ALONGAMENTO MUSCULAR COMO MEDIDA PREVENTIVA CONTRA LESÕES EM ESPORTE DE IMPACTO: UMA REVISÃO BIBIOGRÁFICA

Autores:
Franquieli Roque Luna1
Denilson da Silva Veras2
¹Acadêmica Finalista do Curso de Fisioterapia da Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO, Manaus/AM.
²Fisioterapeuta Especialista; Docente na Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO, Manaus/AM. Fisioterapeuta.


RESUMO

A lesão esportiva pode ser definida como qualquer queixa de dor ocorrida durante o treino ou competição, sendo necessária a atenção médica. Em alguns casos, pode ser aconselhada a restrição da prática esportiva pelo atleta por um período de tempo. Objetivo: avaliar se o alongamento muscular pode ser considerado como medida preventiva para lesões em esportes de impacto. Metodologia: Tratou-se deuma pesquisa integrativa, descritiva, com a abordagem qualitativa. Resultados e discussão: Após a aplicação da metodologia proposta identificamos na literatura XX artigos que abordavam a questão da problemática do uso do alongamento muscular pode ser considerado como medida preventiva para lesões em esportes de impacto. A recomendação de alongamento como método de prevenção de lesões tem-se baseado na ideia de que o alongamento tem efeito sobre as propriedades viscoelásticas da junção músculo tendinosa, resultando em menor rigidez tecidual. Conclusão: Os exercícios de alongamento tendem a restabelecer níveis satisfatórios de mobilidade articular e reduzir tensões musculares, diminuindo dores e melhorando o desempenho muscular de atletas.

Palavras-chave: Alongamento muscular. Prevenção. Esporte de impacto. Fisioterapia

ABSTRACT

Sports injury can be defined as any complaint of pain occurring during training or competition, requiring medical attention. In some cases, it may be advisable for the athlete to restrict the practice of sports for a period of time. Objective: to assess whether muscle stretching can be considered a preventive measure for injuries in impact sports. Methodology: This was an integrative, descriptive research with a qualitative approach. Results and discussion: After applying the proposed methodology, we identified in the literature XX articles that addressed the issue of the issue of the use of muscle stretching can be considered as a preventive measure for injuries in impact sports. The recommendation of stretching as an injury prevention method has been based on the idea that stretching has an effect on the viscoelastic properties of the muscle tendon junction, resulting in less tissue stiffness. Conclusion: Stretching exercises tend to restore satisfactory levels of joint mobility and reduce muscle tension, reducing pain and improving muscle performance in athletes.

Keywords: Muscle stretching. Prevention. Impact sport. Physiotherapy

INTRODUÇÃO

A lesão esportiva pode ser definida como qualquer queixa de dor ocorrida durante o treino ou competição, sendo necessária a atenção médica. Em alguns casos, pode ser aconselhada a restrição da prática esportiva pelo atleta por um período de tempo. As lesões podem ser analisadas através de diferentes formas, como por meio de históricos, estudos epidemiológicos, biomecânicos e psicológicos (RAMOS et al., 2017).

Geralmente, segundo Saragiotto, Pierro e Lopes (2014), as lesões ocorrem quando há uma sobrecarga das estruturas musculoesqueléticas acima da nossa habilidade de regeneração ou adaptação. Estudos epidemiológicos realizados em competições internacionais e jogos olímpicos reportam que as taxas de lesões nos atletas variam entre 10% e 65%, sendo a maioria dessas lesões nos membros inferiores.

Barroso e Thiele (2011) evidenciaram que essas lesões estão entre as queixas mais comuns no atendimento ortopédico, ocorrendo tanto em atletas como em não atletas. Ocorre, em sua maioria, por alongamento excessivo ou trauma direto no ventre muscular. A aplicação do alongamento ativo e passivo antes dos treinos têm sido postulados como estratégias de prevenção de lesões; no entanto, há pouca evidência sobre o quanto estas atitudes realmente diminuem a incidência das lesões musculares, principalmente no que se refere à prática de esportes de impacto, muito comuns no Brasil.

