REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202411301158
Jonas Barros da Silva1
Kettllen Cristina Vieira de Araújo2
Maria Clara Silva Mascarenha3
Francisco Tacio de Souza Simão4
Adriano Dos Santos Oliveira5
RESUMO: Este artigo pretende discutir os impactos do abuso sexual no desenvolvimento e na manutenção de relacionamentos afetivos, a partir de uma revisão bibliográfica. O abuso sexual, definido como uma forma de violência que envolve atos de cunho sexual perpetrados por um agressor psicologicamente mais desenvolvido do que a vítima, é amplamente reconhecido como um grave problema de saúde pública. As consequências desse tipo de violência são profundas e duradouras, comprometendo a capacidade da vítima de estabelecer e manter relações afetivas saudáveis. A pesquisa foi motivada pela necessidade de compreender como essas cicatrizes emocionais e psicológicas, resultantes do abuso sexual, manifestam-se nos relacionamentos futuros. Para alcançar esse objetivo, foram analisados diversos estudos e literaturas especializadas, que abordam as consequências psicológicas do abuso sexual em vítimas durante sua vida adulta. Os resultados indicaram que o abuso sexual tem um impacto significativo na percepção da vítima sobre afeto e intimidade, frequentemente resultando em dificuldades para estabelecer vínculos afetivos seguros. Conclui-se que a terapia psicológica, fundamentada em abordagens como a psicanálise, é crucial para a reestruturação emocional das vítimas, proporcionando-lhes ferramentas para reconstruir sua capacidade de formar relacionamentos saudáveis. Essas conclusões reforçam a importância de intervenções terapêuticas precoces e contínuas no tratamento de vítimas de abuso sexual, visando minimizar os impactos negativos em seus relacionamentos afetivos futuros.
PALAVRAS-CHAVE: Vulnerabilidade; Vítima; Consentimento; psicológico; Manipulação.
ABSTRACT: This article aims to discuss the impacts of sexual abuse on the development and maintenance of romantic relationships, based on a literature review. Sexual abuse, defined as a form of violence that involves sexual acts perpetrated by an aggressor who is psychologically more developed than the victim, is widely recognized as a serious public health problem. The consequences of this type of violence are profound and long-lasting, compromising the victim’s ability to establish and maintain healthy romantic relationships. The research was motivated by the need to understand how these emotional and psychological scars resulting from sexual abuse manifest themselves in future relationships. To achieve this objective, several studies and specialized literature were analyzed, which address the psychological consequences of sexual abuse on victims during their adult lives. The results indicated that sexual abuse has a significant impact on the victim’s perception of affection and intimacy, often resulting in difficulties in establishing secure emotional bonds. It is concluded that psychological therapy, based on approaches such as psychoanalysis, is crucial for the emotional restructuring of victims, providing them with tools to rebuild their ability to form healthy relationships. These conclusions reinforce the importance of early and ongoing therapeutic interventions in the treatment of victims of sexual abuse, aiming to minimize the negative impacts on their future emotional relationships.
KEYWORDS: Vulnerability; Victim; Consent; Psychological; Manipulation.
1. Introdução
A Organização Mundial da Saúde considera o abuso, a violência sexual, como uma questão de saúde pública. (OMS). Que pode deixar cicatrizes profundas e duradouras na vida das vítimas, afetando não só sua saúde física e mental, mas também sua capacidade de estabelecer e manter relacionamentos afetivos saudáveis. Esse fenômeno é caracterizado por atos de cunho sexual impostos por um agressor que detém maior poder psicológico sobre a vítima, com repercussões significativas ao longo da vida da pessoa afetada.
As mulheres não só tentam viver, mas também lutam para sobreviver, em meio a uma sociedade machista e violenta, que as trata como objetos e não como ser humano que tem direitos a uma vida de paz e alegria, direitos de ir e vir, de se relacionar com quem quiser sem nenhum impedimento, que possa ser amada e respeitada por todos da sociedade independente da sua raça, cor, religião ou classe social.
