ABORDAGENS DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC)

---

RESUMO

Apresentação: Define a insuficiência renal crônica (IRC) Como uma síndrome caracterizada por perda lenta, Capacidade de excreção progressiva e irreversível renal. Objetivo: Para analisar o impacto dos programas de exercícios de fisioterapia em pacientes com doença renal crônica. Na terapia hemodialítica, o objetivo é melhorar sua qualidade de vida Objetivo: Identificar através da literatura os efeitos da radiofrequência no tratamento da flacidez corporal. Metodologia: Esta pesquisa será através de um estudo através de uma revisão da literatura sobre as evidências atuais da intervenção O efeito da fisioterapia em pacientes com insuficiência renal, possibilitaria mudanças necessárias para a obtenção do bem-estar e melhoria da qualidade de vida desse grupo. Resultados Esperados: programa de exercícios físicos traz benefícios para a reabilitação do paciente, pois auxilia na melhoria da sua aptidão física e qualidade de vida.

Palavras-Chave: Insuficiência renal crônica. Hemodiálise. Fisioterapia.

ABSTRACT

Presentation: Defines chronic renal failure (CRF) as a syndrome characterized by slow loss, capacity for progressive and irreversible renal excretion. Objective: To analyze the impact of physical therapy exercise programs on patients with chronic kidney disease. In hemodialysis therapy, the objective is to improve your quality of life. Methodology: This research will be through a study through a literature review on the current evidence of the intervention the effect of physiotherapy in patients with renal failure, would allow necessary changes to obtain the well-being and improvement of the quality of life of this group. Expected Results: physical exercise program brings benefits to the patient\’s rehabilitation, as it helps in improving their physical fitness and quality of life.

Keywords: Chronic renal failure. Hemodialysis. Physiotherapy.

1 INTRODUÇÃO

De acordo com Ayrea, (2020), a insuficiência renal crônica tornou-se um fator patologicamente influente na saúde de muitos brasileiros, esta é uma patologia sistêmica, que envolve a perda progressiva e irreversível da função glomerular, acarretando que as substâncias eliminadas na urina se concentrem nos fluidos corporais, como também ocasionam a perda severa das funções endócrinas e metabólicas individuais, assim prejudicando o trabalho dos rins.

Conforme Tanagho (2014), as funcionalidades atribuídas aos rins compreendem a eliminação de produtos de degradação desenvolvidos pelo metabolismo celular, contenção do volume e composição dos fluidos corporais, auxílio no equilíbrio eletrolítico, contenção da pressão osmótica e concentração eletrolítica e promoção do ajuste do pH. sanguíneo e, ajuda a controlar a pressão arterial e a excreção hormonal.

A insuficiência renal crônica (IRC) é definida como uma síndrome caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível da capacidade excretória renal. A incidência dessa síndrome tem aumentado progressivamente a cada ano em todo o mundo, o que representa elevados custos para manter os pacientes em terapia renal substitutiva (TRS). O Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2007 indicou que, em janeiro daquele ano, a prevalência de pacientes em diálise por milhão da população (pmp) era de 73.605 (391 pacientes pmp). Por isso, a IRC é caracterizada como um grave problema de saúde pública (REBOREDO, 2013).

Segundo o Ministério Saúde (2017), no Brasil há cerca de 20 milhões de pessoas com patologias renais, e cerca de 100.000 dessas pessoas requerem de intervenção hemodialítica em centros homologados pelo SUS, terapêutica que pode prolongar a vida do paciente afetado, essa terapêutica compreende a filtração do sangue para que a patologia não possa ser tida de forma letal e forte.

Oliveira (2018), afirma que o protocolo de fisioterapia deve ser implementado desde o início do tratamento dialítico com finalidade preventiva de incapacidades físicas. Após a avaliação do profissional, o mesmo será capaz prescrever condutas como: exercícios para flexibilidade, ganho de força e exercícios cardiorrespiratórios, que acontecerá no decorrer da sessão de hemodiálise, em domicílio ou na clínica.

