ADOLESCÊNCIA CONTEMPORÂNEA: UMA URGÊNCIA SUBJETIVA?

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10936474


Najla Gergi Krouchane1
Renata Moreira da Costa Budoia2


Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar as possíveis formas de urgência na clínica psicanalítica com adolescentes a partir de uma revisão narrativa e conceitual. As sintomatologias contemporâneas que acometem os adolescentes, as quais destacam-se com relevância, toxicomanias, transtornos alimentares, agressividade, automutilação, cutting, depressão, isolamento e tentativas de suicídio, geram grande sofrimento psíquico e imersão na angústia configurando, portanto, uma urgência subjetiva. As principais referências teóricas utilizadas foram obras de Jacques Lacan e contemporâneos que retratam o tema, especialmente no tocante aos conceitos de alienação e separação, além da caracterização da adolescência na atualidade, realizando-se ainda uma articulação com os sintomas contemporâneos da ordem do ato: o acting out e a passagem ao ato.

Palavras-chave: psicanálise; adolescência; contemporâneo; urgência subjetiva.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo abordar as faces da adolescência contemporânea em suas especificidades e sintomatologias, pensando nas novas formas do adolescente estar no mundo, considerando esta como a fase do despertar do mal-estar, principalmente por ele ter de se haver com a castração. Explicita-se, ainda, a correspondência dos sintomas contemporâneos com a urgência subjetiva.

A urgência subjetiva aqui abordada refere-se aos sintomas atuais apresentados na clínica, tais como: toxicomanias, transtornos alimentares, agressividade, automutilação, cutting, depressão, isolamento, tentativa de suicídio – sintomas geradores de sofrimento psíquico e imersão na angústia. Neste âmbito, desenvolve-se uma análise das patologias do ato através das manifestações de angústia e suas formas de expressão, o acting out e a passagem ao ato, contextualizados por Lacan (2005).

A psicanálise oferece uma forma de atendimento para aqueles que tem algum sofrimento psíquico, desde seu início com Freud e continuada por diversos autores, em especial Lacan. O tratamento psicanalítico é singular – assim como a clínica da adolescência – por isso não se deve considerar toda sintomatologia como urgência subjetiva. 

Cabe destacar que, independentemente da época, o mal-estar é algo que acomete o sujeito – como Freud (1997) ressalta em seu texto O mal-estar na civilização, afirmando que há pelo menos três formas de mal-estar: os advindos do corpo, da natureza e do outro. O sofrimento psíquico, no entanto, pode afetar qualquer sujeito e em qualquer época.

CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO: ALIENAÇÃO E SEPARAÇÃO

A constituição do sujeito, através dos processos de alienação e separação, conceituados por Lacan, se dá no período da infância – fase em que a criança está em constituição física, psíquica e social (Lacan, 2008).

Nesse aspecto, para Lacan (2008), a constituição subjetiva tem relação direta com a linguagem, a qual traz significantes que nomeiam as sensações e vivências da criança desde o nascimento, o significante enquanto traço inconsciente de uma imagem acústica. Para Dolto (2018) a constituição psíquica inicia-se antes da criança nascer, pois essa criança já é falada antes do nascimento, já existe no discurso dos que a antecedem, já há significantes nomeadores para ela.

Ao nascer esta criança é banhada por significantes ditos para ela. E é o Outro da criança quem lhe banha de significantes. Não é qualquer outro, mas um Outro primordial, chamado de grande outro – Outro (A) (Lacan, 2008).

E quem é esse grande outro? É um ser encarnado que deseja a criança, não necessariamente mãe ou pai biológicos, mas sim um sujeito que a inclua na linguagem. Portanto, trata-se de um lugar simbólico e a partir das nomeações significantes feitas através dessa função constitui-se o narcisismo, que trará um estatuto de Eu para a criança. Os estímulos gerados pelo grande outro primordial influencia diretamente o corpo. Toda libidinização ganha um significante singular, que representa algo metafórico. Através do desejo da mãe (ou quem exerça essa função) constituem-se significantes que permitem que a criança se aliene. A alienação é necessária para a sobrevivência da criança, pois a retira do desamparo fundamental (Lacan, 1956).