No contexto da enfermagem, compreender os impactos emocionais e psicológicos do abuso e da violência sexual torna-se essencial para a prestação de um cuidado integral e humanizado às vítimas. A enfermagem tem um papel fundamental no acolhimento às vítimas, que enfrentam muitas vezes dificuldades para ter confiança em se abrir e buscar ajuda.
A questão central desta pesquisa: é compreender como o abuso e a violência sexual tem impacto na vida social e na vida família de pessoas que passam por esses tipos de traumas, como isso afetam o crescimento e a manutenção de vínculos afetivos, essa investigação é justificada pela necessidade de aprofundar o conhecimento dos enfermeiros acerca dos efeitos prejudiciais que esses distúrbios podem causar, especialmente em relação aos vínculos emocionais.
No entendimento dessas consequências, é fundamental que o profissional da enfermagem possa identificar sinais de trauma, oferecer suporte adequado e encaminhar as vítimas para os tratamentos necessários. Além disso, o estudo visa contribuir para a formação de estratégias terapêuticas mais eficazes, que ajudem as vítimas a reconstruir sua vida afetiva e promover seu bem-estar integral.
2. Referencial Teórico
2.1. Conceito e Tipos de Abuso Sexual.
O conceito de abuso sexual é amplo e complexo, abrangendo uma variedade de comportamentos que violam a integridade física, emocional e psicológica da vítima, o abuso sexual pode ser definido como qualquer ato sexual realizado sem o consentimento da pessoa envolvida, seja por meio de coerção, força física, manipulação emocional ou abuso de autoridade, a vítima em muitos casos, pode estar em uma posição de vulnerabilidade, seja devido à idade, condição mental ou física, ou por uma relação de dependência com o agressor (Gomes & De Assunção, 2021).
E considerando uma cultura que pode ocorrer em diferentes contextos, como dentro de famílias, uma das características mais marcantes do abuso sexual é o desequilíbrio de poder entre o agressor e a vítima, onde o primeiro utiliza sua posição de superioridade ou autoridade para impor sua vontade sobre o outro, esse poder pode se manifestar de diversas formas, como poder físico, psicológico, econômico ou social (Pinto, 2021).
Vem sendo um acontecimento mundial que acomete mulheres de várias classes sociais, de diferentes culturas e religiões, muitas delas se sentem cada vez mais frágeis e inseguras, quando sofrem uma pressão moral e psicológica que é um tipo de violência, no ambiente machista o homem se sente no direito de ter a dominação e autoridade sobre a mulher (OLIVEIRA, 2017).
As consequências do abuso são devastadoras e podem afetar a vítima em várias dimensões, como Psicologicamente, as vítimas podem desenvolver transtornos como depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, além de sentimento de culpa e vergonha, fisicamente, o abuso pode resultar em lesões corporais, doenças sexualmente transmissíveis e uma gravidez indesejada, socialmente as vítimas podem enfrentar isolamento, estigmatização e dificuldades em estabelecer relações interpessoais saudáveis (Paiva & Figueiredo, 2020).
No que tange à proteção das vítimas, o Brasil conta com uma rede de apoio que inclui delegacias especializadas, centros de atendimento psicossocial e organizações não-governamentais que oferecem assistência jurídica e psicológica, a eficácia dessas medidas ainda enfrenta desafios, como a subnotificação dos casos, a revitalização durante o processo judicial e a dificuldade de comprovação dos abusos, especialmente em situações onde não há evidências físicas (Caridade & Machado, 2018).
A prevenção do abuso sexual passa por diversas estratégias, como a educação sexual nas escolas, campanhas de conscientização sobre os direitos das vítimas e a promoção de uma cultura de respeito e igualdade de gênero, além disso, é fundamental o fortalecimento das instituições de justiça e segurança pública para poderem responder de maneira eficaz e humanizada às denúncias de abuso (VIANA, 2024).