Esportes geralmente envolvem situações de colisão do corpo contra uma superfície externa fixa, como choques contra a estrutura de uma quadra ou uma queda no solo. Choques também podem ocorrer quando o corpo em movimento colide com um segundo corpo que está livre para se mover ou está se movendo, como, por exemplo, em desportos coletivos em geral. Neste sentido, os esportes cujos fundamentos exigem impactos (handebol, voleibol, basquetebol, ginástica olímpica, judô, dentre outros) são aqueles nos quais os praticantes estão mais suscetíveis a lesões decorrentes das colisões resultantes das ações motoras realizadas (MANN et al., 2010).

Silva, Oliveira e Caputo (2013), identificaram como sintomas dessa lesão muscular induzida pelo exercício são facilmente caracterizados: rigidez, inchaço, diminuição da força de contração muscular, dor muscular tardia e um aumento das proteínas intramusculares no sangue, como a creatina quinase, troponina I, mioglobina e miosina. E ainda, as lesões induzidas pelo exercício podem ser decorrentes de dois tipos de estresse: metabólico ou mecânico. 

Miranda et al., (2018), mencionaram que lesões sobre o tecido muscular podem ser divididas em A (desordem muscular funcional, não há dano tecidual) ou B (lesão muscular estrutural, há evidências de dano estrutural). Esse último pode, ainda, ser subdividido em grau I (leve e parcial), II (moderada e parcial), III (sub/total com avulsão tendinosa) e IV (contusão). Para Astur et al., (2014), embora inúmeras classificações já tenham sido descritas para melhor entender os tipos de lesão muscular, acreditamos que ainda não existe consenso sobre a melhor forma de diferenciá-las.

Nesse sentido, surgiu-nos a seguinte pergunta de pesquisa: o alongamento muscular é considerado medida preventiva contra lesões em esportes de impacto?

O trauma na musculatura é ocasionado pela tensão na estrutura contrátil, extravasamento das substâncias intracelulares para o meio extracelular e rupturas das fibras musculares, promovendo a redução do torque muscular e sensibilidade a palpação. Em seguida à lesão, ocorre um complexo mecanismo bioquímico de instalação da dor, no qual, a percepção da maior intensidade da dor fica entre 24, 48 e 72 horas após (NEVES et al., 2017).

A relevância da temática se dá devido ao fato de que, no Brasil observa-se um crescente interesse pela prática esportiva na população e, paralelo a isso, um aumento no número de pessoas expostas a possíveis lesões relacionadas ao esporte (VANEGO, 2018; SANTOS; GREGUOL, 2016). Diante do exposto, discutir no meio acadêmico sobre a eficácia do alongamento como método preventivo de lesões musculares vai resultar na formação de profissionais mais preparados, nesse sentido, com senso crítico sobre a escolha da melhor aplicabilidade dos exercícios garantindo assim, uma assistência mais eficaz. Para tanto, o objetivo desse estudo foi avaliar se o alongamento muscular pode ser considerado como medida preventiva para lesões em esportes de impacto.

METODOLOGIA

Tratou-se deuma pesquisa integrativa, descritiva, com a abordagem qualitativa. A revisão integrativa de literatura, segundo Souza, Silva e Carvalho (2010), caracteriza-se por uma abordagem voltada ao cuidado clínico e ao ensino fundamentado no conhecimento e na qualidade da evidência. Envolve, pois, a definição do problema clínico, a identificação das informações necessárias, a condução da busca de estudos na literatura e sua avaliação crítica, a identificação da aplicabilidade dos dados oriundos das publicações e a determinação de sua utilização para o paciente.

Na primeira fase, escolhemos a pergunta norteadora desta revisão: “O alongamento muscular é considerado medida preventiva contra lesões em esportes de impacto?”. Em seguida, na segunda fase, buscamos nas bases de dados Lilac´s, Scielo, Biblioteca Virtual de Saúde e Google Acadêmico uma amostra de estudos que falavam sobre a temática estudada.

Para tanto, utilizamos para busca nas bases de dados dispostas na internet os termos “alongamento muscular”, “prevenção”, “esporte de impacto” e “fisioterapia”. Como critério de inclusão, utilizamos publicações a partir de 2011 indexadas em revistas nacionais no idioma português. Como critério de exclusão, utilizamos artigos indisponíveis integralmente e com informações sobre a publicação incompletas.

