante a graduação em outros programas institucionais e sobre a realização de pós-graduação.
Nesse sentido, em relação à subcategoria “participação em outros programas institucionais”, dos 184 participantes, 133 (72,3%) participaram de outros programas institucionais, como visualizado na Tabela 9 (%):
Tabela 9
Participação em outros programas institucionais (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Monitoria | 38,0 | 32,0 | 9,5 | 10,0 | 25,3 |
Iniciação científica | 40,0 | 16,0 | 28,6 | 24,0 | 31,3 |
Projeto de extensão | 20,0 | 36,0 | 35,7 | 52,0 | 32,2 |
Outros | 2,0 | 16,0 | 26,2 | 14,0 | 11,2 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
A filosofia do PET hoje buscar reverter o pensamento elitista da época em que foi criado, ainda como Programa Especial de Treinamento, quando visava o fortalecimento da pós-graduação brasileira. Apesar disso, a subcategoria “pós-graduação” continua sendo o caminho natural escolhido pelos petianos, como demonstrado na Tabela 10 (%):
Tabela 10
Realização de pós-graduação (%)
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 96,6 | 78,1 | 66,0 | 75,6 | 79,9 |
Não | 3,4 | 21,9 | 34,0 | 24,4 | 20,1 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
4.1.4 Experiência no PET
Em si tratando da categoria “experiência no PET”, este estudo preocupou-se em compreender de que forma as experiências vivenciadas no Programa influenciaram a formação dos participantes da pesquisa.
Nesse sentido, em relação à subcategoria “motivos que o levaram a participar do PET” os egressos analisados nesse estudo relataram que o principal motivo foi a possibilidade de desenvolver atividades de ensino/pesquisa/extensão (31,8%), ver Tabela 13 (%).
Em segundo lugar, ficou o trabalho em equipe (23,7%), o que evidencia que os estudantes estão procurando obter um conhecimento prático, baseado numa relação dialógica e na troca de saberes entre os pares. Característica essa, muito valorizada no mercado de trabalho atualmente, conforme visualizado na Tabela 13 (%).
Em terceiro lugar está o incentivo pela bolsa (23,15%), esse dado é muito importante no sentido de que, nos últimos anos, o governo federal vem implementando políticas públicas de inclusão social, voltadas aos grupos em estado de vulnerabilidade. Assim, com a adoção da política de cotas nas universidades, vários segmentos da sociedade que antes não tinham acesso ao ensino superior, hoje podem estudar numa universidade. Nesse sentido, a bolsa do PET paga aos petianos vem a ser um instrumento de inclusão social, pois auxilia na permanência do estudante na universidade, evitando-se, assim, a evasão escolar, conforme Tabela 11 (%):
Tabela 11
Motivos que o levou a participar do PET (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Desenvolver atividades ensino/pesquisa/extensão | 28,3 | 36,0 | 31,8 | 34,3 | 31,8 |
O trabalho em equipe | 25,5 | 20,2 | 20,6 | 27,7 | 23,7 |
Aprender/aprimorar a redação de artigos | 5,4 | 11,2 | 11,9 | 3,7 | 7,9 |
Melhorar a oralidade | 10,4 | 9,0 | 6,6 | 6,5 | 8,3 |
Incentivo pela bolsa | 22,8 | 19,1 | 25,2 | 24,1 | 23,1 |
Aprender/aprimorar idioma estrangeiro | 2,7 | 3,4 | 2,6 | 0,9 | 2,4 |