O fisioterapeuta tem a responsabilidade de desenvolver um programa de exercícios físicos que atenda a todas as necessidades e melhore o quadro funcional desses pacientes crônicos, levando em consideração a história social, a história clínica, a avaliação cardiorrespiratória e o exame clínico e físico (SILVA et al, 2019).

De acordo com Silva (2016), programas de treinamento para exercícios de fisioterapia ajudam a melhorar os pacientes com IRC, e pesquisas mostram que esses exercícios vêm mudando a qualidade de vida e melhorando o metabolismo, a fisiologia e a psicologia. Deste modo, o presente estudo tem por finalidade descrever os benefícios da atuação da fisioterapia no tratamento de pacientes acometidos com insuficiência renal crônica.

2 METODOLOGIA

Para construção desta pesquisa, foi realizado um levantamento bibliográfico, acerca dos assuntos mencionados, baseados em literatura de estudos em forma de livros, revistas especializadas, pesquisas eletrônicas e pesquisas escritas, e em eventos científicos como seminários e congressos. Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura bibliográfica que se utilizou como método o tipo hipotético dedutivo com objetivo descritivo de natureza quantitativa não experimental.

Para elaboração desta pesquisa obteve-se como construção dos seguintes critérios de inclusão: artigos publicados a partir de 2011 a 2021; publicados na língua portuguesa e inglesa; indexados em revistas especializadas; e como critérios de exclusão: artigos que não retratassem sobre os benefícios da atuação da fisioterapia no tratamento de pacientes acometidos com insuficiência renal crônica.; artigos que não estivessem disponíveis integralmente. Assim a construção geral da pesquisa ocorreu de agosto a dezembro de 2021.

O presente estudo foi realizado por meio de uma revisão de literatura com busca de dados disponíveis nas bases dispostas na internet como: SciELO, Lilacs, PubMed, Medline, revistas especializadas, livros publicados. Os arquivos utilizados estavam em PDF ou no World e os artigos foram pesquisados, salvos e separados de acordo os descritores citados, para garantir assim que todos os artigos encontrados estivessem de acordo com o assunto da pesquisa.

FIGURA 1: Fluxograma da pesquisa bibliográfica nos bancos de dados científicos abordando os benefícios da atuação da fisioterapia no tratamento de pacientes acometidos com insuficiência renal crônica.