Na terceira fase, utilizamos como instrumento, o Formulário para Coleta de Dados contendo as seguintes variáveis que foram compiladas: autor, título, data da publicação, objetivo do estudo, resultados e conclusão. Na quarta fase, na análise dos dados, utilizamos o delineamento de nível: evidências de estudos descritivos (não-experimentais) ou com abordagem qualitativa.

Na quinta fase, a fase da discussão dos resultados, a partir da interpretação e síntese dos resultados, comparamos os dados coletados e evidenciados na análise dos artigos ao referencial teórico. Além de podermos identificar possíveis lacunas do conhecimento, também pudemos delimitar prioridades para estudos futuros. Na sexta e última fase deste estudo apresentamos os resultados da revisão integrativa de forma clara, concisa e completa para que, dessa forma o leito possa avaliar criticamente os resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a aplicação da metodologia proposta identificamos na literatura XX artigos que abordavam a questão da problemática do uso do alongamento muscular pode ser considerado como medida preventiva para lesões em esportes de impacto (Tabela 1). O sistema muscular esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação. A porcentagem dos músculos esqueléticos no peso total do corpo varia de 40-50% no homem e de 25-35% na mulher. Alguns estudos demonstram o aumento desta porcentagem de acordo com a atividade realizada pelo atleta, chegando a 65,1% em halterofilista (AYALA et al., 2015).

Tabela 1- Estudos utilizados na revisão segundo tipo de estudo e resultados

Autor/anoTítuloTipo de estudoResultados
AYALA et al., 2015Acute effects of two different stretching techniques on isokinetic strength and power.Estudo clínicoUma rotina de curta duração de alongamentos estáticos ou dinâmicos de membros inferiores não produziram alterações na força isocinética concêntrica e excêntrica da flexão e extensão do joelho.
BARBOSA et al., 2018Static or dynamic stretching program does not change the acute responses of neuromuscular and functional performance in healthy subjects: a single-blind randomized controlled trialEstudo clínicoPode-se concluir que nem uma única sessão de alongamento estático e dinâmico dos isquiotibiais, nem 10 sessões do programa de alongamento afetaram a amplitude de movimento e o desempenho neuromuscular e funcional.
BARROSO; THIELE, 2014Lesão muscular nos atletasRevisão de literatura.A lesão muscular continua sendo um tema com várias controvérsias, A prevenção com fortalecimento muscular, o alongamento e o equilíbrio muscular continuam sendo o melhor “tratamento”.
BERTOLINI, 2017Avaliação dos métodos de alongamento estático e alongamento estático combinado ao ultra-som na extensibilidade do gastrocnêmioEstudo clínico.O alongamento muscular passivo é uma forma útil de prevenção e tratamento nas mais diversas patologias, amplamente usado dentro do tratamento fisioterapêutico.
BUSARELLO, 2011Ganho de extensibilidade dos músculos isquiotibiais comparando o alongamento estático associado ou não à crioterapia.Estudo clínico.A crioterapia é indicada para diminuir o desconforto durante as sessões de alongamento e proporcionar melhores resultados no ganho de extensibilidade.
CÂMARA, 2015O mandamento do alongamento: evidências e propostas para reflexão.Revisão de literatura.É manifesto a popularidade das sessões de exercício serem precedidas ou finalizadas com exercícios de alongamento.
DINIZ; VASCONCELOS; ARCANJO, 2015Análise da incidência de lesões na articulação do ombro em atletas de natação.Estudo de campo quantitativoressalta-se a importância de um trabalho de condicionamento físico bem como a complementação com exercícios de reforço muscular e alongamentos como forma de prevenção do aparecimento de lesões
ERNLUND; VIEIRA, 2017Lesões dos isquiotibiais: artigo de atualizaçãoRevisão de literaturaQuando o paciente está sem dor, apresenta recuperac¸ão da forc¸a e do alongamento muscular e consegue fazer os movimentos do esporte, está apto para retornar à atividade física
MIRANDA et al., 2018Lesões musculares em atletas do sexo masculino atendidos no Centro de Estudos e Atendimento em Fisioterapia de Presidente Prudente-SPEstudo clínicoAs lesões musculares acometem predominantemente o segmento coxa posterior, independentemente da modalidade esportiva e os tratamentos usados demonstraram-se efetivos no retorno ao esporte.
NEVES et al., 2017Modalidades terapêuticas no tratamento e prevenção da dor muscular tardia – Revisão de literatura.Revisão de literaturaAs modalidades terapêuticas descritas na literatura são: crioterapia, uso do calor, fototerapia, eletroterapia, massagem e exercícios terapêutico.
NOGUEIRA et al., 2014Efeitos do aquecimento e do alongamento na resposta neuromuscular dos isquiotibiaisRevisão de literaturaO alongamento passivo e estático, utilizado de forma isolada ou associado ao aquecimento, promoveu uma redução do TLM dos isquiotibiais. Essa redução pode vir a ser um fator de proteção de lesões musculares e articulares, após uma perturbação súbita, como as que ocorrem na prática desportiva
SANTOS; GREGUOL, 2017Prevalência de lesões em atletas jovens.Revisão de literaturaRessalta-se a importância do conhecimento sobre estratégias de prevenção de lesões esportiva em atletas jovens, como forma de garantir longevidade no esporte.
SARAGIOTTO; DI PIERRO, LOPES, 2014\”Fatores de risco e prevenção de lesões em atletas de elite: estudo descritivo da opinião de fisioterapeutas, médicos e treinadores\”Estudo de campoAs principais estratégias de prevenção de lesões utilizadas foram fortalecimento muscular, acompanhamento nutricional e orientações.
SOUSA, 2014Prevalência de lesões em judocas do Distrito FederaEstudo de campoAs lesões acometem os atletas com mais frequência durante o treinamento, sendo o ombro o local mais lesionado, e as luxações os diagnósticos mais presentes e como tratamento mais utilizado aparece o repouso.
SPAGNUOLO; MACHADO; PECCIN, 2013Avaliação da simetria e descarga de peso entre os membros inferiores de atletas de futebol da categoria de baseEstudo clínicos. Fatores predisponentes a lesões musculoesqueléticas, os quais podem ser prevenidos. A avaliação instrumentada da força através desses testes pode subsidiar os profissionais do clube como uma ferramenta de trabalho, capaz de aprimorar o treinamento, preparação e reabilitação.
VANEGAS, 2018Impacto de diferentes modalidades esportivas na ocorrência e gravidade de sintomas.Estudo de campoOs adolescentes que participaram de esportes de impacto e artes marciais tiveram maior ocorrência de sintomas musculoesqueléticos do que aqueles que não praticaram, principalmente em membros inferiores.