Outros | 4,9 | 1,1 | 1,3 | 2,8 | 2,8 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Já em relação à subcategoria “tempo de vinculação ao PET”, os dados indicam que a grande maioria dos participantes (65,0%) permaneceu no Programa por um período acima de 25 meses, conforme discriminado Tabela 12 (%):
Tabela 12
Tempo de vinculação ao PET (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Até 6 meses | 3,4 | – | 1,9 | 2,4 | 2,2 |
7 a 12 meses | 8,6 | – | 7,7 | 4,9 | 6,0 |
13 a 18 meses | 10,3 | – | 13,5 | 2,4 | 7,7 |
19 a 24 meses | 17,3 | 9,4 | 32,7 | 12,3 | 19,1 |
Acima de 25 meses | 60,4 | 90,6 | 44,2 | 78,0 | 65,0 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Em consonância com os resultados da subcategoria “tempo de permanência no Programa”, na subcategoria “motivo de saída do PET” evidenciou que a maior parte dos sujeitos desse estudo (50,5%) permaneceu no PET até a conclusão do curso, conforme retratado na Tabela 13 (%):
Tabela 13
Motivos de saída do PET (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Formatura | 44,8 | 96,9 | 28,3 | 51,2 | 50,5 |
Realizar estágio | 3,4 | 3,1 | 47,2 | 31,7 | 22,4 |
Incompatibilidade com o grupo ou tutor | 5,2 | – | 5,7 | – | 3,3 |
Insuficiência de resultados | 1,7 | – | – | – | 0,5 |
Participar de outros programas institucionais | 29,3 | – | 7,5 | 17,1 | 15,2 |
Mobilidade acadêmica | 1,8 | – | – | – | 0,5 |
Outros | 13,8 | – | 11,3 | – | 7,6 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Em relação ao impacto do PET no que tange à subcategoria “rendimento escolar”, 71,2% dos participantes consideram que o PET contribuiu para a elevação do seu coeficiente de rendimento na graduação, contra 28,8 (%) que não, ver Tabela 14 (%):
Tabela 14
Contribuição do PET para elevação do coeficiente de rendimento na graduação (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 55,2 | 96,9 | 79,2 | 61,0 | 71,2 |
Não | 44,8 | 3,1 | 20,8 | 39,0 | 28,8 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Quanto à subcategoria “domínio de idioma estrangeiro”, 67,9% dos egressos tem domínio de algum idioma estrangeiro, contra 32,1 % que não, discriminado na Tabela 15 (%):
Tabela 15
Domínio de idioma estrangeiro (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 91,4 | 40,6 | 64,2 | 61,0 | 67,9 |
Não | 8,6 | 59,4 | 35,8 | 39,0 | 32,1 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Ao analisar a subcategoria “desenvolvimento de habilidades importantes para a formação” notou-se que a maioria absoluta dos participantes (98,4%) relatou que a participação no PET proporcionou esse desenvolvimento, visualizado na Tabela 16 (%):
Tabela 16
Desenvolvimento de habilidades importantes para a formação adquiridas no PET (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 96,6 | 100 | 100 | 97,6 | 98,4 |
Não | 3,4 | – | – | 2,4 | 1,6 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
A habilidade citada em maior número foi a “capacidade de trabalho em equipe” com 13,6 %, ver Tabela 17 (%). As demais habilidades citadas pelos participantes aparecem de forma equitativa.
Diante do exposto, os resultados comprovam que os grupos PET analisados vêm trabalhando de forma condizente com a filosofia do programa ao priorizar uma formação voltada para o trabalho em equipe por meio de uma relação dialógica e horizontal entre os atores envolvidos nesse processo de ensino/aprendizagem.