O conceito de abuso sexual, portanto, vai além de uma simples violação física; ele representa uma profunda transgressão dos direitos humanos e da dignidade da pessoa, o combate a esse tipo de violência requer um esforço conjunto da sociedade, das instituições públicas e do sistema de justiça, visando a proteção das vítimas e a punição adequada dos agressores, somente com um enfoque holístico e integrado será possível reduzir a incidência de abusos e promover um ambiente mais seguro e respeitoso para todos (OMS, 2018).
Os tipos de abuso abrangem uma variedade de atos que violam a integridade física, psicológica e emocional da vítima, caracterizados pela ausência de consentimento e pelo desequilíbrio de poder entre o agressor e a vítima, muitas mulheres enfrentam dificuldades para lidar com os diversos abuso sendo ele psicológico ou até mesmo o sexual elas acabam se isolando cada vez mais e fica sofrendo calada (BLOGDELLAS, 2024).
2.1.1 Estupro
O Código Penal aborda os crimes sexuais de forma abrangente, utilizando o termo “abuso sexual” de maneira generalizada para englobar atos de violação sexual sem o consentimento da vítima, como o estupro. Mas, de maneira simples e direta, o que é estupro? (GBF, 2020). Estupro é caracterizado pelo uso de violência, seja física ou psicológica, onde o agressor emprega ameaças ou força física para coagir a vítima a satisfazer seus desejos sexuais. É considerado o mais grave dos abusos sexuais. Conforme a legislação brasileira, o estupro não exige a ocorrência de penetração; qualquer ato sexual que cause constrangimento, como sexo oral, masturbação, toques íntimos forçados ou a introdução forçada de objetos, também configura o crime de estupro (GBF, 2020).
2.1.2. Abuso Sexual Coletivo.
O estupro coletivo ocorre quando há a prática de conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso sem o consentimento da vítima, envolvendo a participação de dois ou mais indivíduos. Em outras palavras, trata-se de um crime cometido em conjunto por várias pessoas (Moraes, 2020).
2.1.3. Voyeurismo
É uma prática fetichista que envolve observar pessoas nuas, se vestindo, se despindo ou tendo relações sexuais, geralmente sem o consentimento delas, e muitas vezes, a masturbação faz parte dessa atividade, com o voyeur alcançando o orgasmo durante o ato de “espiar” (Noronha, 2024).
2.1.4. Manipulação Sexual.
Se refere a ações ou comportamentos destinados a influenciar, coagir ou enganar alguém para participar de atividades sexuais sem o devido consentimento ou de maneira contrária à sua vontade, e esse tipo de manipulação pode envolver mentiras, ameaças, chantagem emocional, pressão psicológica ou abuso de poder, criando uma dinâmica de controle onde a vítima se sente forçada ou incapaz de recusar, é uma forma de violação dos direitos e da integridade da pessoa, podendo ocorrer em diversas relações, como afetivas, familiares ou profissionais (Cerquetani, 2021).
2.1.5. Prostituição Forçada.
É uma forma de exploração sexual em que uma pessoa é obrigada, por meio de violência, ameaças, coerção ou manipulação, a praticar atos sexuais em troca de dinheiro ou outros benefícios, sem seu consentimento livre e informado. Esse tipo de exploração envolve frequentemente o controle da vítima por traficantes ou exploradores, que podem usar formas de violência física, psicológica ou emocional para mantê-la subjugada, é também considerada uma grave violação dos direitos humanos e, em muitos casos, está associada ao tráfico de pessoas (Silva, 2023).
2.2. Abuso e violência no namoro.
Não acontecem só quando tem estupro, é forçar a vítima a fazer o que ela não quer, meio a chantagens, ameaças, força física e manipulação, muitos abusadores não sabem receber um“ não”, é importante compreender que pode ser praticado qualquer pessoa, independentemente de seu relacionamento com a vítima, sendo no meio doméstico, no trabalho, na rua, entre outras áreas do cotidiano da vítima (TAMILA & KEIKO 2024).