Porém, manter-se na alienação não permite à criança a possibilidade de simbolização. A criança alienada fica presa aos significados do Outro. Por isso é necessário um outro que faça a função de nome-do-pai. A entrada do pai é o que interdita a relação simbiótica mãe-bebê, e permite à criança separar-se. O processo de separação permite à criança simbolizar, ou seja, possibilita que haja mais de um significado do encontro entre significantes.

Para Lacan (1956), é entre os significantes S1 (desejo da mãe) e S2 (nome-do-pai) que surge o sujeito, e é necessário desalienar-se parcialmente para poder desejar, pois uma vez alienada ao desejo da mãe, a criança fica restrita e não consegue dar outros significados. Não se exclui a alienação, os significantes advindos desse processo são bases formadoras do Eu narcísico, que é necessário para a formação de uma imagem do ser.

Para o processo de separação é necessário que aquele que exerça a função desejo da mãe permita a entrada de alguém, ou algo, que possa exercer a função do nome-do-pai. Para ocupar a posição do desejo da mãe é necessário um ser encarnado. Para a função do nome-do-pai não necessariamente. É uma função simbólica e depende de que a mãe tenha outros interesses além do bebê. Dessa forma o bebê começa a entender que não é o único, não é o falo da mãe. A entrada do nome-do-pai pode gerar rivalidade do bebê com quem, ou com o que, fizer despertar o interesse de seu cuidador. Ou seja, a criança se pergunta o que ela deixou de fazer que gerou o interesse da mãe em outras coisas (Lacan, 1956).

As estruturas clínicas, para Lacan (1995a), dependem dos processos de alienação e separação e as experiências desses processos se atualizam na adolescência. Pode-se afirmar que no período da adolescência há uma estruturação formada, advinda dos processos de alienação e separação ocorridos na infância.

O processo de separação resulta na queda do objeto a, ou seja, o objeto causa de desejo, que direciona a falta. O objeto a está no centro do nó borromeano, que consiste no entrelaçamento entre Real, Simbólico e Imaginário – que são registros psíquicos. O Real é o registro do sem sentido, o Imaginário é o registro único e o Simbólico é o registro do duplo sentido. Na neurose há o enlaçamento dos três e no centro desse nó encontra-se o objeto a – objeto causa de desejo. Na psicose há um déficit no enlaçamento entre Real, Simbólico e Imaginário. Para Lacan, o sintoma faz uma suplência ao nome-do-pai na metáfora delirante da psicose, ou seja, faz a suplência da significantização. Na clínica borromeana, é o sintoma o quarto aro que faz o enlaçamento entre o Real, Simbólico e Imaginário (Lacan, 2021).

Lacan (1995a) afirma que, para uma estruturação psíquica neurótica, há a necessidade da função do nome-do-pai, com o objetivo de efetivar a castração, permitindo que o sujeito se encontre com a falta para que possa desejar. Dessa forma, ocorre a queda do objeto a e estabelece-se uma constituição simbólica, na qual sempre haverá a falta gerando desejo. A partir dela passa a existir um sujeito que continuamente buscará algo, ou seja, desejará.

Se a função do nome-do-pai falhar podem surgir dificuldades na separação da mãe, e fazer com que o sujeito fique em uma triangulação edípica, rivalizando com um dos genitores. O adolescente revive esse conflito edípico e para sair da triangulação será necessário separar-se do desejo da mãe – o que lhe proporcionará manifestar seus próprios desejos (Lacan, 2008).         

A ADOLESCÊNCIA

A adolescência é o período que se caracteriza, principalmente, pela grande intensidade de moções pulsionais. Juntamente com as sensações orgânicas do período da puberdade, o adolescente se depara com a perda do corpo infantil. Ele se encontra com as questões de sexualidade, despertadas pelo corpo, ou seja, pela enxurrada de pulsões características desta fase. Anterior a essa fase houve o período de latência – período de adormecimento das pulsões sexuais, em que adquirem um destino sublimatório. Com a puberdade, surgem as questões sexuais no corpo, o que traz um despertar para a sexualidade (Freud, 2016a).