Tabela 17
Habilidades desenvolvidas a partir da participação no grupo do PET (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Liderança | 8,9 | 8,5 | 10,5 | 10,2 | 9,6 |
Capacidade de trabalho em equipe | 12,4 | 12,4 | 15,9 | 13,6 | 13,6 |
Atitudes reflexivas | 8,4 | 10,3 | 9,2 | 8,5 | 9,0 |
Atitudes investigativas e questionadora | 8,7 | 11,5 | 10,5 | 9,5 | 9,9 |
Oralidade | 11,9 | 10,7 | 10,2 | 9,9 | 10,7 |
Leitura | 7,6 | 7,3 | 7,3 | 6,2 | 7,1 |
Autonomia | 8,2 | 9,4 | 10,2 | 10,2 | 9,4 |
Competência técnica | 6,7 | 7,7 | 7,0 | 10,2 | 7,8 |
Capacidade para lidar com situações complexas | 10,6 | 9,0 | 11,1 | 9,5 | 10,2 |
Criatividade | 8,9 | 7,7 | 5,1 | 8,8 | 7,7 |
Altruísticas | 5,7 | 3,8 | 1,3 | 2,7 | 3,5 |
Outras | 2,0 | 1,7 | 1,7 | 0,7 | 1,5 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Ao serem questionados se o PET propiciou um diferencial em sua formação profissional, nessa subcategoria 96,7%, conforme exposto na Tabela 18 (%):
Tabela 18
O PET proporcionou um diferencial na formação profissional (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 96,6 | 96,9 | 98,1 | 95,1 | 96,7 |
Não | 3,4 | 3,1 | 1,9 | 4,9 | 3,3 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Entre os participantes desse estudo, 95,7% declaram ter encontrado elementos que não estavam presentes no seu curso, o que pode ser observado na Tabela 19 (%):
Tabela 1
Elementos encontrados no PET que não estavam presentes no curso de graduação (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 96,6 | 96,9 | 100 | 87,8 | 95,7 |
Não | 3,4 | 3,1 | – | 12,2 | 4,3 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Em relação aos elementos encontrados no PET que não estão presentes no curso de graduação, novamente, o “trabalho em equipe” é classificado em primeiro lugar. Os demais itens estão classificados de forma equitativa, como pode ser visto na Tabela 20 (%):
Tabela 20
Relação dos elementos encontrados no PET que não estavam presentes no curso de graduação (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Atividades de ensino | 10,9 | 9,7 | 10,7 | 14,6 | 11,5 |
Atividades de pesquisa | 4,0 | 12,9 | 19,6 | 8,8 | 11,4 |
Atividades de extensão | 17,9 | 13,7 | 15,0 | 13,5 | 15,2 |
Comprometimento com a comunidade local | 11,9 | 10,6 | 12,6 | 18,1 | 13,4 |
Resolução de conflitos | 15,5 | 16,1 | 10,7 | 10,5 | 13,0 |
Trabalho em equipe | 21,4 | 18,5 | 17,4 | 17,5 | 18,7 |
Incentivo à autonomia | 14,4 | 17,7 | 12,1 | 16,4 | 14,8 |
Outros | 4,0 | 0,8 | 1,9 | 0,6 | 2,0 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Sobre a subcategoria “participação em atividades de cunho social”, 77,6% dos participantes responderam que sim, retratado na Tabela 21 (%).
Ressalta-se que o Programa, nos seus primórdios, não enfatizava a formação baseada no comprometimento social, essa premissa veio fazer parte dos objetivos do PET após a edição do seu Manual de Orientações Básicas de 2002.
Os participantes citaram vários projetos de cunho social do qual participaram como: PET na Praça; PET na Periferia; PET na Feira; PET na Comunidade; apoio ao Fundo da Criança e do Adolescente; Programa Geração Criança; parceria com o Rotary Club de Viçosa; participação no Programa Municipal da Terceira Idade; colaboração no Curso Pré-Vestibular beneficente da Sociedade São Vicente de Paulo; Projeto Alimentação Saudável; colaboração com a APAE; Projeto Captar; Projeto Promover, Projeto Ribeirão São Bartolomeu etc.
Tabela 21
Participação em alguma atividade no PET de cunho social (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 75,9 | 87,5 | 61,5 | 92,7 | 77,6 |
Não | 24,1 | 12,5 | 38,5 | 7,3 | 22,4 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
No que concerne à subcategoria “contribuição do PET na formação profissional”, do total dos sujeitos desse estudo, 97,3% afirmaram que o PET proporcionou alguma contribuição a sua formação profissional, como ilustrado na Tabela 22 (%):
Tabela 22
Contribuição do PET na formação profissional (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 94,8 | 100 | 96,2 | 97,6 | 97,3 |
Não | 5,2 | – | 3,8 | 2,4 | 2,7 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Também em relação à subcategoria “contribuição do PET na formação pessoal” 95,1 % dos participantes relataram que houve alguma contribuição, observado na Tabela 23 (%).