O artigo 7, III da Lei Maria da Penha diz:
A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
Os jovens com frequência não tendem a identificar as agressões cometidas em suas relações amorosas como abusivas, e não reconhecem relações sexuais forçadas como uma forma de violação, muitos acham normal (Caridade & Machado, 2018). Com isso a vitimização de mulheres tende a aumentar, principalmente se é ela que dar início no namoro, quando é o companheiro que bancou financeiramente a relação, quando é ela que o procura indo à casa dele, e exclusivamente com a forma dela se vestir, muitos jovens entendem como normal, ou sejam romantizam essas práticas de violação(CARIDADE & MACHADO, 2018).
De acordo com Caridade & Machado:
As mulheres sexualmente mais conservadoras possuem um menor risco de serem vitimizadas sexualmente, dado que isto fomenta a desconfiança na relação amorosa e o menor envolvimento sexual. Neste sentido, o número de parceiros amorosos (e.g., Abbey et al., 1996; Maxwell et al., 2003; Shapiro & Schwarz, 1997; Söchting et al. 2004) e a frequência de experiências sexuais consentidas (e.g., Himelein, 1995; Shapiro & Schwarz, 1997) e relações sexuais de tipo casual (e.g., Harned, 2002) poderão igualmente representar factores de risco para a vitimação sexual.(CARIDADE &MACHADO, 2018, P. 86).
O abuso sexual em relacionamentos afetivos é uma forma grave de violência que ocorre quando uma das partes é forçada ou pressionada a participar de atos sexuais sem o seu consentimento, em uma relação amorosa. Embora a imagem tradicional de abuso sexual envolva desconhecidos, muitas vezes essa violência acontece dentro de relacionamentos íntimos, onde o agressor pode ser o próprio parceiro ou cônjuge (Costa & Miranda, 2020).
Esse tipo de abuso pode se manifestar de diversas maneiras, desde coerção verbal ou emocional até o uso de força física. Muitas vezes, as vítimas podem não reconhecer que estão sendo abusadas, pois o abuso sexual no relacionamento pode ser mascarado por expectativas sociais ou culturais de obediência e submissão no relacionamento, a pressão para atender aos desejos sexuais do parceiro é uma forma comum de manipulação, o que pode fazer com que a vítima sinta-se culpada ou responsável pela violência (BARROS, 2022).
Em relacionamentos afeta gravemente a saúde física e psicológica da vítima, causando traumas que podem se estender por muitos anos, e está associado a sentimentos de vergonha, humilhação, e isolamento, dificultando a denúncia e a busca por ajuda, muitas vezes a proximidade com o agressor e os laços afetivos tornam ainda mais difícil romper com a situação de violência (Costa & Miranda, 2020).
É fundamental reconhecer que o consentimento deve estar presente em todas as interações sexuais, mesmo em um relacionamento amoroso, qualquer ato sexual que ocorra sem o consentimento livre e informado da outra parte configura uma violação, e é importante que as vítimas saibam que têm o direito de denunciar e buscar apoio, seja por meio de familiares, amigos ou serviços de assistência especializados. (BARROS, 2022).
A erradicação do abuso sexual em relacionamentos afetivos requer uma mudança cultural que envolva o respeito mútuo, a educação sobre consentimento e a promoção de relações saudáveis e igualitárias, somente com conscientização e apoio adequado será possível enfrentar essa forma de violência e proteger as vítimas dessa realidade ainda tão invisibilidade.(BARROS, 2022).
2.2.1. Efeitos psicológicos e emocionais do abuso sexual.
Tende a provocar profundas consequências psicológicas e emocionais nas vítimas, independentemente do contexto em que ocorre, seja em um relacionamento afetivo ou em outras circunstâncias, esse tipo de violência atinge a integridade da pessoa, gerando traumas que podem perdurar por toda a vida, impactando tanto a saúde mental quanto às relações sociais e afetivas da vítima (Pires, 2022).
Um dos efeitos mais comuns é o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), caracterizado por flashbacks, pesadelos, hiper vigilância e reações intensas diante de qualquer situação que lembre o abuso, o medo constante e a sensação de vulnerabilidade tornam difícil para a vítima confiar novamente nas pessoas, gerando isolamento social e uma forte perda de autoestima (Pinto, 2021).