Para a compreensão do fenômeno da adolescência, faz-se necessário retratar questões concernentes à estrutura familiar. Segundo Lacan (1986), a estrutura familiar influencia diretamente a constituição psíquica de uma criança, ou seja, há uma herança psíquica familiar, é uma trama simbólica perpassada pelas relações familiares, o que se pode chamar do mito individual do neurótico de Strauss (2017).

Nesse contexto, para Dolto (2018), o psiquismo é constituído todo de linguagem – a linguagem sendo transgeracional. Desde os avós, ou antes, a criança já é falada de alguma forma, dos ditos dos avós, passados para os pais, e esses ditos perpassam a criança. A psicanálise realça a importância de que, mesmo quando ainda bebês, os cuidadores conversem com as crianças, para que se evite “não ditos” promovedores de sintomas, os quais ressurgem na adolescência.

Considerando que na adolescência já há uma estrutura elegida e representações da infância que se atualizam, faz-se necessário compreender a constituição do sujeito que inclui a sexualidade, bem como a relação com um Outro.

Neste âmbito, Freud (2016b) com sua conceituação da sexualidade infantil, enfatiza as funções materna e paterna como centro da constituição psíquica e destaca que essas funções têm relação com a sexualidade infantil na trama edípica a qual a criança é submetida. Essas funções são simbólicas, qualquer sujeito pode realizá-las.

No período da infância, a energia pulsional fixa-se em algumas partes do corpo (zonas erógenas), de acordo com as fases do desenvolvimento psicossexual conceituado por Freud (2016b). Respectivamente, na fase oral – prazer advindo da amamentação; fase anal – prazer advindo do controle dos esfíncteres; e na fase fálica-genital – prazer advindo dos órgãos sexuais. Esses pontos servirão para a satisfação na vida adulta. A criança, ao nascer, depara-se com o desamparo (trauma do nascimento) e ocorre uma tensão psíquica pela não satisfação das pulsões. Quando vive as primeiras experiências com o Outro primordial, elas geram traços mnésicos aos quais sempre se vai querer retornar. Porém, nunca mais será possível uma experiência igual, uma vez que as tensões e as satisfações sempre são de formas diferentes.

Portanto, Freud (2016a) afirma que a infância é traumática – principalmente pela via do sexual – porque não se pode ter sexualmente o objeto amado primordial, que é normalmente aquele que libidiniza a criança nos seus momentos de tensão e desamparo. Os conteúdos vivenciados na infância se tornarão inconscientes e serão motores da repetição sintomática e da transferência, ou seja, darão forma ao psiquismo. Todas as fases atravessadas na infância atualizam-se na adolescência.

Para Lacan (1985), a adolescência é o despertar para o mal-estar. A adolescência é um período de encontro do sujeito com o Real insuportável da relação sexual. Neste aspecto, sempre será um mau encontro – pois o Real faz furo e não há como dar sentido ao encontro com o sexo. Sempre haverá um desencontro. Esse encontro configura-se como traumático, pois na adolescência se tenta achar respostas para o impossível da relação sexual (Lacan, 1985).

O adolescente tem de haver-se com muitos processos ao mesmo tempo – escolhas que antes não eram questões, como profissão, relacionamentos, amizades, entre outros. Todas as situações vivenciadas pelo adolescente mostram furos, pois revelam o Outro castrado, a perda dos pais onipotentes com a qual ele terá de lidar. A percepção do Outro castrado evidencia, ao adolescente, sua própria castração. Nesse processo, o adolescente precisa encontrar respostas possíveis, e muitas vezes em desencontro com os ideais dos pais, da sociedade ou do que é moral – respostas necessárias para mantê-lo vivo psiquicamente, ou seja, ser um sujeito e não objeto do outro (Alberti, 2009).