Nos depoimentos, os participantes valorizaram as relações interpessoais e o trabalho em grupo como as principais contribuições do PET no campo pessoal. Ademais, foram citados a autonomia, a liderança, a pró-atividade, a solidariedade, os laços de amizade que surgiram dentro do PET, o comprometimento social etc.
Tabela 23
Contribuição do PET na formação pessoal (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 91,4 | 100 | 94,3 | 97,6 | 95,1 |
Não | 8,6 | – | 5,7 | 2,4 | 4,9 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Na subcategoria “formação voltada aos valores humanistas, altruístas e ao comprometimento com as demandas sociais”, os dados demonstram que 77,7 % consideraram que o PET lhes permitiu essa formação, demonstrado na Tabela 24 (%). Essa questão retrata as transformações que o Programa sofreu em relação às concepções/filosofia ao longo de sua história. Inicialmente, o PET visava à formação de pesquisadores, objetivando fomentar a pós-graduação no Brasil. Nesse período, a concepção filosófica do PET não enfatizava a função social do ensino superior. Assim, a prioridade era dada às atividades de pesquisa, não havia essa preocupação com as atividades voltadas às demandas sociais.
Tabela 24
Contribuição do PET para uma formação que possibilite incutir valores humanistas, altruístas e comprometimento com as demandas sociais (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 69,0 | 90,6 | 66,0 | 95,1 | 77,7 |
Não | 31,0 | 9,4 | 34,0 | 4,9 | 22,3 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Ao serem questionados se atualmente participam de alguma atividade social ou ambiental que de alguma forma contribuam para a qualidade de vida dos indivíduos ou da sociedade na qual estão inseridos, 45,7% dos participantes disseram que sim, conforme exposto na Tabela 25 (%).
Em relação a essa subcategoria, considerando as crescentes demandas que nos são impostas no dia a dia, tanto profissionais quanto pessoais, e saber que 45,7% dos participantes desse estudo dedicam uma parte do seu dia à realização de atividades voltadas em prol da comunidade na qual estão inseridos, pode-se inferir que o PET tem cumprido seu objetivo no sentido de incutir valores humanistas e altruístas nos petianos. Dessa forma, os egressos acabam carregando esses valores pela vida afora, tanto na atuação profissional pautada pela cidadania, como em trabalhos voluntários de cunho social.
Tabela 25
Realização atualmente de alguma atividade social ou ambiental que de alguma forma contribui para a qualidade de vida dos indivíduos ou da sociedade na qual estão inseridos (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/ Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 48,3 | 43,8 | 39,6 | 51,2 | 45,7 |
Não | 51,7 | 56,2 | 60,4 | 48,8 | 54,3 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Sobre um dos principais assuntos que preocupa os gestores da educação superior, a subcategoria “evasão escolar”, os dados demonstraram que 74,9% dos sujeitos da pesquisa acreditam que o PET contribui para a sua diminuição, o que pode ser observado na Tabela 26 (%):
Tabela 26
Percepção quanto ao PET contribuir na diminuição da evasão escolar (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Sim | 79,3 | 84,4 | 71,2 | 65,9 | 74,9 |
Não | 20,7 | 15,6 | 28,8 | 34,1 | 25,1 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
No que se refere à subcategoria “como você avalia o PET”, 96,7 % dos participantes o avaliaram entre bom a excelente, conforme retratado na Tabela 27(%):
Tabela 27
Avaliação do PET pelos participantes (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Regular | 8,6 | – | 1,9 | – | 3,3 |
Bom | 13,8 | 6,2 | 5,7 | 9,8 | 9,2 |
Muito bom | 20,7 | 50,0 | 49,1 | 34,1 | 37,0 |
Excelente | 56,9 | 43,8 | 43,3 | 56,1 | 50,5 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
De uma maneira geral, os egressos consideram que o PET teve grande influência na sua trajetória profissional, sendo que 32,8% dos participantes assinalaram que o PET exerceu “total” influência, e 48,1% consideram com “muita” intensidade, ver Tabela 28 (%):
Tabela 28
Percepção quanto à influência do PET na trajetória profissional (%):
Descrição | Biologia | Economia Doméstica | Administração/Contabilidade | Nutrição | Total |
Nenhuma | 1,7 | – | – | – | 0,5 |
Pouca | 10,3 | – | 3,8 | 4,9 | 5,5 |
Moderada | 15,5 | 6,2 | 13,5 | 14,6 | 13,1 |
Muita | 44,8 | 53,2 | 46,2 | 51,2 | 48,1 |
Total | 27,7 | 40,6 | 36,5 | 29,3 | 32,8 |
Total | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando os resultados desse estudo, pode-se inferir que o PET, ao longo de sua história, vem se adequando aos novos paradigmas da Educação, acompanhando as demandas dessa nova sociedade que surge em decorrência das transformações ocorridas no modo de produção, de trabalho, das novas tecnologias de informação e comunicação e do fenômeno da globalização.