A depressão também é uma consequência frequente, levando a sentimento de tristeza profunda, desesperança e, em casos mais graves, pensamentos suicidas, muitas vítimas sentem-se culpadas ou envergonhadas pelo abuso, acreditando que de alguma forma poderiam ter evitado o ocorrido, essa culpabilização indevida gera um ciclo de autodepreciação, no qual a vítima se vê como responsável pelo trauma (De Paula, 2022).
Além disso, o abuso sexual em relacionamentos afetivos pode minar a capacidade de a vítima estabelecer vínculos saudáveis no futuro, o medo de intimidade e a desconfiança em relações futuras são reflexos comuns, dificultando a construção de novas conexões emocionais, a experiência traumática pode transformar a percepção da sexualidade da vítima, resultando em aversão ao contato íntimo ou em comportamentos de risco (Gomes, 2021). Outros efeitos incluem o desenvolvimento de distúrbios alimentares, abuso de substâncias (álcool e drogas) como forma de “fuga” da dor emocional, e dificuldades em concentrar-se em atividades diárias, o que pode prejudicar o desempenho acadêmico, profissional e social (Barros, 2022).
O apoio psicológico especializado é fundamental para ajudar a vítima a lidar com esses efeitos devastadores, as terapias cognitivas e comportamentais, em conjunto com o suporte de redes de apoio familiar e social, são essenciais para a recuperação e reconstrução da autoestima e da saúde emocional da vítima (Costa & Miranda, 2020).
2.3 Papel da enfermagem no combate ao abuso sexual nos relacionamentos afetivos.
A enfermagem desempenha um papel crucial no combate ao abuso sexual em relacionamentos afetivos, tanto na identificação de vítimas quanto no apoio à sua recuperação física e emocional, os profissionais da linha de frente na atenção à saúde, os enfermeiros estão em uma posição privilegiada para detectar sinais de abuso, oferecer cuidado integral e encaminhar as vítimas para serviços especializados (Pires, 2022).
Os profissionais de enfermagem são treinados para reconhecer sinais físicos e emocionais de abuso sexual, que passam muitas vezes despercebidos por outros, as marcas físicas, como hematomas, lesões genitais ou outras marcas de violência, podem ser indícios, mas também é importante identificar sinais menos visíveis, como ansiedade, depressão, retraimento ou comportamentos inconsistentes com o histórico de saúde da pessoa, esses sinais podem ser discutidos com a vítima em um ambiente seguro e acolhedor, proporcionando espaço para que ela se sinta confortável em compartilhar sua experiência (Figueiredo, 2013).
Conforme Costa & Miranda (2020), alude-se que:
O acolhimento adequado é fundamental para a recuperação da vítima de abuso sexual. A enfermagem, com sua abordagem humanizada e empática, oferece o primeiro suporte emocional à vítima. Esse cuidado deve ser feito sem julgamento, respeitando a autonomia da pessoa e permitindo que ela tome decisões informadas sobre o tratamento e os próximos passos. O enfermeiro também pode auxiliar na conscientização sobre o abuso sexual, explicando as dinâmicas da violência e ajudando a vítima a entender que o que aconteceu não é sua culpa.
Além de prestar cuidados imediatos, os enfermeiros desempenham um papel importante ao encaminhar a vítima para outros serviços de apoio, como assistência psicológica, atendimento jurídico ou proteção policial, se necessário, o trabalho em equipe multiprofissional é essencial para garantir que a vítima tenha acesso ao tratamento completo, que pode incluir suporte psicológico contínuo, exames médicos detalhados e orientações jurídicas (Costa & Teixeira, 2020).
Outro aspecto importante é o papel da enfermagem na educação e prevenção do abuso sexual, os enfermeiros podem atuar na comunidade e em ambientes educacionais, promovendo palestras e campanhas sobre a importância do consentimento, a prevenção da violência sexual e como identificar relações abusivas, a educação é uma ferramenta poderosa para quebrar ciclos de violência e mudar percepções culturais que normalizam o abuso sexual em relacionamentos afetivos (Benevides & Boris, 2020).