3 RESULTADOS

AUTOR	TIPO DE ESTUDO	OBJETIVO	RESULTADOS
AYREA. C	Revisões Sistemáticas	Realizar um levantamento acerca das aplicabilidades gerenciadas para pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC).	A Insuficiência Renal Crônica (IRC) acarreta a perda severa das funções endócrinas e metabólicas individuais, prejudicando de forma integral ou parcial o trabalho dos rins.
OLIVEIRA, A.C.; VIEIRA, D.; BUNDCHEN, D	Quase-Experimental	Realizar a análise da capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica pré-dialítica e em estágio de hemodiálise.	O protocolo de fisioterapia deve ser implementado desde o início do tratamento dialítico com finalidade preventiva de incapacidades físicas. Após a avaliação do profissional, o mesmo será capaz prescrever condutas como: exercícios para flexibilidade, ganho de força e exercícios cardiorrespiratórios, que acontecerá no decorrer da sessão de hemodiálise, em domicílio ou na clínica.
TANAGHO, E. A., et al	Coorte	Exemplificar e explicitar a anatomia do sistema geniturinário.	As funcionalidades atribuídas aos rins compreendem a eliminação de produtos de degradação desenvolvidos pelo metabolismo celular, contenção do volume e composição dos fluidos corporais, auxílio no equilíbrio eletrolítico, contenção da pressão osmótica e concentração eletrolítica e promoção do ajuste do pH. sanguíneo e, ajuda a controlar a pressão arterial e a excreção hormonal.
REBOREDO, M.M., et al.	Revisão de Literatura	Revisão Literária destinada a exemplificar as tipologias de exercício físico para pacientes dialisados.	A insuficiência renal crônica (IRC) é definida como uma síndrome caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível da capacidade excretória renal. A incidência dessa síndrome tem aumentado progressivamente a cada ano em todo o mundo, o que representa elevados custos para manter os pacientes em terapia renal substitutiva (TRS). A prevalência de pacientes em diálise por milhão da população (pmp) era de 73.605 (391 pacientes pmp). Por isso, a IRC é caracterizada como um grave problema de saúde pública.
SILVA, J. M	Revisão Integrativa	Revisão acerca da ansiedade em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise.	O fisioterapeuta tem a responsabilidade de desenvolver um programa de exercícios físicos que atenda a todas as necessidades e melhore o quadro funcional desses pacientes crônicos, levando em consideração a história social, a história clínica, a avaliação cardiorrespiratória e o exame clínico e físico.
SILVA, R.A.R	Revisão Sistemática	Avaliar as estratégias de enfrentamento utilizadas por pacientes renais crônicos em tratamento hemodialitico.	Programas de treinamento para exercícios de fisioterapia ajudam a melhorar os pacientes com IRC, e pesquisas mostram que esses exercícios vêm mudando a qualidade de vida e melhorando o metabolismo, a fisiologia e a psicologia. Deste modo, o presente estudo tem por finalidade descrever os benefícios da atuação da fisioterapia no tratamento de pacientes acometidos com insuficiência renal crônica.
BOAVENTURA, D.L	Revisão de Literatura	Evidenciar a qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à fisioterapia durante a hemodiálise.	Os valores negativos da correlação indicam que quanto maior a idade do paciente, menor o seu escore nos componentes aspectos sociais e aspectos emocionais, indicando piora da qualidade de vida nos aspectos citados. Apesar de não terem sido estatisticamente significantes, podem ser citados como expressivos os resultados obtidos das correlações idade e capacidade funcional.
MOSER, A.D.L., et al	Revisão Integrativa	Abordar a fisioterapia por meio de um protocolo de exercícios fisioterapêuticos intradialíticos.	Coexiste uma maior incidência de doença renal crônica (DRC) na população adulta do sexo masculino, demonstrando tendência geral de aumento contínuo e progressivo nos idosos, visto que a idade avançada é considerada um dos fatores que justificam o aumento de pacientes em hemodiálise.

4 DISCUSSÃO

Estudos mostram que, há maior incidência de doença renal crônica (DRC) na população adulta do sexo masculino, demonstrando tendência geral de aumento contínuo e progressivo nos idosos, visto que a idade avançada é considerada um dos fatores que justificam o aumento de pacientes em hemodiálise (MOSER, et al., 2013).

No presente estudo, apenas 22,58% dos pacientes afirmaram que praticavam atividade física. Há relatos de que pacientes em hemodiálise apresentam baixa tolerância ao exercício e baixo condicionamento, fatores relacionados à atrofia muscular, miopatia e má nutrição. Em relação às doenças, hipertensão e diabetes são as mais importantes causas de doença renal. A diabete é responsável por 1/3 dos pacientes que iniciam programa de substituição renal, enquanto 10 a 15% dos pacientes hipertensos desenvolvem insuficiência renal crônica.(30) Além da IRC, como doença de base, a hipertensão arterial foi encontrada em 45,95% do total de pacientes, enquanto o diabetes foi encontrado em 21,62% dos participantes desta pesquisa (MOSER, et al., 2013).

Com relação aos domínios do KDQOL-sf o Grupo Intervenção apresentou melhora com significância estatística nos componentes: Função Física (p= 0,044562), Função social (p= 0,038160) e Sintomas / problemas (p= 0,026764). O domínio Função Física aborda as limitações para o tipo e quantidade de trabalho e outras atividades, devido aos problemas físicos. Em uma revisão que teve como objetivo discutir a segurança do treinamento em sujeitos com IRC, as modalidades de exercício utilizadas bem como os efeitos do exercício físico os resultados são similares aos do presente estudo. Este domínio aborda o ponto e o tempo em que problemas com saúde física e emocional interferiram com atividades sociais normais com a família, amigos, vizinhos ou grupos. Em outro estudo com objetivo de avaliar o efeito de três meses de treinamento aeróbio, durante as sessões de hemodiálise, após o período de treinamento, observou-se melhora significativa (p < 0,05) na dimensão Função Social (aspectos sociais), na qualidade de vida de pacientes renais crônicos em hemodiálise (MOSER, et al., 2013).