Portanto, com base nas categorias de análise da pesquisa que emergiram dos depoimentos do ex-petianos, torna-se compreensível o diferencial na formação acadêmica, profissional e pessoal proporcionado pela experiência vivenciada nos Grupos.
Diante do exposto, observou-se que o PET tem se firmado como uma metodologia pedagógica importante. Segundo os depoimentos, as contribuições do Programa não são sentidas somente pelos petianos, mas reflete nos demais alunos do curso ao qual o PET está vinculado, assim como também na comunidade externa à universidade através das atividades de extensão praticadas pelos Grupos. Dessa forma, nota-se que a metodologia de trabalho desenvolvida nos Grupos favorece o amadurecimento profissional e pessoal proporcionando maior segurança quanto à formação acadêmica e ao futuro profissional. Os resultados demonstraram que o PET tem formado um profissional eclético, atuando em vários segmentos, prioritariamente na área educacional.
Por tudo o que foi constato, pode-se concluir que as vivências metodológicas proporcionadas pelo trabalho tutorial, pela indissociabilidade da tríade ensino-pesquisa-extensão e pela perspectiva da pedagogia libertadora fizeram com que o Programa de Educação Tutorial, de fato, se tornasse um diferencial na formação dos participantes dessa pesquisa.
Enfim, frente aos dados apresentados, sugere-se potencializar a metodologia de trabalho desenvolvida nos Grupos, buscando disseminar aos demais cursos de graduação da UFV, seu processo não hierarquizado, o diálogo horizontal e o trabalho coletivo, pautados na educação tutorial. Assim como, julga-se necessário que a UFV incentive a criação de novos Grupos PET, proporcionando subsídios para a submissão de projetos de outros cursos de graduação aos futuros Editais da SESu/MEC.
Diante do exposto, conclui-se que, o Programa de Educação Tutorial constituiu-se como um meio promissor na formação dos alunos de graduação. Sua concepção, filosofia e métodos oportunizam uma formação holística e, principalmente cidadã, buscando autonomia no processo formativo, através de uma relação dialógica, crítica e reflexiva; resolução de conflitos; trabalho em equipe; proatividade; criatividade; mediação; avaliação; e principalmente o respeito ao próximo, visando o bem maior, que é a transformação da realidade.
Portanto, a formação vivenciada nos Grupos está em sintonia com as transformações da sociedade, ou seja, a formação cidadã tem em vista a produção do conhecimento vinculada à sociedade, e não restrita apenas às universidades.
1 World Wide Web (WWW) – significa um sistema de informações ligadas através de hipermídia (hiperligações em forma de texto, vídeo, som e outras animações digitais) que permitem ao usuário acessar uma infinidade de conteúdos através da internet. Disponível em: http://www.significados.com.br/Web/
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1Mestre em Administração pela Universidade Federal de Viçosa.
Graduada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ubá.
Atuação profissional: Técnica em Assuntos Educacionais da Universidade Federal de Viçosa