*Organizado pelos autores.

Para Barbosa et al., (2014), as fibras musculares geralmente se originam em um osso ou tecido conectivo denso e se inserem a outro osso através de uma inserção tendínea. Há músculos que atravessam uma ou mais articulações para gerar movimento. Os músculos com função tônica ou postural geralmente são uniarticulares, largos, planos, com velocidade de contração baixa e com capacidade de geração e manutenção de força contrátil grande. Geralmente estão localizados nos compartimentos mais profundos.

Segundo Saragiotto, Pierro e Lopes (2014), os músculos biarticulares têm velocidade de contração e capacidade para mudança de comprimento maior, contudo, menor capacidade de suportar tensão. Geralmente estão localizados em compartimentos superficiais. Ainda segundo esses autores, a função da musculatura é causar contração, convertendo energia química em mecânica, podendo ou não resultar em movimento articular.

Já Barroso e Thiele (2011) relataram que os músculos são capazes de efetuar diferentes tipos de contração. Contração isométrica, cuja força é gerada pelo músculo na mesma quantidade da resistência que se opõe, não gerando movimento e não havendo mudança no tamanho do músculo. Contração concêntrica, cuja força gerada pelo músculo é maior que a resistência, gerando encurtamento do músculo. Contração excêntrica, cuja resistência supera a força gerada pelo músculo, resultando em um alongamento do músculo. Os tipos de lesão dependem do tipo de movimento que está sendo realizado.

Saltar mais alto ou mais longe, correr a maior distância ou fazê-lo no menor tempo possível, converter o maior número de pontos. Qualquer que seja a modalidade esportiva, o objetivo central é sempre o mesmo: superar os limites do homem. Embora a otimização do rendimento esportivo seja fruto da combinação de fatores tão diversos como os genéticos e os sócio-afetivos, é inegável que a obtenção do máximo rendimento depende em grande monta da elaboração de estratégias de treinamento capazes de potencializar as capacidades e habilidades envolvidas no desempenho da modalidade (SANTOS e GREGUOL, 2016).