Os enfermeiros também podem ser agentes ativos na formulação e implementação de políticas públicas voltadas para o combate à violência sexual, participando de comitês e conselhos de saúde, os profissionais de enfermagem podem contribuir para o desenvolvimento de protocolos que garantam o atendimento adequado às vítimas, assim como programas de prevenção e conscientização (Braga, 2019).
Desta forma, o papel da enfermagem no combate ao abuso nos relacionamentos sócios afetivos é multifacetado, abrangendo desde a identificação e acolhimento das vítimas até a prevenção e promoção de uma cultura de respeito e consentimento, mediante uma abordagem integral, a enfermagem contribui significativamente para o enfrentamento dessa grave forma de violência.(BRAGA, 2019)
3. Metodologia
A metodologia empregada visou em realizar uma revisão bibliográfica abrangente e atualizada do tema. Os procedimentos adotados foram planejados para assegurar uma análise detalhada e precisa da literatura existente, permitindo a consolidação das evidências e a identificação de tendências e lacunas no conhecimento sobre o assunto.
O estudo é classificado como uma revisão bibliográfica, com foco na análise e síntese de artigos científicos publicados entre 2017 e 2024.
4. Resultados e Discursos
A análise da literatura sobre o abuso sexual em relacionamentos afetivos revelou insights significativos sobre a prevalência, as características e os efeitos desse fenômeno. A seguir, são apresentados os principais resultados obtidos a partir da revisão dos oito artigos selecionados, publicados entre 2017 e 2024.
O objetivo principal é reunir e avaliar as evidências disponíveis, proporcionando uma visão clara e compreensiva do abuso sexual em relacionamentos afetivos. A revisão visa não apenas consolidar o conhecimento existente, mas também identificar áreas que necessitam de mais investigação.
Para selecionar os artigos relevantes, foram estabelecidos critérios rigorosos de inclusão e exclusão. Artigos publicados entre 2017 e 2024, que abordam diretamente o tema do abuso sexual em relacionamentos afetivos, foram considerados para inclusão. Apenas artigos revisados por pares e publicados em periódicos acadêmicos reconhecidos nas áreas de psicologia, direito, saúde pública e ciências sociais foram selecionados. Foram excluídos materiais que não se concentram especificamente no tema ou que não cumpriam os critérios de publicação estabelecidos, como blogs e artigos de opinião não acadêmicos.
A busca por artigos foi conduzida em bases de dados acadêmicas amplamente reconhecidas, incluindo PubMed, PsycINFO, Scopus e Google Scholar. Utilizou-se uma combinação de palavras-chave relevantes, como “abuso sexual”, “relacionamento afetivo”, “violência doméstica” e “coerção sexual”. Após aplicar os critérios de seleção, foram identificados e selecionados um total de oito artigos que atendiam aos requisitos estabelecidos.
A coleta de dados foi realizada por meio de uma pesquisa sistemática nas bases de dados mencionadas. Inicialmente, os artigos foram filtrados com base em títulos e resumos para garantir sua relevância. Os textos completos foram então revisados para assegurar a conformidade com os critérios de inclusão estabelecidos.
A análise dos artigos selecionados foi realizada em várias etapas. Primeiramente, cada artigo foi lido na íntegra e resumido, destacando seus objetivos, métodos, resultados e conclusões principais. Em seguida, os dados foram sintetizados para identificar temas comuns, tendências e diferenças entre os estudos. Foi feita uma análise comparativa das abordagens e dos resultados apresentados em cada artigo, e os estudos foram classificados conforme sua abordagem teórica e metodológica, bem como a relevância dos achados para a compreensão do abuso sexual em relacionamentos afetivos.
Como o estudo se restringe a uma revisão bibliográfica, não foram realizados procedimentos diretos com seres humanos, o que dispensou a necessidade de autorizações éticas para coleta de dados primários. No entanto, a pesquisa seguiu rigorosamente os princípios de integridade acadêmica, garantindo a correta citação das fontes e a condução de uma análise objetiva e imparcial.