O adolescente neurótico já passou pelas fases de alienação e separação na infância e a adolescência traz à tona o retorno desses processos. Trata-se do segundo tempo do trauma, pois o trauma somente é percebido em segunda instância. O adolescente, para emergir como sujeito, não pode estar alienado ao Outro. E uma das questões da adolescência é a dificuldade de conduzir essa separação, pois para separar-se precisará do auxílio do Outro. Não há separação total e sim parcial. Sempre haverá questões da alienação porque é ela que coloca o ser na linguagem. A separação total ocorre somente no suicídio, o último nível da passagem ao ato. (Lacan, 1985).

O período da adolescência é um momento de extremos nos processos de alienação e separação, pois retoma as bases do enlaçamento do nó borromeano – RSI. Bases estas que estão relacionadas com a alteridade manifestada pelo adolescente a partir da negação de que pode se separar do Outro e emergir como sujeito.

ADOLESCÊNCIA CONTEMPORÂNEA

No que se refere a contemporaneidade em diferenciação com a modernidade, pode-se dizer que o sujeito moderno era o freudiano, o sujeito recalcado. Havia uma repressão muito forte naquela época e eram essas as questões que despertavam sofrimento. Principalmente a repressão da sexualidade, como nas conversões histéricas. Existiam referenciais ou ideais para serem aceitos ou negados, o nome-do-pai era consistente. Com o nome-do-pai consistente, era possível o endereçamento ao Outro na procura de respostas, com a prevalência de uma ambivalência desse Outro, como aquele que quer se separar, mas também pode trazer respostas (Alberti, 2009).

O sujeito pós-moderno vive o imperativo do gozo. Não há limites pré-estabelecidos, há falha no nome-do-pai. Sem limites não há referenciais ou caminhos para serem aceitos ou negados. Mesmo se houver um Outro autoritário, há uma questão social que se sobrepõe, o objeto a está “no bolso”, se tem fácil acesso às respostas devido ao capitalismo e à era digital, que trazem respostas antes mesmo das perguntas. Não se necessita endereçar ao Outro as perguntas, e impera o gozo, o sem limites, que, por consequência, apresenta estruturas frágeis, fáceis de cindir pela ilusão de separação do Outro. Na tentativa de separar-se do Outro, o adolescente não consegue se sustentar psiquicamente sozinho e acaba tendo saídas destruidoras, como por exemplo: toxicomanias, transtornos alimentares, agressividade, automutilação, cutting, depressão, isolamento, tentativa de suicídio, entre outros (Alberti, 2009).

Os sintomas contemporâneos são da ordem do ato, acting out e passagem ao ato, devido à incidência da angústia, na obrigatoriedade do gozar (Miller, 2014).

Miller (2015) traz como uma característica da adolescência contemporânea uma procrastinação, pela dificuldade de escolher, uma vez que existe uma obrigatoriedade de gozar, diferente da época anterior em que havia limites mais delimitados por um nome-do-pai consistente.

No que se refere a psicopatologia do ato, ele ressalta que há uma dificuldade no processo de separação com maior fragilidade do que é esperado para essa fase. A intensidade no processo de separação, na adolescência contemporânea, tem característica da falência do nome-do-pai, devido ao fato de que o adolescente tem as respostas para as suas questões com facilidade, principalmente pelo que é apresentado pela tecnologia. Esse saber de fácil acesso gera no adolescente um caráter autoerótico do saber, já que não precisa ser endereçado a um Outro (Miller, 2015). É importante destacar que a alienação é base da constituição do sujeito e o processo de separação uma forma de não permanecer colado. Porém, na sintomatologia contemporânea, a tentativa do adolescente de separar-se faz com que a alienação retorne com maior intensidade, o que se aproxima de um colamento no Outro.

Nesse contexto, o mundo contemporâneo tem características de um tempo de ver e de concluir, não havendo o momento de elaboração. E como afirma Lacan, o que não é elaborado torna-se ato (Lacan, 2005).