Ainda sobre o contexto do mecanismo das lesões, Neves et al. (2017), relataram que as lesões musculares podem ser causadas por contusões, estiramentos ou lacerações. Mais de 90% de todas as lesões relacionadas ao esporte são contusões ou estiramento. A força tênsil exercida sobre o músculo leva a um excessivo estiramento das miofibrilas e, consequentemente, a uma ruptura próxima à junção miotendínea. Os estiramentos musculares são tipicamente observados nos músculos superficiais que trabalham cruzando duas articulações, como os músculos reto femoral, semitendíneo e gastrocnêmio.

Existe um conflito de opiniões sobre os métodos de reduzir o risco de lesão durante a atividade física. Vários pesquisadores expõem diferentes opiniões sobre a efetividade dos protocolos de aquecimento e alongamento na redução de lesões. As lesões possuem muitos fatores de risco como idade, extremos de índice de massa corporal, diminuição da aptidão física, inexperiência, baixa estatura, aumento da massa gorda, desequilíbrio de força muscular, histórias de lesões prévias, aumento da duração e frequência do treinamento (ERLUND; VIEIRA, 2017).

É importante destacar que, nesse sentido, Dinis, Vasconcelos e Arcanjo (2015) relataram em seu estudo que as lesões relacionadas ao esporte são classificadas de acordo com seu mecanismo. Existem aquelas causadas por trauma agudo e as que resultam devido ao movimento repetitivo da articulação, ou seja, excesso de uso. Corroborando, Ernlund e Vieira (2017) definiram ainda que as lesões podem ser desde um leve dano muscular, até a ruptura completa das fibras musculares.

Calazans, Borin e Peixoto (2013), definiram que existem os fatores intrínsecos que supostamente predispõem às lesões são aqueles inerentes ao organismo e incluem: alterações biomecânicas e anatômicas (pés, tornozelo, calcâneo, tíbia, joelhos, assimetrias de comprimento dos membros inferiores), flexibilidade, histórico de lesões, características antropométricas (peso, altura, IMC), densidade óssea e composição corpórea e condicionamento cardiovascular variando com a atividade física do atleta.

Santos e Greguol (2016) classificaram as lesões esportivas quanto à quantidade de carga que foi imposta pelo organismo, sendo, neste caso, classificada como em crônica e aguda. Já quanto a gravidade da lesão, medida pelo tempo de afastamento dos treinos, esta pode ser classificada em leve (menos de 8 dias de afastamento), moderado (8 a 21 dias de afastamento) e grave (mais de 21 dias de afastamento).

São descritas três fases relacionadas à lesão muscular induzida pelo exercício: 1) rompimento focal das miofibrilas e do citoesqueleto, resultando em ruptura parcial das linhas Z; 2) perda na homeostase do cálcio, o que aumenta a ativação das proteases e fosfolipases que irão atuar na degradação das proteínas estruturais e contráteis, bem como na membrana da miofibra e 3) essas duas fases iniciais são seguidas por uma fase fagocítica, durante a qual a resposta inflamatória permite a remoção do tecido danificado, e a fase de regeneração, durante a qual as fibras musculares danificadas são reparadas (SILVA; OLIVEIRA; CAPUTO, 2013).

Barroso e Thiele (2011) definiram as alterações biológicas que ocorrem na musculatura após uma lesão segue sempre um mesmo padrão, independente do tipo de lesão sofrida. Estas alterações podem ser didaticamente divididas em três etapas: destruição, reparo e remodelamento. A fase de destruição é caracterizada pela ruptura e necrose das fibras musculares, que se segue à formação de um hematoma entre os cotos musculares rompidos e a reação de células inflamatórias.

Fisiologicamente, segundo Neves et al. (2017), o trauma na musculatura é ocasionado pela tensão na estrutura contrátil, extravasamento das substâncias intracelulares para o meio extracelular e rupturas das fibras musculares, promovendo a redução do torque muscular e sensibilidade a palpação. Durante exercícios de impacto, há uma maior propensão de microlesão muscular.