Foi observado correlação linear negativa da idade com os componentes aspectos sociais (r = -0,488; p = 0,029) e aspectos emocionais (r = -0,452; p = 0,045). Os valores negativos da correlação indicam que quanto maior a idade do paciente, menor o seu escore nos componentes aspectos sociais e aspectos emocionais, indicando piora da qualidade de vida nos aspectos citados. Apesar de não terem sido estatisticamente significantes, podem ser citados como expressivos os resultados obtidos das correlações idade e capacidade funcional (r = – 0,429; p = 0,059), estado geral de saúde (r = -0,437; p = 0,054) e vitalidade (r = – 0,441; p = 0,052 ) (BOAVENTURA, 2010).

Tabela 1 – Médias dos componentes do SF-36 segundo a idade.

Houve boa adesão dos pacientes quanto ao programa de exercícios. Outros autores evidenciam que a taxa de adesão dos pacientes ao programa de reabilitação, durante a hemodiálise, é muito maior quando comparada a do programa ambulatorial, pois, quando realizado durante a diálise, o exercício não requer tempo adicional como um programa formal realizado em outro turno (MOSER, et al., 2013).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo evidenciou que a aplicação de protocolamentos de exercícios adequados quando aplicados durante o período de hemodiálise e modificado para o âmbito dialítico influencia de modo positivo nos aspectos da qualidade de vida dos portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC) ás atividades de vida rotineiras. Os demais domínios destas aplicabilidades, sem relevância estatística não revelaram declínio e podem influenciar de modo positivo acerca da estabilização dos pacientes, prevenindo o agravamento dos sintomas. Ademais, outras pesquisas realizadas com populações maiores e acompanhamento pósintervenção são imprescindíveis para promover o aumento das evidências nesta modalidade de atendimento, favorecendo assim, a sua adoção e fazendo-se presente nas esferas hospitalares hemodialíticas.

REFERÊNCIAS

AYREA. C. função multiprofissional da fisioterapia: Fisioterapia em pacientes submetidos à hemodiálise. Ed. Atena, 3° edição, 2020.

BOAVENTURA, D.L. Qualidade De Vida De Pacientes Com Insuficiência Renal Crônica Submetidos À Fisioterapia Durante A Hemodiálise. Artigo Científico. Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Brasília/DF. pp. 01-35. 2010.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Vigilância Epidemiológica, Brasília, 2017. Disponível em:<http://portal.saude.gov.br>. Acesso em: 19 de set. de 2021.

MOSER, A.D.L., et al. Fisioterapia por meio de um protocolo de exercícios fisioterapêuticos intradialíticos. Revista Ter. Man. n. 54. v. 11. pp. 520-526. 2013.

OLIVEIRA, A.C.; VIEIRA, D.; BUNDCHEN, D. Nível de atividade física e capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica pré-dialítica e em hemodiálise. Fisioterapia Pesq. 2018.

TANAGHO, E. A. et al. Anatomia do sistema geniturinário. McAnich JW, Lue TF. Urologia geral de Smith e Tanagho. 18ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, p. 1-16, 2014.

REBOREDO M.M., et al. Exercício físico em pacientes dialisados. Revista Bras. Med Esporte. n. 6. v. 13. pp. 427-430. 2013.

SILVA, J. M. Ansiedade em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise: revisão integrativa. Monografia. Centro Universitário São Lucas. Porto Velho/RO. 2019.

SILVA, R.A.R. Estratégias de enfrentamento utilizadas por pacientes renais crônicos em tratamento hemodialitico. Revista Escola Anna Nery. n. 1. v .20. 2016.