Entre as limitações do estudo, destacam-se a restrição temporal, uma vez que a revisão se limita a artigos publicados entre 2017 e 2024, o que pode não abranger toda a literatura relevante sobre o tema. Além disso, a seleção dos artigos pode ter sido influenciada pelas bases de dados disponíveis e pelos critérios de inclusão estabelecidos, o que pode ter excluído estudos importantes. A maioria dos artigos selecionados provém de periódicos acadêmicos, o que pode limitar a perspectiva prática e a aplicabilidade dos achados em contextos diversos.
Sendo assim, a metodologia empregada garante uma abordagem rigorosa e sistemática na revisão da literatura sobre o abuso sexual em relacionamentos afetivos, fornecendo uma base sólida para a interpretação dos resultados e para a formulação de recomendações para futuras pesquisas e práticas na área.
Segundo os estudos revisados, a prevalência de abuso sexual em relacionamentos afetivos é alarmante. Os dados mostram que um percentual significativo de vítimas relatou experiências de abuso sexual em suas relações íntimas. Por exemplo, um estudo de (Muhlenhard & Linton 2020) indicou que 15% das mulheres e 7% dos homens relataram ter sido vítimas de violação nas suas relações íntimas. Além disso, um levantamento realizado com adolescentes revelou que 64% dos participantes tinham experimentado algum tipo de pressão ou coerção sexual em seus relacionamentos afetivos.
Os artigos revisados evidenciam que o abuso sexual em relacionamentos afetivos pode assumir diversas formas, incluindo coerção sexual, violação e outros comportamentos não consensuais. A coerção sexual é frequentemente caracterizada por ameaças, manipulação emocional ou pressão para realizar atividades sexuais contra a vontade da vítima.
O impacto do abuso sexual nas vítimas é profundo e multifacetado. Estudos como o de Frese. (2021) destacam que as vítimas frequentemente experienciam trauma psicológico, ansiedade, depressão e baixa autoestima. Além disso, o abuso sexual pode afetar negativamente a saúde mental e o bem-estar das vítimas a longo prazo, exacerbando sentimentos de vergonha e culpa.
A literatura revela que muitos jovens não reconhecem as agressões sexuais em seus relacionamentos como abusivas. (Muehlenhard, 2022) observa que essa falta de percepção pode resultar em sub-relator dos abusos, especialmente quando o agressor é um parceiro conhecido ou um namorado. Essa falta de reconhecimento pode ser atribuída a normas culturais e sociais que minimizam ou normalizam o comportamento abusivo.
Os resultados obtidos corroboram e ampliam a compreensão do abuso sexual em relacionamentos afetivos, evidenciando uma prevalência significativa e impactos severos sobre as vítimas. A alta taxa de vítimas relatada nos estudos sugere que o abuso sexual é um problema recorrente e grave em contextos de relacionamentos afetivos, afetando tanto homens quanto mulheres, embora de maneiras diferentes.
A análise das características do abuso sexual revela que ele se manifesta de várias formas, muitas das quais são sutilmente integradas nas dinâmicas relacionais. A coerção sexual, em particular, é uma forma insidiosa de abuso que pode ser difícil de identificar e denunciar.
Os efeitos psicológicos e emocionais destacados na revisão demonstram a gravidade do impacto do abuso sexual. A evidência de traumas duradouros e a relação entre abuso e problemas de saúde mental ressaltam a necessidade de intervenções eficazes para apoiar as vítimas e tratar os efeitos do abuso.
A falta de reconhecimento do abuso sexual pelos jovens é uma questão crítica. A dificuldade em perceber e rotular comportamentos abusivos pode estar relacionada a uma socialização que normaliza a violência sexual e a falta de educação adequada sobre consentimento e respeito mútuo em relacionamentos. Esse fenômeno é reforçado pela cultura de aceitação e legitimação de comportamentos agressivos, como discutido por (Hall & Barongan 2022).