Estudos evidenciaram que a distensão muscular está entre as lesões mais comuns observadas em consultórios de ortopedistas e outros especialistas. Isto porque essa lesão não é consequência de contração muscular única, pelo contrário, resulta de excessivos alongamentos ou alongamento simultâneo à ativação muscular. Normalmente ocorre durante contrações musculares potentes e diferenciadas que são utilizadas para controlar ou desacelerar os movimentos. (ALENCAR; MATIAS, 2010).

Santos e Gregol (2016) ressaltam que as lesões não estão somente associadas ao treinamento inadequado, mas também à falta de assistência e estrutura adequada. Além disso, é de grande importância que, ao sofrer uma lesão, o atleta não retorne às atividades competitivas antes da sua recuperação completa, o que pode interferir visivelmente no seu desempenho nas etapas iniciais do retorno ao esporte, como também pode estar relacionado ao estresse psicológico.

Para Camara et al. (2015) mencionaram que a recomendação de alongamento como método de prevenção de lesões tem-se baseado na ideia de que o alongamento tem efeito sobre as propriedades viscoelásticas da junção músculo tendinosa, resultando em menor rigidez tecidual. Aumentando-se a flexibilidade muscular e, assim, diminuindo a rigidez, a incidência de lesões deve diminuir, pois um músculo mais flexível necessitará de mais força para rompê-lo.

O alongamento, segundo Vanegas (2018) é o termo comumente utilizado para definir os atividades físicas que alongam a constituição dos tecidos moles e, como resultado, a flexibilidade. Conceitua-se flexibilidade como a capacidade responsável pela execução física de movimentos voluntários de amplitude angular máxima que são superiores às originais no entanto, dentro das normalidades limítrofes morfológicas.

Pesquisas definiram que o alongamento e o aquecimento são práticas comumente utilizadas antes de qualquer atividade esportiva, seja ela competitiva ou recreacional, no intuito de prevenir lesões do sistema osteomioarticular. Acredita-se que o aumento da amplitude articular de movimento (ADM) decorrente de uma atividade preparatória ao exercício possa melhorar a performance e reduzir o risco de lesões em exercícios extenuantes (NOGUEIRA et al., 2014).

Para César et al. (2018) um grande número de pesquisas têm sido desenvolvidas a respeito da influência do alongamento e do aquecimento nas propriedades viscoelásticas e de flexibilidade musculoesquelética. Entretanto, os efeitos do alongamento e do aquecimento sobre os mecanismos neuromusculares de proteção articular ainda não estão bem esclarecidos. Inúmeras pesquisas têm evidenciado o efeito agudo deletério provocado pelo alongamento sobre o desempenho da força muscular. Têm sido postulados dois mecanismos principais para a redução nos níveis de força provocados pelo alongamento estático.

Erlund e Vieira (2017) afirmam que existem contradições sobre a relação entre alongamento e prevenção de lesão. Para os autores estas podem ser explicadas se forem considerados os tipos de esportes. Afirmando que esportes com alta intensidade do ciclo alongamento-encurtamento requerem maior elasticidade músculotendínea, consequentemente técnicas que melhorem essa elasticidade podem reduzir o risco de lesão. Quando o esporte é de baixa intensidade, não precisando de muita elasticidade músculo-tendínea, o alongamento pode não ser tão vantajoso (CAMARA, 2015).

Segundo Spagunolo, Machado e Peccin (2013), o mecanismo neural, que defende a redução no nível de ativação das unidades motoras (UM) e a queda da sensibilidade reflexa que provém da atividade reduzida das fibras aferentes de grande diâmetro, resultando da menor sensibilidade dos fusos musculares e menor excitabilidade dos motoneurôniose o mecanismo estrutural, que envolve a redução rigidez da unidade músculo-tendínea e, consequentemente, de sua tensão específica, dificultando a capacidade de gerar força, principalmente em angulações menores.