Dessa forma, esses sintomas geram sofrimento psíquico e riscos à vida do sujeito, sendo formas de urgência subjetiva, principalmente pela não necessidade de endereçamento a um Outro.

CONCLUSÃO

Esse trabalho visou esboçar os principais sintomas contemporâneos recorrentes na adolescência, retratando as possíveis formas de urgência subjetiva. Os sintomas contemporâneos, caracterizados pela ordem do ato, são de ordem da angústia, o que favorece o acting out e a passagem ao ato como formas subjetivas de lidar com a angústia. Nesse contexto, o analista auxilia o adolescente no processo de elaboração, para que possa ressignificar suas questões e não se direcione somente ao ato.

Sendo a adolescência um período de transição e repleto de sintomatologias, não se deve fazer diagnósticos estruturais de forma rápida, sem elementos suficientes ou fora da clínica psicanalítica. Caso isso ocorra, será considerada uma psicanálise selvagem e não auxiliará o analisando em suas questões. O diagnóstico estrutural é base norteadora para o analista conduzir sua análise, considerando que o manejo clínico se diferencia perante cada estrutura.

É importante que o analista coloque-se em posição de causa do desejo, ou seja, posição de objeto a. Estar na posição de objeto a é justamente abdicar de seus afetos internos e estar vazio, para que o analisando possa lhe endereçar seus conteúdos, tendo ele lugar de sujeito. A postura do analista deve ser contrária à posição narcísica – posição imaginária de completude – pois se estiver completo, não haverá espaço para surgirem os conteúdos do analisando. É necessário que a falta parta do analista.

Na clínica da adolescência, levando-se em conta as peculiaridades desta fase, o analista precisa estar em posição de objeto a, para que surja no adolescente o sujeito, independente das demandas de terceiros, e com isso, auxilie na saída da objetificação, a qual lhe adoece. 

Portanto, a psicanálise precisa acompanhar sua época – as questões da adolescência atualmente são diferentes da época da psicanálise clássica. A psicanálise tem o trabalho de auxiliar o adolescente, no atravessamento desse período de mal-estar, para fazer emergir o sujeito.

REFERÊNCIAS

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LÉVI-STRAUSS, C. A Estrutura dos mitos. In: LÉVI-STRAUSS, C.  Antropologia estrutural. São Paulo: Ubu Editora, 2017. p. 225–253.

MILLER, J. Em direção à adolescência: Intervenção de encerramento da 3ª Jornada do Instituto da Criança. 2015. Disponível em: http://minascomlacan.com.br/blog/em-direcao-a-adolescencia/. Acesso em: 30 mar. 2024.

MILLER, J. Observações sobre seu conceito de passagem ao ato. Opção Lacaniana online. [s. l.], ano 5, n. 13, mar, p.: 1-13. 2014. Disponível em: http://opcaolacaniana.com.br/nranterior/numero13/texto1.html#:~:text=Miller%20conclui%20o%20texto%20esclarecendo,ato%3B%20ato%20suicida%3B%20gozo. Acesso em: 30 mar. 2024.


1Psicanalista de crianças, adolescentes e adultos. Professora de cursos de formação e pós-graduação em Psicanálise. Psicóloga Socioassistencial. Pedagoga. Psicopedagoga. Pós-graduada em Psicanálise com crianças e adolescentes e em Psicanálise Lacaniana. Doutoranda em Psicanálise pela Universidade Humanista das Américas. Núcleo Brasileiro de Pesquisas Psicanalíticas, São Paulo/ SP, Brasil. ORCID 0000-0002-0281-4636. E-mail: najlaatui@hotmail.com.

2Médica veterinária. Pós-graduada em Homeopatia. Formanda em Psicanálise pelo Núcleo Brasileiro de Pesquisas Psicanalíticas. Pós-graduanda em Psicanálise com crianças e adolescentes. Membro da Comissão Permanente de Ética e Fiscalização Profissional do Sindicato dos Psicanalistas do Estado de São Paulo – SINPESP. ORCID 0009-0004-8807-1520. E-mail: renatabudoia.psi@gmail.com. Brasil.