Algumas limitações devem ser destacadas, que a revisão se restringe a artigos publicados entre 2017 e 2024, o que pode limitar a abrangência da análise, excluindo possíveis estudos relevantes publicados anteriormente. Além disso, a seleção de artigos foi feita com base em bases de dados específicas, o que pode ter influenciado a inclusão ou exclusão de certos estudos. A maioria dos artigos analisados provém de periódicos acadêmicos, o que pode limitar a perspectiva prática e a aplicabilidade dos resultados em contextos mais amplos.
Para avançar o conhecimento sobre o abuso sexual em relacionamentos afetivos, futuras pesquisas poderiam explorar mais a fundo as barreiras para o reconhecimento e a denúncia do abuso, bem como a eficácia das intervenções e programas educativos voltados para a prevenção e apoio às vítimas. Além disso, estudos que incluam uma amostra mais diversificada e que explorem diferentes contextos culturais e sociais podem fornecer uma visão mais abrangente e aplicável do problema.
Desta forma, a revisão bibliográfica demonstra a gravidade do abuso sexual em relacionamentos afetivos e a necessidade urgente de abordagens mais eficazes para prevenção, apoio às vítimas e educação sobre consentimento e respeito em relacionamentos íntimos.
5. Conclusão
O estudo sobre o abuso sexual no relacionamento afetivo revela a gravidade e complexidade desse fenômeno, evidenciando suas consequências psicológicas, emocionais e sociais para as vítimas. A revisão bibliográfica realizada demonstrou que, apesar dos avanços nas discussões sobre violência de gênero e nos mecanismos de proteção às vítimas, o abuso sexual nas relações íntimas continua sendo um problema recorrente e muitas vezes invisível, afetando principalmente mulheres, mas também homens, de maneira significativa.
Os resultados apontaram que as vítimas frequentemente enfrentam dificuldades para reconhecer e denunciar o abuso, especialmente quando o agressor é um parceiro íntimo. Esse cenário é agravado por normas sociais que, em muitos casos, normalizam ou minimizam a gravidade das agressões, além de uma carência de educação sobre consentimento e relações saudáveis. Os impactos psicológicos, como traumas, ansiedade e depressão, são evidências do profundo efeito que o abuso pode ter sobre as vítimas, afetando-as a longo prazo.
Diante desses achados, destaca-se a necessidade de maior conscientização e de programas educativos focados em relacionamentos saudáveis e no respeito ao consentimento. Além disso, é essencial fortalecer as políticas públicas e as redes de apoio para que as vítimas tenham maior proteção e acesso a serviços especializados, como atendimento psicológico e jurídico. Também é importante que a sociedade passe a discutir abertamente essas questões, desafiando estigmas e incentivando a denúncia dos casos de abuso.
Por fim, o estudo reforça que o combate ao abuso sexual em relacionamentos afetivos requer uma abordagem multidisciplinar e intersetorial, envolvendo áreas como saúde, educação, justiça e assistência social. Apenas com a articulação entre essas áreas será possível promover mudanças culturais profundas, que contribuam para a prevenção desse tipo de violência e para a construção de relações afetivas baseadas no respeito, na igualdade e no consentimento mútuo.
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1Acadêmico de enfermagem – CEUNI-FAMETRO – E-mail: negojbs30@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0009-0007-8523-9318
2Acadêmica de enfermagem – CEUNI-FAMETRO – E-mail: CristinaVieira221602@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0005-7387-1629
3Acadêmica de enfermagem – CEUNI-FAMETRO. E-mail: mariaclarasilva571@gmail.com – Orcid: https://orcid.org/0009–0005–0380 –5810
4Docente e orientador – CEUNI-FAMETRO. E-mail: Francisco.Simão@,fametro.edu.br. ORCIRD: 0009-0005-3990-3842 – https://lattes.cnpq.br/4342552914130041
5Docente e co-orientador – CEUNI-FAMETRO E-mail: adriano.oliveira@fametro.edu.br. ORCIRD: 0009-0000-6528-7020