Em esportes considerados de impacto essas lesões possuem características, no que diz respeito a ocorrência, bem distintas: no futebol, a extremidade inferior é o local mais acometido por lesões traumáticas, sendo a coxa a mais acometida; em modalidades esportivas de combate, lesões na cabeça, pescoço e membros superiores são mais comuns; ao passo que entorses de tornozelo são as lesões mais comuns no basquete; no caso da ginástica, as lesões tendem a ser específicas, decorrentes do uso excessivo, sendo observados mais na extremidade superior do que na inferior, sendo as distensões musculares mais observadas (VANEGAS, 2018).

Segundo Busarello et al. (2011) existem diversas modalidades de alongamentos musculares. Com o objetivo de aumentar a extensibilidade, como o alongamento ativo, passivo, balístico e estático e facilitação neuromuscular proprioceptiva . Bertolini et al (2017), evidenciaram o alongamento muscular passivo como uma forma útil de prevenção e tratamento nas mais diversas patologias, amplamente usado dentro do tratamento fisioterapêutico.

Segundo Nogueira et al. (2014), os efeitos benéficos do aquecimento pré-exercício no desemprenho atlético têm sido atribuídos principalmente à elevação da temperatura no músculo, observado após o aquecimento. A elevação da temperatura muscular aumenta a taxa de atividade da ATPase, o que pode promover a ativação mais rápida da fibra muscular. O aquecimento aumenta a velocidade de condução nervosa e poderia diminuir o tempo de resposta neuromuscular a um estímulo externo.

Ayala et al., (2015) classificaram os efeitos do alongamento como agudos e crônicos. Os agudos ou imediatos são resultado da flexibilização do componente elástico da unidade músculos e tendões. Em relação aos efeitos crônicos a consequência é o remodelamento de adaptação da estrutura muscular, explicado pelo aumento do número de sarcômeros em série, o que significa aumento do tamanho muscular. Estes efeitos podem durar por até certo período após pararem os exercícios. Para que ocorram aumentos a força de alongamento precisa ser mantida por um tempo maior. Esses exercícios de alongamento estimulam a criação de colágeno para suportar maior estresse.

A proposta do alongamento como fator preventivo primordial para lesões decorrentes de exercícios físicos, para a amenização da dor muscular tardia, e para a diminuição de injurias, decorrentes de esforços repetitivos na atividade laboral. Além disso, advoga-se que a realização do alongamento antes de qualquer outro tipo de exercício pode ter um impacto determinante, por exemplo, no desempenho da corrida, em saltos ou em exercícios de força (CÂMARA et al., 2015).

Nesse sentido, segundo Saragiotto, Di Pierro e Lopes (2013), dentre os aspectos mais polêmicos, nestes estudos destacam-se a influência do aquecimento muscular prévio ao alongamento, influência deste na performance esportiva como medida preventiva para lesões. Quando na realização de exercícios físicos nas quais as fibras musculares tenham sido agrupadas por pequeno ou longo tempo, como acontece com os atletas alta performance, milhares de contrações dos sarcômeros são realizadas e, portanto, é natural que as unidades motoras encontrem-se com sua zona de sobreposição aumentada.

Nogueira et al. (2014), relataram que, com exceção do benefício do aumento da amplitude articular de movimento (ADM), alguns estudos não têm encontrado evidências substanciais que sustentem o uso do alongamento e do aquecimento para aumento da performance resultante de uma redução de lesões.

Já Barbosa et al., (2014), relataram que o alongamento é um exercício que, terapeuticamente, visa o aumento da mobilidade dos tecidos moles e das estruturas que tiveram encurtamento adaptativo e, esportivamente, objetiva o aumento da amplitude de movimento e, consequentemente, da flexibilidade. Tem-se sugerido que em função dessa característica, o alongamento pode ser um fator profilático na prevenção e reabilitação de lesões, além de ser frequentemente postulado seu benefício na melhoria do desempenho e alivio nas dores musculares.

No entanto, existem estudos que defendem o contrário. Em estudo de revisão sobre o alongamento performance e prevenção de lesão, observou que a grande maioria dos autores em suas pesquisas não sustenta a ideia de alongamento como uma forma preventiva de lesões. De qualquer forma, em seu estudo, os atletas pesquisados, em sua maioria, relataram que realizavam alongamentos antes das atividades esportivas (SOUSA, 2014).

Ayala et al., (2015) mencionaram novas descobertas que sugerem que é falsa a crença que a realização de alongamento logo antes da prática de exercício previne lesões musclares. E mais, os autores definiram que a realização do alongamento continuamente por um período pode promover o crescimento muscular, o que poderia reduzir o risco de lesão. Mencionaram ainda que o intenso e prolongado alongamento dos flexores plantares diminui a força voluntária máxima por até mais de uma hora após o procedimento.

No que diz respeito ao tratamento, segundo Barroso e Thiele (2011), no primeiro momento após a lesão, serve para evitar o aumento dela, seja através de exercícios indevidos, seja pela propagação da resposta inflamatória. Para isso, as 24 horas subsequentes à lesão são fundamentais. Na primeira fase do tratamento deve-se evitar a mobilização do membro afetado. A mobilização precoce pode causar um aumento no tecido cicatricial, dificultando a passagem dos capilares.

Para Saragiotto, Di Pierro e Lopes (2013), o tratamento da lesão muscular é sem dúvida o item mais controverso. Embora o mesmo tratamento seja empregado há mais de 40 anos, algumas terapias têm sido descritas e comec¸am a ser feitas em nosso meio, mesmo que em algumas situações com pouco embasamento da literatura. Na fase aguda, a grande maioria dos entrevistados usa medicac¸ão principalmente analgésica e anti-inflamatória, associada a repouso e crioterapia.

Posteriormente ao diagnóstico, o tratamento fisioterapêutico deve respeitar o momento fisiopatológico da lesão e aprimorar a recuperação do atleta. Na fase aguda, entre 24 e 72 horas, o método RICE (repouso, gelo, compressão e elevação) é amplamente usado para proteger a região acometida, bem como controlar os processos inflamatório e hemorrágico (MIRANDA et al., 2014).

Segundo Busarello et al., (2011), a aplicação de gelo produz maior ganho na extensibilidade do que o alongamento associado ao calor ou apenas o alongamento, em curto prazo. Isso pode ser explicado baseando-se nas evidências de que a crioterapia reduz a velocidade de condução nervosa, produzindo dois efeitos importantes como a diminuição da tensão muscular e da dor.

Quanto ao uso do calor, Neves et al., (2017) mencionaram que, para avaliar os efeitos de ultrassom sobre lesão cutânea, observou-se que quanto mais sessões forem realizadas, mais rápida será a regeneração celular. Concluindo que o uso de US influencia de maneira positiva no processo de cicatrização e com ajustes de parâmetros, o recurso apresenta potencial para uso clinico em humanos.

Ayala et al., (2015) mencionaram ainda que a tríade convencional, fisioterapia, repouso e medicação, é o tratamento da lesão muscular há muitos anos. Estudos defendem terapias adjuvantes que poderiam acelerar a cicatrização muscular e proporcionar um retorno mais precoce ao esporte. como, ondas de choque, infiltração local e terapia gênica. O grande desafio para o tratamento da lesão muscular provavelmente está relacionado ao momento exato em que o paciente lesado possa retornar às suas atividades esportivas em alto desempenho.

Embora observa-se uma variedade de intervenções terapêuticas, tais intervenções podem ser consideradas efetivas no tratamento de lesões musculares, vista significativa taxa de alta por retorno ao esporte. Vale ressaltar o uso dos tratamentos convencional e terapia manual. O uso de exercícios de fortalecimento muscular, flexibilidade e estabilização central de tronco, com um período médio de reabilitação de 28 e 49 dias, respectivamente. Esses exercícios devem ser recomendados no processo de reabilitação, os quais apresentam evidência científica considerável (MIRANDA et al., 2018).

CONCLUSÃO

As lesões musculares estão entre as queixas mais comuns no atendimento ortopédico, ocorrendo tanto em atletas como em não atletas.

Os exercícios de alongamento tendem a restabelecer níveis satisfatórios de mobilidade articular e reduzir tensões musculares, diminuindo dores e melhorando o desempenho muscular de atletas. Assim, há uma contribuição para o treinamento de força e potência muscular.

Nesse sentido, este estudo indica que, apesar da necessidade de mais estudos para debate à questão do tratamento de lesões musculares decorrentes da prática de esportes de alto impacto, a terapia mais indicada ainda é o uso de alongamentos como forma de preparar os músculos parra realização da atividade esportiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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